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segunda-feira, 4 de junho de 2018
TENDÊNCIA DE AUMENTO DO CONSUMO MUNDIAL DE VASELINA
Após três dias de negociações frustradas, os seis membros do G7, com exceção dos EUA, assinaram um documento enfático contra a posição americana de iniciar uma guerra tarifária. Desde a meia-noite do dia 1º, estão valendo também para os principais países aliados as novas tarifas sobre aço (25%) e alumínio (10%). O objetivo em teoria é combater o avanço chinês, mas acaba por isolar Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Japão e Canadá, que seriam os principais aliados potenciais nesta disputa. E toca a União Europeia num momento delicado, pós-Brexit, e enquanto Itália e Espanha vivem uma crise anti-União interna. (Washington Post)
domingo, 7 de junho de 2015
RACISMO E XENOFOBIA NO RIO GRANDE DO SUL
As três
etnias mais importantes em termos
históricos e numéricos na formação da população do Rio Grande do Sul, extremo
sul do Brasil, são a açoriana, a alemã e a italiana.
Os primeiros açorianos
chegaram no Estado em 1725. Os alemães começaram a chegar em 1824. A primeira
leva de italianos veio logo após, em 1875.
Depois, por diferentes
motivos, vieram mais, a maioria chegando com posses escassas.
Naquela época os
habitantes do Rio Grande do Sul eram indígenas Guaranis, Jê e Pampianos.
Com apoio dos então
governantes, os imigrantes expulsaram os indígenas que viviam nas áreas que
pretendiam ocupar.
Esses territórios ocupados
possuíam, na chegada dos primeiros imigrantes, fauna e flora exuberantes.
Hoje a maior parte das
florestas foi derrubada e transformada em plantações, muitos rios deixaram de
existir, outros tantos estão envenenados e várias espécies de animais
encontram-se em extinção, tudo isso em nome do progresso.
Quando chegaram, a maioria
"com uma mão na frente e outra atrás", essas pessoas, inclusive meus
ancestrais, demonstraram muita gratidão pela oportunidade recebida.
-x-
Nos últimos tempos chegam
ao Rio Grande do Sul imigrantes oriundos de outros países, particularmente do
Haiti e do Senegal, que deixaram, contra a vontade, seus países de origem, e
buscam oportunidades de sobrevivência e de construção de uma nova vida.
Exatamente como fizeram os imigrantes europeus quando
aqui chegaram.
E qual a reação dos
descendentes de açorianos, alemães e italianos?
Muitos, felizmente,
acolhem as pessoas que estão chegando, tentando apoiar no que for possível.
Parcela importante, porém,
manifesta reações discriminatórias e de ódio. Esses comportamentos podem ser
caracterizados como de racismo e xenofobia.
Parece que alguns
descendentes de europeus foram acometidos por uma doença, causada aparentemente
por um medo descontrolado do desconhecido, que se traduz em ações
desequilibradas.
É muito difícil para mim, quase impossível, aceitar e conviver com esse comportamento doentio.
Omar Rösler
Junho de 2015
domingo, 18 de março de 2012
PROIBIDO MORRER
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Falciano Del Massico |
Cidade proíbe moradores de morrer
Na cidade italiana de Falciano Del Massico (4 mil habitantes), os moradores estão proibidos de morrer, porque o cemitério está lotado. O prefeito Giulio Cesare Fava decretou que "os cidadãos não poderão cruzar as fronteiras da vida terrestre e adentrar o além". Ele não disse como será a punição. Dois idosos já morreram desde então. O cemitério da cidade vizinha, Carinola, também está cheio.
CP
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Hóstias alucinogénias levam idosas a agredir padre
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Fonte da Imagem AQUI. |
Visões de santos, abraços ao crucifixo da igreja e duas idosas a perseguir o padre, que foi agredido sob os gritos: "Você é o demónio!" Parece cena de um filme mas terá acontecido na região centro de Itália, depois dos fiéis ingerirem hóstias alucinogénias.
No passado domingo, dia 19, na igreja do Santo Espírito de Campobasso, na região centro de Itália, as hóstias (pão feito com água e farinha de trigo sem adição de fermento ou sal) dadas aos fiéis terão sido produzidas por engano com uma farinha alucinogéna.
