Mostrando postagens com marcador Genocídio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Genocídio. Mostrar todas as postagens

domingo, 15 de junho de 2025

SOBRE O PASSEIO DOS GESTORES BRASILEIROS EM ISRAEL

 


 

Viajar em comitiva oficial para um território em guerra, alegando estudar “segurança pública”, e acabar preso em bunker sob ataque aéreo é quase um roteiro de sátira política. Mas não tem graça. Porque enquanto esses gestores brincam de geopolítica com dinheiro público, suas cidades seguem com:

escolas sem merenda,

hospitais superlotados,

guardas municipais sem coletes,

mães implorando por creche.

Eles dizem ir aprender sobre "defesa civil" e "segurança"... e se escondem em bunkers que suas próprias cidades jamais terão. Não levaram nem o básico: bom senso.

Querem segurança? Comecem garantindo abrigo seguro para mulheres ameaçadas, iluminação pública nos becos, psicólogas nas escolas e proteção real para o povo que dizimam com sua vaidade e ignorância travestida de gestão moderna.

Agora, a pergunta não é mais “o que foram fazer lá?”.
É: o que pensavam que encontrariam? Uma feira de tecnologia em plena guerra? Um passeio VIP no front?

Idiotas? Sim.
Mas perigosos também.
Porque a burrice com poder custa caro — e, às vezes, explode.

Texto atribuído à Soraya Brazuna. Não sei se realmente foi ela que escreveu, porém tem minha concordância.

Imagem: BBC

sexta-feira, 9 de julho de 2021

SUICÍDIO COLETIVO OU GENOCÍDIO PLANEJADO?

 


CIDADES SUICIDAS

 

Pedro Hallal, para Folha de São Paulo

 

"Os dados trazidos a público pelo jornalista Ricardo Mendonça no Valor Econômico são estarrecedores. Todas as 5.570 cidades brasileiras foram divididas de acordo com o percentual de votos em Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais de 2018. Em 108 cidades, Bolsonaro teve menos de 10% dos votos, em 833 cidades teve entre 10% e 20% dos votos, e assim sucessivamente, até chegar nas 214 cidades nas quais Bolsonaro teve entre 80% e 90% dos votos e na única cidade em que Bolsonaro teve 90% ou mais dos votos em 2018. Essas informações, aliás, são de domínio público e podem ser acessadas por qualquer um no Repositório de Dados Eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral.

 

De posse dessas informações, o próximo passo foi analisar a quantidade de casos e de mortes por Covid-19 em cada uma das 5.570 cidades. Novamente, os dados são de livre acesso, tanto pelo Painel Coronavírus do Ministério da Saúde quanto pelo DataSUS. Nas 108 cidades em que Bolsonaro teve menos de 10% dos votos, o número de casos é de 3.781 por 100.000 habitantes. A quantidade de casos sobe linearmente até atingir 10.477 casos por 100.000 habitantes nas cidades em que Bolsonaro teve entre 80% e 90% dos votos e 11.477 casos por 100.000 habitantes na cidade em que Bolsonaro teve 90% ou mais dos votos.

 

Os dados para mortes são igualmente chocantes. A mortalidade varia de 70 mortes por 100.000 habitantes nas cidades em que Bolsonaro teve menos de 10% dos votos, até mais de 200 mortes por 100.000 habitantes nas cidades em que Bolsonaro teve 50% dos votos ou mais. Na única cidade em que Bolsonaro fez 90% dos votos ou mais no segundo turno das eleições de 2018, a mortalidade é de 313 por 100.000 habitantes. Mais do que o resultado dessa cidade isoladamente, o que chama atenção é a escadinha observada nos gráficos.

 

O morador de uma cidade na qual Bolsonaro venceu o segundo turno das eleições de 2018 tem três vezes mais risco de morte por Covid-19 do que o morador de uma cidade em que Bolsonaro foi derrotado com folga. Mesmo que a pessoa tenha votado contra o negacionismo, estando ela exposta a um ambiente negacionista, seu risco de morte é maior."

 

Pedro Hallal, na Folha.

Fonte da Imagem: http://fantasyartdesign.com/free-wallpapers/wallpaper.php?u_i=368&i_i=645

 

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

MANDADO DE PRISÃO CONTRA EX-MINISTRA DE ISRAEL


O Ministério das Relações Exteriores de Israel condenou o mandado de prisão emitido na segunda-feira por um tribunal britânico contra a ex-ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni.

A ordem de prisão foi emitida por suspeitas de envolvimento em crimes de guerra durante a ofensiva israelense a Faixa de Gaza, há um ano.

Em nota oficial, publicada nesta terça-feira, o Ministério afirmou que "rejeita o procedimento judiciário cínico contra a líder da oposição, Tzipi Livni, por iniciativa de elementos radicais".

"Israel pede que a Grã-Bretanha finalmente cumpra suas promessas e impeça que elementos anti-israelenses façam mal uso do sistema judiciário britânico contra Israel e seus cidadãos", diz o comunicado.

O Ministério israelense também afirma que a Grã-Bretanha não poderá ter um papel ativo no processo de paz no Oriente Médio se os líderes israelenses não puderem visitar o país de maneira "apropriada e digna".

O governo britânico prometeu investigar as circunstâncias do incidente.

"A Grã-Bretanha está determinada a fazer todos os esforços para promover a paz no Oriente Médio e ser uma parceira estratégica de Israel", diz o comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores britânico.

"Para esse fim, é necessário que os líderes de Israel possam visitar a Grã-Bretanha para se reunir com o governo britânico", conclui o comunicado.

Primeiro mandado

Esta é a primeira vez que um tribunal europeu emite uma ordem de prisão contra um líder politico israelense, por envolvimento na chamada Operação Chumbo Fundido.

A ofensiva deixou cerca de 1.300 palestinos mortos, pelo menos dois terços deles civis. Do lado israelense o número de vítimas foi 13.

De acordo com a imprensa israelense, a ordem do tribunal foi emitida a pedido de uma organização pró-palestina em Londres, no dia de um evento organizado pela comunidade judaica britânica, no qual se esperava a participação de Tzipi Livni.

