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segunda-feira, 14 de maio de 2018

DROGAS




Uma revisão geral de estudos que compilou as melhores e mais recentes informações sobre uso de drogas, lícitas ou ilícitas, e suas consequências mostrou que o álcool e o tabaco são as substâncias viciantes que representam de longe o maior fardo à saúde pública global. Muito mais do que todas as drogas ilícitas, como maconha, cocaína, heroína e outros opioides, juntas. (Globo)

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Drogas? É preciso pensar

Fonte da imagem AQUI.


sigo achando
que o álcool
é problema
mais sério
do que todas
as drogas
ilegais juntas


MARCOS ROLIM*
 

marcos@rolim.com.br

Sempre é bom ver políticos defendendo uma ideia. Ainda que seja só uma e de natureza conservadora. Mas poderíamos combinar algumas coisas. Primeiro: sempre que alguém fizer afirmação sobre relações causais deve indicar sua fonte. Desta forma, é possível checar os dados, avaliar a metodologia empregada e saber até que ponto as conclusões agregam consenso científico.

Se não for assim, só o que se estimula é o medo e o preconceito, o que termina por interditar o debate, ao invés de promovê-lo. O "Manifesto contra a descriminalização das drogas", divulgado esta semana e assinado por políticos, entidades médicas e religiosas é _ independente da intenção de seus autores _ uma peça em favor da interdição do debate e em nenhum momento um convite à reflexão.

Ele faz muitas afirmações, mas não indica uma só referência.

Diz, por exemplo, que a experiência de Portugal _ que descriminalizou a posse de drogas em 2001 _ é um fracasso. Talvez seja. Mas aquele que é, possivelmente, o mais amplo estudo sobre esta experiência, o Relatório do Cato Institute, dos EUA _ Drug Decriminalization in Portugal: Lessons for Creating Fair and Successful Drug Policies, disponível em http://migre.me/a41Z3, sustenta precisamente o contrário. Em 2001, a direita portuguesa afirmava que a descriminalização iria abrir as portas para o "narcoturismo" e que o consumo aumentaria (na linha do que dizem hoje, por exemplo, sábios como Reynaldo Azevedo). O relatório Cato revelou que, nos primeiros cinco anos após a descriminalização, o uso de drogas ilícitas entre adolescentes em Portugal diminuiu, as taxas de infecções por HIV causadas por compartilhamento de seringas caíram, enquanto o número de pessoas em tratamento para dependência mais do que duplicou. Neste ponto, o Manifesto critica Portugal por ter mais dependentes em tratamento do que os demais países europeus, sem se dar conta de que, quando não há o crime de uso de drogas, os usuários se aproximam muito mais do sistema de saúde. Aliás, os recursos poupados com as sanções aos usuários em Portugal permitiram financiar mais programas de tratamento aos dependentes. O que _ segundo matéria de Maia Szalavitz na Time Science _ Drugs in Portugal: Did Decriminalization Work?, disponível em http://migre.me/a41Ho - foi reconhecido pelo "Czar das drogas" em Portugal, João Castel-Branco Goulão, presidente do Instituto da Droga e Dependência Química, para quem "a polícia está agora em condições de focar suas ações no monitoramento de traficantes".

O Manifesto afirma, também, que "boa parte" (sic) dos acidentes no trânsito é produzida por pessoas "sob o efeito de maconha, cocaína" etc. Novamente, não há referência e nem ficamos sabendo o quanto é uma "boa parte". Uau! E eu que achava que a esmagadora maioria dos acidentes era causada por motoristas alcoolizados. Este deve ser o meu problema: por ingenuidade, sigo achando que o álcool é problema mais sério do que todas as drogas ilegais juntas e que deveríamos já, há muito, ter proibido a propaganda de bebidas alcoólicas no Brasil. Bem, mas para uma medida simples assim, talvez nos faltem senadores e deputados e sobrem financiadores de campanha.

