Mostrando postagens com marcador São Paulo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador São Paulo. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

ÁGUA, ETC...



Fonte da Imagem: http://www.newearthgreendepot.com/wp-content/uploads/water_border.jpg



No final da década de 70 e no início dos anos 80 foi que pela primeira vez li e ouvi falar a respeito de pessoas que estavam preocupadas com o futuro da água em nosso planeta.

Na época isso me pareceu um tanto esquisito.

Onde cresci, região noroeste do RS, a água era abundante. Chegando em Porto Alegre em 1976, aos 19 anos, não via indícios de que a falta de água fosse um problema. Pelo contrário, eventualmente rios transbordavam em função de excesso de chuva.

De lugares distantes para mim naquela época, nordeste do Brasil e norte da África, por exemplo, às vezes chegavam notícias de que havia problemas com escassez de água, porém isso parecia, de certa forma, normal, pois as informações que chegavam é de que esses lugares historicamente eram muito quentes e quase que tradicionalmente ocorriam períodos de grande seca. Cheguei a ficar chocado com fotos de pessoas, no nordeste do Brasil, se alimentando de lagartixas, devido à seca, porém isso tudo era vendido pela mídia da época como algo inevitável, natural e cíclico (hoje se sabe que a seca pode ser combatida de forma inteligente).

Naquela época quando chegavam informações de que pessoas inteligentes e sensíveis, já taxadas de ecochatos pela mídia, estavam preocupadas com o futuro da água isso me deixava meio que sem saber o que pensar, então arquivava esse assunto em alguma parte do cérebro colocando uma espécie de marcação de alerta, talvez um asterisco imaginário, para ver no futuro. Por via das dúvidas comecei a acompanhar as notícias sobre mudanças no meio ambiente, cada vez mais apreensivo, pois estas não eram de maneira nenhuma positivas.

De lá para cá se passaram quase 40 anos.

Então, de repente, não há água em São Paulo.

Um dos diretores da Sabesp, empresa de economia mista e capital aberto encarregada de prover os paulistas de água, num acesso de sinceridade, declara: “Saiam de São Paulo, porque aqui não vai ter água”.

Obviamente, toda a periferia da cidade de São Paulo pensa: vamos passar uma temporada em Miami até esse problema ser resolvido...

São Paulo possui atualmente cerca de 20 milhões de pessoas em sua região metropolitana.

Mais recentemente chegam notícias de que os Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais também estão à beira de um colapso no abastecimento do líquido precioso.

O que aconteceu nesses estados brasileiros, nos quase 40 anos para que a situação chegasse a esse ponto?

Consultando a Dra. Internet encontrei muitas informações interessantes. Desde 1949 existe mobilização mundial para discutir os problemas planetários do meio ambiente e a questão da escassez da água.

No final deste texto relaciono o que considerei os principais eventos. *

Foram inúmeros encontros, seminários, congressos, que resultaram em legislações no mundo todo e que deram origem à criação de numerosas organizações públicas, privadas e do terceiro setor, em todo o planeta, inclusive no Brasil.

Todos os aspectos possíveis e imagináveis envolvendo a possível escassez de água foram abordados exaustivamente.

Então permanece para mim a grande dúvida, porque falta água em São Paulo?

Até agora não consegui entender direito.

Uma pista me deu o Presidente da Nestlé, Peter Brabeck.

Em 2013 ele afirmou que a água deveria ser tratada como qualquer outro bem alimentício e ter um valor de mercado estabelecido pela lei de oferta e procura (ironicamente no final de 2014 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa proibiu a distribuição e comercialização, em todo o país, de lote da água mineral da marca São Lourenço, produzida pela Nestlé, por estar contaminada por bactéria).

Na visão de Brabek, provavelmente admirador de Adam Smith, a água deve ser entregue à mão invisível do mercado.

Aparentemente foi assim que os gestores públicos paulistas agiram ao abrir o capital da Sabesp. Economizaram em planejamento e investimentos para sobrar mais dinheiro para os acionistas. Então ficaram olhando para o céu esperando que São Pedro mandasse chuvas, o que não aconteceu.

Obviamente estou simplificando o raciocínio. Os gestores públicos são pessoas extremamente inteligentes e sensíveis, porém os de São Paulo provavelmente não acreditaram nos ecochatos quando esses afirmaram que as condições climáticas do planeta estavam mudando para pior.

Aliás, provavelmente consideraram também que o desmatamento da Amazônia nada tem a ver com as chuvas na região Sudeste do país. Como teria a ver, se é tão longe?

Estou sendo obrigado, então, a constatar que parcela importante dos gestores públicos e privados, respaldados pela “grande” mídia, acredita que não é necessário realizar planejamento de longo prazo, pois o mercado tem o poder de se autorregular.

Para mim esse modo de pensar faz faltar água. E outras coisas mais.