No entanto, Livni havia cancelado sua viagem e assim evitou uma possível detenção.

De acordo com a ex-chanceler, o cancelamento da viagem foi por razões técnicas e sem relação alguma com o mandado de prisão.

Livni declarou que "se orgulha de suas decisões durante a Operação Chumbo Fundido, a qual alcançou os objetivos de defender os cidadãos de Israel e restituir o poder de dissuasão de Israel".

Em Israel, o mandado contra Livni desperta preocupação com a possibilidade de que medidas semelhantes sejam adotadas contra outros líderes do país que viajarem a Grã-Bretanha, especialmente Ehud Olmert, que era o primeiro-ministro na época da ofensiva à Faixa de Gaza, Ehud Barak, o ministro da Defesa e o general Gabi Ashkenazi, chefe do Estado Maior do Exército.

Em 2005 um tribunal britânico emitiu uma ordem de prisão contra o general israelense Doron Almog, por suspeitas de violação da Convenção de Genebra e envolvimento na morte de civis palestinos na Faixa de Gaza.

Almog, que estava chegando em Londres, foi avisado a tempo pelas autoridades israelenses e não desceu do avião no aeroporto de Heathrow, evitando assim a detenção.

BBC

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Israel abre una investigación para no investigar


Israel anunció la creación de una comisión de expertos para investigar los crímenes de guerra en Gaza, por los que es acusada a través del denominado informe Goldstone de la ONU. En realidad, el grupo de expertos no examinará las acciones de oficiales o soldados, sino que hará recomendaciones al gobierno sobre la respuesta legal y diplomática al informe y sobre la estrategia de relaciones públicas que debe seguir para evitar daños mayores tras las acusaciones del crítico texto.

Según informó el primer ministro de Israel, Benjamín Netanyahu, el equipo recopilará todo el material recabado por las fuerzas militares israelíes durante sus anteriores investigaciones, pero en ningún caso examinará las acciones de oficiales o soldados que participaron en la ofensiva militar del pasado invierno boreal.

El juez de la ONU, Richard Goldstone, acusa a Israel y a Hamas de cometer crímenes de guerra, habla de posible crímenes contra la humanidad por parte de Israel y pide a ambos que lleven a cabo investigaciones independientes en el plazo de seis meses.

Además, deja la puerta abierta a presentar las acusaciones contra Israel ante el Tribunal Penal Internacional, con sede en La Haya, si se niega a colaborar en las investigaciones.

Netanyahu siguió las recomendaciones de su ministro de Defensa, Ehud Barak, quien se negó rotundamente a la creación de un comité de investigación como solicita Goldstone, en su informe de 575 páginas sobre los crímenes cometidos en Gaza.

"Abrir un comité de investigación no es una opción", dijo Netanyahu en una reunión con altos funcionarios de Defensa del país, según informa el diario israelí Haaretz.

El grupo de expertos, que será coordinado por el ministro de Justicia Yaakov Neeman, hará recomendaciones al gobierno sobre la respuesta legal y diplomática al informe, así como la estrategia de relaciones públicas que debe seguir para evitar daños mayores tras las acusaciones del crítico texto.

La prensa israelí apuntaba hoy a que el gobierno de Netanyahu presentará ante la ONU material ya existente en los archivos de investigación de Israel como si de una investigación interna se tratase.

Mientras Hamas accedió el pasado 15 de octubre a abrir una investigación independiente, Israel se negó a colaborar en las indagaciones de la ONU desde los inicios de la elaboración del informe.

Por eso, la creación de este grupo de expertos es el primer paso de Netanyahu para probar la actuación de su ejército durante los 22 días de ofensiva. "Israel está preparado para rebatir la legitimidad del informe Goldstone", dijo Barak en la reunión de gabinete realizada ayer.

En la ofensiva militar lanzada por Israel el 27 de diciembre para responder al lanzamiento de cohetes por parte de Hamas murieron cerca de 1400 palestinos, la mayoría de ellos civiles, y 13 israelíes, según distintas organizaciones de derechos humanos.

Página/12

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Soldados israelenses denunciam abusos contra civis durante ofensiva em Gaza


Um grupo de soldados israelenses que participou da ofensiva na Faixa de Gaza, em janeiro, afirmou que abusos frequentes, alguns que poderiam ser classificados como "crimes de guerra", foram cometidos contra civis durante o confronto com militantes do grupo palestino Hamas.

As declarações anônimas dos mais de 25 soldados foram feitas à organização Breaking the Silence (Quebrando o Silêncio), uma instituição de veteranos israelenses contra abusos no Exército.

Em um relatório divulgado pela organização a partir dos relatos, os soldados descrevem que as regras de conduta "permissivas" do Exército não distinguiam civis e combatentes e resultaram em um “golpe massivo e sem precedentes” contra os civis em Gaza.

Segundo os relatos, as mortes de israelenses deveriam ser prevenidas, mesmo que à custa de vidas palestinas.

Os testemunhos afirmam ainda que os soldados teriam recebidos ordens de abrir fogo contra qualquer prédio ou pessoa suspeita.

Os soldados teriam afirmado também que escudos humanos eram usados em buscas realizadas em prédios suspeitos. Segundo eles, o vandalismo contra propriedades palestinas foi frequente durante a ofensiva.

Um dos relatos afirma que os soldados eram ensinados que “em guerras urbanas, qualquer um é inimigo, não há inocentes”.

‘Rumores’


O Exército de Israel negou as acusações e afirmou que o relatório não tem credibilidade pois é baseado em "testemunhos anônimos e generalizados e rumores".

Apesar disso, os militares afirmaram que irão investigar qualquer reclamação formal de comportamento impróprio.

“O Exército lamenta que outra organização de direitos humanos tenha divulgado um relatório baseado em relatos anônimos e generalizados, sem investigação ou credibilidade”, afirmou a porta-voz do Exército, Avital Leibovich.

“Esperamos que qualquer soldado com alguma alegação procure as autoridades apropriadas”, disse ela.

A organização responsável pelo documento, no entanto, afirmou que os relatos são “sérios, arrependidos e chocantes”.