* Jornalista

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A indisfarçável vitória dos Funileiros Nazais


"O verdadeiro confronto no Rio é entre Fuzileiros Navais e Funileiros Nazais"
(Vitor Biglione)

Depois de um fim de semana de guerra, no Rio, calcei as chinelas, enfiei a sunga e fui à praia. Lá pelo meio da tarde de domingo, começo a ouvir um alvoroço no Posto 10 e lá fui eu, de novo. Um grupo de marombeiros de vida mansa, hostilizavam gays de ambos os sexos, enxotando-os para onde consideram ser seu lugar ao sol, que fica na Faixa de Gaza, entre os postos 8 e 9, em frente à Farme de Amoedo. Essa gurizada bronzeada que luta "jiu -jitsu" faz questão do "apharteid", por não aceitarem opções alternativas às suas e não conviverem com demonstrações homo-afetivas.

A Polícia de Praia contemporizou o conflito, mas chamou reforços. No clima de confronto que vivia o Rio, quando chegaram 5 viaturas da PM, o primeiro a descer era um sargento que me fazia parecer um pigmeu, empunhando um caibro de baraúna de metro e meio e adentrou a areia de Ipanema frizado na direção da galera, seguido por uma policial de meu tamanho de pistola em punho e mais um colega portando um fuzil AR 15. Um evidente exagero, mas demonstração de que o Estado não está mais para brincadeiras. Os policiais de praia contemporizaram novamente e pediram aos PMs armados que saíssem da praia pois o conflito não necessitava tamanha intervenção. Quando os 3 da tropa de choque se viraram para abandonar o local os mauricinhos de praia começam a gritar: "polícia para quem precisa..."

Ou seja: esses desocupados que passam o dia marombando em academias patrocinados pelos pais e que, cheirados até o último fio de cabelo nas ventas, saem às ruas pra bater em homosexuais, deixam claro que vão continuar com a mesma vidinha de sempre. Seguirão financiando o tráfico, pois seu forte não é o bom senso e o mundo não vai além do próprios umbigos. Como mora muito mais gente em Copacabana, Ipanema e Leblon, do que no complexo do Alemão, eles seguirão ditando as normas de comportamento, enquanto os humildes residentes das áreas conflagradas, serão abondonados à própria sorte, assim que terminar a intervenção militar, pois sabemos que o Estado não vai subir o morro e colocar escolas, ambulatórios, saneamento e segurança permanente por lá. É questão de dias para vermos policiais e militares retornarem aos quartéis de Abrantes e tudo fica como antes. Trocam apenas os donos do negócio e é, provavelmente, isso que está acontecendo no Rio neste momento. O Estado, apoiado pelas milícias, mete bomba, prende e arrebenta com os vagabundos da bandidagem tradicional, com essa entidade clandestina assumindo os pontos de tráfico de uma maneira mais "bacana", para quando o carnaval, a Copa ou as Olímpiadas chegarem.

Se isso ficar confirmado -oremos pra que seja o contrário- de pouco adiantou mobilizar os Fuzileiro Navais, PQDs,exército e aeronáutica, pois a vitória final será dos funileiros nazais, trajando sunguinhas de "bad boy" e metendo porrada em biba. São eles os verdadeiros responsáveis pelo tráfico no Rio, os consumidores, por financiarem e os operadores subterrâneos do Estado fluminense. Ou como disse o PM com a AR 15 na mão ao sair da praia no domingo, olhando para os apartamentos mais nobres da Vieira Souto: "me dá um mandato de busca e vamos ver se eu não levanto mais droga nesses apartamentos do que acharam no Alemão".

Leia + AQUI.

domingo, 29 de agosto de 2010

CRACK

Labirinth:

Crack Nunca Mais, pela reabilitação do RS

Por Katarina Peixoto, RS URGENTE

Programas de reabilitação de drogados costumam prescrever a aceitação de que o mundo é maior que a dependência do drogadito. Ou, em outras palavras, que o drogadito não é maior do que o mundo. Versões mais grosseiras dessas tentativas de desintoxicação costumam meter deus no meio dessa superação. Fato é que desintoxicar exige humildade. E uma consciência da própria finitude, quer dizer, um compromisso inadiável com a própria carne, com as próprias dores e possibilidades. Desintoxicar, por isso, exige um compromisso com a verdade. Não há espaço para mentira e suas variantes do auto-engano no caminho de luta contra a dependência.