* Grandes Eventos sobre Meio Ambiente e Água

Fonte: Internet

Desde 1949 a ONU estava preocupada com a conservação e utilização dos recursos naturais do planeta. Nesse ano, após a devastadora segunda guerra mundial, foi realizada uma conferência a respeito em Lake Sucess, EUA, pois pessoas importantes e bem informadas estavam de olho na degradação dos oceanos, rios e mares, na contaminação industrial e na gestão de dejetos perigosos, bem como nas mudanças climatológicas e no desenvolvimento nuclear.
Naquele momento, essas pessoas e a ONU receberam uma brutal oposição de organizações extrativistas e industriais, que viam nessa movimentação um possível limitador de sua atuação, que de fato muitas vezes era extremamente danosa para a saúde do planeta.
De 1949 para cá ocorreram vários eventos destinados a tratar do estado do meio ambiente planetário.
Dá para destacar o Ano Geofísico Internacional, 1957/1958, que teve como desdobramento o Programa Biológico Internacional, com atividades entre 1964 e 1974.
Em 1970 ocorreu em Tóquio, Japão, o Simpósio das Nações Unidas sobre a Desorganização do Meio Ambiente. Esse evento foi importante, pois nele os representantes latino americanos presentes deixaram muito claro o registro da existência de correlação entre o grau de contaminação do meio ambiente e a natureza sócio econômica em vigor.
Em 1972 ocorreu a Conferência de Estocolmo, Suécia, também convocada pela ONU. Esse evento, intitulado Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, sintetizou os conceitos de política ambiental que passaram a ser adotados, em menor ou maior grau, por todos os países membros.
Em relação à água, o primeiro grande evento mundial convocado para tratar especificamente desse tema foi convocado também pela ONU e aconteceu em março de 1977 em Mar del Plata, Argentina. Esse encontro foi importante, pois as conclusões do mesmo deixaram explícita a situação de que o crescente consumo de água em dimensão planetária e a pressão exercida sobre os recursos hídricos apontavam para o surgimento de crise de escassez em médio prazo.
Essa percepção de Mar del Plata foi corroborada na conferência Eco-92, realizada em 1992 no Rio de Janeiro, e foi formalizada na Agenda 21, documento resultante dos trabalhos desse evento.
A Agenda 21 destaca “a importância de cada país a se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas socioambientais”, destacando o problema de escassez de recursos hídricos.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

SÃO PAULO/BRASIL: MÁFIA E ESQUADRÕES

São Paulo

La violencia urbana en Brasil no para de crecer. En San Pablo, sólo en octubre hubo 571 homicidios, 54 por ciento más que en el mismo mes del año pasado, y en lo que va del año rondaron los 4 mil. El papel de la Policía Militar paulista, reconocida como una de las más violentas del mundo, y el de los renacientes grupos paramilitares en el incremento de la criminalidad están en pleno debate. Así como su estrategia de guerra frontal contra el Primer Comando de la Capital PCC), una estructura mafiosa en plena expansión. Pero las principales víctimas de la represión pertenecen a las 3 P: pretos (negros), pobres y periféricos.


Mário Augusto Jakobskind, desde Rio de Janeiro
Brecha, Montevideo, 30-11-2012


Poco antes de ser sustituido en el cargo de jefe de la Policía Civil paulista, Marcos Carneiro de Lima reveló que varias de las personas que murieron en las últimas noches en San Pablo (y fueron muchas) podrían haber sido víctimas de policías que las buscaron adrede para ejecutarlas: los antecedentes judiciales de esas personas habían sido consultados en las computadoras de la Secretaría de Seguridad del estado. No hay manera de saber quién hizo la consulta, pero que existió, existió, y muy poco antes de que las muertes se produjeran. La Secretaría de Seguridad Pública de San Pablo, cuya cúpula acaba de ser removida, sostiene que se trata de meras coincidencias, pero las sospechas se han ido acumulando. Para Amnistía Internacional no hay duda alguna: los escuadrones de la muerte han regresado a la escena brasileña.

Lo cierto es que sobre todo en San Pablo, la mayor megaurbe de América del Sur y una de las mayores del mundo, hay instalado un cuadro a la mexicana, de violencia criminal y contra-violencia estatal, homicidios múltiples y cada vez más macabros.

Según un informe de la Secretaría de Seguridad Pública del Ministerio de Justicia divulgado por el diario O Globo, la estructura criminal del PCC se ha ido expandiendo por todo el país, y hoy está presente en 21 estados y en el Distrito Federal. El grupo moviliza decenas y decenas de millones de dólares anuales y tiene a unos 13 mil integrantes rentados, 6 mil de los cuales están hoy detenidos en cárceles que se han convertido en sus bases, otros 2 mil en las calles de la capital del estado y los 5 mil restantes esparcidos por el resto del territorio. Más una cantidad indeterminada de periféricos que superan en mucho a los rentados. "La vida se paga con vida, la sangre se paga con sangre", es la divisa del comando, que ha instruido a sus integrantes para que cada vez que uno de los suyos caiga un policía del mismo cuerpo responsable de esa muerte sea ejecutado. Enfrente, la policía responde con la misma moneda. Y más aun. Por haber perdido totalmente el control de las tropas de la pm, el encargado de la Secretaría de Seguridad del estado, Antonio Ferreira Pinto, fue depuesto de su cargo.