“Esse é um chamado urgente aos líderes e à sociedade israelense para tratar com seriedade e investigar os resultados das nossas ações”, afirmaram representantes da Breaking the Silence.

Os militares afirmam que tentaram ao máximo garantir a segurança dos civis. Alguns dos relatos divulgados no relatório realmente citam que, em algumas operações, os soldados distribuíam panfletos para alertar os civis para abandonarem áreas que seriam invadidas.

A organização sugere, no entanto, que são eventos que sucedem ao alerta que levantam questionamentos sobre a moralidade das ações do Exército israelense em Gaza.

Acusações

Os dois lados concordam que o número de palestinos mortos durante a ofensiva na Faixa de Gaza passa dos 1,1 mil. Destes, o Exército israelense afirma que 300 seriam civis, mas um grupo de defesa dos direitos palestinos estima que esse número possa chegar a 900.

Treze israelenses foram mortos, incluindo três civis, durante a ofensiva. Israel alegava que a operação visava paralisar os ataques com foguetes contra alvos israelenses, através da fronteira.

Muitas das alegações levantadas pelo novo relatório reforçam acusações feitas por outras organizações de direitos humanos de que a ação israelense na Faixa de Gaza teria sido “indiscriminada e desproporcional”.

Já foram conduzidas diversas investigações sobre a conduta da operação israelense em Gaza e tanto Israel como o Hamas, o grupo palestino que controla o território, já sofreram acusações de crimes de guerra.

Uma investigação interna do Exército de Israel afirma que as tropas lutaram dentro da lei, apesar de assumir que erros foram cometidos durante a ofensiva.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, pediu mais de US$ 11 milhões em recompensas pelos estragos causados pelo Exército israelense contra propriedades da ONU na Faixa de Gaza.

Uma comissão da Liga Árabe concluiu que há provas suficientes para processar o Exército israelense por crimes de guerra e crimes contra a humanidade e que a “liderança política de Israel também é responsável por esses crimes”.

A mesma comissão afirmou ainda que militantes palestinos eram culpados de crimes de guerra por causa do uso indiscriminado de ataques de foguetes contra civis.

Um relatório da Anistia Internacional divulgado no início de julho afirma que Israel cometeu crimes de guerra e promoveu uma destruição indiscriminada sem precedentes durante sua ofensiva militar na Faixa de Gaza no começo de 2009.

bbc

Israelenses e palestinos rejeitaram o relatório da Anistia Internacional.

domingo, 17 de maio de 2009

SRI LANKA: CARNIFICINA QUE O MUNDO IGNORA

Vista de Colombo, capital de Sri Lanka:

Jurandir Soares, para Correio do Povo

O mundo está diante de uma nova carnificina, mas que não tem tido muita repercussão devido à pouca importância do país, o Sri Lanka. Ali vem sendo travado um conflito, há 26 anos, que já deixou mais de 100 mil mortos, sendo 7 mil somente nos últimos três meses. A ONU classificou a situação como 'um banho de sangue'. Para variar, se trata de mais um conflito étnico.
O Sri Lanka, cujo nome significa 'ilha resplandescente', é uma antiga colônia britânica, que conseguiu sua independência na mesma ocasião que a Índia, ou seja, em 1948. Conhecida até 1972 como Ceilão, a ilha é famosa pelas especiarias, pelas pedras preciosas e pelas plantações de chá. Da população de 20 milhões de habitantes, 74% são cingaleses e 13% são tâmeis. E é justamente aí que está a razão do conflito. Os cingaleses sempre perseguiram a minoria tâmil. Em 1983, a morte de 13 soldados cingaleses por militantes tâmeis deflagrou a pior explosão de violência étnica da história do país. Centenas de tâmeis foram assassinados pela população em Colombo, a capital do país, e em várias outras cidades. Centenas de milhares de tâmeis perderam suas casas e fugiram para o sul da Índia.
Surgiu então o grupo Tigres Tâmeis, que se destaca pela violência. Se tornou o pioneiro na prática dos ataques suicidas e chegou a ter autonomia aérea e naval. Desde então, o país não teve mais paz. Desde janeiro, o governo desenvolve o que chama de 'ofensiva final' contra os rebeldes. O problema é que não morrem apenas militantes, mas também civis – velhos, mulheres, crianças, numa atrocidade que só num dia desta semana teria deixado 378 mortos e mais de 1.100 feridos. Encurralado numa área de apenas 4,5 km², o grupo separatista não permite a saída da população. A situação chegou a um ponto tão crítico que os médicos decidiram abandonar os feridos no único hospital da área sob o controle dos Tigres Tâmeis. Segundo os informes, as instalações médicas, improvisadas em uma escola, foram bombardeadas por dois dias consecutivos.
Nesta quarta-feira, finalmente, o Conselho de Segurança da ONU resolveu se manifestar. Formulou um 'pedido internacional' de cessar-fogo. Mas o apelo não foi aceito pelo governo de Colombo, que se disse disposto a levar adiante o que chama de 'ataque final' contra os Tigres Tâmeis. Imagens de satélite revelam bombardeios contínuos à zona rebelde. Segundo estimativas da ONU, 6.500 civis morreram e 14.000 foram feridos entre o fim de janeiro e meados de abril.
O histórico dos conflitos étnicos mostra que não haverá uma 'solução final'. Os tâmeis não serão exterminados. Será necessário um acordo político. Mas este, pelo que se observa, está muito longe. E até então, muita gente inocente irá morrer. E, como em todo conflito étnico, o ódio gera mais ódio e não se vislumbra uma solução que não seja a intervenção de uma força multinacional de paz. Mas, como eu disse no início, se trata de um país pequeno e sem importância. Portanto...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Ban Ki Mun critica las ausencias en la conferencia de la ONU sobre racismo y se reúne con Ahmadineyad


Ginebra. (EFE).- El secretario general de Naciones Unidas, Ban Ki Mun, lamenta "profundamente" el boicot de nueve países a la Conferencia sobre Racismo de Naciones Unidas y afirmó que el borrador del documento adoptado por consenso es "equilibrado".

