terça-feira, 26 de maio de 2009
Partido conservador de Israel apresentará lei de lealdade
O partido ultranacionalista Yisrael Beitenu, chefiado pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, disse nesta segunda-feira (25/05) que planeja introduzir uma lei que prevê um juramento de lealdade, para a obtenção da cidadania israelense. A medida é voltada para a minoria árabe do país.
A lei se segue a uma proposta separada do mesmo partido, feita no domingo, que tornaria um crime que os árabes lembrassem a "catástrofe" - termo dos palestinos usado para descrever o exílio causado pela fundação de Israel.
As duas propostas do Yisrael Beitenu focam a suposta falta de lealdade dos cidadãos árabes israelenses, quase um quinto da população do país. A proposta, que deve passar por várias instâncias até virar lei, recebe duras críticas de oposicionistas e grupos de direitos civis.
O Yisrael Beitenu conseguiu um ótimo terceiro lugar nas últimas eleições parlamentares, com uma mensagem de que os árabes são uma ameaça ao país. Agora, é um dos principais partidos da coalizão governista. O juramento de lealdade era uma de suas promessas de campanha.
A proposta condicionaria a cidadania a um juramento de lealdade a Israel como um Estado "judaico, sionista e democrático", segundo um porta-voz do partido, Tal Nahum. Além disso, o governo poderia retirar a cidadania de qualquer um que não preste o serviço militar.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ainda não se posicionou sobre as propostas. No domingo, a sigla conservadora apresentou uma lei que pune os árabes que se manifestarem para lembrar a derrota e exílio de árabes durante a guerra que resultou na formação de Israel, em 1948. A lei recebeu aprovação preliminar de um fórum ministerial, mas ainda precisa passar pelo Parlamento antes de valer.
Aparentemente, os projetos não devem ter apoio suficiente entre os congressistas. O parlamentar árabe Hana Swaid chamou a lei de "racista", pois "elimina o direito de cidadãos árabes palestinos de demonstrarem sua identidade e seus sentimentos nacionais".
As informações são da Associated Press. (AE)
Repórter Diário
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