sábado, 30 de maio de 2009

SÍNTESE DA ARROGÂNCIA


Os presidentes dos quatro grandes clubes de São Paulo se reuniram em Santos, nesta sexta-feira. O santista Marcelo Teixeira serviu peixe no almoço e apresentou o CT Rei Pelé, o Memorial das Conquistas e a Vila Belmiro aos colegas Andrés Sanchez, do Corinthians, Luiz Gonzaga Belluzzo, do Palmeiras, e Juvenal Juvêncio, do São Paulo.
...
Para o presidente do Tricolor, os pequenos times de São Paulo devem ser tratados como tal pelo "Quarteto de Alexandria". "Você não faz benesses dividindo o pão que não tem. Esse é o grande defeito do Clube dos 13, que foi se abrindo para muita gente. Queriam amamentar a todos como uma grande mãe, mas o milagre da multiplicação dos pães não existe", filosofou, enquanto os outros dirigentes concordavam com a cabeça.

espn

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Allman Brothers - Jessica

Créditos florestais podem atrair crime organizado, diz Interpol


Por Sunanda Creagh

NUSA DUA, Indonésia (Reuters) - O crime organizado está de olho em possibilidades de fraudes relativas ao florescente mercado dos créditos florestais de carbono, disse na sexta-feira um especialista em crimes ambientais da Interpol (Polícia Internacional).

Um esquema da ONU conhecido pela sigla REDD estabelece um mercado para os créditos relativos à preservação e recuperação florestal, já que as matas absorvem gases do efeito estufa quando estão vivas, e liberam carbono quando são abatidas.

"Se você vai comercializar qualquer 'commodity' no mercado aberto, está criando uma situação de lucro e prejuízo. Haverá um comércio fraudulento de créditos de carbono", disse o especialista Peter Younger à Reuters durante uma conferência sobre florestas em Nusa Dua, na ilha indonésia de Bali.

"No futuro, se você está administrando uma fábrica e precisa desesperadamente de créditos para compensar suas emissões, haverá alguém que poderá fazer isso acontecer para você. Absolutamente, o crime organizado estará envolvido."

Younger propôs que governos, agências multilaterais e ONGs envolvam os órgãos de fiscalização no desenvolvimento do REDD e na luta contra o desmatamento clandestino, que é responsável por cerca de 20 por cento das emissões de gases do efeito estufa da humanidade.

Younger considerou "irônico que eu seja o único policial" na conferência. "Vocês dizem que desejam estabelecer parcerias para tratar da extração ilegal de madeira - com quem? Considerem recorrer aos esforços de fiscalização da lei, e não só depender das ONGs e de outras pessoas bacanas para fazerem isso com você."

O esquema REDD prevê recompensas financeiras a governos e comunidades por tonelada de CO2 que ficar retida nas florestas, mas a forma de divisão do dinheiro precisa ser definida em cada país. Algumas ONGs temem que governos centrais e regionais possam acabar controlando o dinheiro, deixando pouco para o desenvolvimento das comunidades.

Possíveis fraudes incluiriam a reivindicação de créditos por florestas inexistentes ou desprotegidas, segundo Younger. "Começa com suborno e intimidação de autoridades que podem impedir seu negócio. Aí, se houver nativos envolvidos, há ameaças e violência contra essas pessoas. Há documentos forjados", acrescentou ele.

Younger disse que o desmatamento ilegal é um problema significativo e crescente, e que as mesmas redes que contrabandeiam madeira também podem ser usadas para o tráfico de mulheres e crianças, drogas, armas e espécies vivas. De acordo com ele, há sinais de que o comércio madeireiro ilegal alimenta conflitos armados.

Ibope | Numero de usuarios na web brasileira cresceu 13,6% em 1 ano

Para ampliar essa imagem é só clicar em cima:

O numero de usuários ativos na internet domiciliar brasileira cresceu 13,6% em 1 ano, segundo dados divulgados na tarde de ontem pelo Ibope Nielsen Online. Foram 25,5 milhoes de pessoas navegando em abril, numero estável em relaçao a março. O Brasil se manteve na liderança do tempo de navegaçao, entre os países medidos com a mesma metodologia - foram 24 horas e 7 minutos em media por pessoa. Houve reduçao de 8% do tempo navegado na comparaçao com março de 2009 e crescimento de 6% sobre abril do ano passado.

Blue Bus

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Cañizares considera peor el aborto que los abusos a menores en Irlanda por parte de la Iglesia


Barcelona. (EUROPA PRESS).- El cardenal prefecto de la Congregación por el Culto Divino y la Disciplina de los Sacramentos, Antonio Cañizares, consideró que "no es comparable" el caso de los abusos a menores en escuelas católicas irlandesas entre los años 50 y 80 con el aborto, porque el primero afecta a "unos cuantos colegios" y el segundo supone que "más de 40 millones de seres humanos se han destruido legalmente".

Sobre lo sucedido en Irlanda, dijo que estas conductas son "totalmente condenables" y hay que pedir perdón. En una entrevista a TV3, Cañizares señaló ayer que la reforma de la ley del aborto del Gobierno central tiene como punto de referencia el desconocimiento de la verdad del hombre y de los derechos humanos.

En su opinión, cuando un gobierno pretende legislar con un proyecto como este, está "debilitando los cimientos de una misma sociedad". Remarcó que el Gobierno de José Luis Rodríguez Zapatero pretende llevar a cabo un cambio social y cultural muy grande, "hacer una sociedad y una cultura totalmente nuevas".

En cuanto a las polémicas declaraciones del Papa sobre el uso del preservativo en África para combatir el Sida, compartió las tesis de Benedicto XVI porque, dijo, los preservativos no son la solución a la enfermedad, y consideró que hace falta más educación sobre la sexualidad, el matrimonio y la familia.

La ministra de Sanidad y Política Social, Trinidad Jiménez considera "muy grave" e "irresponsable" relacionar los abusos sexuales a menores con el aborto, como ha hecho el cardenal Antonio Cañizares.

Para la ministra de Sanidad, las declaraciones del cardenal "son absolutamente inadecuadas e inoportunas, porque estamos hablando de asuntos completamente diferentes y es muy grave que se compare una cosa con la otra".

"Los abusos sexuales normalmente se cometen en menores, se cometen contra su voluntad, afectan a una manera terrible a su vida, comparar una situación con otra es irresponsable y completamente inadecuado, sobre todo en una persona que ocupa una posición como la del arzobispo", ha asegurado Jiménez, tras asistir al I Premio Intregra de BBVA.

La Vanguardia

COLOCAÇÕES



Direto do Sátiro Hupper.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Partido conservador de Israel apresentará lei de lealdade


O partido ultranacionalista Yisrael Beitenu, chefiado pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, disse nesta segunda-feira (25/05) que planeja introduzir uma lei que prevê um juramento de lealdade, para a obtenção da cidadania israelense. A medida é voltada para a minoria árabe do país.

A lei se segue a uma proposta separada do mesmo partido, feita no domingo, que tornaria um crime que os árabes lembrassem a "catástrofe" - termo dos palestinos usado para descrever o exílio causado pela fundação de Israel.

As duas propostas do Yisrael Beitenu focam a suposta falta de lealdade dos cidadãos árabes israelenses, quase um quinto da população do país. A proposta, que deve passar por várias instâncias até virar lei, recebe duras críticas de oposicionistas e grupos de direitos civis.

O Yisrael Beitenu conseguiu um ótimo terceiro lugar nas últimas eleições parlamentares, com uma mensagem de que os árabes são uma ameaça ao país. Agora, é um dos principais partidos da coalizão governista. O juramento de lealdade era uma de suas promessas de campanha.

A proposta condicionaria a cidadania a um juramento de lealdade a Israel como um Estado "judaico, sionista e democrático", segundo um porta-voz do partido, Tal Nahum. Além disso, o governo poderia retirar a cidadania de qualquer um que não preste o serviço militar.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ainda não se posicionou sobre as propostas. No domingo, a sigla conservadora apresentou uma lei que pune os árabes que se manifestarem para lembrar a derrota e exílio de árabes durante a guerra que resultou na formação de Israel, em 1948. A lei recebeu aprovação preliminar de um fórum ministerial, mas ainda precisa passar pelo Parlamento antes de valer.

Aparentemente, os projetos não devem ter apoio suficiente entre os congressistas. O parlamentar árabe Hana Swaid chamou a lei de "racista", pois "elimina o direito de cidadãos árabes palestinos de demonstrarem sua identidade e seus sentimentos nacionais".

As informações são da Associated Press. (AE)

Repórter Diário

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Israel vai expandir assentamentos na Cisjordânia


O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, disse que vai permitir a expansão de assentamentos judaicos já existentes no território palestino da Cisjordânia, de acordo com um ministro de seu gabinete.

Apesar de Netanyahu ter dito que não será permitida a criação de novos assentamentos, a medida contraria a recomendação americana.

Quando os líderes dos dois países se encontraram na semana passada, o presidente dos EUA, Barack Obama, pediu para que Netanyahu aceitasse a criação de um Estado palestino e disse que Israel teria a obrigação, segundo acordo assinado em 2003, de interromper o aumento dos assentamentos na Cisjordânia.

Os assentamentos, que abrigam cerca de 280 mil israelenses, são considerados um dos maiores obstáculos para o avanço das negociações de paz.

Assentamentos ilegais

"Não tenho a intenção de construir novos assentamentos mas não faz sentido pedir para que não atendamos as necessidades geradas pelo crescimento natural de nossa população e interrompamos todas as construções", disse ele ao gabinete de ministros neste domingo.

"Não vou dizer para que as pessoas não tenham filhos ou forçar os jovens a viver longe de suas famílias."

Mas tanto Netanyahu como o ministro da Defesa, Ehud Barak, disseram que devem desmantelar 22 pequenos assentamentos considerados ilegais pelo governo israelense.

Barak diz pretender negociar o abandono destes assentamentos com os colonos judeus.

Estado palestino

Pela primeira vez desde que assumiu o governo, Netanyahu menciou o termo Estado palestino.

Administrações anteriores do país haviam se comprometido a tentar negociar a criação de um Estado independente para os palestinos, mas Netanyahu além de ter historicamente se posicionado contrário a isto, não emitiu ainda uma posição clara sobre o tema desde que assumiu o cargo de premiê.

"Obviamente devemos ter reservas quanto a um Estado palestino no acordo final... quando negociarmos o conteúdo, chegaremos a um consenso sobre a terminologia", disse ele a seus ministros neste domingo.