Ban Ki Mun se reunió con el presidente iraní, Mahmud Ahmadineyad, en el Palacio de Naciones de Ginebra. Coincidiendo con el encuentro, la oficina del secretario general de la ONU emitió una declaración de éste con ocasión de la próxima celebración del Día del Holocausto, en la que Ban condena la negación de la matanza de judíos por parte de los nazis y su relativización.

Ahmadineyad es el único jefe de Estado que asiste a este foro, y tiene previsto intervenir esta tarde. La presencia de Ahmadineyad ha causado la indignación de Israel, que ha llamado a consultas a su embajador en Berna en protesta por la entrevista que mantuvo anoche el presidente suizo, Hans-Rudolf Merz, con su homólogo iraní.

Ban inauguró esta mañana la Conferencia de Revisión sobre Racismo, Xenofobia e Intolerancia, que boicotean Israel, Estados Unidos, Alemania, Canadá, Italia, Holanda, Polonia, Nueva Zelanda y Australia porque temen que pueda convertirse en un foro antisemita, como denuncian que ocurrió en la primera reunión celebrada en la ciudad sudafricana de Durban hace ocho años, cuando se acusó a Israel de ser un "estado racista".

El Gobierno alemán dijo tras el arranque de la conferencia que se reserva el derecho de sumarse a la discusión final si observa un "desarrollo positivo".

"El documento es muy equilibrado y establece un marco concreto de acción en una campaña global en busca de la justicia para las víctimas del racismo en el mundo", dijo Ban respecto al texto aprobado por consenso el viernes tras arduas negociaciones.

El documento, borrador y base para la declaración oficial que debe ser aprobada durante la conferencia, no hace referencia a Israel, ni tampoco a los territorios palestinos ocupados, pero sí hace mención al Holocausto y a la necesidad de no olvidarlo.

"Soñamos con ir en una nueva dirección, pero muchos se aferran al pasado. Hablamos de buscar una nueva unidad, como los tiempos demandan, pero seguimos débiles y divididos; hablamos de tolerancia y respeto mutuo, pero señalamos con el dedo y realizamos las mismas acusaciones hoy que hace años, sino décadas", declaró Ban.

El secretario general de la ONU pidió a todos los países "que vean la conferencia como el inicio y no el final de un proceso", y reiteró su llamamiento para que todos los países participen. "A menos que participen, sus opiniones no podrán ser escuchadas o tomadas en cuenta", subrayó.

La Vanguardia

Nota do Blog: É uma posição esperada desses países que boicotam. Têm medo de enfrentar a discussão dos crimes que Israel cometeu em Gaza no início de 2009.

terça-feira, 24 de março de 2009

Israel usó a un niño de escudo humano


Por Donald Macintyre *

Un niño de 11 años fue usado como escudo humano por las tropas israelíes durante la última ofensiva en Gaza –incluso cuando estuvieron bajo fuego–, según un informe de los expertos en derechos humanos de la ONU publicado ayer. El informe dice que el 15 de enero, cuando los tanques israelíes entraban a Tel el Hawa, en la ciudad de Gaza, las fuerzas ingresaron a un edificio del cual se habían evacuado a las familias con sus pertenencias personales. Se le dijo al niño que abriera sus valijas, una de las cuales tenía un candado al que le disparó un soldado, sin herirlo, decía el informe. Luego se le ordenó que caminara frente al grupo de soldados mientras se movían por el barrio. Cuando los soldados llegaron a los cuarteles de la Cruz Roja palestina, se obligó al menor a entrar primero y cuando más tarde se disparó contra una patrulla, “el niño permanecía frente al grupo”.

El chico fue liberado cuando la unidad llegó al hospital Al Quds. El informe dice que el incidente “parece estar en directa contravención con el fallo de 2005 de la Suprema Corte de Israel sobre la ilegalidad del uso de escudos humanos”. Radhika Coomaraswamy, un enviado especial del secretario general de la ONU para la protección de niños en los conflictos, también acusó a las fuerzas de disparar sobre niños palestinos, derribar un hogar con una mujer y un niño adentro, y bombardear un edificio en el que había civiles.

Las fuerzas de defensa israelíes dijeron que los soldados habían sido instruidos para que no usaran a la población civil, y estaban llevando a cabo una “investigación a fondo” sobre su conducta durante la guerra. Pero añadían: “En general, las fuerzas hicieron el máximo esfuerzo para evitar hacer daño a los palestinos, a pesar del extenso uso que Hamas hizo de ellos como escudos humanos”. El jefe de Estado Mayor de Israel, Gabi Ashkenazy, dijo que las fuerzas de defensa esperaban una investigación criminal ordenada después que se hicieran públicas las quejas, “pero mi impresión es que actuó moral y éticamente”.

Por otro lado, los padres de un activista de paz estadounidense apelaron públicamente ayer para que se llevara a cabo una total investigación sobre cómo las fuerzas de seguridad israelíes le dispararon a su hijo en la cabeza con un lanzagases lacrimógeno de alta velocidad.

Tristan Anderson, de 38 años, está en condiciones críticas después de tres operaciones cerebrales en el hospital Tal Hashomer, en Israel, como resultado de disparos al final de una manifestación regular conjunta árabe-judía contra la barrera de separación israelí en el pueblo de Ni’lin en Cisjordania.

Los activistas dicen que los disparos –con un alcance de más de 400 metros– fueron hechos directamente contra Anderson desde unos 60 metros, cuando estaba parado con otros activistas en el centro del pueblo. Dicen que estaba bien alejado de la barrera, donde habían tenido lugar las principales protestas anteriormente, el 13 de marzo. Anderson sufrió múltiples fracturas en su cráneo, una gran herida en el lóbulo frontal y la pérdida de un ojo.

Los activistas de paz insisten en que ni Anderson ni sus compañeros más cercanos estaban tirando piedras o eran una amenaza para las fuerzas. La madre de Anderson, quien voló desde California con su marido para estar al lado del lecho de su hijo, dijo ayer que disparar a los manifestantes por la paz era “realmente terrible”. Dijo que la metralla del gas lacrimógeno estaba destinada a ser disparada para dispersar a los manifestantes, pero que en este caso había sido disparada “directamente a la cabeza”.