Os efeitos foram imediatos e o caos instalou-se, com testemunhos de visões de santos, abraços ao crucifixo e duas idosas a correr atrás do padre, agredindo-o e dizendo: "Você é o demónio!". Don Achille foi obrigado a refugiar-se na sacristia até que a polícia chegasse, revelou a imprensa local.
Segundo as autoridades, tratou-se de uma intoxicação alimentar (ergotismo) causada por farinhas de cereais contaminadas por fungos que atingem o grão, entre os quais se encontram agentes psicotrópicos como LSD.
No entanto, na sexta-feira, a diocese de Campobasso desmentiu categoricamente o acontecimento, alegando tratar-se de um ataque contra a Igreja católica. "É preciso respeitar o sagrado enquanto tal e isto vale também para quem não acredita", referiu em comunicado.
JN
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Todo o poder aos bancos!
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Banqueiros |
A última moda nos governos europeus, tendência que alguns tanto trabalham para implantar, é a tecnocracia: o governo dos ‘especialistas’. Economistas, claro, de comprovada ortodoxia. Frente a políticos vacilantes e indecisos, à mercê da opinião pública, nada como a firmeza que nos garantem os ‘especialistas’, graduados e pós-graduados nas melhores escolas de administração de empresas e negócios.
Até agora, trabalharam muito para implantar a nova moda na Grécia e na Itália. Na Grécia, pressionaram até o último momento para pôr no poder o equivalente grego do nosso espanhol Miguel Ángel Fernández Ordóñez(1): o economista Lucas Papademos, ex-presidente do Banco Central Grego, e ex-conselheiro do Banco Central Europeu. Ainda não resolveram, talvez porque tenha parecido descaramento demais pôr lá um banqueiro, com as ruas em ebulição. Mas estão tentando; e o nome ali ficou, para assustar.(2)
Na Itália, enquanto Berlusconi agonizava, embaralhavam-se as escolhas, entre as quais, lá está a tecnocracia, representada por Mario Monti, ex-comissário europeu, formado, como Papademos, nos EUA, e diretor europeu da Comissão Trilateral, da qual o grego também participa. Monti seria de fato um preposto, a mando de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, ex-presidente do Banco da Itália e ex-vice-presidente do grupo Goldman Sachs (influente banco de investimentos, do qual Monti também é assessor).
Na Espanha, onde as modas sempre chegam com atraso, ninguém precisa de executivo tecnocrático. Mas, se precisarem, proponho nosso Fernández Ordóñez.
Pouco a pouco, o círculo vai-se fechando, e, com banqueiros e economistas tecnocráticos a redigir leis e decretos, logo conseguiremos que os mesmos que nos meteram na crise em que estamos fiquem também encarregados de nos governar.
Sim, já sei que, na prática, sempre são eles que dividem o bacalhau, mas até agora ainda se via alguma diferença: uma coisa é ter o poder; outra coisa é governar; e aceitávamos que os políticos governassem, e os banqueiros tivessem todo o poder. Pois que façam todo o serviço! Que tenham todo o poder e que governem! Ficaria meio vergonhoso, mas… Eu, francamente, já não duvido de nada.
Isaac Rossa é escritor e colunista do diário Público, em Madri.
(1) Presidente do Banco de España. ‘Socialista’, claro… (Nota de Tlaxcala, Rede Internacional de Tradutores).
(2) Artigo escrito horas antes do anúncio de Papademos, como primeiro-ministro da Grécia (Nota de Tlaxcala, Rede Internacional de Tradutores).
CdB
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Quem elegeu Mario Monti e Lucas Papademos?
Quem elegeu Mario Monti e Lucas Papademos?
Será que os líderes de Alemanha e França e o Banco Central Europeu perceberam que desta forma estão desacreditando a democracia?
Por pior que possam ter sido os governos de Georges Papandreou e, especialmente, de Silvio Berlusconi, eles foram eleitos pelo povo. Podemos questionar se foram bem eleitos ou não, podemos não entender as motivações do povo na hora do voto. É possível argumentarmos que os italianos elegeram um primeiro-ministro que tinha a mídia em suas mãos, no que a eleição fica comprometida, que isso prejudica o caráter democrático da república italiana etc. etc.
