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quinta-feira, 25 de março de 2021

UM PERCEVEJO CHAMADO ZEUS

 

 


 

 Os percevejos Zeus machos são menores que as fêmeas e montam nas costas de suas parceiras como jóqueis.

As fêmeas secretam um material ceroso em suas costas e este é comido pelo macho, não tendo nenhuma finalidade exceto alimentá-lo.

Machos impedidos de comer as secreções das fêmeas tornam-se competitivos: roubam a presa fresca da fêmea.

Os pesquisadores que descobriram essa estranha relação formularam a hipótese que é mais vantajoso para as fêmeas alimentar os machos que as montam do que perder suas presas para eles, talvez porque o material ceroso contenha nutrientes de que elas não precisam.

Esse sistema se desenvolveu aparentemente para impedir que os machos interferissem na alimentação das fêmeas.

Em outras palavras, elas os alimentam para recompensá-los por se comportarem bem.

Isso está próximo do sistema encontrado em humanos.

 

(trecho do livro “PEGANDO FOGO”, de Richard Wrangham)

Fonte da Imagem: https://mymodernmet.com/justin-peters-digital-art/

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

HUMANIDADE: UMA VISÃO OTIMISTA?




"Na medida em que envelheci, comecei a odiar a humanidade. Portanto, se eu tivesse um poder absoluto, deixaria que ela continuasse em seu caminho de autodestruição. Ela seria destruída e eu ficaria mais feliz. Pessoas como eu são intelectuais: nós fazemos o nosso trabalho, escrevemos artigos, temos maneiras de protestar, mas não podemos mudar o mundo. Tudo o que podemos fazer é apoiar a política de empatia".

Umberto Eco, escritor, linguista e filósofo, faleceu no dia 19 de Fevereiro de 2016, aos 84 anos; na cidade de Milão, na Itália.

domingo, 12 de março de 2017

O VERDE PODE SER UMA ARMADILHA

Neste espaço de livre reflexão e compulsória desilusão, vira e mexe falo de futebol, música e cinema. À exceção do primeiro, que deixou de ser arte, essas artes costumam inspirar metáforas importantes para a reflexão que se pretende neste espaço. O cinema é pródigo em gerar cenários possíveis para a realidade futura. A ficção permite o sonho com possibilidades infinitas, mas muitas vezes as probabilidades de sua concretização são, de certa forma, levadas em conta e, não percebo se de propósito ou por acaso, as possibilidades, de certa forma se concretizam. A música por vezes antecipa cenários que só as mentes visionárias de alguns poetas permitem-se vislumbrar.

Vejam os leitores um exemplo: o filme “De volta para o futuro II” explora o paradoxo de um mundo alternativo criado a partir da mudança do passado pelo personagem Biff Tannen, usando o livro de resultados esportivos que sua versão de 2015 deu-lhe ao retornar ao passado. O mundo alternativo resultante da ação do personagem é deprimente, sujo, governado pelos desonestos. Resumindo, reflitamos, mais que as diversas traquitanas existentes hoje que foram profetizadas pelo filme, a realidade atual também se concretiza como no “futuro” alternativo.

Pois bem, então reflitamos sobre outro exemplo de filme futurista e pensemos o quanto sua profecias eram ou não possíveis em uma realidade futura, não tão futura assim. Lembro que assisti, provavelmente no Cine Vera Cruz, em Uberaba, um filme de 1973 chamado “No Mundo de 2020”, aliás Soylenty Green, estrelado pelo grande canastrão Charlton Heston, aliás John Charles Carter, que eu já vira em “Os 10 mandamentos”, “Ben Hur” e “Planeta dos macacos”. Apesar das caras sempre iguais do ator, lembro que a história do filme impressionou-me muito, descrevendo um mundo ambientado em 2022 (ano em que o Brasil comemorará 550 anos de sua independência), com uma superpopulação (Nova Iorque teria 40 milhões de habitantes), alta desigualdade social e econômica, elevado desemprego e, claro, escassez de alimentos. Comida “de verdade” como xuxu e abobrinha, só para os muito ricos, que são pouquíssimos. Porém a tecnologia procurava resolver esse problema ao desenvolver um alimento sintético, de cor verde, o Soylenty Green do título original. Quem não viu o filme, sugiro que veja e avalie o quanto a ciência e a tecnologia, assim como na revolução verde, carrega uma grande falácia como uma contradição interna. (Tem um trailler aqui: https://www.youtube.com/watch?v=N_jGOKYHxaQ e uma versão completa dublada em português aqui: http://www.dailymotion.com/video/x3dq3ef).

Esse filme marcou minha vida de forma permanente, ainda mais por que naqueles tempos estudávamos nas aulas de geografia no colégio a teoria maltusiana da relação entre crescimento populacional e produção de alimentos, premonitória visão de Thomas Robert Malthus, escrita em 1798, chamada An Essay on the Principle of Population, as it Affects the Future Improvement of Society with Remarks on the Speculations of Mr. Godwin, M. Condorcet, and Other Writers (disponível para dowload em http://www.esp.org/books/malthus/population/malthus.pdf).

Um debate (havia isso nos colégios do meu tempo) em aula avaliava o quanto a tecnologia de produção de alimentos, especialmente a chamada revolução verde, muito aclamada naqueles tempos, contribuía para negar as afirmações de Malthus. Eu sabia, no fundo de meu coração, que a revolução verde tinha gerado o efeito mais direto sobre minha jovem pessoa: o êxodo rural, que trouxe-me da bucólica Fazenda Paraíso para a maior cidade do Triângulo Mineiro daqueles tempos, uma difícil transição. Claro que muitas coisas que reputo como boas derivaram disso, como o fato de eu poder ir ao cinema e conhecer as músicas de emergentes bons artistas que começavam a aparecer.

Um desses artistas, do qual passei a gostar muito, foi Gonzaguinha, aliás Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, que lançou seu primeiro LP em 1973 (http://www.gonzaguinha.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=61&Itemid=89).