* De The Independent de Gran Bretaña. Especial para Página/12.

Traducción: Celita Doyhambéhère.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Soldados israelenses revelam segredos sobre guerra em Gaza


Por Jeffrey Heller, para REUTERS

JERUSALÉM - O Exército israelense foi abalado nesta quinta-feira por relatos de veteranos da guerra em Gaza sobre a morte de civis e alegações de grande desprezo aos palestinos entre os soldados.

Os soldados, formados pela academia militar, se reuniram no mês passado para discutir experiências da ofensiva israelense de 22 dias terminada em janeiro, uma campanha que palestinos e grupos de direitos humanos dizem justificar investigações sobre crimes de guerra.

Revelando detalhes do encontro, o diretor da instituição disse que os soldados descreveram uma atmosfera entre os militares de "desprezo desenfreado e violento contra os palestinos".

"Eles falaram sobre fogo injustificado contra civis palestinos. Houve conversa também sobre vandalismo de propriedade", disse Danny Zamir, diretor do programa pré-militar Yitzhak Rabin, à Rádio Israel.

O ministro da Defesa, Ehud Barak, respondeu às acusações repetindo a descrição de Israel de que suas forças armadas são a de maior moral no mundo. O militar disse que seu advogado-geral ordenou uma investigação sobre os supostos incidentes.

Trechos da discussão dos veteranos foram divulgados nesta quinta-feira na primeira página do jornal israelense esquerdista Haaretz. A reportagem disse que revelar os "segredos sujos" tornaria mais difícil aos israelenses repudiar tais alegações como propaganda palestina.

Não é comum que soldados israelenses manifestem-se livremente sobre a morte de civis palestinos na operação lançada em dezembro por Israel na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, com o objetivo declarado de cessar os ataques com foguetes do grupo militante contra alvos israelenses.

domingo, 8 de março de 2009

Manifestantes protestam contra Israel em jogo de tênis na Suécia


MALMO, Suécia (Reuters) - Manifestantes contrários a Israel enfrentaram a polícia durante as partidas do confronto de Israel e Suécia pela Copa Davis, realizado neste sábado, mas não conseguiram furar o bloqueio.

Devido às preocupações de segurança, a disputa entre os dois países está sendo feita num estádio vazio na cidade portuária de Malmo, que tem uma grande população imigrante.

Centenas de militantes esquerdistas, carregando faixas contra Israel, se juntaram a cerca de 5 mil pessoas que se manifestavam a favor da Palestina. Cerca de 200 dos militantes começaram a provocar os policiais atirando pedras, fogos de artifício e bombas de tinta, afirmaram testemunhas, apesar dos organizadores do protesto pedirem para que não houvesse violência contra as autoridades.

A polícia afirmou detido mais de 100 manifestantes, a maioria solta após terem suas identidades checadas.

Malmo, que é a terceira maior cidade da Suécia e governada por uma coalizão de centro-esquerda, foi muito criticada pela Federação Internacional de Tênis e pelos jogadores israelenses por sua decisão de fechar o estádio dos jogos ao público.

Cerca de mil policiais fizeram um cordão de isolamento em volta do estádio para impedir protestos próximos ao local das partidas.

A Suécia lidera do confronto contra Israel por 2 x 1, depois que Robert Lindstedt e Simon Aspelin venceram a partida de duplas contra Andy Ram e Amir Hadad. O confronto será decidido neste domingo.

As tensões entre Israel e seus vizinhos árabes aumentaram depois da ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza, iniciada em 27 de dezembro passado e que matou cerca de 1.300 palestinos e 14 israelenses na região.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Ofensiva em Gaza aumentou antissemitismo, diz líder judeu


A ofensiva israelense contra o grupo palestino Hamas, na Faixa de Gaza, fez com os ataques contra judeus em várias partes do mundo atingissem níveis alarmantes, afirmou nesta sexta-feira Abraham Foxman, diretor da Liga Antidifamação dos Estados Unidos, um grupo que combate práticas antissemitas.

Segundo Foxman, o impacto da ofensiva foi muito além de Gaza e Israel, fazendo com que judeus e sinagogas fossem atacados em alguns países e houvesse um aumento da retórica antissemita em diversas partes.

"Em todos os meus anos na Liga Antidifamação, eu nunca fiquei tão preocupado sobre a segurança dos judeus como estou hoje", disse Foxman, durante um encontro com líderes judeus em Palm Beach, no Estado americano da Flórida.

Segundo ele, durante as três semanas da ofensiva em Gaza, foram registrados pelo menos 113 incidentes com características antissemitas na França, índice que corresponde ao número de incidentes registrados no período de três meses do ano de 2007.

Também durante a ofensiva, teriam sido registrados 220 casos de antissemitismo na Grã-Bretanha, um aumento de oito vezes em relação ao mesmo período de 2008.

Protestos

Foxman também citou que em protestos contra a ofensiva na Europa e na América Latina, manifestantes gritavam lemas antissemitas.

Ainda segundo o diretor da Liga Antidifamação, foram registradas charges no Brasil que comparavam a ação de Israel com políticas nazistas.

Ele ainda citou o caso de dois israelenses que foram baleados por um homem de origem palestina no final de dezembro, na Dinamarca, e o de um time de basquete israelense que teve que deixar a quadra após a platéia chamá-los de "assassinos".

Ele ainda afirmou que houve ataques a sinagogas na Bélgica, Grécia e nos Estados Unidos.

"Não há país no mundo, da Áustria ao Zimbábue, passando pela Islândia, que não esteja experimentando um retorno do vírus do antissemitismo", afirmou.

Chávez

Foxman também criticou o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmando que "sua retórica e suas ações encorajaram e fortaleceram o antissemitismo".

No início de janeiro, Chávez anunciou a expulsão do embaixador israelense em protesto contra ofensiva em Gaza.

Em um dos incidentes mais graves na Venezuela, um grupo de cerca de quinze homens invadiu e depredou uma antiga sinagoga em Caracas.