Por isso falar em desintoxicação do Rio Grande do Sul faz sentido, e não exatamente como metáfora.

Um Estado que padeceu com a experiência Yeda Crusius não precisa de metáfora, mas de realidade e, portanto, de um compromisso inadiável com a verdade. A viagem tem sempre vida curta e a chapação, ao longo do tempo, mata. De 2003 para cá, quando a direita gaúcha rearticulou seu projeto de poder no estado do Rio Grande do Sul, a situação do Estado, perante si mesmo e perante o país realmente merece uma campanha como “Crack, nunca mais”. Não é sem propósito que o esteio propagandístico da chapação lança essa campanha. E, mais uma vez, não há metáfora, aqui.

A decadência econômica vem caminhando de mãos dadas com a degeneração política. Se esse vínculo é necessário ou não, pouco importa. Fato é que constatar sua existência no RS dos dias que correm é dizer a verdade. O lero-lero delirante do Déficit Zero é propagandeado a despeito do declínio nos índices de qualidade de ensino, de saúde, dos serviços públicos e nos grandes esquemas de saque do erário já combalido. Saques, por sua vez, investigados e denunciados antes pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal. A chapação e a dependência não deram lugar à oposição. Mas esta, como um fígado, seguiu se regenerando.

Seria simplesmente ridículo ver Yeda Crusius na televisão, com aquela sua peculiar mirada ao infinito, não fosse desagradável. É constrangedor e triste ver no que as drogas podem transformar uma pessoa. E a mentira das sanhas ideológicas não apenas alienam politicamente, como demenciam. Tem algo demente, ali, naquele queixo acrítico, naquele déficit zero que outro dia até a representante não escolhida pelo voto do sofrido Ministério Público Estadual repetia. Diabos, o que pode querer dizer déficit zero no MP estadual???

Para criticar o Olívio Dutra, diziam que nas Assembléias do OP se discutia até a compra de carteiras para escolas. Para criticar, diga-se. Porque o que fizeram com este homem é inominável. Agora, não podem mais fazê-lo. Não falam mais sozinhos, não intoxicam plenamente, não asseguram a terra das palavras delirantes nas mentes incautas. E o Rio Grande do Sul fica mais saudável.

Posso discordar de que tudo seja discutido numa assembléia de OP. Mas frente ao crime o que está em jogo não é a concórdia ou a discórdia; é a justiça, a lei. Ambas, em tempo, vêm sendo destroçadas neste estado. Desmantelaram a legislação ambiental, esquartejaram a legislação dos incentivos fiscais e, com isso, a mínima decência tributária (o Fundopem do governo Rigotto tornaria Britto um republicano), desinvestiram deliberada e sistematicamente na saúde, recusaram e se abstiveram do recebimento e do empenho de verbas federais destinadas a políticas públicas para jovens, crianças, mulheres, mulheres negras, comunidades indígenas, catadores de papel, usuários do SUS.

Esse acúmulo de perdas só reforçou a dependência da máquina propagandística, o estuário de verbas estaduais para seguir tentando perpetuar o vício. Como se sabe, o vício tem muitos aspectos: culpa-se o outro, projeta-se a própria miséria e se denega qualquer responsabilidade. Assim se pode ver motoristas de táxi, lobotomizados via rádio o dia inteiro, bradarem contra a Dilma porque os azuiszinhos não fiscalizam as pessoas que estacionam nas ruas. Crack,nunca mais.

E por falar nisso, o senador Simon está calado. O paladino da imparcialidade ativa que embruteceu, empobreceu e corrompeu o Estado em níveis nunca dantes vividos. Seu candidato, até que se prove o contrário, é um senhor tão obscuro como descompromissado, cujo discurso vazio só é superado pela ausência de vitalidade.

Quem quer manter essa carcaça em que o RS se tornou? Como um resto de gente, com dentes empodrecidos, ira contra o mundo, sobretudo incompreensível; quem caminha pelas ruas e vê as hordas de jovens chapados sabe do que se trata a imparcialidade ativa do déficit zero. Sabe o que desinvestimento, abstenção e recusa de assistência geram. Ainda virá à tona o quanto foi devolvido à união pelos governos (sic) da imparcialidade ativa e do déficit zero, em recursos sem empenho, destinados a políticas públicas no âmbito da assistência social, médica, à criança e ao adolescente, à juventude. Crack, nunca mais.