Mas há uma diferença. Mario Monti e Lucas Papademos podem ser extremamente competentes. Aliás, apostaria que o são. Mas há uma certeza que se pode ter a seu respeito. Ambos foram escolhidos com um único objetivo e de acordo com um único interesse. E esse interesse não é o bem comum, não é o melhor pra cada cidadão. O interesse que os rege é o mercado. É a ele que respondem, é para ele que são competentes. Além da ideologia que os orienta, têm quase uma dívida de gratidão. Estão onde estão para acalmar os mercados. Se não tivessem essa capacidade, não estariam lá. E se não fizeram, podem sair com facilidade.
Um modelo nada democrático na Europa, que, junto com os Estados Unidos, forma o exemplo de democracia do mundo ocidental. Aqueles que têm autoridade para invadir países e ditar regras usando como argumento a necessidade de levar democracia para onde antes só havia ditadura. São esses que agora impõem uma ditadura de mercado.
Como fica agora? Líderes eleitos pelo povo, como Angela Merkel e Nicolas Sarkozy, perdem sua legitimidade. E chefes de Estados mais fracos, como Portugal e Espanha, se veem obrigados a andar na linha ditada pelo mercado. O cidadão vai ficando cada vez mais para último plano. Cada vez mais trabalha apenas para pagar as dívidas criadas em seu nome sem o seu consentimento.
Somos Andando
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Bunga Bunga
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Origem da foto: AQUI. |
Novas denúncias revelam que strippers se fantasiavam de freiras nas festas Bunga Bunga
Dublê de bad boy geriátrico e premier italiano, Silvio Berlusconi agora pode adicionar também a blasfêmia à sua extensa lista de delitos, depois de revelado que strippers vestidas de freiras realizavam danças pagãs em suas festas Bunga Bunga. Aparentemente sem vergonha dos atos praticados, o político de 74 anos de idade disse que as meninas organizaram uma cerimônia na qual se vestiram em túnicas religiosas durante uma apresentação sexy para ele e seus convidados no seu palacete em Milão, chamado de Villa San Martino.
Em um comunicado distribuído à imprensa nesta quinta-feira, Fadile Imane, 26, Nicole Minetti, 25 e Faggioli Barbara, 25 anos, relatam como se vestiram de freiras antes de executar uma coreografia sexy na frente de Berlusconi. A marroquina Imane era uma convidada na festa e disse que tinha sido levada por Emilio Fede, de 80, e pelo agente do showbiz Lele Mora, de 55. Minetti, Fede e Mora supostamente recrutaram uma série de mulheres para fazer parte do entretenimento nas festas. Perca Imane é citada no tablóide britânico The Sun, dizendo:
– Eu fui para a festa e conheci Silvio Berlusconi e as outras meninas, e também houve Barbara Faggioli e Nicole Minetti. No salão de festas onde havia um palco para a dança, tivemos que colocar as túnicas escuras de freira, incluindo o lenço no cabelo e uma cruz vermelha. Havia até um DJ na hora do striptease e da dança sexy, em roupas íntimas.
Imane disse ter ficado “chocada” com o pedido, embora admita que tenha realizado “uma dança do ventre para Berlusconi”. Estranhamente, ela também revelou que ela havia aconselhado Berlusconi sobre a melhor forma de lidar com Muammar Gaddafi, ex-ditador líbio.
Berlusconi enfrenta acusações relativas à dançarina de boate Karima El Mahroug, de 17. A idade de consentimento é de 14 na Itália, mas pagar por sexo com alguém com menos de 18 anos é um crime. Berlusconi sempre negou qualquer coisa diferente de “jantares de convívio, vinho, comida, falando e cantando ‘nas festas Bunga Bunga”, frequentadas por Gaddafi. No entanto, ele está enfrentando julgamento no próximo mês por supostamente ter mantido relações sexuais com a então adolescente, dançarina do ventre Karima El Mahroug.
CB
domingo, 4 de setembro de 2011
Em protesto contra governo italiano, vilarejo declara 'independência'
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Filettino |
David Willey
Da BBC News, Roma
Uma pequena cidade italiana com 550 habitantes
declarou sua independência do país, autodenominou-se um principado, e
começou a imprimir seu próprio dinheiro.
Segundo as novas regras que visam cortar os custos com a burocracia das administrações locais, a cidade seria obrigada a se juntar com a vizinha Trevi.
O prefeito de Filettino, Luca Sellari, que perderia seu emprego com a fusão das duas prefeituras, foi o responsável pela ideia da independência.