El gobernador paulista, el conservador Geraldo Alckmin, no se cansa de repetir que el Estado controla la situación, pero la realidad demuestra lo contrario. Y no es de hoy que las denuncias sobre "desbordes" de la pm copan la actualidad: en 2006, cuando el Primer Comando de la Capital prácticamente paralizó la ciudad de San Pablo con una serie de ataques contra las fuerzas de seguridad, la Policía Militar respondió con una violencia equivalente que derivó en asesinatos extrajudiciales en cadena. Hubo 50 muertos en filas policiales y unos 400 en filas de los delincuentes, muy pocos de ellos en enfrentamientos reales, una versión brasileña de los "falsos positivos" colombianos.

En cuanto al PCC, su fuerza está desbordando hacia otros estados, a partir de los presos pertenecientes al comando que de hecho han tomado el control de las cárceles de Mato Grosso del Sur (centro oeste) y Paraná (sur), regiones estratégicas en función de su cercanía con las fronteras con Paraguay y Bolivia, por donde circulan drogas en un sentido y en otro. En los últimos años Brasil se convirtió en un poderoso mercado de consumo, lo que resultó en un crecimiento exponencial de los grupos narcos, que han adaptado sus estructuras de organización y gerencia financiera. La industria de la seguridad ha crecido de manera paralela, de forma que, por ejemplo, los grandes centros comerciales de las mayores urbes, en especial San Pablo, se han transformado en búnqueres, verdaderas fortalezas plagadas de guardias.

Observadores políticos prevén que para las elecciones presidenciales y legislativas de 2014 la cuestión de la seguridad interna y de la violencia urbana sean temas prioritarios de la campaña, por primera vez en muchos años. El PSDB, opositor al gobierno central, que administra el estado de San Pablo desde hace 20 años pero que acaba de perder la intendencia de la capital, va a hacer seguramente de la mano dura contra la delincuencia su principal caballito de batalla, en una carrera desesperada por evitar una derrota en el principal estado del país. El publicista João Santana, encargado del marketing de Lula en 2006 y de Dilma Rousseff en 2010, sugirió el lanzamiento de la candidatura del ex presidente para la gobernación de San Pablo, lo que por un lado catapultaría definitivamente a la actual mandataria para un segundo período presidencial y por otro casi que aseguraría el pasaje del estado más rico del país a la órbita del actual oficialismo. Habrá que ver con qué receta.


"Hay una guerra no declarada, y es una guerra de clases"

Pobres, pretos y periféricos

Nazaret Castro, desde San Pablo *
Brecha, Montevideo, 30-11-2012

 
Débora Maria Silva se enteró por la radio de que habían matado a su hijo. Ella ya se lo barruntaba: aquel domingo, Día de la Madre y cumpleaños de Débora, le pidió precaución a Rogério, de 29 años, padre de un niño de 3. Él la tranquilizó, aunque la calle estaba brava, en Santos como en todo el estado de San Pablo, desde que la organización criminal más poderosa del país, el Primeiro Comando da Capital (PCC),** había decretado la guerra a las autoridades, sacado a sus hombres a las calles y ordenado matar policías, atacar comisarías y quemar autobuses. El estado respondió con mano dura y lógica militar: en ocho días, la Policía Militar (pm) mató a cerca de 500 jóvenes en favelas y periferias. Seis años después, nadie pagó por los crímenes de mayo de 2006.

Después de aquella fatídica mañana, Débora se convirtió en una zombi. Dejó de comer. La hospitalizaron. Un día despertó. La ira se había transformado en furiosa indignación. Así que salió a la calle y buscó, una por una, a las madres de las víctimas de aquellas ejecuciones. Desde entonces, las Madres de Mayo pelean no sólo por la investigación de aquella masacre, sino por el fin de la violencia estatal contra la población pobre.

La defensora pública, Daniela Skromov, señaló que la policía, y muy especialmente la pm, es responsable del 20 por ciento de los homicidios en San Pablo. Las fuerzas del estado de San Pablo cercenan cada año entre 500 y 600 vidas. El goteo de muertes se convirtió en cotidianidad para esta megalópolis de 20 millones de habitantes. Pero, de vez en cuando, la violencia repunta y vuelve a los quioscos de la Avenida Paulista.

Entre los meses de junio y julio pasados se registraron 586 homicidios dolosos en la capital paulista, 22 por ciento más que en el primer semestre de 2011. Esas cifras no incluyen la letalidad policial: según la Secretaría de Seguridad de San Pablo, en ese primer semestre se produjeron 283 muertes a manos de la pm y, muy especialmente, de las Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), una tropa de elite surgida durante la dictadura militar y muy temida en la periferia paulista por su letalidad. Movimientos sociales y asociaciones vecinales contabilizan más de 200 casos apenas en los meses de junio y julio.