"Se falamos de um Estado palestino, temos que primeiro verificar que tipo de soberania e direitos este Estado teria. Temos que nos certificar de que não estaremos ameaçados".

bbc

sábado, 23 de maio de 2009

SÍNTESE



PORTO ALEGRE, SÁBADO, 23 DE MAIO DE 2009

Yeda no colo do PM

A governadora Yeda Crusius está enfrentando ameaça de CPI na Assembleia Legislativa para investigar caixa 2 na sua campanha eleitoral, protestos diários de servidores e denúncias de partidos políticos e de antigos aliados. Para completar, ontem, Yeda quase desabou: enquanto discursava em inauguração de obras em São Valentim, na Região do Alto Uruguai, o palco começou a ceder, houve uma ameaça de queda e ela acabou saindo do local no colo de um capitão da Polícia Militar.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Índios peruanos acusam García de violar declaração da ONU


Por Terry Wade

LIMA (Reuters) - Os planos do presidente peruano, Alan García, para atrair investimentos estrangeiros estão enfrentando oposição interna, com líderes indígenas dizendo que ele desrespeitou uma declaração da ONU que protege seus direitos à terra e ao controle dos recursos naturais.

Milhares de indígenas protestam nos últimos 40 dias na Amazônia peruana, na esperança de que García abandone ou modifique uma série de leis que ele sancionou no ano passado para estimular empresas de petróleo, mineração e agricultura a investirem bilhões de dólares na selva. Os protestos já interromperam oleodutos que ligam a Amazônia ao Pacífico.

"O Peru não está respeitando a declaração da ONU sobre direitos indígenas", disse na quinta-feira à rádio RPP Alberto Pizango, líder das manifestações e presidente da Aidesep, entidade que reúne grupos ambientalistas e indígenas.

A declaração da ONU, que não tem cumprimento obrigatório, foi aprovada em 2007 por 143 países, inclusive o Peru.

Pizango chegou a anunciar uma "insurgência" para pressionar o governo a revogar as leis.

Na quinta-feira, depois de políticos acusarem o dirigente indígena de agir como incendiário e de abrirem um processo contra ele por sedição, Pizango disse: "Para nós, insurgência significa defender nossos direitos naturais e resistir pacificamente aos excessos cometidos pelo Estado peruano".

"Reconhecemos a legitimidade constitucional do governo, mas ele não entende as questões indígenas."

García instituiu a maioria das leis em questão por decreto, aproveitando poderes especiais concedidos pelo Congresso para que ele adéque as leis do país a um tratado de livre comércio com os EUA.

Críticos dizem que García aproveitou para adotar medidas que não eram exigidas pelo acordo comercial.

Yehude Simon, chefe de gabinete do governo, prometeu a Pizango uma rodada de negociações que possam levar a um acordo que encerre o bloqueio de estradas e portos, que já provoca desabastecimento em algumas localidades amazônicas.

A empresa argentina Pluspetrol reduziu sua produção de petróleo na Amazônia devido aos protestos, e a estatal Petroperú paralisou a operação do seu oleoduto.

Até agora, Pizango rejeita as negociações, levando Simon e o resto do gabinete a buscarem um diálogo com outros líderes indígenas, menos influentes. Além disso, o governo declarou um estado de emergência que lhe permite impor toque de recolher e enviar tropas para dispersar protestos

Ao menos por enquanto, o governo se recusa a revogar as leis ou a dar mais controle para os indígenas sobre uma área que representa mais de 60 por cento do país, embora concentre apenas 11 por cento da sua população.

"As terras da Amazônia pertencem... a todos os peruanos, e não só a um pequeno grupo que vive lá", disse García no fim de semana. "As riquezas do Peru pertencem a todos os peruanos."

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Taxa de desemprego no Brasil surpreende e cai


RIO DE JANEIRO (Reuters) - A taxa de desemprego no Brasil surpreendeu a expectativa de economistas e caiu em abril, para 8,9 por cento, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

Em março, o desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas estava em 9 por cento.

Vinte e seis analistas ouvidos pela Reuters esperavam taxa de 9,3 por cento em abril, com os prognósticos variando de 9 a 9,8 por cento.

O rendimento médio real dos trabalhadores totalizou 1.318,40 reais em abril, queda de 0,7 por cento ante o mês anterior e alta de 3,2 por cento na comparação com igual período do ano passado.

A população ocupada somou 20,913 milhões de pessoas, praticamente estável sobre o patamar de março, de 20,953 milhões, e de abril de 2008, de 20,863 milhões.

A massa de rendimento real ficou em 27,9 bilhões de reais, recuo de 0,7 por cento mês a mês e alta de 3,7 por cento na comparação anual.

(Por Rodrigo Viga Gaier; Texto de Vanessa Stelzer)

Cocô no Banho


Por que fazer Cocô no Banho:
- Dispensa o uso do papel higiênico.

- Em média, os brasileiros usam 2,4m de papel higiênico cada vez que fazem cocô no vaso (sem contar aquelas vezes que você termina de se limpar e logo vem mais um pouquinho, tendo que limpar tudo de novo).
- A quantidade de papel higiênico que você poupa durante um ano é equivalente a 1 árvore.

Por isso, faça cocô no banho e poupe uma árvore.
Abrace esta causa. Utilize as redes sociais para divulgar esta campanha entre seus amigos e familiares!
O planeta Terra agradece.

Leia mais AQUI.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

América Latina: de las venas abiertas a mundo al revés


Andy Robinson, desde Caracas para La Vanguardia

Hugo Chávez eligió "Las Venas abiertas de América Latina" para Barack Obama, regalo que provocó un ataque de nervios en medios españoles que calificaron el libro de Eduardo Galeano como una "bomba arrojadiza", una obra de izquierdismo trasnochado, "científicamente sin fundamento" (Antonio Caño en 'El País'). Lo cual es un poco como atacar el Infierno de Dante por una falta de rigor técnico. Quizás por bomba arrojadiza se refería subliminalmente al eslogan "¡Libros como armas!" de los sandinistas nicaragüenses ya que Venezuela ha erradicado el analfabetismo en los últimos años. Da la casualidad que Margarita Molina, una maestra de la muy acertadamente denominado Misión Robinsón en Venezuela de enseñanza de lectura y escritura, me ha dicho hoy en Caracas que ya podrían descontinuar el programa ya que "según la Unesco, ya no existe analfabetismo en Venezuela".

Pero lo cierto es que un regalo más contemporáneo para Barack Obama de la obra de Galeano habría sido "El mundo al revés". Porque hay más optimismo en América del Sur -y sobre todo en Brasil- que en muchos países ricos en esta crisis gestada en Wall Street, una crisis "de ojos azules y pelo rubio" según el calificativo del presidente brasileño Lula da Silva. Y curiosamente ese optimismo tiene que ver con las grandes posibilidades que aun tiene la capacidad exportadora de materias primas y alimentos básicos en América Latina, precisamente la "maldición" del modelo Potosí, según la tesis de las "venas abiertas" y las teorías estructuralistas de dependencia.

El FMI calcula que la región "tocará fondo a mediados de este año y empezará a crecer en el segundo semestre mientras en las economías avanzadas no será positiva hasta mediados del 2010". Achaca la resistencia de economías que en otras décadas fueron las primeras en caer al "reformismo pragmático" del nuevo consenso de Washington: prudencia fiscal, blindaje financiero, con la acumulación de dos billones de dólares de divisas y superávit por cuenta corriente que convirtió a países como Brasil y México en acreedores de los ricos. La deuda externa de la región se ha cortado a la mitad -está en el 20% del PIB- desde el 2000 y sólo una pequeña parte está denominada en dólares.

Algunos en Washington hasta cuentan con que la crisis haga lo que miles de llamadas desde embajadas estadounidenses en Caracas, Quito o La Paz -y algún telefax de la CIA- no hicieron: marcar los límites del giro latinoamericano hacia la izquierda. Venezuela, castigada por su laxitud fiscal, una inflación del 30% y una generosidad excesiva con programas antipobreza, pasará seis años sin crecimiento, advierte el FMI. Argentina y Ecuador, por su parte, "(...) pueden entrar en un largo estancamiento" culpables de declarar moratorias sobre sus deudas externas "pese a haber podido mantener su obligaciones", según advirtió el Instituto de Finanzas Internacional, lobby en Washington de la banca privada internacional, muchos de cuyos miembros -dicho sea de paso-, desde Citibank a Royal Bank of Scotland, habrían declarado la madre de todas las moratorias de no ser por las operaciones de rescate multimillonaria de estados en EE.UU. y Europa. Y, por lo menos Ecuador y Argentina tiene la excusa de que sus suspensiones de pagos se debían a problemas heredados de gobiernos anteriores que -en colaboración con el FMI y el IIF- habían dolarizado sus economías.

En realidad, no está claro que el elevado crecimiento latinoamericano de los últimos años, raíz de su fortaleza en la crisis, sea por la adopción de las reformas de Washington. El Banco Interamericano de desarrollo (BID) lo achaca en un informe titulado "Todo lo que reluce no es oro" a "condiciones externas extraordinariamente favorables" con bajos tipos de interés y una demanda imparable de materias primas. Es decir que parece cada vez más probable que las posibilidades de AmÉrica del Sur se encuentran en la explosiva industrialización de China y la India, y la emergencia de nuevas clases medias inmensas con ganas insaciables de comer carne argentina brasileña y, si no llegan, soja de una región con más tierra de posible explotación agraria del mundo. Por no decir nada de los minerales extraídos en tiempos de colonialismo de las "venas abiertas", pero ahora la base de un posible camino de desarrollo que pasa de largo a las ex potencias colonialistas y al vecino del Norte que, según Greg Granadin en su libro, 'Latin America: Imperial workshop', otra "bomba arrojadiza" de la vieja izquierda anclada en el pasado latinoamericano, mandó en la segunda mitad del siglo XVII buques de guerra a puertos latinamericansos en nada menos que 5.800 ocasiones.

Concretamente, los precios de hidrocarburos, alimentos básicos como soja o carne -principales exportaciones de Brasil y Argentina, cobre y otro metales en Chile y Perú, se multiplicaron por cinco en los años de expansión, generando miles de millones de dólares en divisas con las que se han construido las barreras de defensa. Estas exportaciones son la raíz también de la transición de la región en acreedor, con un superávit colectivo por cuenta corriente antes de la crisis que da margen a una explosión de la demanda interna. Exportaciones a China, principalmete materias primas, se triplicaron entre 2000 y 2008.