Reabilitação é um processo doloroso, mas diariamente fortalecido. Toda desintoxicação exige mais do fígado do que os porres de palavras cruzadas e falsas polêmicas. Mas funciona, constitui, faz sentido. É um caminho incerto, com recaídas, ou sem. Mas aponta para a agregação, a consciência do mundo e a independência moral. Sem chapação, sem mentira, sem saque do erário e sobretudo sem o delírio destruidor de futuro, de responsabilidade e de saúde.

O que será do RS reabilitado não se sabe, visto que a destruição não foi pouca nem irrelevante. Mas cessar a dependência, hoje, é vencer o vício, ganhar da mentira, recusar o auto-engano mistificador e empenhar-se com o futuro. Crack, nunca mais.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Em Washington, 95% das notas de dólar contêm cocaína


Cerca de 95% das cédulas de dólar que circulam na capital dos Estados Unidos, Washington, apresentam traços de cocaína, segundo estudo realizado pela Universidade de Massachusetts.

O número representa um aumento de 20% em relação a 2007, e supera o de outras grandes cidades americanas como Boston, Baltimore e Detroit, onde a média de notas contaminadas com a droga foi de 90%.

A pesquisa analisou cédulas em mais de 30 cidades em cinco países. No Brasil, a avaliação de dez notas concluiu que 80% delas tinham traços de cocaína.

Além dos Estados Unidos, o Brasil só foi superado pelo Canadá, com uma média de 85% de cédulas contaminadas.

A China e o Japão foram os que apresentaram o menor nível de cocaína no dinheiro em circulação.

Crise econômica e estresse

Segundo os cientistas, as cédulas ficam com restos de cocaína quando são usadas como "canudo" para inalar a droga ou mesmo quando notas limpas são guardadas com outras contaminadas.

O principal autor da pesquisa, Yuegang Zuo, disse que, de maneira geral, aumentou o número de cédulas com traços da droga.

"Não sabemos com certeza por que houve esse aparente aumento, mas ele pode estar relacionado à atual crise econômica mundial, que fez com que mais pessoas estressadas recorressem à cocaína", afirmou.

Nos Estados Unidos, as notas mais "limpas" vieram de Salt Lake City, no Estado do Utah, onde a maioria da população é formada por mórmons.

De acordo com Zuo, cada nota analisada continha entre 0,006 microgramas e 1,240 microgramas de cocaína (o equivalente a entre menos do que um grão de areia e 50 grãos de areia, respectivamente).

Segundo o cientista, a quantidade é tão pequena que as pessoas não devem enfrentar problemas legais ou de saúde se manusearem essas cédulas.

BBC

terça-feira, 30 de junho de 2009

Carneava cães e vendia como ovelhas


CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2009

A Delegada de Polícia de Caçapava do Sul, Fabiana Bittencourt, quer ouvir até amanhã a mãe e a irmã de um suspeito de ter matado dez cães e vendido a carne para vizinhos como se fosse de ovelha. O suspeito de 28 anos seria usuário de crack e estaria, desde quinta-feira passada, internado em uma clínica de recuperação na cidade de Pelotas.
A denúncia sobre a suspeita da venda de carne de cachorro foi feita por moradores da Vila Promorar, donos dos animais, ao Ministério Público. Segundo a Delegada Fabiana, os pedaços de carne teriam sido vendidos como carne de ovelha e por um preço bem acessível. As pessoas que compraram a carne estão sendo ouvidas pela Polícia. O rapaz já era conhecido na DP, em virtude da tentativa da família, de interná-lo em virtude da dependência da droga.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Partículas de drogas são detectadas no ar de Madri e Barcelona


Anelise Infante
De Madri para a BBC Brasil

Partículas de ao menos cinco tipos de drogas - cocaína, heroína, maconha, ecstasy e ácido lisérgico - estão flutuando no ar de Madri e Barcelona, segundo o Conselho Superior de Investigações Científicas, da Espanha.