Según la versión más difundida por la prensa paulista, esta ola de violencia se desató después de que, el 28 de mayo, agentes de la rota matasen a cinco criminales pertenecientes al PCC. Algunos investigadores, como la socióloga Camila Nunes Dias, apuntan a que el detonante podría ser el traslado de algunos presos del PCC a cárceles del temido Régimen Disciplinar Diferenciado. Como en 2006, el PCC decretó ataques contra policías y comisarías y quema de autobuses. También como hace seis años, el Estado respondió recrudeciendo la represión contra la población pobre y periférica.

En 2006 el PCC demostró que, si quería, podía paralizar la mayor urbe de América del Sur. Nunca quedó claro cómo consiguió el Estado poner fin a los ataques; la hipótesis más aceptada por los expertos es que aquellas negociaciones terminaron de configurar ese delicado equilibrio de fuerzas entre el mundo del crimen y las fuerzas del Estado que rige en San Pablo. Eso se extrae de la tesis de Nunes Dias sobre la pacificación de la ciudad, que en los últimos 15 años experimentó un notable descenso en las tasas de homicidio.

"Las policías siempre se relacionaron con los mercados criminales", señala la abogada y socióloga Alessandra Teixeira. El estudio "San Pablo bajo extorsión" evidenció que el detonante de los ataques de 2006 fue la extorsión de la policía al líder del PCC, Marcos Camacho, alias "Marcola". Lo cierto es que la propia existencia de la facción no se explica sin la corrupción de policías, funcionarios y delegados de prisiones. Débora Silva desafía: "El crimen organizado nació de dentro hacia afuera del Estado, no al revés".

Policía racista y letal. Pequeños y grandes acuerdos sustentan las imbricadas relaciones entre policías y criminales, pero ese equilibrio es extremadamente frágil. De vez en cuando se rompe, como sucedió en Carandirú en 1992, en Castelinho en 2002, en la capital paulista en 2006, en Osasco en 2010, o ahora. Cuando así ocurre, quien sale perdiendo es invariablemente la población pobre y negra de las periferias, y fundamentalmente los varones jóvenes. Porque el sesgo de la letalidad policial es racista y de clase. "El 'dispara primero y pregunta después' siempre fue la marca de nuestra policía, y siempre tuvo como objetivo privilegiado a los negros (pretos), pobres y periféricos. 3 P: esa es la sigla de nuestra política de exterminio", sostiene el antropólogo Adalton Marques.

Con poquísimas excepciones, las muertes provocadas por la pm son archivadas sin más como "resistencia seguida de muerte" o "autos de resistencia", esto es, como supuesta defensa propia de los agentes durante la confrontación con los delincuentes.

La defensora pública ha denunciado la inconsistencia de las pruebas que sustentan que esas muertes sean efectivamente resultado de enfrentamientos con la policía. El fin de este tipo de registros fue una de las propuestas surgida de una audiencia pública que reunió el 26 de julio a instituciones gubernamentales y movimientos sociales.

Otra de las demandas de los movimientos sociales es la desmilitarización de la policía, que también sugirió al gobierno brasileño la ONU tras una reciente visita. Sin embargo, por el momento la pm va ganando terreno en San Pablo, no sólo patrullando las calles -hay más de 100 mil agentes de la pm frente a unos 30 mil de la Policía Civil-, sino también en la organización política de los municipios: en San Pablo, coroneles de la pm están presentes en 30 de las 31 subprefecturas.

Los militares "se apropian de momentos como el actual para legitimar su actuación violenta y extralegal", recuerda Alessandra Teixeira. Y, con la inestimable ayuda de los grandes medios de comunicación, que asumen en sus titulares la tesis de que las víctimas son delincuentes y eluden contextualizar esas muertes, se instala en la sociedad una visión que acepta la brutalidad policial como garantía de su seguridad y "da una carta blanca, aceptación y legitimación de esa violencia", en palabras de Teixeira.

El Estado, antes que combatir este tipo de violencia, la alienta. En un año electoral, el gobierno conservador enarbola la política de la "tolerancia cero" contra la delincuencia. El comandante de la pm, teniente-coronel Salvador Modesto Madia, afirmó por su parte que no le importan los números de letalidad policial, sino "su legalidad". Cabe recordar que Madia es apuntado como responsable de más de 70 muertes en la masacre de Carandirú, de 1992.

Grupos de exterminio

Débora y Danilo César, del Movimiento Madres de Mayo, denuncian que si bien la violencia policial siempre existió en las favelas y periferias de San Pablo, recrudeció a partir de 2006.

El asesinato es el extremo de una política de control y sometimiento de las periferias que inunda la vida diaria de los vecinos de los barrios pobres: extorsiones a comerciantes, abordajes policiales arbitrarios e irrespetuosos, toques de queda ordenados por la policía y los grupos paraestatales. Poblaciones como Osasco, Sapopemba, Capão Redondo o la Baixada Santista viven en permanente estado de excepción.