Naquele ano, assisti-o pela primeira vez na TV, no programa “Um instante, maestro!” do apresentador Flávio Cavalcanti, aliás Flávio Antônio Barbosa Nogueira Cavalcanti. Era um programa no qual o arrogante apresentador, com a ajuda de seus “jurados”, julgava o trabalho de novos artistas e, caso fosse reprovado, o disco era destruído, ao vivo, em uma guilhotina. Tempos estranhos aqueles, não? Pensemos, reflitamos. Pois bem, o grande Gonzaguinha cantou uma das músicas de seu LP, chamada “Comportamento geral”. Conforme pode-apurar no site Memórias da Ditadura (http://memoriasdaditadura.org.br/artistas/gonzaguinha/)

“Nela, o compositor alfinetava a atitude complacente e medrosa daqueles que abaixam a cabeça para tudo e para todos: “Você deve lutar pela xepa da feira / e dizer que está recompensado”. O júri do programa destruiu sua música e cobriu Luiz Gonzaga Jr. de ameaças. Um dos jurados o chamou de terrorista; outro sugeriu sua deportação.” Acredita-se que essa reação ensandecida ajudou o jovem artista a decolar sua carreira. É história. Porém, nas reflexões que por aqui ando fazendo, outro disco do Gonzaguinha, lançado 20 anos mais tarde, quando ele já tinha viajado fora do combinado, tem uma música mais apropriada. Falo de “Fliperama” (https://www.youtube.com/watch?v=e5dwy4DHZQc) que conheci no LP “Cavaleiro solitário”, de 1993. Mas qual a (re)conexão? Vejamos um trecho de “Fliperama”:

“(…) Eis aí a eficiência da ciência
Eis aí o exemplo exato da mudança
Eis o esforço para a melhoria
Das condições de vida do planeta
O fliperama em nossa mesa
Oferecendo brinquedos eletrônicos
Com flashes via satélite (…)”

Pois, nos debates sobre a revolução verde, muito se falava sobre a contribuição da ciência e da tecnologia para o aumento da produtividade na produção de alimentos, anulando os efeitos da teoria malthusiana. Embora certas técnicas, como o desenvolvimento de variedades mais produtivas (que deu o prêmio Nobel da paz a Norman Ernest Borlaug), tenham contribuído para isso, as principais consequências desse movimento foram um brutal aumento da concentração fundiária, a dependência de sementes modificadas, a inviabilidade econômica dos pequenos proprietários (como era o caso de João Nepomuceno Pantaleão, meu pai), a devastação de florestas, a contaminação do solo e das águas, a geração de problemas de saúde em agricultores e consumidores e, ao contrário do que afirmava que era seu objetivo,não diminuiu a fome no mundo. Talvez a fome de dinheiro de alguns.Esse quadro desolador já tinha sido previsto por Rachel Carson, aliás Rachel Louise Carson, em 1962, no agora célebre livro “Primavera silenciosa” (https://biowit.files.wordpress.com/2010/11/primavera_silenciosa_-_rachel_carson_-_pt.pdf).

Neste link se encontra uma cópia dese livro, em cuja epígrafe lê-se o seguinte:


A primeira parte da frase está parcialmente errada, a segunda, não. O homem tem uma grande capacidade de prever, mas nenhuma vontade de prevenir, pelo menos no sentido coletivo. Pois, então, vejam se já não estamos nós destruindo o mundo, sem dó nem perdão? Muito mais recentemente, uma avaliação apresentada no livro The Age of Sustainable Development de Jeffrey David Sachs, mostra que alguns limites planetários já foram ultrapassados pela humanidade. Um desses limites é o de eliminação de rejeitos químicos na natureza, ou dos fluxos bioquímicos. Outro refere-se à diversidade biológica. Duas gravíssimas consequências da revolução verde. Vale ressaltar que, que eu saiba, Mrs. Carson não ganhou nenhum Nobel, mas morreu de um câncer de mama provocado pela exposição a substâncias químicas tóxicas. Bela ironia desse mundo desilusório…

http://tratarde.org/wp-content/uploads/2011/10/Science-2015-Steffen-PLANETARY-BOUNDARIES.pdf
Os sinais vêm sendo dados ao longo do tempo, em obras de ficção ou não. Em 1972, o chamado Clube de Roma, grupo de cientistas, industriais e políticos, que discutiu e analisou os limites do crescimento econômico frente ao uso crescente dos recursos naturais, lançou um relatório chamado ” Os limites do crescimento” (https://pt.scribd.com/doc/218016244/Limites-Do-Crescimento#). Mais ou menos pela mesma época, o matemático romeno Nicholas Georgescu-Roegen propôs uma nova forma de pensar a economia, o Decrescimento Econômico, ideia ousada e contrária a toda a teoria econômica desenvolvida até então . Howard Thomas Odum, embora com foco nos fluxos energéticos também postula que a lógica econômica do crescimento eterno viola as leis de uma natureza com limites. No Brasil, um seu discípulo, Henrique Hortega, é um defensor da ideia de “consumo consciente”. Mais recentemente, pessoas como Serge Latouche e Joan Martinez Alier, entre outros, apresentam o conceito de Economia Ecológica, cujas bases são (https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_ecol%C3%B3gica):

1- A economia é um subsistema da natureza e não o contrário;
2- Assim como a natureza, o crescimento da economia e de seu produto (PIB) também tem limites biofísicos e não pode aumentar indefinidamente;
3- Considerando os limites biofísicos, a humanidade deve se desenvolver dentro de uma escala ótima e sustentável;
4- Para satisfazer as necessidades das gerações atuais e futuras, a distribuição justa de recursos é imprescindível – uma vez que a economia e o produto (PIB) não podem crescer indefinidamente;
5- Bens e serviços ecossistêmicos são muitas vezes públicos, não-rivais e não-exclusivos e mecanismos de livre mercado não são suficientes para geri-los adequadamente.