De acordo com o relatório publicado nesta sexta-feira pela revista Analytical Chemistry, foram encontradas moléculas de 17 componentes e metabolitos (substância produzida e excretada pelo organismo) das drogas no ar das duas cidades.

Os pesquisadores consideram altas as quantidades detectadas na atmosfera, embora tenham afirmado que as amostras foram colhidas em bairros onde o consumo de drogas é habitual.

Esta foi uma análise de referência para um projeto piloto, por isso os pesquisadores afirmam que os índices não são representativos de todas as áreas das cidades e que não há riscos para a população.

Concentração

As maiores concentrações são as de maconha e cocaína. Segundo o estudo, no caso da cocaína as partículas são liberadas no ar desde o processo de manipulação até o momento em que a droga é aspirada.

Já a maconha libera componentes através da fumaça, assim como a heroína quando é fumada.

O relatório constatou que os maiores índices de moléculas de maconha são detectados de segunda a quinta-feira.

De sexta a domingo dispara a contaminação de cocaína e outras drogas sintéticas.

No ar de Barcelona, foi registrada uma média diária de 210 picogramos (um bilionésimo de grama) de droga.

Nos fins de semana, a contaminação se multiplica por quatro, mas segundo o relatório, isso ocorre porque as amostras foram colhidas "onde se concentram focos de consumos que podem estar relacionados com a prostituição e outras atividades", entre eles o Nou Camp, o estádio do Barcelona.

Em Madri, a concentração média de cocaína encontrada por dia foi de 480 picogramos. As amostras, neste caso, foram colhidas perto de um prédio em estado de abandono, onde consumidores de droga costumam comprar e usar a substância.

De acordo com o departamento de química ambiental de geociências do Instituto de Diagnóstico Ambiental, responsável pelas análises finais, os níveis de cocaína encontrados nas cidades espanholas são comparáveis aos de metais pesados como cádmio e bismuto, contaminantes da atmosfera, mas regulamentados.

A técnica de medição da contaminação ambiental é novidade. Foram usados filtros com micro-fibras de quartzo que retém as partículas em suspensão no ar.

Estes filtros de alta sensibilidade são analisados com técnicas de cromatografia líquida e espectrometria de massas.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

“Yo era una carta sin destino”


La autora, luego de presentar una caracterización general de las conductas adictivas que incluye la “adicción a las personas”, se refiere a los efectos específicos de sustancias como la cocaína, el “paco”, las metanfetaminas y el éxtasis.

Por Esther Romano *

“Cuando tuve esperanzas, ya no sabía tener esperanzas./ Cuando miré hacia la vida, había perdido el sentido de la vida.”

Fernando Pessoa, Aniversario


La temática de las adicciones comprende un amplio campo que requiere un enfoque interdisciplinario y el acceso a análisis multivariados. Desde el marco legal, el interés está centralizado en lo correspondiente al consumo de drogas. Pero debe tenerse en cuenta que se puede ser adicto a los juegos de azar, al trabajo, al consumo compulsivo de bienes materiales o a personas. En este último caso, precisamente, si se consideran ciertas formas de violencia conyugal en la clínica psiquiátrica, enmarcadas jurídicamente en demandas de amenazas o lesiones, el rastreo de los antecedentes del vínculo denota la extrema necesidad del otro y la consecuente rabia por la dependencia.

El desequilibrio por la ausencia o la pérdida del otro faltante conduce, en algunos casos, y ante circunstancias de medios accesibles, a búsquedas compensatorias centradas en compras de bienes materiales, incremento en el consumo de tabaco o alcohol alimentados por la fantasía de regular el estado anímico a voluntad. En última instancia, recuperar el control.

Los cuadros clínicos de ansiedad, con desesperación e intensa depresión ante fracasos emocionales, no sólo en la vida de pareja sino de otra índole, la subyacente fragilidad del yo pueden conducir a un deslizamiento hacia el empleo distorsivo de medicamentos o, en determinadas condiciones ambientales propiciatorias, al consumo abusivo de drogas psicotrópicas, de las cuales el alcohol es la más asequible y la que produce la mayor pérdida de años de vida útil. La incapacidad de amortiguar tensiones internas procura cortocircuitar la urgencia, desembocando en consumo de sustancias. La experiencia indica que, por los efectos a corto y mediano plazo del consumo, lo único que se logra es retroalimentar circuitos violentógenos.