La extorsión está "incrustada en el orden de cosas" de la periferia paulista. Los llamados "grupos de exterminio", formados por agentes o ex agentes de los cuerpos armados del estado, siembran el pánico y compran lealtades en las comunidades pobres.

Las Madres de Mayo, así como la ONU y Amnistía Internacional, llevan tiempo alertando sobre el fortalecimiento de estos grupos. "El gobierno se acomodó en el discurso de que estas bandas están formadas por el crimen organizado, pero no es cierto: las conforman agentes del Estado", denuncia Débora Silva. Por eso ella prefiere hablar de milicias, como se denominó en Rio de Janeiro a la evolución de esos grupos de exterminio, cada vez más organizados y poderosos, y también cada vez más imbricados con los intereses de la clase política y empresarial.

Higienización de la pobreza

Para Danilo y Débora, la truculencia policial y la ascensión de los grupos de exterminio responden a la misma lógica que la política de encarcelamiento en masa -hay 500 mil presos en Brasil, y la cifra no deja de crecer- y que los desalojos de favelas, cada vez más habituales en el Brasil que acogerá al mundial de fútbol de 2014 y los Juegos Olímpicos de 2016. "Es una política de exterminio, de higienización y criminalización de la pobreza", denuncia Danilo.

La ciudad de San Pablo vivió recientemente otros episodios de "higienización de la pobreza", como el brutal desalojo de la favela de Pinheirinho y la expulsión de los sin techo y de los drogadictos de barrios del centro como Santa Ifigênia. En un contexto de boom inmobiliario, con los megaeventos deportivos a la vuelta de la esquina y la necesidad de mostrarle al mundo una ciudad limpia y segura, los intereses especulativos expulsan a los pobres cada vez más lejos.

"Hay una guerra no declarada, y es una guerra de clases", puntualiza Débora Silva. "No es algo de San Pablo ni de Rio: es de todo Brasil. El país está a punto de estallar. El modelo no aguanta más, y no sabemos muy bien cuándo ni cómo, pero sabemos que va a explotar", añade Débora.

Los millones de personas que habitan las favelas y periferias de las grandes ciudades, como los campesinos sin tierra, como los indígenas, son prescindibles para el modelo económico que ha elevado a la economía brasileña a los primeros puestos del ranking mundial. Sobran.
 
* Periodista brasileña, colaboradora del diario El Mundo de Madrid y de Le Monde Diplomatique, entre otras publicaciones.
 

** Según diferentes investigaciones estatales el PCC podría contar con 200 mil miembros.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

FRASE DE EFEITO


“O senhor é bom de festa! Tem futuro depois que sair da Prefeitura”.

Declaração de Milton Coleman, presidente da SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa), agradecendo ao Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o coquetel oferecido em evento realizado em 15 de outubro de 2012.

Nesse evento o Comitê Anfitrião da Assembleia Geral da SIP criticou ausência da Presidenta Dilma e a comparou ao ex-Presidente Collor. Na cerimônia de abertura a organização atacou os governos da Venezuela, Argentina, Bolívia e Equador.

domingo, 15 de maio de 2011

Protesto por Metrô em Higienópolis tem catraca, churrasqueira e varal

Organizado em redes sociais, 'churrasco' atraiu centenas de pessoas.


Avenidas Higienópolis e Angélica enfrentaram bloqueios neste sábado.

Roseane Aguirra Do G1 SP

Protesto em Higienópolis (Foto: Roseane Aguirra/G1 Tiago Queiroz/AE)Protesto em Higienópolis teve varal, churrasqueira e catraca (Foto: Roseane Aguirra/G1 Tiago Queiroz/AE)

Iniciada por volta das 14h na Avenida Higienópolis, a manifestação contra iniciativa de moradores que tentam vetar construção de estação do Metrô no bairro seguiu por volta das 16h30 deste sábado (14) até o cruzamento da Avenida Angélica com a Rua Sergipe, local onde o acesso à rede metroferroviária seria construído. No início da noite, manifestantes seguiam protestando numa das esquinas do bairro, onde um varal com roupas foi pendurado.
Organizada como "churrasco" por meio de redes sociais, a manifestação atraiu centenas de pessoas e bloqueou o tráfego de veículos por onde passou. A polícia acompanhou tudo à distância.
Catraca é queimada em frente ao shopping Higienópolis (Foto: Roseane Aguirra/G1)Manifestante se prepara para colocar fogo em catraca, em frente ao shopping Pátio Higienópolis
(Foto: Roseane Aguirra/G1)
 
Consultor de projetos sociais, Mateus Mendonça acompanhou a movimentação de bicicleta. "O que me motivou foi a falta de argumento para tirar o Metro de Higienópolis. A manifestação já deu certo porque veio mais gente do que se imaginava. Isso é prova de que as redes sociais conseguem organizar uma coisa e fazer isso dar certo", afirmou.
Manifestantes na Av. Angélica (Foto: Roseane Aguirra/G1)Manifestantes na Avenida Angélica (Foto: Roseane Aguirra/G1)

Moro em Jaçanã (Foto: Roseane Aguirra/G1)Júlia Portella e Natali Spogis com homenagem
a Adoniran Barbosa (Foto: Roseane Aguirra/G1)
 
A produtora Júlia Portella e a musicista Natali Spogis tinham um cartaz feito de folha sulfite onde estava escrito "Moro em Jaçanã" em homenagem ao compositor Adoniran Barbosa. "Acho que tem de vir mais gente, porque metrô é uma evolução", afirmou Júlia. Batendo em um tambor, Pedro Brandão puxou refrões acompanhado pela multidão. "O povo de São Paulo não esta de brincadeira", afirmou.