Tras desplomarse un 50% en el 2008 hay algún indicio de que los precios vuelven a subir probablemente debido a la resistencia de la demanda china. A fin de cuentas, los alimentos de subsistencia son un negocio de los que podrían calificarse como "recession-proof" -blindado a la recesión- a no ser que vayamos a ver hambrunas masivas. Exportaciones de Brasil a China subieron el 20% -principalmente alimentos básicos- en el primer trimestre de este año. "Enero estuvo fatal en el puerto; pero ya mejora", dijo un taxista en Manaus, el enorme puerto como zona franca de la amazonia brasileña.

Si China aguanta en esta crisis -la cuestión clave para el futuro de la economía mundial- las materias primas extraídas de las "venas abiertas" de América Latina, volverán a ser un motor de crecimiento. Y esto incluye Venzuela que acaba de firmar un acuerdo de suministro e inversión con China por 12.000 millones de dólares. "El Fondo siempre infravalora el crecimiento potencial de Venezuela ¿cómo no va a crecer si está sentado sobre posiblemente las reservas más grandes de petróleo del mundo?", afirma David Rosnick del CEPR.

El creciente regionalismo del comercio en América del Sur es otro factor. Estimaciones preliminares del BID indican que el comercio dentro de América Latina habrán crecido el 24% en el 2008 pese al frenazo en los últimos meses. Paraguay, Bolivia y Uruguay aumentaron su comercio regional el 61%, 47% y 34%, respectivamente, en 2008. La excepción aquí también es México que, con el 85% de sus exportaciones destinadas al norte del Río Grande, se ha sumado a Hawaii como estado de incorporación tardía a Estados Unidos.

Brasil tem 316 mil pobres a menos desde o início da crise, diz estudo

Olho de tucano (bem aberto):

Cerca de 316 mil pessoas saíram da condição de pobreza em seis capitais do Brasil durante os seis primeiros meses da crise financeira que afeta o mundo inteiro, de acordo com um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ligado ao governo, divulgado nesta terça-feira.

O trabalho, coordenado pelo presidente do instituto, Marcio Pochmann, compara os efeitos sobre os mais pobres durante períodos de turbulência. O estudo considera pobres os que têm renda mensal de até meio salário mínimo.

A pesquisa mostra que, em outubro de 2008, havia 14,574 milhões de pobres dentro desse critério. Em abril agora, eram 14,258 milhões.

Segundo o levantamento, a taxa de pobreza em abril deste ano foi de 30,7%, o que significa um recuo em relação aos 42,7% no mesmo período de 2004, ano em que esse número deixou de crescer no país.

Em comparação com igual mês do ano passado, o indicador recuou 1,7%, apontando para uma redução de 670 mil pessoas em condição de pobreza, de acordo com o Ipea.

A pesquisa foi conduzida nas seguintes capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Entre os motivos listados para o recuo, o Ipea cita as políticas públicas de distribuição de renda, a elevação do valor real do salário mínimo e "a existência de uma rede de garantia de renda aos pobres".

Esses resultados também são válidos para o interior do país, "onde os efeitos do Bolsa Família e, sobretudo, da aposentadoria rural e do Benefício de Prestação Continuada (BPC, que dá mais direitos a idosos), são ainda mais presentes em termos da proporção sobre a população", afirma o estudo do instituto ligado à Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo federal.

Em março de 2002, outro momento em que o país atravessava uma crise econômica -em meio à eleição que levou o presidente Lula ao Palácio do Planalto-, o nível de pobreza era de 42,5% do total da população das seis regiões metropolitanas pesquisadas, afirma o Ipea.

"Considerando os reflexos da crise internacional no Brasil desde outubro de 2008, observa-se que não houve, até o mês de março de 2009, interrupção no movimento de queda da taxa de pobreza", diz o texto.

O Ipea também aponta que em março deste ano havia menos de 54% do total dos desempregados em condição de pobreza. No mesmo período em 2002, eram mais de 66% nessa situação.

UOL

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Mario Benedetti


MARIO

Por Eduardo Galeano

El dolor se dice callando.
Pero me pregunto:
¿qué será de nuestra ciudad, sola de él?
¿qué será de Montevideo, mutilada de él?
Y me pregunto:
¿qué será de nosotros, sin su bondad inexplicable?

Mario Benedetti (Paso de los Toros, 14 de setembro de 1920 - Montevidéu, 17 de maio de 2009) foi um poeta, escritor e ensaísta uruguaio. Integrante da Geração de 45, a qual pertencem também Idea Vilariño e Juan Carlos Onetti, entre outros. Considerado um dos principais autores uruguaios, ele iniciou a carreira literária em 1949 e ficou famoso em 1956, ao publicar "Poemas de Oficina", uma de suas obras mais conhecidas. Benedetti escreveu mais de 80 livros de poesia, romances, contos e ensaios, assim como roteiros para cinema.

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domingo, 17 de maio de 2009

Socialismo venezolano con Argentina de aliado


El intercambio científico aplicado en agroalimentación y energía es un eje central de la nueva relación Argentina-Venezuela. Jessie Chacon, ministro de Ciencia, Tecnología e Industrias de Hugo Chávez, explicó aspectos clave del modelo.

Por Raúl Dellatorre, para Página/12

Los trece nuevos acuerdos de cooperación que firmaron Argentina y Venezuela esta semana tuvieron, como eje estratégico, la agroalimentación y el área energética. “Identificamos en Argentina un socio estratégico, un aliado, en el que podemos confiar para desarrollar nuestra agricultura y nuestra agroindustria; pero no pretendemos recibirlo por nada, estamos en condiciones de brindarle todo lo que nosotros hemos avanzado en materia de desarrollo energético”, afirmó Jessie Chacon, actual ministro de Ciencia, Tecnología e Industrias, e integrante de la misión que acompañó al presidente Hugo Chávez durante su paso por Buenos Aires. Chacon va más allá de eso en su definición: sostiene que el aporte de los países aliados será fundamental para que Venezuela pueda avanzar velozmente en la construcción de su modelo industrial socialista.

Durante una visita al INTI (organismo que está ocupando un rol central en toda la dinámica de interrelación Argentina-Venezuela, al igual que el INTA), Chacon dialogó con miembros de la comunidad científica argentina y definió muchos de los aspectos que caracterizan la actual etapa estratégica de Venezuela.

“El modelo industrial venezolano está en proceso de definirse, no podemos decir que ya esté”, sostiene. Pero subraya que en ese camino hay cuestiones avanzadas, como la identificación de potencialidades en la relación con aliados (China en el desarrollo satelital, Argentina en agroalimentos), o el desarrollo de nuevas industrias a partir de la demanda y necesidades populares. Dio un ejemplo: “Venezuela es uno de los mayores exportadores de cacao a Suiza, pero los chocolates y bombones se los compramos a ellos; ahí se comprendió que había una necesidad de empezar a producir chocolate venezolano, con las familias de plantadores y cosechadores participando en el proceso de apropiación del conocimiento, de cómo llegar a hacerlo. Y ya hemos empezado a hacerlo”. Otro aspecto interesante es que todo el desarrollo industrial se da en la misma región campesina pobre en la que antes se extraía el cacao para exportar, con mínima o nula apropiación local de la renta.

La investigación científica del modelo venezolano es alentada con el mismo criterio de dar prioridad a las necesidades del pueblo. “La investigación es alentada o subsidiada, siempre que la investigación básica se transforme en ciencia aplicada que pueda volcarse en la producción y satisfaga necesidades del pueblo. Si no hay aplicación, no hay recursos. No se subsidia para que el estudio termine en un ‘paper’ que simplemente prestigie a su autor”, resumió Jessie Chacon.

Pero este ordenamiento de prioridades también lleva a permanentes conflictos políticos. La cadena de producción de bienes para atender necesidades básicas de la población está mayoritariamente dominada por empresas privadas, que en muchos casos no acompañan el proceso de desarrollo del gobierno y en algunos, incluso, hasta buscan ponerle palos en la rueda. En estos casos, el gobierno venezolano no vacila en tomar el camino de la expropiación. Tal fue el caso de Sidor, la empresa siderúrgica cuyo accionista mayoritario es el grupo Techint. Sidor adquiere el mineral de hierro que le vende una empresa extractora estatal a precios subsidiados. Sidor es la mayor productora de acero de Venezuela, y como tal había entrado en conflicto con la industria metalmecánica, que se quejaba de que le vendía la chapa a precios de monopolio, abusando de su posición dominante.

Si no colocaba en el mercado local, Sidor exportaba el acero, aun a precios inferiores a los exigidos internamente, a sus propias filiales en el extranjero para procesarlo allí. Sidor terminó nacionalizada, porque se juzgó que “su actitud rompía el encadenamiento productivo que posibilitaba poner más bienes a disposición de la población”.

Venezuela no le compra soja a la Argentina, porque no admite la venta de transgénicos producidos en base a semillas híbridas y fumigadas con glifosato. Pero está interesada en la maquinaria agrícola y en los sistemas de producción agrícola que está aportando el INTA. En este sentido, el país de Hugo Chávez se encamina a convertirse en un aliado estratégico de peso, aunque medido por una vara diferente a la suma de cantidades comercializadas, en las que se destacan los que hoy adquieren las oleaginosas y derivados que inundaron el suelo argentino.

Peixe alucinógeno é encontrado na Grã-Bretanha

Sarpa Salpa:

Uma espécie de peixe mediterrâneo que pode provocar alucinações quando ingerido foi encontrada por um pescador na costa britânica, levando especialistas a suspeitar de migração provocada pelo aquecimento global.

A espécie de peixe branco, sarpa salpa, é normalmente encontrado nas águas mais quentes da costa de Tenerife, Malta e Chipre.

O consumo de sua carne normalmente não traz riscos, mas a ingestão da cabeça pode levar a alucinações semelhantes às experimentadas pelo consumo da droga LSD (ácido lisérgico).

Outros peixes semelhantes, que se alimentam de plâncton, também seriam capazes de produzir o mesmo efeito.

Segundo especialistas, o efeito alucinógeno seria provocado pela intoxicação do peixe ao consumir grandes quantidades de plâncton, que contém uma pequena quantidade de veneno.

Hospitalização

Em 2006, dois homens, um deles com 90 anos, foram hospitalizados no sul da França com alucinações após comer sarpa salpa num restaurante.

O pescador Andy Giles, que encontrou a espécie nesta semana na costa da Cornualha, disse à imprensa local ter ficado intrigado ao encontrar um peixe que nunca tinha visto antes ao sair para pescar.