Estas cuestiones, relacionadas con circunstancias ligadas al cuándo y para qué se ingiere, implican condiciones específicas en el psiquismo con implicancias médico-legales a las que me referiré más adelante.

Previo a ello, interesa aclarar que la ingesta de drogas, en condiciones circunstanciales, esporádicas o festivas, no necesariamente desemboca en una adicción. Existen elementos predisposicionales y cualidades psíquicas que pueden constituir campo propicio para instalar una adicción.

Una de estas características es la personalidad preadictiva. La estructura de personalidad de un sujeto potencialmente adicto al consumo se caracteriza por su fragilidad, la intolerancia a la frustración y déficit en la autoestima. Vivencias de una interioridad precarizada, por carencias afectivas secundarias a fallas significativas, pérdidas o muertes de seres queridos, pueden alimentar la necesidad de colmar a toda costa el vacío existencial. Se sensibilizan al hechizo de sustancias ofertadas que brindan de modo casi instantáneo euforia e ilusión de omnipotencia.

Ello puede coexistir con trastornos narcisistas de la personalidad, en especial los denominados borderline o fronterizos, trastornos neuróticos, psicóticos, depresiones graves, psicopatías, etcétera. Aunque, obviamente, no todos los que padecen estos cuadros consumen drogas.

Se sabe que las bases neuroquímicas ligadas a la adicción están relacionadas con mecanismos asociados a la acción de la dopamina y la captación de serotonina. Cabe referir que existen, por otra parte, factores predisposicionales al consumo de alcohol, tabaco y otras drogas ligados a factores neuroquímicos actuantes en períodos pre y perinatal. Así, la impronta genética de antecedentes de alcoholismo o drogadicción parental y, en particular, la ingesta materna durante el embarazo y lactancia de tabaco, alcohol, psicofármacos y diversas drogas provocan efectos persistentes en el desarrollo del sistema nervioso central del feto y la futura organización biopsicológica del infante humano y futuro adulto. Más aún, en la clínica neonatológica, a veces se registran cuadros de abstinencia en recién nacidos.

Eduardo Kalina (Adolescencia y drogadicción, ed. Nueva Visión, 1987) señala la importancia del cuerpo y su negación, en el adicto, por el repudio a su finitud. Esto último pues impide vivir su ilusión de grandiosidad. Intenta sobrepasar dicha finitud con el artificio de la droga; pero luego, al manifestarse la intolerancia de su cuerpo al tóxico, dicha condición de límite reaparece y él busca sobredosis, ingresando al circuito pernicioso.

Por otra parte, existen constelaciones familiares que constituyen disposiciones adictivas en que la modalidad relacional se caracteriza por la impulsividad o uso compulsivo de objetos con efectos estimulantes: tabaco, café, trabajo, y propiciando el uso de medicamentos, el consumismo.

Me referiré a continuación a efectos farmacocinéticos de algunas drogas ilegales de alta difusión, con particular atención al psiquismo.

Cocaína

La cocaína es un estimulante adictivo, actuante en el sistema dopaminérgico a nivel del sistema nervioso central. Su uso en poblaciones indígenas, a través de la masticación de hojas de coca, estaba y sigue estando destinado a inhibir el hambre, la sed y el cansancio, además de su efecto anestésico local. No existen pruebas de que esta forma de consumo produzca adicción. Su ingesta a dosis problemáticas, tanto inyectada como por vía nasal o fumándola bajo la forma de base libre, produce un estado inicial de embriaguez, con ribetes de exaltación de la autoestima. Ello seguido frecuentemente por intensa depresión, que induce a nueva ingesta con la intención de contrarrestar dicho efecto, lo cual conduce a estados de dependencia psicológica.

A lo largo del tiempo, su uso puede determinar cuadros psicóticos análogos a los trastornos esquizofrénicos paranoides. A veces se presentan alteraciones llamadas “la locura dermatozoica”, en que el adicto registra sensaciones de tener multitud de insectos bajo su piel.