Essa reflexão desiludida sobre economia, PIB, crescimento populacional, mudança climática talvez venha ser aprofundada no futuro, embora, assim como Edu Lobo, aliás Eduardo de Góes Lobo, dizia que moda de viola não dá luz a cego, ouso dizer que reflexões, mesmo agudas, não alimentam ninguém, talvez alimentem crônicas desilusões . Por ora, voltamos a “De volta para o futuro”. Ultimamente, acordo pela manhã e, a cada dia mais, com a impressão de que estou vivendo no mundo alternativo criado por Biff Tannen. Por acaso, serei só eu a ver semelhanças entre Biff Tannen e o Sr. Donald Duck Trump? Minha desconfiança riobaldiana me diz que este senhor da direita usou aquele livro de resultados esportivos pra criar este universo alternativo em que acordo todos os dias achando que estou em um pesadelo. A realidade imita a arte ou a arte cria a realidade?





Fonte: https://rpcdblog.wordpress.com/2017/03/11/o-verde-pode-ser-uma-armadilha/

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

CANIBALISMO CORPORATIVO


Imagem: http://chriscold.deviantart.com/art/Scorched-Earth-500232998

Canibalismo corporativo: lo que sigue
 

Silvia Ribeiro*
La fusión entre Monsanto y Syngenta, dos de las más grandes y combatidas empresas de semillas transgénicas y agrotóxicos a escala mundial, parecía una mala fantasía. Hoy es probable y sólo una de las fusiones espectaculares que están ocurriendo. Aunque Syngenta rechazó por segunda vez a Monsanto –quiere más dinero–, otras dos gigantes, DuPont (dueña de Pioneer) y Dow Chemicals, acordaron apenas hace unos días fusionarse. Monsanto sigue intentando con Syngenta. Es apenas un rincón del escenario: los planes de las corporaciones van más allá, en pos de controlar sectores claves y cada vez más grandes de la producción agroalimentaria.

En 1981, el Grupo ETC (entonces llamado RAFI) denunció que las empresas de agroquímicos estaban comprando las semilleras y que su objetivo era desarrollar cultivos que toleraran los tóxicos de las propias empresas, para crear dependencia de los agricultores y vender más veneno, su negocio más lucrativo. Nos llamaron alarmistas, dijeron que tal tecnología nunca iba a existir; hasta que en 1995 la industria comenzó a plantar transgénicos: exactamente ese tipo de semilla.

En ese entonces había en el mundo más de 7 mil empresas que producían semillas comerciales, la mayoría familiares, y ninguna controlaba más de uno por ciento del mercado; 34 años después, seis trasnacionales controlan 63 por ciento del mercado global de semillas y 75 por ciento del mercado global de agrotóxicos. Monsanto, Syngenta, DuPont, Dow, Bayer y Basf, todas originalmente fabricantes de veneno, son las seis gigantes que controlan agrotóxicos, semillas y 100 por ciento de los transgénicos agrícolas, expresión de la fusión de ambos negocios. Como casi no quedan empresas, se dedican ahora al canibalismo. Syngenta es la más grande productora de agrotóxicos a escala global, por lo que hasta la empresa china de agrotóxicos, ChemChina, ofertó por ella, pero no le llegó al precio.

Monsanto insiste porque necesita desesperadamente acceder a nuevos agrotóxicos, ya que su producto estrella, el glifosato, está en crisis. En dos décadas de transgénicos el uso masivo de glifosato ha generado 24 malezas resistentes que colocan en inmensos problemas a los agricultores. El aumento de cáncer, abortos y malformaciones neonatales en las zonas de cultivo de transgénicos en Argentina, Brasil, Paraguay es de proporciones epidémicas. Que hijos de campesinos mueran no parece importarle a Monsanto, pero la Organización Mundial de la Salud declaró en 2015 que el glifosato es cancerígeno en animales y probablemente en humanos y eso sí fue un golpe. Por esto y más, a Monsanto le urge cambiar de agrotóxicos, cambiar de nombre por su enorme desprestigio y, si puede, cambiar de sede para evitar impuestos.

El glifosato inventado por Monsanto es el agrotóxico más vendido en la historia de la agricultura. Sólo por maíz y soya transgénica, su uso aumentó 20 veces en Estados Unidos en 17 años, cifras similares en Brasil y Argentina, y 10 veces a escala global. Pero ese negocio va en declive. Y Monsanto, engolosinada con su cuasi monopolio de transgénicos, no ha hecho investigación: en 2013, el maíz transgénico tolerante a glifosato representaba 44 por ciento de sus ventas totales, la soya tolerante a glifosato 11 por ciento, y más de 30 por ciento de sus ventas provienen de formulaciones de glifosato (RoundUp, Faena, Rival y otras marcas).


El glifosato ya no funciona, sus impactos son muy graves, pero los maíces transgénicos de Monsanto van casados con éste. Por eso le urge que se autorice su siembra en México, lo cual le daría un respiro para vender sus semillas obsoletas, hasta que aquí pase lo mismo: malezas resistentes, baja producción, semillas mucho más caras y patentadas, epidemia de cánceres y deformaciones fetales. Todo junto a contaminar transgénicamente el centro de origen mundial del maíz, dañando gravemente el patrimonio genético, cultural y de agrobiodiversidad más importante del país. Huelga decir hay mucho mejores opciones para producción de maíz y que México no necesita sembrar transgénicos para abastecer su consumo.

Aunque Monsanto es el caso más evidente, todas las gigantes de transgénicos tienen iguales intenciones, con otros químicos también muy tóxicos. Pero todas están topando con los límites de su propia ambición. Así emergen nuevos escenarios corporativos al entrar en juego otros sectores, como las trasnacionales de fertilizantes y maquinaria agrícola. El Grupo ETC analiza esta coyuntura en un nuevo informe sobre fusiones corporativas: Breaking Bad: Big Ag MegaMergers in Play (http://tinyurl.com/nz3g2at).

Según ventas de 2013, el mercado mundial de semillas fue 39 mil millones de dólares (mmdd), el de agrotóxicos 54 mmdd, el de maquinaria agrícola 116 mmdd y el de fertilizantes 175 mmdd. La tendencia parece ser que los dos últimos engullirán a los otros, creando un escenario de controles oligopólicos aún más amplios. Por ejemplo, la trasnacional de maquinaria John Deere tiene contratos con cinco de las seis gigantes de transgénicos para aumentar sus ventas a través de pólizas de seguro que condicionan a los agricultores a usar sus semillas, agrotóxicos y maquinaria. Tecnologías de automatización, drones, sensores y datos del clima también están concentrados en esas empresas y se ofertan en el paquete.