"Agora que eu descobri o que era aquele peixe e os efeitos que ele pode causar, talvez eu deveria ter tentado vendê-lo para uns clubbers", ironizou Giles.

SRI LANKA: CARNIFICINA QUE O MUNDO IGNORA

Vista de Colombo, capital de Sri Lanka:

Jurandir Soares, para Correio do Povo

O mundo está diante de uma nova carnificina, mas que não tem tido muita repercussão devido à pouca importância do país, o Sri Lanka. Ali vem sendo travado um conflito, há 26 anos, que já deixou mais de 100 mil mortos, sendo 7 mil somente nos últimos três meses. A ONU classificou a situação como 'um banho de sangue'. Para variar, se trata de mais um conflito étnico.
O Sri Lanka, cujo nome significa 'ilha resplandescente', é uma antiga colônia britânica, que conseguiu sua independência na mesma ocasião que a Índia, ou seja, em 1948. Conhecida até 1972 como Ceilão, a ilha é famosa pelas especiarias, pelas pedras preciosas e pelas plantações de chá. Da população de 20 milhões de habitantes, 74% são cingaleses e 13% são tâmeis. E é justamente aí que está a razão do conflito. Os cingaleses sempre perseguiram a minoria tâmil. Em 1983, a morte de 13 soldados cingaleses por militantes tâmeis deflagrou a pior explosão de violência étnica da história do país. Centenas de tâmeis foram assassinados pela população em Colombo, a capital do país, e em várias outras cidades. Centenas de milhares de tâmeis perderam suas casas e fugiram para o sul da Índia.
Surgiu então o grupo Tigres Tâmeis, que se destaca pela violência. Se tornou o pioneiro na prática dos ataques suicidas e chegou a ter autonomia aérea e naval. Desde então, o país não teve mais paz. Desde janeiro, o governo desenvolve o que chama de 'ofensiva final' contra os rebeldes. O problema é que não morrem apenas militantes, mas também civis – velhos, mulheres, crianças, numa atrocidade que só num dia desta semana teria deixado 378 mortos e mais de 1.100 feridos. Encurralado numa área de apenas 4,5 km², o grupo separatista não permite a saída da população. A situação chegou a um ponto tão crítico que os médicos decidiram abandonar os feridos no único hospital da área sob o controle dos Tigres Tâmeis. Segundo os informes, as instalações médicas, improvisadas em uma escola, foram bombardeadas por dois dias consecutivos.
Nesta quarta-feira, finalmente, o Conselho de Segurança da ONU resolveu se manifestar. Formulou um 'pedido internacional' de cessar-fogo. Mas o apelo não foi aceito pelo governo de Colombo, que se disse disposto a levar adiante o que chama de 'ataque final' contra os Tigres Tâmeis. Imagens de satélite revelam bombardeios contínuos à zona rebelde. Segundo estimativas da ONU, 6.500 civis morreram e 14.000 foram feridos entre o fim de janeiro e meados de abril.
O histórico dos conflitos étnicos mostra que não haverá uma 'solução final'. Os tâmeis não serão exterminados. Será necessário um acordo político. Mas este, pelo que se observa, está muito longe. E até então, muita gente inocente irá morrer. E, como em todo conflito étnico, o ódio gera mais ódio e não se vislumbra uma solução que não seja a intervenção de uma força multinacional de paz. Mas, como eu disse no início, se trata de um país pequeno e sem importância. Portanto...

sábado, 16 de maio de 2009

Joe Satriani - Summer Song (Live 2006)

Una televisión australiana airea las fotos de los maltratos a presos que Obama quiere vetar


Madrid. (Europa Press) La cadena de televisión australiana SBS ha aireado algunas fotografías que se cree forman parte de las aproximadamente 2.000 que muestran abusos y maltratos contra presos detenidos por las tropas estadounidenses en prisiones de Iraq y Afganistán y que la Administración de Barack Obama pretende vetar para evitar que salgan a la luz, ya que alega que podría poner en peligro a los soldados que están en las misiones en el exterior.

La televisión ha explicado que consiguió las fotos en el año 2006, después del escándalo provocado por las imágenes de los abusos en la cárcel iraquí de Abu Ghraib, pero que en su momento no fueron aireadas.

El Gobierno norteamericano ya anunció el pasado miércoles que recurriría la decisión de un tribunal de permitir la desclasificación de las 2.000 fotografías, tal y como había pedido la Asociación Americana por las Libertades Civiles (ACLU).

Las imágenes, que también han sido publicadas por otros medios como el diario australiano 'Sidney Morning Herald' o el británico 'Daily Telegraph', muestran a un preso colgado desnudo boca abajo u otro también desnudo y lleno de excrementos que está siendo amenazado por un guardia. En otra de las fotos aparece un preso esposado a la reja de una ventana de una celda con los calzoncillos puestos como mordaza.

Según informan estos medios, en otras fotografías que todavía no han sido aireadas se ve a varios militares amenazando a un preso con sodomizarle con un palo de escoba y a detenidos encapuchados en los aviones en que los transportaban con revistas 'Playboy' colocadas en sus regazos.

En un principio, Obama se comprometió a permitir la desclasificación de estas imágenes, pero después se echó atrás cuando varios generales advirtieron de que su publicación podría poner en grave peligro a las tropas que están desplegadas en Irak y Afganistán.

La lucha en el tribunal para vetar las fotos ha provocado las críticas de ACLU, que acusa a Obama de traicionar los compromisos que adquirió tras tomar posesión y de "complicidad en el encubrimiento de la comisión de la tortura" de la Administración de George W. Bush. "Sólo mirándonos directamente al espejo, reconociendo los crímenes del pasado y asumiendo la responsabilidad, podremos seguir adelante y asegurarnos de que estas atrocidades no se repetirán", subrayó el director ejecutivo de ACLU, Anthony Romero.

El equipo legal de la Casa Blanca anunció ayer que está preparando para el 9 de junio un alegato en el que afirmará que publicar las fotografías va contra la seguridad nacional de Estados Unidos. Todo coincide con la decisión anunciada por Obama de resucitar las 'comisiones militares' creadas por Bush para los presos de la base naval de Guantánamo.

"Estas comisiones militares tienen una larga tradición en Estados Unidos y son apropiadas para juzgar a los enemigos que violaron las leyes de la guerra", señaló Obama en una declaración pública difundida por la Casa Blanca.

La Vanguardia

sexta-feira, 15 de maio de 2009

FORTE RECOMENDAÇÃO


Este blog não tem vínculo com nenhuma organização pública, privada ou do terceiro setor para qualquer finalidade voltada à geração de recursos econômicos e/ou financeiros.
Estamos, porém, abrindo uma exceção para a entidade cujo link disponibilizo, em função de sua sugestiva denominação social.

Clique AQUI para conferir.

Gracias Jackson.

Partículas de drogas são detectadas no ar de Madri e Barcelona


Anelise Infante
De Madri para a BBC Brasil

Partículas de ao menos cinco tipos de drogas - cocaína, heroína, maconha, ecstasy e ácido lisérgico - estão flutuando no ar de Madri e Barcelona, segundo o Conselho Superior de Investigações Científicas, da Espanha.

De acordo com o relatório publicado nesta sexta-feira pela revista Analytical Chemistry, foram encontradas moléculas de 17 componentes e metabolitos (substância produzida e excretada pelo organismo) das drogas no ar das duas cidades.

Os pesquisadores consideram altas as quantidades detectadas na atmosfera, embora tenham afirmado que as amostras foram colhidas em bairros onde o consumo de drogas é habitual.

Esta foi uma análise de referência para um projeto piloto, por isso os pesquisadores afirmam que os índices não são representativos de todas as áreas das cidades e que não há riscos para a população.

Concentração

As maiores concentrações são as de maconha e cocaína. Segundo o estudo, no caso da cocaína as partículas são liberadas no ar desde o processo de manipulação até o momento em que a droga é aspirada.

Já a maconha libera componentes através da fumaça, assim como a heroína quando é fumada.

O relatório constatou que os maiores índices de moléculas de maconha são detectados de segunda a quinta-feira.

De sexta a domingo dispara a contaminação de cocaína e outras drogas sintéticas.

No ar de Barcelona, foi registrada uma média diária de 210 picogramos (um bilionésimo de grama) de droga.

Nos fins de semana, a contaminação se multiplica por quatro, mas segundo o relatório, isso ocorre porque as amostras foram colhidas "onde se concentram focos de consumos que podem estar relacionados com a prostituição e outras atividades", entre eles o Nou Camp, o estádio do Barcelona.

Em Madri, a concentração média de cocaína encontrada por dia foi de 480 picogramos. As amostras, neste caso, foram colhidas perto de um prédio em estado de abandono, onde consumidores de droga costumam comprar e usar a substância.

De acordo com o departamento de química ambiental de geociências do Instituto de Diagnóstico Ambiental, responsável pelas análises finais, os níveis de cocaína encontrados nas cidades espanholas são comparáveis aos de metais pesados como cádmio e bismuto, contaminantes da atmosfera, mas regulamentados.

A técnica de medição da contaminação ambiental é novidade. Foram usados filtros com micro-fibras de quartzo que retém as partículas em suspensão no ar.

Estes filtros de alta sensibilidade são analisados com técnicas de cromatografia líquida e espectrometria de massas.

VAMPIROS PICARETAS


CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, SEXTA-FEIRA, 15 DE MAIO DE 2009

EUA rejeita os termos da partilha

Os Estados Unidos anunciaram ontem que não aceitam os termos do acordo sobre a partilha de vírus e vacinas por todos os governos, negociado nos últimos dois anos. Washington é contra a obrigação de fornecer os produtos elaborados em seus laboratórios a partir do material genético recebido de outros países. Para as regiões emergentes, essa postura é uma 'traição'.
Conforme o Itamaraty, a estratégia da Casa Branca foi a de tentar convencer a todos de que a urgência da nova gripe exigia que um acordo fosse fechado em breve, mesmo com sua posição de rejeitar obrigações legais. A gripe suína já provoca também a guerra de patentes. Ontem, a OMS autorizou a venda de genéricos para tratar a doença. A indiana Cipla conseguiu que seu antiviral fosse registrado e negocia seu fornecimento para México e outros emergentes latinos, Oriente Médio e África. Desde a eclosão da doença, o produto da Roche, Tamiflu, era o único autorizado pela organização.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Clássico anti-apartheid 'Clube do Bangue Bangue' será transformado em filme


Rafael Pirrho
De Johanesburgo (África do Sul) para a BBC Brasil

Os anos que antecederam o fim do Apartheid na África do Sul vão virar filme com atores de Hollywood. O Clube do Bangue Bangue, inspirado no livro do mesmo nome, conta a experiência de quatro jovens fotógrafos sul-africanos que captaram algumas das imagens mais marcantes da época.