"O ataque aconteceu em uma atmosfera de intimidação e de ameaças que foi estimulada pelas comparações entre Israel e o nazismo feitas por Chávez e seu regime".

Segundo ele, alguns jornais venezuelanos também pediram um boicote a negócios controlados por judeus.

Casos parecidos teriam sido registrados na Itália, na África do Sul, Argentina e Suíça.

NOTA DO OMAR: O termo "antissemitismo" do texto é, a meu ver, impreciso. Qualquer país que se comporte como EUA e Israel, massacrando pessoas indefesas, mentindo, violando os mais básicos direitos humanos, certamente será alvo de manifestações raivosas em qualquer lugar do planeta, como está atualmente acontecendo. Esperamos que com Obama a situação mude nos EUA.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Soledades


Por Juan Gelman, para Página/12

No se trata de “la soledad de dos en compañía”, que tanto le pesaba a Campoamor, sino la del que nada contra la corriente. La lista de esas soledades puede ser muy larga en este mundo cada vez más deshumano. La de los judíos no israelíes disconformes con las políticas de Tel Aviv es una de ellas. Se conoce la trampa: quien critica la matanza de Gaza –un ejemplo– es antisemita y el judío que lo hace es “un judío que se odia a sí mismo”. Siendo así, quien denuncia las matanzas de las dictaduras africanas corre el riesgo de ser tildado de racista.

Anders Carlberg, presidente de la comunidad judía de Gotemburgo, Suecia, ha señalado un aspecto del problema: “Las pequeñas comunidades judías típicas del norte de Europa se encuentran en un dilema. A pesar de su identificación con Israel, y su certeza de que tiene derecho a proteger a sus ciudadanos de ataques que ponen en riesgo sus vidas, muchos judíos europeos se sienten incapaces de justificar el bombardeo de escuelas y de las áreas urbanas densamente pobladas de Gaza con base en el principio de la defensa propia. La inocencia de la niñez es universal y compartimos la responsabilidad por los niños del mundo con el resto de la humanidad” (Ha’aretz, 16-1-09). ¿Qué les queda a esos judíos europeos? El silencio de una conciencia turbada.

Esto no significa que son justificables los incendios de sinagogas que se produjeron en distintos países. No deja de ser cierto, sin embargo, que los más de 1300 muertos de Gaza, en su mayoría civiles y sobre todo niños, son el resultado de una decisión del gobierno de Olmert y que esa decisión abrió el espacio para que tuvieran lugar esas manifestaciones en el marco de un sentimiento generalizado de repudio. Cabe preguntarse quién es entonces el responsable de estas acciones verdaderamente antisemitas.

Tel Aviv repite su válido argumento: la invasión a Gaza fue la respuesta al constante repiqueteo de los misiles que Hamas envía al sur de Israel. Lo dijo también Barack Obama: “Si alguien lanzara cohetes sobre mi casa donde mis dos hijas duermen cada noche, yo haría todo lo que está a mi alcance para que eso se termine”. Le respondió el periodista francés Michel Collon: “¿Proteger a sus hijas? ¡Cómo lo comprendo! Pero, para ser totalmente correcto con ellas, ¿no debería usted contarles la historia de esa casa? ¿Decir que usted se la robó a los propietarios? ¿Y también el jardín y todos sus alrededores? ¿Y que usted obligó al antiguo propietario a vivir en la casilla del perro? Pues exactamente eso es lo que ha hecho Israel robando a los palestinos sus casas y sus tierras y forzándolos a vivir en campos de refugiados” (michelcollon, info, 13-1-09). Mientras continúe el cerco de Gaza, donde l,5 millón de personas se consumen literalmente de hambre y sed, el pueblo palestino será un pueblo agredido.

El escritor francés Jean-Moïse Braitberg debe haber entrado en la categoría de “judío que se odia a sí mismo”: dirigió una carta al presidente de Israel para pedirle que el nombre de su abuelo Moshe –gaseado en Treblinka en 1943– sea retirado del Memorial de Yad Vasehm erigido en memoria de las víctimas de la Shoá. “Le solicito que acceda a esta demanda –dice la carta– porque lo que sucedió en Gaza y, en general, la suerte destinada al pueblo árabe de Palestina desde hace 60 años, a mi juicio descalifica a Israel como centro de la memoria del mal infligido a los judíos y, por ende, a la humanidad entera” (Le Monde, 28-1-09).

Sir Gerald Kaufman, miembro veterano del Partido Laborista inglés, exigió en un debate de la Cámara de los Comunes sobre Gaza que Londres impusiera un embargo de armas a Israel. Fundamentó así su demanda: “Mi abuela yacía enferma en la cama cuando los nazis entraron en su casa y un soldado alemán la mató a tiros. Mi abuela no murió para darles cobertura a los soldados israelíes que matan abuelas palestinas en Gaza. El gobierno israelí actual explota impiadosa y cínicamente el sentimiento de culpa de los gentiles por la matanza de judíos en el Holocausto para justificar las muertes de palestinos que causa” (noquarter/blog, 18-1-09). Sir Gerald, que recibió una educación judía y sionista ortodoxa durante su niñez en Polonia, señaló que la alegación de que muchas de las víctimas palestinas eran militantes era idéntica “a la de los nazis” y agregó: “Supongo que los judíos que lucharon en el ghetto de Varsovia habrían sido motejados de militantes”.

La tragedia de Gaza no tiene un cese a la vista. Benjamin Netanyahu –-posible triunfador en las elecciones israelíes del 10 de febrero próximo–- manifestó que la ofensiva contra Hamas “no había ido demasiado lejos” y que “no habrá más alternativa que derribar al régimen de Hamas en Gaza” (AP, 4-2-09). Está claro.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Apoio a ação em Gaza indica endurecimento de israelenses

"Cegos", de Pieter Bruegel:

Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil

A falta de oposição significativa em Israel à sua recente operação militar na Faixa de Gaza indica um processo de endurecimento da sociedade israelense, na opinião de analistas ouvidos pela BBC Brasil.

Tal processo pode, de acordo com os especialistas, se refletir nas eleições gerais, marcadas para o dia 10 de fevereiro. Os beneficiados, nesse caso, seriam partidos mais conservadores, que defendem maior rigidez nas relações com os palestinos.