Os manifestantes ocuparam por volta das 14h a Avenida Higienópolis e bloquearam uma das entradas do Shopping Pátio Higienópolis, na região central de São Paulo. Eles levaram para o local uma catraca de ônibus enrolada em jornal e gaze e atearam fogo ao material. A polícia acompanha a manifestação à distância.
"Essas pessoas que foram contra o metrô em Higienópolis, quando fazem uma viagem internacional, ficam muito felizes que encontram uma estação de metrô a cada esquina", afirma Alexandre Calegari, antigo morador do bairro. "É um absurdo isso, é contra a inteligência das pessoas".
A assistente de fotógrafo Andrea Oliveira e a esteticista Mislene Silva se prepararam para a manifestação levando uma bandeira do Brasil. "Nós somos brasileiras e a favor da democracia. Todos têm direito ao metrô, mesmo num bairro nobre".
A maioria dos manifestantes era  formada por jovens. Eles tocaram buzinas e bateram em garrafas vazias de cerveja, pandeiros e tambores.  A arquiteta Stella Rodrigues, moradora na República, levou um cartaz com a mensagem: "Só ando de Metrô em Nova York, Londres e Paris."  Uma outra faixa, maior,  exibe a mensagem "Chega de sufoco". Enquanto isso, a multidão gritava "quem é diferenciado faz barulho".
Shopping Higienópolis (Foto: Roseane Aguirra/G1)Manifestantes se concentraram em frente ao shopping Pátio Higienópolis (Foto: Roseane Aguirra/G1)
 
Polêmica

Apesar da expressão "gente diferenciada" ter sido usada durante todo o protesto pelos manifestantes, a psicóloga Guiomar Ferreira negou na quinta-feira (12) que tenha dito que a construção de uma estação de Metrô em Higienópolis, na Zona Oeste de São Paulo, atrairia "drogados, mendigos, uma gente diferenciada" para a área, um bairro nobre.
O Metrô de São Paulo negou na quarta-feira (11) que a pressão de moradores tenha motivado a mudança na localização da futura Estação Angélica da Linha 6-Laranja. “Essa reavaliação tem caráter exclusivamente técnico, em nada motivada por pressão dos moradores da região de Higienópolis, a favor ou contra a estação”, disse a companhia.

Segundo a assessoria de imprensa do Metrô, ainda não há um endereço definido.
Cartazes na Av. Angélica (Foto: Roseane Aguirra/G1)Manifestantes protestam com cartazes na Av. Angélica (Foto: Roseane Aguirra/G1)
 
"O Metrô está reavaliando a localização da futura Estação Angélica, em razão de estar apenas a 610 metros da futura Estação Higienópolis-Mackenzie e a 1.500 metros da futura Estação PUC-Cardoso de Almeida, visando melhor equilíbrio da linha. No momento, a área técnica do Metrô estuda a melhor localização de uma nova estação que atenda à Faap, Av. Higienópolis e Praça Vilaboim, assim como o Estádio do Pacaembu. A definição da nova localização depende da conclusão de estudos geotécnicos e do melhor posicionamento para implantação da obra, de forma a causar o menor impacto na região", informa o texto.
Mateus Mendonça - manifestação Higienópolis (Foto: Roseane Aguirra/G1)Mateus Mendonça acompanhou de bicicleta
(Foto: Roseane Aguirra/G1)
 
A proximidade da Estação Angélica com outras duas estações da Linha 6-Laranja é um dos motivos alegados pela Associação Defenda Higienópolis, formada por moradores do bairro que não concordam com a implantação da estação na Avenida Angélica, principal via do bairro.
“A má distribuição geográfica é o nosso principal foco. Essa estação ficaria muito perto da Estação Higienópolis-Mackenzie e muito distante da Estação PUC-Cardoso de Almeida”, afirmou o presidente Associação Defenda Higienópolis, Pedro Ivanow.
Ele disse ainda que o movimento no local, com a implantação da estação, traria "inconvenientes" ao bairro. “O que vimos é que nas estações novas há o aumento de ocorrências de furtos e comércio ilegal, que são aspectos negativos para um bairro que tem sua própria cultura, além das obras, que podem trazer transtornos ao trânsito do local e desapropriação de alguns comércio importantes para o local”, disse.
Manifestantes na praça Vilaboim (Foto: Roseane Aguirra/G1)Andrea Oliveira e Mislene Silva na praça Vilaboim
(Foto: Roseane Aguirra/G1)
 