Publicado em 2001, com fotos de Greg Marinovich, João Silva, Kevin Carter e Ken Oosterbroek, o livro retrata os violentos conflitos entre diversos grupos políticos no período entre a libertação de Nelson Mandela, em 1990, e as primeiras eleições livres da história do país, em 1994.

"Rodar essa história foi como viver cinco anos em apenas seis semanas", disse Marinovich, que trabalhou como consultor do filme, em entrevista à BBC Brasil.

As lembranças dos conflitos estão marcadas até hoje no corpo de Marinovich. Durante um tiroteio na favela de Thokoza, nove dias antes das eleições de 1994, ele ficou gravemente ferido e seu parceiro Ken Oosterbroek acabou morto. No mesmo ano, Kevin Carter, que havia recebido o Prêmio Pulitzer de Fotografia meses antes, se suicidou por depressão.

"Tenho consciência de que foi uma experiência muito rica para todos que viveram naqueles anos, mas olhando pra trás, preferia nunca tê-la vivido", explicou Marinovich.

Expectativas frustradas

O diretor do filme, Stephen Silver, acredita que a violência entre 1990 e 1994 foi uma espécie de "último espasmo do regime do apartheid".

"Essa é a história que não foi contada sobre a libertação política da África do Sul. Morreram mais pessoas naqueles anos do que em décadas de apartheid", analisa Silver.

Marinovich disse que o país mudou muito desde então. Apesar de reconhecer graves problemas como a violência urbana, ele não vê semelhanças entre os dias de hoje e a tensão do início da década de 90. Ainda assim, lamenta que os governos que sucederam o regime do Apartheid não tenham conseguido atender às expectativas de boa parte da população.

"Sinto que as pessoas estão desapontadas, a democratização não trouxe os serviços que prometia para o povo. Os mais pobres ainda sofrem muito com as desigualdades sociais", afirmou.

João Silva, o outro autor ainda vivo do livro, classificou a realização do filme como uma forma de manter vivas as memórias de Ken Oosterbroek e Kevin Carter.

"Trabalhei com os produtores para levarmos às telas um retrato verdadeiro daqueles dias. O livro é de certa forma um símbolo de amor em meio a tudo que passamos", acrescentou.

A irmã de Oosterbroek, Athele, também participou da produção. Para ela, foi uma forma de homenagear o irmão assassinado.

"No início das filmagens tudo foi muito real e doloroso. Mas estou feliz em contar essa história que homenageia quatro amigos, incluindo meu irmão. O filme vai ajudar a curar feridas e creio que muita gente vai aprender com ele", disse Athele.

O Clube do Bang Bang foi rodado na África do Sul e tem no elenco Ryan Phillippe (de Crash - No Limite e A Conquista da Honra), que interpreta Marinovich. A previsão de lançamento é para o segundo semestre deste ano ou para o início de 2010.

Vivendo a vida sem carro e usando só bicicletas e trem - veja q paraiso!


Vauban, distrito de Freiburg, na Alemanha, está experimentando a vida sem carro. É uma comunidade de classe alta onde 70% das famílias nao têm automóveis. Bicicletas e trem para Freiburg sao os meios de transporte. Os carros nao sao proibidos, mas a posse e o uso sao desestimulados - há apenas 2 lugares para estacionar, localizados nos limites da cidade. Quando os moradores precisam ir a algum local distante, as familias se reunem em torno de soluçoes coletivas, como carros alugados pela comunidade. Segundo materia do New York Times, os moradores de Vauban gostam da qualidade de vida que têm, apreciam o fato de nao precisarem se preocupar com segurança no trânsito ou segurança das crianças na rua. Sao pessoas com inclinaçao 'verde', mais da metade vota no Partido Verde Alemao.

14/05 Blue Bus

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Manipulite a la inmigración ilegal en Italia: diputados votan que sea delito


Es una de las medidas más polémicas impulsadas por el premier italiano y ya cuenta con el aval de la Cámara baja. Contempla multas de hasta 10 mil euros y prisión hasta para los que alquilen a extranjeros sin documentos.

Crítica Digital

La cámara baja del Parlamento italiano aprobó hoy una ley que convierte en delito la inmigración ilegal, una de las medidas más polémicas y más impulsadas por el gobierno de derecha del primer ministro Silvio Berlusconi.

Para asegurarse la aprobación de la norma, los partidos aliados de Berlusconi sometieron la ley a una moción de confianza -que fuerza a los legisladores a cerrar filas porque una derrota supone la caída del gobierno- y ganaron por 316 votos a 258.

La ley hace de la entrada o estadía en Italia sin autorización un delito castigable con una multa de entre 5.000 y 10.000 euros (6.840 y 13.670 dólares), y aunque no prevé cárcel para los ilegales, impone hasta tres años de prisión a quien alquile viviendas a los sin papeles.

La norma, que aún debe pasar por el Senado, recogió los principales puntos de un plan de seguridad aprobado el año pasado por el gobierno de Berlusconi, algunos de cuyos puntos, los considerados más urgentes, ya fueron puestos en vigor por decreto.

La gobernante coalición conservadora hizo de la lucha contra la inmigración ilegal una de sus principales banderas, alentada por encuestas en las que muchos italianos vinculan la inmigración con el delito y la inseguridad.

Más de 36.000 inmigrantes de Africa y otros lugares llegaron a Italia en barcos el año pasado, muchos de los cuales llegaron a tierra en la pequeña isla siciliana de Lampedusa. Cientos de botes de redes de contrabando de personas partieron sólo de Libia.

Italia ocupa el cuarto lugar de los países con más pedidos de asilo, después de Estados Unidos, Canadá y Francia, según la organización humanitaria Comité Italiano para los Refugiados.

La semana pasada, Italia comenzó a aplicar la política de rechazar a indocumentados antes de que entren en aguas italianas, para que no puedan ejercer el derecho a solicitar asilo político.

El organismo de la ONU para los refugiados (ACNUR), el Vaticano y organizaciones humanitarias manifestaron su indignación y acusaron al gobierno italiano de violar la ley internacional.

Berlusconi, quien se queja de que su país fue abandonado por la Unión Europea para enfrentar solo la inmigración ilegal, defendió ayer esta política y dijo que el ACNUR puede examinar los pedidos de asilo de los inmigrantes en Libia.

Berlusconi dijo que muchas de esas personas son reclutadas por delincuentes y que ninguna de ellas pide asilo. Sin embrago, la afirmación del premier fue refutada hoy por el director del Comité Italiano para Refugiados, Christopher Hein, quien dijo que el 70% de los inmigrantes llegados a Italia el año pasado pidió asilo y un tercio lo obtuvo.

Hein dijo a Radio Vaticana que muchos africanos pagan a redes criminales para trasladarse a Europa como consecuencia de la política de libre circulación de la Unión Europea (UE).
"Este sistema funciona de manera que ningún ciudadano de un país tercero, sobre todo si es africano, loga entrar en territorio italiano o comunitario de modo regular, porque nadie les da el visado", dijo Hein, citado por la agencia ANSA.

Aunque Italia emite desde hace años órdenes de expulsión para inmigrantes ilegales, la nueva ley criminaliza la entrada o residencia ilegal en Italia y obliga a denunciarla. La diputada Livia Turco, del opositor Partido Democrático, dijo que aunque Italia garantice la escolaridad para los hijos de los sin papeles, los docentes podrían sentirse compelidos a denunciar a sus padres, según Télam.

El diputado de centro-derecha Rocco Buttiglione dijo antes de la votación que la ley instituirá la "esclavitud" en Italia al crear una clase de trabajadores sin ningún derecho, "en una condición de inferioridad material y moral".

Arquitetos propõem túnel para ligar Bolívia ao mar


Veronica Smink
Da BBC Mundo

Três arquitetos no Chile estão propondo a construção de um túnel que ligue o território boliviano ao Oceano Pacífico, como tentativa de atender uma reivindicação boliviana de 130 anos.

A Bolívia perdeu o acesso que tinha ao mar para o Chile na Guerra do Pacífico, em 1879. A reivindicação tem sido uma das principais campanhas diplomáticas do presidente boliviano, Evo Morales.

Nesta semana, o ministro das Relações Exteriores do Chile, Mariano Fernández, disse que "está aberto a todas as sugestões e a todas as ideias que representem um avanço na integração latino-americana".

A proposta dos arquitetos Humberto Eliash, Carlos Martner e Fernando Castillo Velasco prevê a construção de um túnel de 150 quilômetros, que nasceria da fronteira boliviana e desembocaria em uma ilha artificial, criada no Oceano Pacífico com os restos extraídos das obras.

"Os poetas dizem que é preciso construir uma ponte entre a Bolívia e o Pacífico que salte por cima do Chile. Nós pegamos esta ideia e resolvemos investigar se haveria uma possibilidade de torná-la real", disse Eliash à BBC.

O arquiteto disse que o projeto mostra que existem alternativas para a reivindicação boliviana.
Desenho da ilha artificial

Arquitetos construiriam ilha artificial com restos da obra do túnel

"Isso começa a eliminar as dúvidas de que o problema técnico tem solução. Eu acredito que o problema econômico também é contornável. Então, sobra apenas a incógnita política", disse.

Permissão do Peru

A questão política não é um ponto pequeno para o êxito da proposta. Segundo o projeto, o túnel passaria por baixo da Linha da Concórdia, a fronteira entre Chile e Peru.

A fronteira é alvo de disputa entre os dois países, que mantêm uma disputa na Corte Internacional de Justiça.

A permissão peruana seria necessária não só para a construção do túnel, mas para a criação da ilha artificial, que ficaria na porção do território marítimo disputado por Chile e Peru.

No entanto, é difícil saber se o Peru apoiaria o projeto, já que existe um desentendimento entre Morales e o presidente peruano, Alan García, sobre o asilo político dado pelo Peru a ex-ministros da oposição boliviana.

Até agora, o próprio governo boliviano ainda não se manifestou sobre o projeto.

A visão dos arquitetos também gera alguns desafios em termos de soberania.

Segundo Eliash, para que o projeto funcione, o Chile e o Peru deveriam dar à Bolívia o uso soberano do túnel e da ilha, o que cria algumas dúvidas a respeito de temas complicados, como segurança e imigração.