"Essa guerra marcou uma mudança dramática na sociedade israelense", avalia o historiador Arie Arnon, da Universidade Ben Gurion. "Dessa vez, quase não houve oposição."

Nos primeiros dias da ofensiva à Faixa de Gaza, chamada pelas autoridades israelenses de "Operação Chumbo Fundido", as pesquisas de opinião indicavam um apoio de cerca de 80% da população ao bombardeio intenso do territorio palestino.

"Exceto por alguns milhares de humanistas e pacifistas, que foram contra os ataques desde o inicio, a população apoiou o governo, e os canais de televisão colaboraram quase que totalmente com o Exército, filtrando as imagens da terrivel destruição causada em Gaza", afirma Arnon.

"Os canais de TV locais mostraram muito pouco das imagens que o mundo todo viu."

Segundo uma pesquisa encomendada pelo canal 2 da TV israelense, 84% do publico apoiou a cobertura da mídia israelense do que ocorreu na Faixa de Gaza. Apenas 15% reclamaram de falta de informações.

Justificativa

O governo israelense justificou a ofensiva dizendo que não tinha outra alternativa para lidar com o grupo Hamas, que tomou o controle da Faixa de Gaza em 2007 e vinha lançando mísseis de fabricação caseira contra o território israelense.

"Depois de oito anos de ataques constantes com foguetes contra civis israelenses, Israel não tinha outra alternativa exceto implementar seu direito legitimo de auto defesa", afirmou o governo na época.

Tal justificativa convenceu muitos dos que, em conflitos anteriores, costumavam criticar as operações militares de Israel contra grupos palestinos.

O escritor A. B. Yehoshua, considerado um dos mais importantes intelectuais da esquerda israelense, foi um deles. Em artigo publicado no jornal Haaretz, o escritor apoiou a ofensiva contra Gaza.

"O que estamos tentando fazer é levar os lideres (palestinos) a parar a agressão (contra civis israelenses)", escreveu Yehoshua. "Infelizmente, crianças também estão morrendo apenas por causa da mistura trágica e deliberada entre combatentes do Hamas e a população civil."

Cerca de 34 mil pessoas assinaram um abaixo-assinado contra a âncora do canal 2, Yonit Levi, por ela ter demonstrado empatia com o sofrimento dos "inimigos".

Durante as três semanas da ofensiva, pelo menos 1,3 mil palestinos morreram - quase um terço delas crianças - e 5,5 mil ficaram feridos durante o conflito, de acordo com médicos em Gaza. Treze israelenses morreram - três deles civis.

Poucos protestos

Apesar das poucas críticas, há quem acredite que o forte apoio ao governo seja um problema.

"A reação do publico à ofensiva em Gaza demonstrou uma grave deterioração moral da sociedade israelense", disse o professor de Sociologia Politica e diretor do Instituto Humphrey de Pesquisas Sociais, Lev Grinberg, à BBC Brasil.

"Em 1982, quando falangistas libaneses cometeram o massacre de Sabra e Chatila, com a ajuda indireta do Exército israelense, 400 mil manifestantes sairam às ruas para protestar", afirmou, para depois lembrar que "apenas alguns milhares" protestaram contra a ação em Gaza, em atos pouco registrados pela imprensa.

O sociólogo diz acreditar que, ao longo desta década, a esperança em uma solução pacífica para o conflito na região tenha diminuído em Israel.

"Desde o inicio da (segunda) Intifada, em 2000, a sociedade israelense abandonou a esperança em uma solução politica para o conflito com os palestinos e passou a apoiar mais e mais o uso da força, a linguagem do ódio está prevalecendo e isso explica o crescimento de (Avigdor) Liberman nas pesquisas de opinião", afirma Grinberg.

Liberman, líder do partido de extrema direita Israel Beiteinu ("Israel é nosso lar"), defende o cancelamento da cidadania de árabes que não demonstrarem "fidelidade" ao Estado.

Ele também é a favor da expulsão dos deputados árabes, os quais considera "infiéis", do Parlamento e sugere uma "troca de populações e territórios", em que as aldeias árabes de Israel seriam transferidas para um futuro Estado Palestino e os assentamentos israelenses na Cisjordania seriam anexados a Israel.

Pesquisas recentes de opinião indicam que, nas proximas eleições, o partido de Liberman poderá obter um aumento de quase 50% no número de cadeiras que ocupa no Parlamento, das 11 atuais para 16, o que faria dele o terceiro maior partido de Israel, depois do conservador Likud, líder nas pesquisas, e do partido governista Kadima, de centro.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Erdogan recebido como herói na Turquia após atrito com presidente de Israel

DAVOS:

O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, foi recebido como um herói ao voltar para Istambul depois de abandonar um debate a respeito da Faixa de Gaza no Fórum Econômico Mundial, em Davos.

Durante o debate, o premiê turco não teve permissão para rebater afirmações do presidente de Israel, Shimon Peres, que defendeu a ofensiva israelense no território palestino.

Ao ser interrompido, Erdogan se levantou e abandonou o debate e o fórum.

Shimon Peres disse esperar que as relações entr Israel e a Turquia não seja abaladas pela troca acalorada de opiniões entre ele e Erdogan em Davos.

Indignação

Segundo a correspondente da BBC em Istambul Sarah Rainsford milhares de pessoas tomaram a rua em frente ao aeroporto da cidade turca para dar as boas vindas a Erdogan.

Ao chegar, Erdogan falou à multidão que o aguardava sobre a linguagem e o tom usados por Peres durante o debate.

"Apenas sei que tenho que proteger a honra e o povo turco", disse o premiê em sua chegada ao país. "Não sou um chefe de uma tribo. Sou o primeiro-ministro da Turquia. Tenho que fazer o que tem que ser feito."

De acordo com Rainsford, a operação militar israelense na Faixa de Gaza gerou grande indignação na Turquia e a população parece dar muito apoio à atitude de Erdogan em Davos.

Mais de 1,3 mil palestinos e 14 israelenses morreram durante as três semanas da ofensiva israelense na Faixa de Gaza, um conflito que começou no dia 27 de dezembro.