De acordo com o Metrô, a linha 6-Laranja vai ter 13,5 km de extensão e 15 estações. Ela vai ligar a Zona Norte ao Centro, da Estação Brasilândia até a estação São Joaquim e passar por bairros como Liberdade, Bela Vista, Higienópolis, Perdizes, Pompeia, Freguesia do Ó e Vila Brasilândia.
O presidente da Defenda Higienópolis disse que, em setembro de 2010, se reuniu com secretário estadual de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, para informar o incômodo dos moradores com a implantação da estação. Segundo Ivanow, os moradores devem se encontrar na próxima semana com representantes do Metrô para discutir a situação. “Espero uma informação oficial do que vai ser feito”, disse.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Elite paulistana


É notório que as elites de Londres, Nova Iorque, Berlim e Paris são atrasadas. Ninguém discute que os ricos dessas quatro cidades representam o pior do mau gosto mundial. É gente com hábitos esquisitos. Vivem de maneira estranha. Teriam muito a aprender com as elites paulistanas e da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Paris é dividida em 20 distritos. Cada distrito (arrondissement) tem a sua subprefeitura. O XVI distrito é o mais chique da cidade. Paris orgulha-se de não ter ponto algum a mais de 500 metros de uma estação de metrô. Na média, 150 metros. Boa parte dessa elite bizarra deixa o carro em casa e usa o transporte público. Os intelectuais famosos são figurinhas carimbadas no metrô. Cansei de encontrar Jacques Derrida, Jean Baudrillard, Edgar Morin e o amigo de FHC Alain Touraine em vagões das linhas 12, 4 e 1. Gente louca.

Também esbarrei com Catherine Deneuve e Jean-Luc Godard na linha 4, descendo na estação Saint-Sulpice. Deneuve devia estar entediada ou com saudades dos seus tempos de "A Bela da Tarde". As celebridades intelectuais estrangeiras também circulam nos metrôs de Paris. Encontrei Umberto Eco várias vezes em estações do Quartier Latin. Quando fiz o seu curso no Collège de France, pegava, na saída, muitas vezes o mesmo metrô que ele, que fazia um barulho danado, falando alto, gesticulando, discutindo futebol, semiótica e o escambau. Gente estranha. Famosos e ricos com práticas de seres normais. Eu, hein! Paris é uma cidade tão bizarra que a gente passa seis anos lá e sai sem saber onde fica a rodoviária central. Em contrapartida, conhece como a palma da mão seis estações ferroviárias. Que atraso. Uau!

É aquela coisa de museu, trem, ensino público e gratuito do jardim da infância à universidade. Um horror! Enquanto isso, em São Paulo, dominada por uma elite altiva, arrojada e vanguardista, que Getúlio Vargas tentou infrutiferamente civilizar em 1930, o metrô é rejeitado num arrondissement fashion. Moradores organizaram-se para convencer a prefeitura a não abrir uma estação de metrô em Higienópolis. Alegaram que isso traria "ocorrências indesejáveis". Por exemplo, pobres. A avançada elite paulistana prefere viadutos, túneis, "minhocões", elevadas e muito asfalto. A cidade fica mais bonita, o trânsito, como se sabe, anda muito mais rápido e as empreiteiras fazem bons negócios, o que financia campanhas políticas e melhora o nível de vida em Higienópolis. O metrô, portanto, seria um retrocesso.

As reclamações dos pacatos e elegantes moradores de Higienópolis foram ouvidas com todo respeito. O pleito foi atendido. O bairro não terá estação de metrô. Mais uma vitória do bom gosto, do senso prático e do estilo de vida visionário das nossas melhores elites. Há poucos dias, o tucano Alberto Goldman, ex-governador paulista, publicou um artigo para sustentar a inutilidade de um trem-bala entre Rio de Janeiro e São Paulo. Tem razão. Trens de grande velocidade são típicos de sociedades atrasadas como a França, a Inglaterra e o Japão. Se não me engano, Goldman, assim como FHC, mora em Higienópolis.

Juremir Machado da Silva | juremir@correiodopovo.com.br

Correio do Povo

CONVITE PARA CHURRASCO DE "GENTE DIFERENCIADA"

 

'Ok, o povo pediu. O churrasco continua', confirmou o organizador do evento

 

O evento "churrasco da gente diferenciada", foi remarcado para a tarde deste sábado(14), às 14h, em frente ao Shopping Higienópolis, após ter sido cancelado durante a quinta feira. Depois de mais de 50 mil pessoas aderirem ao evento, o organizador Danilo Saraiva confirmou o evento em sua página do Facebook: "Ok, o povo pediu. O churrasco continua. Lembrando que a partir deste momento, torna-se publico o evento, sendo responsabilidade de cada um a participacao nele".