O arquiteto disse que já outros casos no mundo onde este tipo de solução foi pensado. Ele cita os projetos para construção de túneis entre China e Taiwan, Rússia e Estados Unidos, e Espanha e Marrocos.

Viva a chuva! Viva a chuva!


CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, QUARTA-FEIRA, 13 DE MAIO DE 2009

LUIZ FERNANDO NACHTIGALL

Confesso minha mais profunda irritação em ligar a TV e ver as 'mocinhas do tempo', aquelas que nada entendem de dinâmica da atmosfera, anunciando que a estiagem segue e que chuva de novo apenas no final do mês. Ora, o que o povo gaúcho não precisa no momento é de pessimismo patrocinado por iliteratos em Meteorologia. Na prática, o processo de estiagem sofre uma interrupção, mas seus efeitos ainda persistem. Não será um evento único capaz de reverter as consequências de uma estiagem de meses no Estado inteiro. Que se comemore a chuva! Em 2005, a grave seca foi atenuada por um episódio de chuva no dia 13 de março e outro no dia 23. Existem dados apontando que voltaria a chover na próxima semana. Este episódio de precipitação de agora ocorre no momento em que o padrão atmosférico no Oceano Pacífico deixa de ser de La Niña e com os dados indicando a diminuição da chuva no Brasil Central, o que deve repercutir em maior aporte de umidade para o Sul do Brasil. Este é dado crucial. O cenário que favoreceu a seca dos últimos meses começa a se alterar. Vem mais chuva no dia de hoje, forte em alguns pontos, amanhã ainda pode chover forte no Norte gaúcho e em pontos isolados do Leste, e na sexta mantém-se a chance de instabilidade isolada no Leste. Não tínhamos nada. Agora temos. E vem mais. Vibremos, então!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Los ex carapintadas en el golpismo contra Evo


Por Nora Veiras, para Página/12

“Estaría presente en la zona del Beni (norte de Bolivia) una célula argentina de once ex carapintadas que se sumarían a otras dos células (brasileña y uruguaya), integradas por ex militares que habrían estado en misión en los Balcanes. La mencionada ‘célula argentina’ habría mantenido contactos con sectores de ‘ultraderecha’, opositores al actual gobierno nacional boliviano, en Santa Cruz y en Cobija, departamento de Pando.” La información, fechada el 4 de mayo, que recibió la Cancillería argentina de la Embajada en Bolivia y a la que accedió Página/12, señala que “empresarios y terratenientes de Santa Cruz de la Sierra habrían requerido la presencia de los ex militares con el objetivo de ser instruidos en materia de autodefensa ante eventuales intentos de apresamiento por parte de organismos oficiales”. Las piezas del rompecabezas se empiezan a colocar en posición a partir de la investigación sobre el grupo de supuestos terroristas, liderado por Eduardo Rózsa Flores, “Héroe de la Guerra de los Balcanes”, que fue desbaratado por la Policía Nacional de Bolivia el pasado 16 de abril. El presidente Evo Morales denunció que la banda planeaba un magnicidio.

El pasado 21 de abril este diario informó que el vicepresidente de Bolivia, Alvaro García Linera, se había comunicado con el embajador argentino en La Paz, Horacio Macedo, para pedirle colaboración en el control de los pasos fronterizos “por la eventual presencia de activistas argentinos en distintas regiones de Bolivia”. En ese momento se mencionaban los viajes a Bolivia del mayor retirado Jorge Mones Ruiz, uno de los reincidentes carapintadas que entre el ’87 y el ’91 se alzó en armas para exigir la impunidad de los represores.

El nuevo informe da cuenta de que “Mones Ruiz habría estado en contacto con el presunto terrorista/mercenario ultimado Rózsa Flores y con (Luis Enrique) Baraldini”, otro compañero de armas prófugo de la Justicia argentina por su actuación durante la represión ilegal en La Pampa y radicado en Santa Cruz de la Sierra con nombre falso. Mones Ruiz estuvo destinado como oficial de inteligencia del Ejército argentino en Bolivia durante un tramo de la última dictadura y suele jactarse del conocimiento de sus camaradas bolivianos.

Al ex carapintada lo seducen sus vínculos con la ultraderecha latinoamericana. En el ’87, el Círculo Militar le publicó un libro en el que desarrollaba su expertise sobre la formación de grupos comandos contra los procesos revolucionarios en Centroamérica. Este año, encontró un anclaje institucional en la llamada UnAmérica, una ONG que pretende ser la contracara de la Unasur, la organización que integran los presidentes de América latina. Justamente, los gobiernos “izquierdistas”, especialmente los de Bolivia y Venezuela, provocan los desvelos del comité liderado por el venezolano antichavista Alejandro Peña Esclusa.

Mones Ruiz despunta el vicio de difundir su pensamiento en distintos formatos pero con la misma obsesión. Con otro de sus camaradas carapintada, Breide Obeid, formó el “Conjunto Patria” y sale a cantar sus propias letras en encuentros católicos. Más académico, publicó varios libros, entre ellos Argentina ¿sin destino? Estudio sobre las nuevas amenazas, y se explaya en páginas web sobre “el desgobierno y las falencias institucionales (aprietes a empresarios, control de precios, crisis energética, caso ‘Papeleras’, inseguridad ciudadana, corrupción, justicia ‘tuerta’, agrandamiento de la brecha entre ricos y pobres, legisladores ‘borocotizados’, violencia social, comandantes militares desmemoriados, fuerzas policiales con menos garantías que los delincuentes, etc.), están generando las condiciones para el cambio estructural que la sociedad reclama”. Hiperactivo, el año pasado empezó a hacerse tiempo para recorrer las asambleas rurales y azuzar el conflicto.

Esclavo de las palabras

La violenta irrupción de la policía en el cuarto piso del hotel Las Américas que terminó con la muerte de Rózsa Flores (boliviano-húngaro-croata), Arpád Magyarosi (rumano de origen húngaro) y Michael Dwyer (irlandés) y la detención de Mario Francisco Tadic Astorga (boliviano con pasaporte croata) y Elöd Tóásó (rumano-húngaro) potenció la virulencia opositora en Bolivia. El presidente Evo Morales aspira a ser reelecto el próximo 6 de diciembre y leyó la actuación de esos comandos trasnacionales como una prueba cabal de un plan para asesinarlo. En el entramado de relaciones en ese campo minado aparecen indicios de la participación de los personajes de siempre.

Cinco días después del operativo en el hotel, la Red de Televisión Húngara emitió una entrevista realizada por el periodista Andras Kepes el 8 de septiembre de 2008 en la que Rózsa confirma que viajó a Santa Cruz de la Sierra a pedido de personas que le solicitaron formar un grupo de autodefensa de la región y que, si no se lograba la coexistencia pacífica con el resto del país, se buscaría su independencia. El diario El Deber, de Santa Cruz, detalló que “el hombre, de 49 años, aseguró que su misión ‘tenía respaldo legal’, ya que la decisión de organizar la milicia se basaba en la autorización del Consejo de Santa Cruz. Consultado el presidente de la Asamblea Departamental, Juan Carlos Parada, aseguró que no conocía nada al respecto y que no sabía a cuáles de los consejos o asambleas que funcionan en Santa Cruz pidió permiso. Según Rózsa, un grupo de opositores políticos lo contactó hace más o menos año y medio desde Santa Cruz. Su misión principal era defender la región de los grupos y milicias de indígenas. ‘Estamos dispuestos, dentro de unos meses, en el caso de que la coexistencia no funcione y en virtud de la autonomía, a proclamar la independencia (de Santa Cruz) y crear un nuevo país’, dijo Rózsa.”

Rózsa grabó la entrevista como un testamento: sólo podía ser difundido en caso de muerte. El extraño personaje que supo militar en el Opus Dei, convertirse al islamismo y ser consagrado “Héroe de la Guerra de los Balcanes” terminó reclutando mercenarios para defender a la ultraderecha boliviana. La participación en el frente croata le abrió lazos con militares latinoamericanos que encontraron en esas milicias el nicho buscado para desarrollar sus competencias de comandos.

Mano de obra

El detallado informe que se está analizando en la Cancillería argentina cuenta que empresarios y terratenientes de Santa Cruz de la Sierra habrían apelado a los ex militares “con el objetivo de ser instruidos en materia de autodefensa ante eventuales intentos de apresamiento por parte de organismos oficiales y avasallamientos de distintos tipos, incluyendo la toma de tierras privadas por parte de entidades sociales como el MAS”, en alusión al Movimiento Al Socialismo, el partido que lidera Evo Morales.

El modelo de los terratenientes brasileños que instauraron virtuales escuadrones de la muerte para contrarrestar la acción de los Sin Tierra ilumina el imaginario de las fuerzas reaccionarias de los secesionistas de la región már rica de Bolivia. La organización Human Wright Foundation Bolivia, que responde a Victor Hugo Achá, sería el alma matter de la estrategia encuadrada en los objetivos de UnAmérica, evalúa el texto que recaló en el Palacio San Martín.

El 30 de abril, el fiscal Marcelo Sosa quien instruye la investigación por la actuación del grupo de Rósza convocó a declarar a Achá para corroborar las declaraciones de algunos de los deternidos en la causa. El presidente de HWF había viajado una semana antes a los Estados Unidos y anunció que no regresará hasta que no le den garantías legales para defenderse de las acusaciones. Sin embargo en una comunicación telefónica con un canal local reconoció que conversó en más de tres ocasiones con Rózsa pero, obviamente, negó cualquier vínculo con la milicia que organizaba el boliviano-húngaro-croata.

Según consignó el diario La Prensa, de La Paz, Juan Carlos Gueder, el detenido declaró: “Sé que había otra persona vinculada dentro del campo político (para ser asesinado en Bolivia), pero tampoco sé su nombre, porque hay otra gente que debería estar dando la cara aquí, debería estar aquí el señor Hugo Achá dando la cara”. Gueder aseguró que el dirigente de HWF había estado en las reuniones con la presunta banda terrorista. A Gueder le otorgaron la prisión domiciliaria por haber colaborado con la Justicia.

El 1° de mayo, el presidente boliviano dijo que si la organización no aclara sus vínculos con “los terroristas” podría ser expulsada del país como ya ocurrió en Venezuela. El comité Pro Santa Cruz, centro de la flor y nata de la oposición que reiteradamente intentó desestabilizar a Morales, convocará a una asamblea para evaluar qué hacer ante el avance de la investigación por los vínculos de empresarios con los presuntos terroristas abatidos en el hotel America.