Si esas fusiones se permiten, vamos hacia nuevos oligopolios que controlarán semillas, variedades, agrotóxicos, fertilizantes, maquinarias, satélites, datos informáticos y seguros. Y que dañarán, contaminándolas y por otras vías, a las opciones reales para la alimentación y el clima: la producción campesina, descentralizada, diversa, con semillas propias, que son quienes alimentan a la mayoría de la población.

*Investigadora del Grupo ETC


Fonte: La Jornada

terça-feira, 28 de agosto de 2012

A humanidade já acabou com seu orçamento ecológico para 2012

Fonte desta imagem AQUI.
 
“Em menos de oito meses, acabamos com todos os recursos que o planeta pode prover e com todo o carbono que pode absorver de forma sustentável”.

Um estudo divulgado pela Rede da Pegada de Carbono Global, uma entidade de pesquisa do meio ambiente, e a Fundação Nova Economia (Nef, na sigla em inglês), um "think-tank" com sede em Londres, criadora do “Dia da dívida ecológica”, confirmou que, na quarta-feira (22-08), a humanidade acabou com seu orçamento ecológico anual para 2012, e entrou em déficit ecológico. No caso da Espanha, isso aconteceu no dia 22 de abril.

“Em menos de oito meses, acabamos com todos os recursos que o planeta pode prover e com todo o carbono que pode absorver de forma sustentável”, destaca em um comunicado. Como consequência, no restante do ano “viveremos com o crédito do planeta e de futuras gerações, sobre-explorando os recursos naturais e acumulando carbono na atmosfera”.

No ritmo atual, as pessoas consomem 56% de recursos acima da biocapacidade do planeta, ou seja, para manter o nível atual de consumo seria necessária 1,5 Terra. O caso da Espanha é ainda mais sangrento. O país esgotou seu orçamento ecológico no dia 22 de abril, assim, se todos os cidadãos do mundo vivessem como um espanhol, seriam necessários três planetas terra.

“Viver acima dos limites ecológicos do planeta não sai grátis”. O déficit ecológico implica custos econômicos. Reduzir as emissões de carbono na atmosfera requer um investimento de 1% a 2% do PIB, em nível global, mas o custo de não fazê-lo oscila de 5% a 20%, entre outras questões. Estas duas organizações reivindicam uma nova economia que leve em conta as pessoas e o planeta.

No entanto, sustenta o relatório, há soluções para cortar o déficit ecológico e econômico de forma simultânea. Segundo estas associações, a resposta à crise passa pela redução do déficit ecológico – os recursos que o planeta pode prover -, e por uma transição para um modelo econômico justo e sustentável, que desenvolva o bem-estar humano no lugar do capital.

“A resposta à crise econômica passa pela redução do déficit ecológico. Sem estabilidade ecológica, não há estabilidade econômica, e não é possível garantir o bem-estar dos cidadãos”, sublinha Aniol Esteban, responsável pela economia ambiental na Fundação. Em seu parecer, a solução passa pela efetuação de uma transição para um modelo econômico justo, sustentável, que desenvolva o bem-estar humano no lugar do capital.

Uma das razões pela qual não se evitou e nem se reduziu o déficit ecológico está em que o sistema econômico “não conta a verdade ecológica e social da atividade econômica humana”. Assim, “apresenta como benefícios o que é uma perda de riqueza. Levar um recurso natural ao colapso como estoques de pesca, aquíferos e bosques, e com ele acabar com uma fonte de alimento, trabalho e riqueza, conta como positivo no Produto Interno Bruto”.

Segundo esta Fundação, os seres humanos necessitam de um planeta e de meio para manter o ritmo atual de consumo, mas se todos os cidadãos do planeta vivessem como um espanhol, precisariam de três planetas. O mesmo relatório reflete que o custo da perda de biodiversidade global, num cenário “business as usual” (seguir como agora), seria de 14 bilhões em 2050 (7% do PIB global desse ano). A crise não freou a demanda por recursos naturais e, desde 2009, esta tem crescido “embora de forma mais lenta que no período entre 2000 e 2009”. O nível de déficit ecológico dobrou desde 1961.
 
Eco Agência, via DomTotal

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

NEONICOTINÓIDES

Caras(os) amigas(os),

Silenciosamente, bilhões de abelhas estão morrendo, colocando toda a nossa cadeia alimentar em perigo. Abelhas não fazem apenas mel, elas são uma força de trabalho gigante e humilde, polinizando 90% das plantas que produzimos.

Vários estudos científicos mencionam um tipo de agrotóxico que contribui para o extermínio das abelhas. Em quatro países Europeus que baniram estes produtos, a população de abelhas já está se recuperando. Mas empresas químicas poderosas estão fazendo um lobby pesado para continuar vendendo estes venenos. A única maneira de salvar as abelhas é pressionar os EUA e a União Europeia para eles aderirem à proibição destes produto letais - esta ação é fundamental e terá um efeito dominó no resto do mundo.

Não temos tempo a perder - o debate sobre o que fazer está esquentando. Não se trata apenas de salvar as abelhas, mas de uma questão de sobrevivência. Vamos gerar um zumbido global gigante de apelo à UE e aos EUA para proibir estes produtos letais e salvar as nossas abelhas e os nossos alimentos. Assine a petição de emergência agora, envie-a para todo mundo, nós a entregaremos aos governantes responsáveis:

http://www.avaaz.org/po/save_the_bees/97.php?cl_tta_sign=1b42e7d22920e39e8db358031b48364a

As abelhas são vitais para a vida na Terra - a cada ano elas polinizam plantas e plantações com um valor estimado em US$40 bilhões, mais de um terço da produção de alimentos em muitos países. Sem ações imediatas para salvar as abelhas, poderíamos acabar sem frutos, legumes, nozes, óleos e algodão.