O "churrasco da gente diferenciada", marcado para sábado, em frente ao Shopping Pátio Higienópolis para protestar contra o cancelamento da Estação Angélica do Metrô, havia sido cancelado na tarde desta quinta-feira.


Na página do evento no Facebook, o organizador afirma que com o "grande número de adeptos", a decisão foi tomada diante da "preocupação" mostrada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e Polícia Militar, "uma vez que a Avenida Higienópolis é muito estreita".
  
"Seria quase certo o uso de violência física contra os manifestantes, e arcando com essa possibilidade, não podemos deixar que ninguém saia ferido por conta de uma brincadeira.", acrescenta.

No lugar do churrasco, o organizador informa que será realizado um outro ato, "com intuito de realmente ajudar a população carente que não tem condições nem voz para arcar com as atitudes mesquinhas desses moradores do bairro de Higienópolis que assinaram a petição contra a estação de metrô".

O organizador do evento na rede social ainda informa que os detalhes sobre a nova manifestação serão divulgados no sábado, a partir das 14 horas, na Praça Villaboim, o mesmo lugar onde aconteceria a concentração para o churrasco.

Procurada pela reportagem na manhã de hoje, a direção do shopping não quis comentar o assunto.

A Subprefeitura da Sé, responsável pela área de Higienópolis, afirmou não ter recebido nenhuma informação sobre o churrasco, mas destacou que a população tem direito à livre manifestação do pensamento.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) disse que não tinha um planejamento especial para o trânsito na região se o ato se concretizasse, porém ressaltou que possuía "contingente" e estava "preparada para um possível protesto".

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

FRASES

"Não há empreendedorismo no nosso Estado, nem no Brasil, exceto em São Paulo".

Declaração de Ricardo Russowski, presidente do Conselho Diretor do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-RS), reclamando que enquanto no RS a faixa salarial de um profissional, qualificado, não chega a R$ 500 mil/ano, ou pouco mais de R$ 40 mil mensais, no estado de São Paulo o ganho vai, sem muita dificuldade, a R$ 1 milhão por ano.

Leia MAIS.

Nota do Bloguista: Estou estupefato. Como podem os executivos financeiros gaúchos viverem com essa miséria?

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

OAB REAGE A ATAQUES CONTRA NORDESTINOS


A seção Pernambuco da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE) entra nesta quarta-feira (3), na Justiça de São Paulo, com representação criminal contra a onda de ataques aos nordestinos divulgada por meio do Twitter após a eleição de Dilma Rousseff. No domingo à noite, usuários da rede de microblogs começaram a postar mensagens ofensivas ao Nordeste, relacionando o resultado à boa votação de Dilma na região.

A representação da OAB-PE é contra a estudante de Direito Mayara Petruso, de São Paulo, uma das que teriam iniciado os ataques. Segundo o presidente da OAB-PE, Henrique Mariano, Mayara deverá responder por crime de racismo (pena de dois a cinco anos de prisão, mais multa) e incitação pública de prática de crime (cuja pena é detenção de três a seis meses, ou multa), no caso, homicídio.

Entre as mensagens postadas pela universitária, há frases como: Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!. São mensagens absolutamente preconceituosas. Além disso, é inadmissível que uma estudante de Direito tenha atitudes contrárias à função social da sua profissão. Como alguém com esse comportamento vai se tornar um profissional que precisa defender a Justiça e os direitos humanos? diz Mariano.

Fonte: JusBrasil

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

QUALIDADE DE VIDA EM SÃO PAULO


Indicação do amigo Álvaro Magalhães:

BEM interessante!

Pela televisão tinha visto que o Oded Grajew tava liderando um processo de tomada de consciência em prol da melhoria de vida paulistana. Gente séria e tema importante. Há uma apresentação disponível com resultados e alguma indicação metodológica de recente levantamento. Houve cuidado na eleição dos aspectos a serem avaliados e na composição da amostra.

http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/arquivos/Pesquisa_IRBEM_Ibope_2010.pdf

Em geral, o paulistano está insatisfeito, apesar de que há a percepção que sua vida ou está na mesma ou até melhorou. Em geral, os itens que puxam para cima a satisfação estão ligados à vida privada e ao trabalho. As relações públicas, incluindo a qualidade de relacionamento interpessoal com estranhos, vai de mal a pior. Sair de casa e ir pra rua é o inferno. Isto que o fino trato dos paulistanos é notório.

Pra lá de curioso é que o governo federal (logo depois da(s) igreja(s) ) aparece do lado das soluções e não dos problemas, como está o governo local. No Rio, deve ser a mesma coisa. Não se confia na política, na polícia, e no acesso a muito serviços públicos. Seria isto geral? Aqui no RS, o antigo orgulho com a possibilidades de soluções locais, sem depender do poder central (como o municipalismo, p. ex.) parece ir para o ralo. (E não estou falando dos atuais governantes, não.) Será que nas cidades médias e do interior os resultados seriam semelhantes? Será que a descentralização de 88 foi bom só pro governo federal?

Recomendo a leitura.

Álvaro Magalhães