En ese marco actúan los sectores representados en UnAmérica, organización en la que el carapintada argentino Mones Ruiz se desempeña como secretario, y proyectan presentar una denuncia ante la Corte Interamericana de Derechos Humanos contra el gobierno de Morales acusándolo de ser el responsable de la Masacre de Pando. El objetivo es contrarrestar el informe aprobado por la Unasur que derivó en la prisión, entre otros, del prefecto de Pando por la persecución y los asesinatos racistas fogoneados desde la ultraderecha.

MERA COINCIDÊNCIA

Cena de "O que teria acontecido com Baby Jane":

Juremir Machado da Silva, para Correio do Povo

É tanta coisa acontecendo em Palomas que não consigo mais falar de outros assuntos. Um homem apareceu boiando no lago de Palomas. Tentaram explicar o fato dizendo que não era lago, mas rio. Faz sentido. Muda tudo. A oposição denunciou um escândalo de caixa 2 no governo local. A Rede Baita Sol tratou de afirmar que eram denúncias sem prova, apesar de os denunciantes terem visto horas de gravação. Pois não é que agora uma revista estrangeira descobriu uma gravação onde o homem que morreu conversa com um colega e ambos admitem os fatos denunciados. A Rede Baita Sol estranhamente acha, outra vez, que é denúncia sem provas. E a gravação ouvida? E o depoimento da viúva do principal envolvido?
— Fedeu! – exclamou o principal defensor do governo.
— Essa gravação não prova coisa alguma – disse outro.
— É tudo requentado – declarou a principal interessada.
Candoca, o inocente, espantou-se. É um sujeito abilolado e sempre faz perguntas inconvenientes e bobas:
— Mas essa gravação não é justamente a prova que faltava?
— Cala a boca, idiota. Essa prova não tem valor jurídico.
— Por que não tem? É falso o que os homens confessam lá?
— Puxa, Candoca, tu és muito burro mesmo. Cala a boca.
— E o depoimento da viúva não serve para nada? Por que os dois estariam mentindo numa conversa só entre eles?
— Chega, Candoca. A viúva é louca, o morto tinha problemas emocionais e o outro não merece respeito. Além disso, os supostos doadores negam ter dado o dinheiro.
— Ah, bom! Por que eles iriam admitir? Depois eu é que sou burro! Tem cada coisa esquisita em Palomas. Credo!
— Candoca, Candoca, quer ir ver se estou na esquina?
— Se a oposição fosse governo, como no tempo do bigodudo, certa mídia não estaria pedindo o impeachment?
— A oposição não é governo, burro, pois ela é oposição.
— Quando teve o mensalão em Palomas, pediram o impeachment do presidente. Não se deveria fazer o mesmo agora? Não consigo entender a diferença. Que coisa!
— Aprende uma coisa, Candoca: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Só fale coisa com coisa, seu!
— Ah, é? Não teve uma agência de publicidade ganhando a renovação de um contrato após ter feito alguns favores?
— Candoca, seu idiota, isso é tudo mito. Não existem provas. E as coisas nunca funcionam assim em Palomas. Aqui, tudo é diferente. Somos mais éticos. Cala a boca.
— Está bem, mas eu só queria entender uma coisa: é possível inventar ou montar as vozes de dois homens dizendo o que eles não disseram? Ou as vozes não são deles? Mas a viúva não ouviu e confirmou? O repórter não comparou as vozes com as dos supostos donos delas?
— Candoca, desse jeito, vais arrumar sarna para te coçar.
— Não entendo. O problema não era que se tinha denunciado tudo sem apresentar gravação alguma? Pois agora que apareceu uma gravação, me diga, não era o que faltava?
— Candoca, definitivamente, tu não passas de um imbecil.
Qualquer semelhança dessa história com fatos reais é mera coincidência. Palomas não serve de parâmetro. Lá, os representantes da comissão de ética costumam se lixar para a opinião pública. Só em Palomas mesmo. Credo!

juremir@correiodopovo.com.br

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Daniel Paz & Rudy



Página/12

Futebol não é solidário nem na gripe


Emir Sader, para Carta Maior

A atitude das equipes que deveriam jogar no México – o São Paulo e o Nacional do Uruguai – negando-se a jogar naquele país, assim como os países que negaram a receber a partida dos times mexicanos, revela um egoísmo inaceitável.

A gripe surgiu no México, mas poderia ter surgido em qualquer outro pais do continente. As condições para se defender de uma epidemia como essa são praticamente iguais, igualmente ruins em todos os países, menos em Cuba – pela medicina social que o país tem. Se originou no México, o país tomou todas as medidas possíveis nas condições de uma grande metrópole como a capital, chegou a suspender aulas, missas e todo tipo de concentração. Essas medidas já foram suspensas. Com as cautelas do caso, o país voltou a funcionar, se poderia perfeitamente jogar lá.

A Conmebol procurou inicialmente outros países que pudessem sediar as partidas programadas para o México. Chile e Colômbia foram sondados, mas se negaram a sediar jogos de equipes mexicanas. Em seguida a Conmebol tomou a atitude unilateral e injusta de programar um único jogo, no Uruguai e no Brasil, cancelando os jogos no México. A Federação mexicana, com razão, não aceitou a decisão, considerando-a injusta e discrminatória, rompendo suas relações com a Conmebol e retirando seus times da Libertadores.

A atitude da Conmebol e das duas equipes beneficiadas – o São Paulo e o Nacional do Uruguai, que se negaram a jogar no México – é odiosa. Se valem da epidemia para tirar vantagens, discriminando os clubes mexicanos e devem ser repudiadas. No entanto a imprensa esportiva dos dois países considera normal essa vantagem, como se fosse uma punição disciplinar aos clubes mexicanos, por ser o pais de origem da epidemia. Esconde uma discriminação que deveria ser denunciada e repudiada. Sempre se poderiam encontrar condições, inclusive as que a Federação mexicana utiliza, de jogos sem publico, ou buscar outras datas.

A solução demonstra uma total falta de solidariedade das equipes de futebol, tornadas empresas com fins de muito lucro. Não acompanham os processos de integração e solidariedade continental, que tem caracterizado e notabilizado a América Latina. São empresas globalizadas, operadas por negociantes, sem raízes no nosso continente, apenas enraizadas no sucesso financeiro e midiático dos seus empreendimentos.

Atribui-se a Otto Lara Rezende a frase: “Os mineiros só são solidários no câncer”. O futebol profissional não é solidário nem na gripe. Ao contrário, busca faturar com a desgraça alheia, sem se dar conta que é sua própria desgraça.

O debate sobre o PIB: "estamos fazendo a conta errada"


Quando o navio petroleiro Exxon Valdez naufragou nas costas do Alaska, foi necessário contratar inúmeras empresas para limpar as costas, o que elevou fortemente o PIB da região. Como pode a destruição ambiental aumentar o PIB? Simplesmente porque o PIB calcula o volume de atividades econômicas, e não se são úteis ou nocivas. Na metodologia atual, a poluição aparece como sendo ótima para a economia, e o IBAMA vai aparecer como o vilão que a impede de avançar. A análise é de Ladislau Dowbor.

Ladislau Dowbor (*), para Carta Maior

"Crescer por crescer, é a filosofia da célula cancerosa" - Banner colocado por estudantes, na entrada de uma conferência sobre economia.

PIB, como todos devem saber, é o produto interno bruto. Para o comum dos mortais que não fazem contas macroeconômicas, trata-se da diferença entre aparecerem novas oportunidades de emprego (PIB em alta) ou ameaças de desemprego (PIB em baixa). Para o governo, é a diferença entre ganhar uma eleição e perdê-la. Para os jornalistas, é uma ótima oportunidade para darem a impressão de entenderem do que se trata. Para os que se preocupam com a destruição do meio-ambiente, é uma causa de desespero. Para o economista que assina o presente artigo, é uma oportunidade para desancar o que é uma contabilidade clamorosamente deformada.

Peguemos o exemplo de uma alternativa contábil, chamada FIB. Trata-se simplesmente um jogo de siglas, Felicidade Interna Bruta. Tem gente que prefere felicidade interna líquida, questão de gosto. O essencial é que inúmeras pessoas no mundo, e técnicos de primeira linha nacional e internacional, estão cansados de ver o comportamento econômico ser calculado sem levar em conta – ou muito parcialmente – os interesses da população e a sustentabilidade ambiental. Como pode-se dizer que a economia vai bem, ainda que o povo va mal? Então a economia serve para quê?

No Brasil a discussão entrou com força recentemente, em particular a partir do cálculo do IDH (Indicadores de Desenvolvimento Humano), que inclui, além do PIB, a avaliação da expectativa de vida (saúde) e do nível da educação. Mais recentemente, foram lançados dois livros básicos, Reconsiderar a riqueza, de Patrick Viveret, e Os novos indicadores de riqueza de Jean-Gadrey e Jany-Catrice. Há inúmeras outras iniciativas em curso, que envolvem desde o Indicadores de Qualidade do Desenvolvimento do IPEA, até os sistemas integrados de indicadores de qualidade de vida nas cidades na linha do Nossa São Paulo. O movimento FIB é mais uma contribuição para a mudança em curso. O essencial para nós, é o fato que estamos refazendo as nossas contas.

As limitações do PIB aparecem facilmente através de exemplos. Um paradoxo levantado por Viveret, por exemplo, é que quando o navio petroleiro Exxon Valdez naufragou nas costas do Alaska, foi necessário contratar inúmeras empresas para limpar as costas, o que elevou fortemente o PIB da região. Como pode a destruição ambiental aumentar o PIB? Simplesmente porque o PIB calcula o volume de atividades econômicas, e não se são úteis ou nocivas. O PIB mede o fluxo dos meios, não o atingimento dos fins. Na metodologia atual, a poluição aparece como sendo ótima para a economia, e o IBAMA vai aparecer como o vilão que a impede de avançar. As pessoas que jogam pneus e fogões velhos no rio Tieté, obrigando o Estado a contratar empresas para o desassoreamento da calha, contribuem para a produtividade do país. Isto é conta?