Nos últimos anos, temos visto um declínio acentuado e preocupante a nível global das populações de abelhas - algumas espécies de abelhas estão extintas e outras chegaram a 4% da população no passado. Cientistas vêm lutando para obter respostas. Alguns estudos afirmam que o declínio pode ser devido a uma combinação de fatores, incluindo doenças, perda de habitat e utilização de produtos químicos tóxicos. Mas um importante estudo independente recente produziu evidências fortes culpando os agrotóxicos neonicotinóides. A França, Itália, Eslovênia, e até a Alemanha, sede do maior produtor do agrotóxico, a Bayer, baniram alguns destes produtos que matam abelhas. Porém, enquanto isto, a Bayer continua a exportar o seu veneno para o mundo inteiro.

Este debate está esquentando a medida que novos estudos confirmam a dimensão do problema. Se conseguirmos que os governantes europeus e dos EUA assumam medidas, outros países seguirão o exemplo. Não vai ser fácil. Um documento vazado mostra que a Agência de Proteção Ambiental dos EUA já sabia sobre os perigos do agrotóxico, mas os ignorou. O documento diz que o produto da Bayer é "altamente tóxico" e representa um "grande risco para os insetos não-alvo (abelhas)".

Temos de fazer ouvir as nossas vozes para combater a influência da Bayer sobre governantes e cientistas, tanto nos EUA quanto na UE, onde eles financiam pesquisas e participam de conselhos de políticas agrícolas. Os reais peritos - apicultores e agricultores - querem que estes agrotóxicos letais sejam proibidos, a não ser que hajam evidências sólidas comprovando que eles são seguros. Vamos apoiá-los agora. Assine a petição abaixo e, em seguida, encaminhe este alerta:

http://www.avaaz.org/po/save_the_bees/97.php?cl_tta_sign=1b42e7d22920e39e8db358031b48364a

Não podemos mais deixar a nossa cadeia alimentar delicada nas mãos de pesquisas patrocinadas por empresas químicas e os legisladores que eles pagam. Proibir este agrotóxico é um caminho necessário para um mundo mais seguro tanto para nós quanto para as outras espécies com as quais nos preocupamos e que dependem de nós.

Com esperança,

Alex, Alice, Iain, David e todos da Avaaz

Leia mais:

Itália proibe agrotóxicos neonicotinóides associados à morte de abelhas:
http://www.ecodebate.com.br/2008/09/22/italia-proibe-agrotoxicos-neonicotinoides-associados-a-morte-de-abelhas/

O desaparecimento das abelhas melíferas:
http://www.naturoverda.com.br/site/?p=180

Alemanha proíbe oito pesticidas neonicotinóides em razão da morte maciça de abelhas:
http://www.ecodebate.com.br/2008/08/30/alemanha-proibe-oito-pesticidas-neonicotinoides-em-razao-da-morte-macica-de-abelhas/

Campos silenciosos:
http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/campos_silenciosos_imprimir.html

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Rio Dos Sinos

Denise Severgnini (Recanto das Letras)
 
Nasce em Caraá, cachoeiras belíssimas.
Vem descendo a serra de mansinho!
No Vale, começa seu cruel martírio..
Lixo, indústrias, erosão acentuadíssima
Mata ciliar que sumiu de mansinho
Peixes mortos, oxigênio em delírio...
Triste fotografia do rio que agoniza...
População acorda! Tua ajuda ele precisa!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Com avanços tecnológicos, lixo eletrônico vai se acumulando


Agência FAPESP – Há mais de dez anos tem crescido enormemente o uso de dispositivos eletrônicos portáteis, como computadores, telefones celulares e tocadores de música (primeiramente CD e, depois, arquivos digitais). Um dos resultados, que a princípio não parecia preocupante, é o acúmulo de lixo.

Eletrônicos hoje representam o tipo de resíduo sólido que mais cresce na maioria dos países, mesmo nos em desenvolvimento. Um dos grandes problemas de tal lixo está nas baterias, que contêm substâncias tóxicas e com grande potencial de agredir o ambiente.

Em artigo publicado na edição de 30/10 da revista Science, pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, comentam o problema e a ausência de políticas adequadas de reciclagem.

“O pequeno tamanho, a curta vida útil e os altos custos de reciclagem de tais produtos implicam que eles sejam comumente descartados sem muita preocupação com os impactos adversos disso para o ambiente e para a saúde pública”, apontam os autores.

Eles destacam que tais impactos ocorrem não apenas na hora de descartar os equipamentos eletrônicos, mas durante todo o ciclo de vida dos produtos, desde a fabricação ou mesmo antes, com a mineração dos metais pesados usados nas baterias.

“Isso cria riscos de toxicidade consideráveis em todo o mundo. Por exemplo, a concentração média de chumbo no sangue de crianças que vivem em Guiyu, na China, destino conhecido de lixo eletrônico, é de 15,2 microgramas por decilitro”, contam.

Segundo eles, não há nível seguro estabelecido para exposição ao chumbo, mas recomenda-se ação imediata para níveis acima de 15,2 microgramas por decilitro de sangue.

Os pesquisadores estimam que cada residência nos Estados Unidos guarde, em média, pelo menos quatro itens de lixo eletrônico pequenos (com 4,5 quilos ou menos) e entre dois e três itens grandes (com mais de 4,5 quilos). Isso representaria 747 milhões de itens, com peso superior a 1,36 milhão de toneladas.

O artigo aponta que, apesar do tamanho do problema, 67% da população no país não conhece as restrições e políticas voltadas para o descarte de lixo eletrônico. Além disso, segundo os autores, os Estados Unidos não contam com políticas públicas e fiscalização adequadas para a reciclagem e eliminação de substâncias danosas dos produtos eletrônicos.

Os pesquisadores pedem que os governos dos Estados Unidos e de outros países coloquem em prática medidas urgentes para lidar com os equipamentos eletrônicos descartados. Também destacam a necessidade de se buscar alternativas para os componentes que causem menos impactos à saúde humana e ao ambiente.