El riesgo de padecer alteraciones en el sistema cardiovascular está incrementado en los adictos: arteriosclerosis, trombosis, derrame cerebral, infarto de miocardio.

Paco

A diferencia de lo que se ha dicho en los medios masivos, no es una sustancia que resulte de los residuos químicos que quedan luego de la elaboración de la cocaína, sino un intermediario en dicha elaboración. Consiste principalmente en una mezcla de los alcaloides que contiene la hoja de coca, entre los cuales el más abundante es la cocaína. Dado que se fuma, tiene efectos rápidos y de corta duración, lo cual redunda en un alto poder adictivo.

La paradoja es que, si bien es barato, por su poder adictógeno se requiere incrementar la cantidad de dosis diarias. Al igual que la cocaína purificada, su consumo prolongado y en cantidades importantes tiene efectos neurotóxicos irreversibles. Sus efectos a nivel de deterioro cognitivo son fuertes, acompañados de franco adelgazamiento (como consecuencia de su efecto inhibidor del apetito) y conductas compulsivas.

Se lo suele denominar “la droga de los pobres”, aunque su uso se ha extendido también a jóvenes de clase media que, por sus mejores condiciones sanitarias y nutricionales, presentan efectos menos devastadores que en los carenciados.

Metanfetamina

Es una droga con posibilidad de generar una altísima adicción cuando se fuma, inhala o inyecta. En su fabricación clandestina se emplean principalmente efedrina o pseudoefedrina, aunque también se puede utilizar la anfetamina común.

Libera altos niveles del neurotransmisor dopamina, que estimula ciertas células cerebrales, mejorando el estado de ánimo con un efecto similar al de la cocaína. Entre las acciones en el sistema nervioso central, aun pequeñas cantidades de metanfetamina determinan euforia con persistencia del estado de vigilia, estimulación de la actividad física, disminución del apetito, con aumento de la frecuencia respiratoria e hipertermia.

Otros de los efectos, que se presentan a dosis mayores, son la irritabilidad, confusión, temblores; puede manifestarse crisis de ansiedad con agresividad, convulsiones y paranoia. Los cuadros de hipertermia y las convulsiones pueden producir la muerte.

Su uso trae como consecuencia un efecto neurotóxico, ya que daña las células cerebrales que contienen dopamina y serotonina (otro neurotransmisor). Su consumo sostenido a lo largo del tiempo podría agotar finalmente los niveles de dopamina, con lo que se explicarían los déficit cognitivos y motores documentados, llegando a pensarse que podría desempeñar un papel en la aparición de la enfermedad de Parkinson.

Extasis

Es una droga sintética elaborada generalmente a partir de safrol, un producto natural abundante en ciertos aceites esenciales. No se ha constatado su poder adictógeno. Suele difundirse en ámbitos juveniles de fiestas electrónicas, donde su ingesta por vía oral produce cierto grado de desinhibición sin el embotamiento característico del alcohol, una sensación de bienestar y de agrado en el contacto con los demás y una leve estimulación de las funciones motrices similar a la cocaína. No existen pruebas de que sea adictiva, aunque en el ambiente festivo es frecuente que se consuman varias dosis bajas sucesivas con el fin de prolongar su efecto. En estos contextos su principal riesgo se relaciona con la hipertermia, acentuada por la actividad física intensa, los ambientes calurosos y la deshidratación, que puede desembocar en daños irreversibles y hasta la muerte. Para prevenir estas situaciones se ha hecho habitual en quienes asisten a tales fiestas consumir grandes cantidades de agua, lo que puede desembocar en otros desequilibrios de electrolitos.

Cuestiones médico-legales

La invisibilidad de la condición adictiva de un familiar cercano (cónyuge, hijos adolescentes) determina que su estado se patentice indirectamente en el curso de consultas o aun demandas por violencia doméstica, mermas inexplicables en los ingresos o hurtos insospechados.

Desde la fórmula del artículo 34 del Código Penal, relativa a la capacidad de control de los impulsos –dirigir sus acciones–, determinar las condiciones que suelen presentarse en el ejercicio de acciones violentas en ocasión de robos (incluso homicidios), se hacen necesarios análisis minuciosos tendientes a determinar si el sujeto, en estado de intoxicación por acción de sustancias, se halla en condiciones de declarar; luego, la determinación de circunstancias explicativas de su accionar.