Mais importante ainda, é o fato do PIB não levar em conta a redução dos estoques de bens naturais do planeta. Quando um país explora o seu petróleo, isto é apresentado como eficiência econômica, pois aumenta o PIB. A expressão “produtores de petróleo” é interessante, pois nunca ninguém conseguiu produzir petróleo: é um estoque de bens naturais, e a sua extração, se der lugar a atividades importantes para a humanidade, é positiva, mas sempre devemos levar em conta que estamos reduzindo o estoque de bens naturais que entregaremos aos nossos filhos. A partir de 2003, por exemplo, não na conta do PIB mas na conta da poupança nacional, o Banco Mundial já não coloca a extração de petróleo como aumento da riqueza de um país, e sim como a sua descapitalização. Isto é elementar, e se uma empresa ou um governo apresentasse a sua contabilidade no fim de ano sem levar em conta a variação de estoques, veria as suas contas rejeitadas. Não levar em conta o consumo de bens não renováveis que estamos dilapidando deforma radicalmente a organização das nossas prioridades. Em termos técnicos, é uma contabilidade grosseiramente errada.

A diferença entre os meios e os fins na contabilidade aprece claramente nas opções de saúde. A Pastoral da Criança, por exemplo, desenvolve um amplo programa de saúde preventiva, atingindo milhões de crianças até 6 anos de idade através de uma rede de cerca de 450 mil voluntárias. São responsáveis, nas regiões onde trabalham, por 50% da redução da mortalidade infantil, e 80% da redução das hospitalizações. Com isto, menos crianças ficam doentes, o que significa que se consome menos medicamentos, que se usa menos serviços hospitalares, e que as famílias vivem mais felizes. Mas o resultado do ponto de vista das contas econômicas é completamente diferente: ao cair o consumo de medicamentos, o uso de ambulâncias, de hospitais e de horas de médicos, reduz-se também o PIB. Mas o objetivo é aumentar o PIB ou melhorar a saúde (e obem-estar) das famílias?

Todos sabemos que a saúde preventiva é muito mais produtiva, em termos de custo-benefício, do que a saúde curativa-hospitalar. Mas se nos colocarmos do ponto de vista de uma empresa com fins lucrativos, que vive de vender medicamentos ou de cobrar diárias nos hospitais, é natural que prevaleça a visão do aumento do PIB, e do aumento do lucro. É a diferença entre os serviços de saúde e a indústria da doença. Na visão privatista, a falta de doentes significa falta de clientes. Nenhuma empresa dos gigantes chamados internacionalmente de “big pharma” investe seriamente em vacinas, e muito menos em vacinas de doenças de pobres. Ver este ângulo do problema é importante, pois nos faz perceber que a discussão não é inocente, e os que clamam pelo progresso identificado com o aumento do PIB querem, na realidade, maior dispêndio de meios, e não melhores resultados. Pois o PIB não mede resultados, mede o fluxo dos meios.

É igualmente importante levar em consideração que o trabalho das 450 mil voluntárias da Pastoral da Criança não é contabilizado como contribuição para o PIB. Para o senso comum, isto parece uma atividade que não é propriamente econômica, como se fosse um bandaid social. Os gestores da Pastoral, no entanto, já aprenderam a corrigir a contabilidade oficial. Contabilizam a redução do gasto com medicamentos, que se traduz em dinheiro economizado na família, e que é liberado para outros gastos. Nesta contabilidade corrigida, o não-gasto aparece como aumento da renda familiar. As noites bem dormidas quando as crianças estão bem representam qualidade de vida, coisa muitíssimo positiva, e que é afinal o objetivo de todos os nossos esforços. O fato da mãe ou do pai não perderem dias de trabalho pela doença dos filhos também ajuda a economia. O Canadá, centrado na saúde pública e preventiva, gasta 3 mil dólares por pessoa em saúde, e está em primeiro lugar no mundo neste plano. Os Estados Unidos, com saúde curativa e dominantemente privada, gastam 6,5 mil, e estão longe atrás em termos de resultados. Mas ostentam orgulhosamente os 16% do PIB gastos em saúde, para mostrar quanto esforço fazem. Estamos medindo meios, esquecendo os resultados. Neste plano, quanto mais ineficientes os meios, maior o PIB.

Uma outra forma de aumentar o PIB é reduzir o acesso a bens gratuitos. Na Riviera de São Lourenço, perto de Santos, as pessoas não têm mais livre acesso à praia, a não ser através de uma séria de enfrentamentos constrangedores. O condomínio contribui muito para o PIB, pois as pessoas têm de gastar bastante para ter acesso ao que antes acessavam gratuitamente. Quando as praias são gratuitas, não aumentam o PIB. Hoje os painéis publicitários nos “oferecem” as maravilhosas praias e ondas da região, como se as tivessem produzido. A busca de se restringir a mobilidade, o espaço livre de passeio, o lazer gratuito oferecido pela natureza, gera o que hoje chamamos de “economia do pedágio”, de empresas que aumentam o PIB ao restringir o acesso aos bens. Temos uma vida mais pobre, e um PIB maior.

Este ponto é particularmente grave no caso do acesso ao conhecimento. Trata-se de uma área onde há excelentes estudos recentes, como A Era do Acesso, de Jeremy Rifkin; The Future of Ideas, de Lawrence Lessig; O imaterial, de André Gorz, ou ainda Wikinomics, de Don Tapscott. Um grupo de pesquisadores da USP Leste, com Pablo Ortellado e outros professores, estudou o acesso dos estudantes aos livros acadêmicos: o volume de livros exigidos é proibitivo para o bolso dos estudantes (80% de famílias de até 5 salários mínimos), 30% dos títulos recomendados estão esgotados. Na era do conhecimento, as nossas universidades de linha de frente trabalham com xerox de capítulos isolados do conjunto da obra, autênticos ovnis científicos, quando o MIT, principal centro de pesquisas dos Estados Unidos, disponibiliza os cursos na íntegra gratuitamente online, no quadro do OpenCourseWare (OCW) (1). Hoje, os copyrights incidem sobre as obras até 90 anos após a morte do autor. E se fala naturalmente em “direitos do autor”, quanto se trata na realidade de direitos das editoras, dos intermediários.

É impressionante investirmos por um lado imensos recursos públicos e privados na educação, e por outro lado empresas tentarem restringir o acesso aos textos. O objetivo, é assegurar lucro das editoras, aumentando o PIB, ou termos melhores resultados na formação, facilitando, e incentivando (em vez de cobrar) o aprendizado? Trata-se, aqui também, da economia do pedágio, de impedir a gratuidade que as novas tecnologias permitem (acesso online), a pretexto de proteger a remuneração dos produtores de conhecimento.

Outra deformação deste tipo de conta é a não contabilização do tempo das pessoas. No nosso ensaio Democracia Econômica, inserimos um capítulo “Economia do Tempo”. Está disponível online, e gratuitamente. O essencial, é que o tempo é por excelência o nosso recurso não renovável. Quando uma empresa nos obriga a esperarmos na fila, faz um cálculo: a fila é custo do cliente, não se pode abusar demais. Mas o funcionário é custo da empresa, e portanto vale a pena abusar um pouco. Isto se chama externalização de custos. Imaginemos que o valor do tempo livre da população econômicamente ativa seja fixado em 5 reais. Ainda que a produção de automóveis represente um aumento do PIB, as horas perdidas no trânsito pelo encalacramento do trânsito poderiam ser contabilizadas, para os 5 milhões de pessoas que se deslocam diariamente para o trabalho em São Paulo, em 25 milhões de reais, isto calculando modestos 60 minutos por dia. A partir desta conta, passamos a olhar de outra forma a viabilidade econômica da construção de metrô e de outras infraestruturas de transporte coletivo. E são perdas que permitem equilibrar as opções pelo transporte individual: produzir carros realmente aumenta o PIB, mas é uma opção que só é válida enquanto apenas minorias têm acesso ao automóvel. Hoje São Paulo anda em primeira e segunda, gastando com o carro, com a gazolina, com o seguro, com as doenças respiratórias, com o tempo perdido. Os quatro primeiros itens aumentam o PIB. O último, o tempo perdido, não é contabilizado. Aumenta o PIB, reduz-se a mobilidade. Mas o carro afinal era para quê?

Alternativas? Sem dúvida, e estão surgindo rapidamente. Não haverá o simples abandono do PIB, e sim a compreensão de que mede apenas um aspecto, muito limitado, que é o fluxo de uso de meios produtivos. Mede, de certa forma, a velocidade da máquina. Não mede para onde vamos, só nos diz que estamos indo depressa, ou devagar. Não responde aos problemas essenciais que queremos acompanhar: estamos produzindo o quê, com que custos, com que prejuizos (ou vantagens) ambientais, e para quem? Aumentarmos a velocidade sem saber para onde vamos não faz sentido. Contas incompletas são contas erradas.

Como trabalhar as alternativas? Há os livros mencionados acima, o meu preferido é o de Jean Gadrey, foi editado pelo Senac. E pode ser utilizado um estudo meu sobre o tema, intitulado Informação para a Cidadania e o Desenvolvimento Sustentável. Porque não haverá cidadania sem uma informação adequada. O PIB, tão indecentemente exibido na mídia, e nas doutas previsões dos consultores, merece ser colocado no seu papel de ator coadjuvante. O objetivo é vivermos melhor. A economia é apenas um meio. É o nosso avanço para uma vida melhor que deve ser medido.

* Ladislau Dowbor é doutor em Ciências Econômicas pela Escola Central de Planejamento e Estatística de Varsóvia, professor titular da PUC de São Paulo e consultor de diversas agências das Nações Unidas. É autor de “Democracia Econômica”, “A Reprodução Social: propostas para uma gestão descentralizada”, “O Mosaico Partido: a economia além das equações”, “Tecnologias do Conhecimento: os Desafios da Educação”, todos pela editora Vozes, além de “O que Acontece com o Trabalho?” (Ed. Senac) e co-organizador da coletânea “Economia Social no Brasil“ (ed. Senac) Seus numerosos trabalhos sobre planejamento econômico e social, inclusive o artigo Informação para a Cidadania mencionado acima, estão disponíveis no site http://dowbor.org – Contato: ladislau@dowbor.org

(1) O material do MIT pode ser acessado no site www.ocw.mit.edu; Em vez de tentar impedir a aplicação de novas tecnologias, como aliás é o caso das empresas de celular que lutam contra o wi-fi urbano e a comunicação quase gratuita via skype, as empresas devem pensar em se reconverter, e prestar serviços úteis ao mercado. A IBM ganhava dinheiro vendendo computadores, e quando este mercado se democratizou com o barateamento dos computadores pessoais migrou para a venda de softwares. Estes hoje devem se tornar gratuitos (a própria IBM optou pelo Linux), e a empresa passou a se viabilizar prestando serviços de apoio informático. Travar o acesso aumenta o PIB, mas empobrece a sociedade.