O artigo The electronics revolution: from e-wonderland to e-wasteland, de Oladele Ogunseitan e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.

Texto de Naiara Bertão, para ECO PLANET.

Earth Song

ESTE CLIPE FOI CENSURADO NOS EUA QUANDO DE SEU LANÇAMENTO:

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ALTÍSSIMO NÍVEL

Pantanal:

Minc descarta processo contra Puccinelli

Um dia após ter sido chamado de "veado" e "fumador de maconha" pelo governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), o ministro da Meio Ambiente, Carlos Minc, reagiu com insinuações. "Ele (Puccinelli) que saia do armário tranquilo, pois nós defendemos todos os homossexuais, assumidos ou enrustidos", respondeu o ministro. Ele disse que não vai abrir processo contra Puccinelli pelas agressões, mas não abriu mão de prolongar a polêmica.

Defensor do plantio de cana para produção de etanol no entorno do Pantanal, o governador deu a declaração ontem, durante encontro com empresários e políticos da região, sem se incomodar com a presença de jornalistas na plateia. Ao comentar as restrições ao plantio de cana na Bacia do Alto Paraguai, previstas no zoneamento agroecológico lançado por Minc na semana passada, Puccinelli chegou a fazer uma ameaça insólita, caso o ministro viesse participar da minimaratona ecológica a se realizar no estado. "Eu corro atrás dele e o estupro em praça pública", disse, diante de risos do público.

Em pouco tempo, as declarações estavam na Internet, deixando Puccinelli em saia justa. Depois, o governador tentou se desculpar, mas Minc não quis conversa. "Ele (Puccinelli) perdeu o controle e mostrou o seu verdadeiro eu de forma desassombrada, manifestando preconceito", observou o ministro. Citando Siegmund Freud, o pai da psicanálise, Minc afirmou ser típico de pessoas que não admitem seu próprio homossexualismo. "Na verdade (essas pessoas) agridem algo que existe dentro deles próprios e que não aceitam", explicou.

Em meio à baixaria, o governador deu uma declaração pública hoje, na tentativa de encerrar o assunto. "Era um bate papo informal com empresários e, na hora que se conta piadas, se fazem besteiras como essa", explicou. "Como tornou-se público eu achei que devia pedir desculpas públicas".

O ministro ressaltou que, à parte as ofensas, o que mais lhe preocupa é "a virulência" do governador contra a preservação do Pantanal, "um paraíso ambiental para o qual os olhos do mundo estão voltados". Ele informou que tinha conversado com o governador dois meses antes do lançamento do zoneamento, explicando as medidas e presumido a concordância de Puccinelli.

O Mato Grosso do Sul, segundo o ministro, tem 9 milhões de hectares férteis, fora da bacia do Alto Paraguai, considerados aptos à produção canavieira. O Estado, acrescentou o ministro, tem lei que veda construção de usinas e a produção de cana na área de influência do Pantanal. "Ele (Puccinelli) achou interessante, ficou de estudar e agora veio com essa histeria", disse o ministro.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Brasil é o maior exportador de "água virtual" para a Alemanha


A Alemanha consome por ano 159,5 bilhões de metros cúbicos de água, o equivalente a três vezes o volume do Lago de Constança. O número foi apresentado nesta segunda-feira (03/08) pelo WWF, organização mundial ambientalista.

Segundo o estudo, cada cidadão alemão consome em média 5.288 litros por dia do recurso natural, o que corresponde ao volume de 25 banheiras cheias.

Para chegar a esse número, o estudo do WWF levou em consideração o consumo direto e também o indireto, como, por exemplo, a água usada no cultivo de alimentos e nos processos industriais.

Segundo a organização, cada pessoa na Alemanha consome em média 124 litros de água por dia pelo uso direto, ao abrir a torneira.

A quantidade de água consumida por uma pessoa, empresa ou país é o que os ambientalistas chamam de pegada aquática.

Água virtual importada

O estudo do WWF aponta que aproximadamente metade da água consumida pela Alemanha é importada, ou seja, foi utilizada em outros países no processo de produção de mercadorias compradas pela Alemanha. É o que a organização chama de água virtual.

A agricultura é o setor que mais consome água: 117,6 quilômetros cúbicos – 73% do total anual. Mais da metade é importada: a maior parte da água virtual está nos produtos agrícolas importados do Brasil (5,7 bilhões de metros cúbicos, utilizados principalmente na produção de café, soja e carne), da Costa do Marfim (4,2 bilhões) e da França (3,5 bilhões).

Só o consumo anual de café e cacau na Alemanha, por exemplo, requer 20 quilômetros cúbicos de água virtual. As carnes de vaca e de porco importadas também têm essa característica, além de sementes oleaginosas, como oliva, palma e algodão.

Na segunda posição no ranking de consumo de água na Alemanha está a indústria, com 36,4 bilhões de metros cúbicos por ano. O uso doméstico, que é de 5,5 bilhões de metros cúbicos, vem em terceiro.

"O consumo de água não é algo ruim, mas faz parte de uma atividade natural", explica Martin Geiger, do WWF. O ambientalista alerta, entretanto, que é preciso prestar atenção na quantidade e nas condições em que o recurso é retirado na natureza.

Para o WWF, leis de responsabilidade sobre o uso da água deveriam ser criadas. Assim, cada país poderia verificar o quanto de água foi consumida nos produtos na hora de negociar a importação. Este recurso poderia, consequentemente, ajudar a Alemanha a reduzir a sua pegada aquática.

Origem do conceito

O conceito "água virtual" foi criado em 1990 pelo cientista inglês John Anthony Allan. O termo leva em consideração o volume de água utilizado, o quanto do recurso evapora ou fica poluído nos processos de produção.

A confecção de um par de sapatos de couro, por exemplo, consome 8 mil litros de água. A produção de um hambúrguer, 2,4 mil litros. O cultivo de algodão suficiente para fabricar uma camiseta consome 4 mil litros do recurso. Cada quilograma de açúcar contém, aproximadamente 1,5 mil litros de água virtual..