Bandeiras

Na manifestação da manhã desta sexta-feira perto do aeroporto a multidão levava bandeiras turcas e palestinas e cartazes elogiando Erdogan como um novo líder mundial.

Correspondentes afirmam que as multidões gritavam "A Turquia está com você".

"Esta noite fiquei muito orgulhoso, muito feliz", disse Mustafa Sahin, que também participou da manifestação.

'Culpa'

Durante o debate na quinta-feira em Davos, Erdogan entrou em confronto com Shimon Peres, que levantou a voz para fazer uma defesa veemente das ações de Israel na Faixa de Gaza.

Erdogan, por sua vez, afirmou que Peres estava falando alto para esconder a própria "culpa".

O premiê turco acrescentou que muitas pessoas morreram na Faixa de Gaza e que seria triste para ele que Peres tenha recebido aplausos depois de defender a ofensiva de Israel. Em seguida, Erdogan acusou o mediador do debate de não permitir que ele falasse a disse que nunca voltaria a Davos.

Mais tarde Erdogan destacou que abandonou o debate não por discordar de Peres, mas por ter tido bem menos tempo do que o líder israelense.

O premiê turco afirmou que respeita Peres, mas "o que ele diz não é verdade".

A Turquia é um dos poucos países muçulmanos a ter acordo com Israel, mas as relações estão abaladas desde que o partido com raízes islâmicas AK foi eleito para o governo do país em 2002.

Erdogan disse à multidão nesta sexta-feira em Istambul que "nossas palavras duras não são contra o povo de Israel, não são contra os judeus, mas são totalmente dirigidas contra o governo de Israel".

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

La Audiencia investigará a un ex ministro israelí y a seis militares por un bombardeo a Gaza en 2002


El juez Fernando Andreu imputa al ex jefe de Defensa Ben-Eliezer por la muerte de un presunto líder de Hamas y catorce civiles | Barak acusa de vivir en "un mundo al revés" a quienes tildan de genocidio el ataque a un terrorista

La Vanguardia

Madrid / Jerusalén. (Agencias).- El juez de la Audiencia Nacional Fernando Andreu ha imputado al ex ministro de Defensa Benjamín Ben-Eliezer y a seis militares israelíes un delito contra la humanidad por un ataque en la franja de Gaza el 22 de julio de 2002 en el que murieron un presunto líder de Hamas, Salah Shehade, y catorce civiles, la mayoría niños y bebés- e hirió a 150 personas. El ministro de Defensa israelí, Ehud Barak, ya ha anunciado que "hará todo" lo necesario por anular el proceso.

En el comunicado, divulgado por el ministerio israelí de Defensa, se califica de "delirante" la querella. El texto afirma que "quien califique de Crímenes contra la Humanidad la liquidación de un terrorista vive en un mundo al revés". Andreu adopta esta decisión en un auto en el que admite a trámite la querella que interpuso el Centro Palestino para los Derechos Humanos (PCHR, por sus siglas en inglés) por estos hechos: el lanzamiento por parte de un avión de combate israelí de una bomba de una tonelada contra la vivienda de Salah Shehade, un destacado dirigente de Hamas, situada en el barrio Daraj.

Este ataque "contra la población civil", según indica Andreu en el auto en el que admite la querella, "es producto de una acción que se adivina como claramente desproporcionada o excesiva" y advierte de que, "si en el curso de este procedimiento se prueba" que responde a "una estrategia preconcebida", podría dar lugar a una calificación "más grave" de los hechos.

En su resolución, Andreu acuerda cursar una comisión rogatoria a la Autoridad Nacional Palestina para poder desplazarse a la franja de Gaza a tomar declaración a los querellantes, testigos y víctimas de este ataque, y otra al Gobierno israelí para notificar este auto a los imputados, con el objeto de citarles para ser interrogados.

Sin embargo, todo indica que Israel no colaborará, ya que, según explica el propio Andreu en su auto, la decisión de admitir la querella la ha adoptado tras "no haber recibido respuesta alguna a la solicitud formulada" al Estado de Israel sobre si se estaba investigando ya este ataque. Según Andreu, "a la vista" del relato de hechos de la querella, "nos encontraríamos ante la existencia de un ataque contra la población civil, ya de inicio ilegítimo", que debe ser considerado "indiciariamente" como un delito contra la humanidad que puede ser investigado por la Justicia española en virtud del principio de jurisdicción universal.

En el bombardeo, según la querella, la casa de Shedade fue alcanzada, pero también lo fue la ocupada por la familia Mattar, lo que causó la muerte a siete de sus miembros. En total fallecieron el líder de Hamas, su mujer, su hija y su guardaespaldas y otras once personas -la mayoría de ellos niños y bebés-, y 150 resultaron heridas, algunas con lesiones graves.

Entre los imputados destacan, además del ex ministro de Defensa, su ex asesor militar, Michael Herzog, el ex jefe del Estado Mayor general Moshé Yaalón, y el comandante de las Fuerzas Aéreas israelíes cuando se produjo el ataque, Dan Halutz. También figuran el general al mando del Mando Sur de las Fuerzas de Defensa, Doron Almog, el presidente del Consejo Nacional de Seguridad y Asesor Nacional de Seguridad, Giora Eiland, y el director del Servicio General de Seguridad, Abraham Dichter.

El Centro Palestino para los Derechos Humanos (PCHR, por su siglas en inglés) presentó una demanda en el Reino Unido contra el que fuera jefe del Distrito Sur del Ejército israelí, general Dorón Almog, por su supuesta participación en crímenes de guerra en la franja de Gaza cuando ocupaba ese cargo.

Almog, que viajó a Londres de vacaciones con su familia en septiembre de 2005, se vio obligado a regresar sin siquiera descender del avión al ser advertido de que si lo hacía sería detenido por la policía.

Otro juez de la Audiencia Nacional, Ismael Moreno, tiene pendiente decidir si admite a trámite una querella presentada este mes por la Asociación Intercultura contra los líderes políticos y militares de Israel por la actual ofensiva en Gaza.