El conocimiento, difundido en los ámbitos carcelarios, de las posibilidades de no imputabilidad en estados de embriaguez por ingesta de alcohol u otras drogas lleva en muchos casos al llamado “alcoholismo o consumo de sustancia pre-ordenado” como un recurso empleado para eludir la sanción penal. En la experiencia personal con casos aislados en el ámbito judicial, desde evaluaciones psiquiátricas y psicológicas se pudo constatar que los sujetos no padecían un nivel de alteración del yo como para perder noción de lo que hacían: se advertía que había planificación previa al acto criminoso y, luego de cometido, estrategias para eludir ser apresados, búsqueda de escondites, etcétera.

Podría aseverarse que poseían “plena conciencia” de lo que hacían, con la salvedad de que, después de lo enseñado por Freud, ya no podemos aseverar que ningún ser humano sea totalmente dueño de sí.

Pero ello no es óbice para considerar que todo lo que podamos entender de una persona en función de su historia, de sus experiencias, de su conflictiva interna, explica, pero no lo justifica ni lo libera de la responsabilidad personal.

Adolescencia

Interesa señalar que la adolescencia es una etapa especialmente susceptible para desarrollar una drogadicción. Corresponde a un período en que se requiere la resolución del proceso simbiótico con la familia de origen, con los consecuentes cambios emocionales y comportamentales asociados a la necesidad de individuación.

José Sahovaler (“Panel sobre adicciones”, Asociación Psicoanalítica Argentina, 2008) refiere que los cambios corporales asociados a la ebullición de las pulsiones eróticas y agresivas, así como el incremento de la sensibilización perceptiva a los estímulos internos y externos, son fuentes de desequilibrio. Los propios cambios pueden provocar zozobra y paralización o hambre de nuevos estímulos, de ahí el camino facilitado hacia el consumo de sustancias. Se subyugan más fácilmente que los adultos a la presión del grupo de pares y al señuelo de la oferta de sustancias.

Subraya Sahovaler el anhelo consumista, efecto del bombardeo mediático-publicitario, como una de las manifestaciones de la toxicidad de la cultura actual.

En el campo clínico pueden verse adolescentes que se hallan atravesados por la presencia demoníaca de los mass media, presentados como modelos para imitar en escala. Así, se observan búsquedas compulsivas de ideales estéticos inalcanzables; necesidad de poseer, ante sus fallas de ser, objetos valiosos, dando lugar incluso a formas de robo compulsivo, intra o extrafamiliares, según los casos o las oportunidades.

Tratamientos

Hay diferentes modalidades de tratamiento para pacientes adictos, que responden no sólo a la variedad de modelos operatorios existentes, sino que resultan indicados según circunstancias particulares de cada caso. No es factible establecer un patrón universal. El elemento clave es el que se presenta, en condiciones de internación para la rehabilitación de sujetos drogadependientes, para enfrentar el no ligado a la supresión de la ingesta y sobrellevar exitosamente el síndrome de abstinencia.

Un trabajo delicado dirigido al compromiso con el no consumo, si resulta eficaz, permitiría lograr la morigeración progresiva de los impulsos sexuales y agresivos. El manejo técnico comprende estrategias psicoterapéuticas individuales, grupales, familiares e incluso multifamiliares. Ello debe complementarse con desarrollo de actividad física con estimulación de nuevas áreas de experiencias. Suele implementarse el apoyo y acompañamiento con ex adictos que lograron recuperaciones persistentes.

En el caso de un joven consultante que llamaré Diego, podía verse cómo la ausencia desesperante de su novia lo empujaba al consumo de cocaína, como antídoto mágico de su honda depresión, su vacío. Avanzado su tratamiento psicoanalítico, contaba: “Sentía que el consumir era como calmar la sed en un oasis (...) Disfruté un viaje con mamá. Al volver otra vez el despelote, porque papá ya no estaba, intenté suicidarme (...) Era un sobre sin destinatario, sin carta adentro, sin destino”.

* Psicoanalista. Texto publicado en la revista Síntesis Forense, del Colegio de Abogados de San Isidro.