O termo "pegada aquática" partiu do conceito água virtual e pode ser usado tanto para indivíduos como para empresas e países.

Autora: Nádia Pontes
Revisão: Alexandre Schossler

DEUTSCHE WELLE

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Lulas gigantes invadem costa da Califórnia

Deviant Art

Milhares de lulas gigantes surgiram na costa de San Diego, no Estado americano da Califórnia, amedrontando turistas, mergulhadores e residentes.

As criaturas marinhas, chamadas de lula de Humboldt, são geralmente encontradas nas águas profundas do México e podem medir até 1,5 metros e pesar até 45 quilos.

No México, essas lulas são conhecidas por atacar humanos.

Na costa californiana, os animais ainda estão um pouco distantes da beira-mar, mas a presença pouco comum da espécie nessas praias causou receio entre os banhistas e preocupação entre os especialistas em vida marinha.

Cientistas afirmam que a escassez de alimentos causada pelo aquecimento global poderia explicar a razão da invasão das lulas na costa californiana pela terceira vez em dez anos.

Há quatro anos, uma invasão semelhante atingiu as praias de San Diego. Em janeiro de 2005, centenas de lulas gigantes mortas apareceram nas praias de Orange County, na Califórnia.

Outra teoria defendida por cientistas para a aparição das lulas seria a de que há uma redução no número de predadores naturais, o que facilitaria a sobrevivência dessa espécie.

Pesquisadores acreditam que a Califórnia possa se tornar uma residência permanente para a população de lulas.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Efeito boomerang na Monsanto

Amaranto:

Por Sylvie Simons
Tradução: Renzo Bassanetti


Nos EUA, agricultores precisaram abandonar cultivos de 5 mil hectares de soja trasngênica e outros 50 mil estão gravemente ameaçados. Esse pânico deve-se a uma erva “daninha” que decidiu se opor à gigante Monsanto, conhecida por ser a maior predadora do planeta. Insolente, essa planta mutante prolifera e desafia o Roundup, o herbicida total à base de glifosato, ao qual “nenhuma erva daninha resiste”.

Quando a natureza se recupera

Em 2004, um agricultor de Macon, situada a 130 km de Atlanta, no estado da Geórgia, EUA, notou que alguns brotos de amaranto resistiam ao Roundup que ele utilizava em suas lavouras de soja.

As lavouras vítimas dessa erva daninha invasora tinham sido semeadas com grãos Roundup Ready, que receberam um gene resistente ao Roundup ao “qual não resiste nenhuma erva daninha”.

Desde então, a situação tem piorado e o fenômeno se estendeu a outros estados, como Carolina do Sul e do Norte, Arkansas, Tennessee e Missouri. Segundo um grupo de cientistas do Centro para A Ecologia e Hidrologia, organização britânica situada em Winfrith, Dorset, produziu-se uma transferência de genes entre a planta modificada geneticamente e algumas ervas indesejáveis como o amaranto. Essa constatação contradiz as afirmações peremptórias e otimistas dos que defendem os organismos modificados geneticamente (OGM), que afirmam que uma hibridização entre uma planta modificada geneticamente e uma não modificada é simplesmente “impossível”.

Para o geneticista britânico Brian Johnson, especializado em problemas relacionados com a agricultura “basta que aconteça somente um cruzamento, que pode ocorrer entre várias milhões de possibilidades. Uma vez criada, a nova planta possui uma enorme vantagem seletiva e se multiplica rapidamente. O potente herbicida aqui utilizado, à base de glofosato e amônia, tem exercido uma pressão enorme sobre as plantas, que por sua vez aumentaram ainda mais a velocidade de adaptação”. Assim, ao que parece, um gene de resistência aos herbicidas deu origem a uma planta híbrida surgida de repente entre o grão que se supõe que ele protegeria e o amaranto, que por sua vez se torna impossível eliminar.

A única solução é arrancar à mão as ervas daninhas, como se fazia antigamente, mas isso já não é possível dadas as dimensões das áreas de cultivo. Além disso, por terem raízes profundas, essas ervas são extremamente difíceis de arrancar, razão pela qual simplesmente se abandonaram 5 mil hectares de soja.

Muitos agricultores pretendem renunciar aos OGM e voltar para a agricultura tradicional, ainda mais por que os cultivos OGM estão cada vez mais caros, e a rentabilidade é primordial para esse tipo de lavoura. Assim, Alan Rowland, produtor e vendedor de sementes de soja em Dudley, Missouri, afirma que já ninguém pede sementes do tipo Roundup Ready, da Monsanto, que ultimamente representavam o 80% do volume de seus negócios. Hoje as sementes OGM estão desaparecendo de seu catálogo e a demanda por sementes tradicionais não deixa de aumentar.

Já em 25 de julho de 2005, o jornal The Guardian publicava um artigo de Paul Brown que revelava que os genes modificados de cereais tinham passado para as plantas selvagens e criado uma “super semente”, resistente aos herbicidas, algo “inconcebível” para os cientistas do Ministério do Meio Ambiente. Desde 2008 os meios de comunicação ligados à agricultura dos EUA informam cada vez mais casos de resistência, ao mesmo tempo em que o governo daquele país tem realizado cortes importantes no orçamento da Secretaria da Agricultura, que o obrigaram a reduzir e depois interromper algumas de suas pesquisas nessa área.

Planta diabólica ou sagrada?

Resulta divertido constatar que o amaranto, essa planta “diabólica” para a agricultura genética, é sagrada para os incas. Pertence aos alimentos mais antigos do mundo. Cada planta produz uma média de 12 mil sementes por ano e as folhas, mais ricas em proteínas que as da soja, contém sais minerais e vitaminas A e C.

Assim, esse boomerang, devolvido pela natureza à Monsanto, não neutraliza somente essa empresa predadora, mas instala em seus domínios uma planta que poderia alimentar a humanidade em caso de fome. Ela suporta a maioria dos climas, tanto as regiões secas, como as de monção e as terras altas tropicais, além de não ter problemas nem com os insetos nem com doenças, com o que nunca precisará de aplicação de agrotóxicos.

Assim, o amaranto enfrenta a muito poderosa Monsanto como David se opôs a Golias, e todo mundo sabe como acabou o combate, mesmo que muito desigual! Se esses “problemas” ocorrerem em quantidade suficiente, que é o que parece que vai acontecer, em seguida não restará opção à Monsanto do que fechar as portas. Além de seus empregados, quem realmente se compadecerá com essa fúnebre empresa?

MST
ADELI

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Cocô no Banho


Por que fazer Cocô no Banho:
- Dispensa o uso do papel higiênico.

- Em média, os brasileiros usam 2,4m de papel higiênico cada vez que fazem cocô no vaso (sem contar aquelas vezes que você termina de se limpar e logo vem mais um pouquinho, tendo que limpar tudo de novo).
- A quantidade de papel higiênico que você poupa durante um ano é equivalente a 1 árvore.

Por isso, faça cocô no banho e poupe uma árvore.
Abrace esta causa. Utilize as redes sociais para divulgar esta campanha entre seus amigos e familiares!
O planeta Terra agradece.

Leia mais AQUI.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Vivendo a vida sem carro e usando só bicicletas e trem - veja q paraiso!


Vauban, distrito de Freiburg, na Alemanha, está experimentando a vida sem carro. É uma comunidade de classe alta onde 70% das famílias nao têm automóveis. Bicicletas e trem para Freiburg sao os meios de transporte. Os carros nao sao proibidos, mas a posse e o uso sao desestimulados - há apenas 2 lugares para estacionar, localizados nos limites da cidade. Quando os moradores precisam ir a algum local distante, as familias se reunem em torno de soluçoes coletivas, como carros alugados pela comunidade. Segundo materia do New York Times, os moradores de Vauban gostam da qualidade de vida que têm, apreciam o fato de nao precisarem se preocupar com segurança no trânsito ou segurança das crianças na rua. Sao pessoas com inclinaçao 'verde', mais da metade vota no Partido Verde Alemao.

14/05 Blue Bus

sábado, 21 de março de 2009

Mil millones de personas no disponen de agua potable


Los especialistas reunidos esta semana en el V Foro Mundial del Agua enfatizaron que mientras la cantidad de personas y el nivel de vida general aumentan, las regiones secas avanzan por el cambio climático, por lo cual dos tercios de la población global pueden tener en unos años dificultades de acceso a ese recurso vital.

Las declaraciones fueron efectuadas con motivo de celebrarse mañana el Día Mundial del Agua, según lo dispuesto por las Naciones Unidas desde el 22 de diciembre de 1993.

"Sobre la mesa del comedor aparece un kilo de carne para el consumo; pero para su producción se necesitaron entre 6000 y 20.000 litros de agua dulce", dice una declaración del foro del Agua.

En coincidencia con este enfoque, el responsable de Tierras y Aguas de la organización alimentaria de las Naciones Unidas FAO, Jan Van Wambeke, afirmó que "una persona sólo necesita de tres litros de agua al día, pero para producir sus requerimientos alimenticios diarios, se necesitan 3 mil litros de agua".

Wambeke enfatizó que la agricultura demanda el 70 por ciento de las extracciones de agua dulce a nivel mundial, y opinó que el reto de la agricultura es producir más alimentos con menos agua.

El énfasis sobre la legislación de las cuencas hidrográficas comunes entre países, que involucra áreas en las que vive un 40 por ciento de la población mundial, es este año el motivo de la jornada, ya que de las 263 cuencas hidrográficas internacionales y sistemas acuíferos transfronterizos, 158 carecen de marco común de gestión.

Existe una amenaza de "stress por el agua", de huida de los territorios en crisis y, en el peor de los casos, de guerras por los recursos en peligro de desaparición, enfatiza un documento del Foro, según consignó la agencia alemana de noticias DPA.

Unos mil millones de personas no disponen en la actualidad de agua potable de una población total de 6800 millones, que crecerán a 7 mil millones para 2012 y unos 9 mil millones en 2050, según pronósticos divulgados en el Foro Mundial del Agua.

"El cambio climático se manifestará primero y, sobre todo, a través del agua, por medio de sequías, inundaciones, huracanes, deshielos o un aumento del nivel del mar", anticipó Mark Smith, experto en agua de la Unión para la Protección de la Naturaleza (UICN).

"En muchas regiones la escasez de agua y la contaminación amenazan cada vez más el bienestar de las personas", opinó Smith. El secretario general del V Foro Mundial del Agua, Oktay Tabasaran, afirmó que "la agricultura tiene el mayor potencial de ahorro, ya que consume unos dos tercios del agua dulce utilizado en el mundo".

Según cifras de la FAO, América Latina y el Caribe poseen el 15 por ciento de la superficie de tierras del planeta, el 10 por ciento de la población mundial y aproximadamente el 42 por ciento del agua dulce del mundo, en tanto, la región recibe el 30 por ciento de las precipitaciones a nivel mundial.

El representante regional de la FAO para América Latina y el Caribe, José Graziano da Silva, consideró que "con el cambio climático, el acceso al agua puede convertirse en un desafío mayor que el acceso a la tierra para la agricultura".

La FAO impulsa el uso del agua de manera eficiente a través de iniciativas como la mejora de los esquemas de riego, y la reglamentación del tratamiento de aguas servidas y contaminadas para su reutilización en la producción agrícola.

"Desde 1900 se perdieron la mitad de las tierras húmedas del mundo, nuestra principal fuente de agua dulce, por eso es decisivo poner fin al deterioro de los ecosistemas de tierras húmedas transfronterizas, a fin de garantizar un suministro estable de agua para el hogar, la agricultura y la industria", enfatizó da Silva.

En las 263 cuencas hidrográficas transfronterizas del planeta está comprendido el territorio de 145 países, y cubren casi la mitad de la superficie terrestre de la Tierra.

Los grandes depósitos de agua dulce también circulan por debajo de las fronteras en los acuíferos subterráneos transfronterizos, de los que se conocen más de 270 a nivel mundial.

Página/12