Ele criou sua própria moeda, chamada Fiorito. As notas têm sua própria efígie no verso e já estão sendo usadas no comércio local ou compradas como suvenires por turistas que começaram a se amontoar por suas ruas normalmente pacatas.
O prefeito diz que há um grande entusiasmo sobre a declaração de independência do novo principado.
Protestos
A Itália foi obrigada a aprovar a toque de caixa uma série de medidas de austeridade para acalmar os mercados após ver o custo da rolagem de sua dívida pública se elevar diante das dúvidas dos mercados financeiros sobre a saúde da economia do país.
A nova norma para a abolição de pequenas prefeituras e suas incorporações por cidades maiores, no entanto, vem gerando tantos protestos que o governo do premiê Silvio Berlusconi pode se ver obrigado a rever a determinação.
Mas enquanto a discussão política prossegue, o novo Principado de Filettino, que já conta com seu próprio escudo e um site na internet, vem ganhando fama internacional repentina.
Na última semana, até mesmo uma equipe de TV russa esteve na cidade para gravar uma reportagem sobre a independência.
O prefeito Sellari observa que a Itália já foi no passado formada por dezenas de principados e ducados.
E ele argumenta: "Se a república de San Marino (Estado de 61 quilômetros quadrados incrustrado no território italiano) ainda consegue sobreviver, por que não Filettino?".
quinta-feira, 30 de junho de 2011
A BICHARADA DA MINISTRA
A Ministra do Turismo da Itália, que aparece no vídeo acima com um tigre, partilha sua casa ainda com 15 cães, 30 gatos, 4 cavalos, 2 macacos, 7 cabras e 200 pombos.
Via O Jumento.
Reação de Berlusconi a respeito:
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Italia: un voto constituyente
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Spaghetti Carbonara |
Ugo Mattei · · · · ·
Si los resultados de las elecciones locales y regionales de hace dos semanas fueron desastrosos para Berlusconi, el triple referéndum –a favor de la erradicación de la energía nuclear, a favor de la prohibición de privatizar el agua, a favor de la igualdad ante la ley y la subordinación de los políticos a ella— ha sido un verdadero plebiscito popular, no sólo contra il cavaliere, sino contra el núcleo duro del programa neoliberal esquilmador y contra un establishment político y mediático cómplice activo o pasivo de ese desastre. Mirado con recelo por los partidos políticos del arco parlamentario, ridiculizado por los tertulianos y expertos de turno, ninguneado por el gobierno –que apostaba abiertamente por una participación popular insuficiente—, ignorado por la televisión y el grueso de los grandes medios de comunicación, el movimiento de base de la población italiana a favor de la democracia y de los bienes públicos y comunes ha conseguido movilizar electoralmente al 57% de la ciudadanía y ha triunfado clamorosamente en los tres referenda, con más de un 94% de votos favorables. El gran jurista italiano Ugo Mattei califica la situación así creada como un verdadero momento constituyente.
¡Se ha votado! Parece increíble pero hemos conseguido hacer que el pueblo soberano se pronuncie sobre cuestiones fundamentales para nuestro futuro, sin la mediación de los partidos ni de las burocracias políticas. Hemos conseguido abrir un debate serio en el país, impulsar instrumentos de acción política y proponer un lenguaje nuevo, el de los bienes comunes, que ha abandonado el reducido terreno de quienes se dedican al tema.
No es una meta nueva, ni era descontado que pudiéramos alcanzarla. Una votación popular que revierta el rumbo de un modelo de desarrollo fundado en la ideología de la privatización y en la primacía creciente del interés privado sobre el ´publico, no puede sino molestar a muchos. Desde el punto de vista político, podría suponer una ruptura y abrir incluso una fase constituyente capaz de superar en Italia el bloqueo de un pensamiento único que ha paralizado toda posibilidad de salida alternativa a la crisis. Por lo pronto, hemos conseguido frenar el enloquecido festín nuclear que se avecinaba cuando, hace poco más de un año, se confirmaban los acuerdos italo-franceses entre Edison y Edf. Un auténtico pactum sceleris que los periódicos presentaron sin pudor como un paso hacia la modernización.
A Cofindustria se le hacía agua la boca pensando en las jugosas transferencias de recursos del sector público al privado. Ahora, se revuelve nerviosa porque ve esfumarse también el negocio del agua, de los transportes y de la basura. En realidad, si ganamos los referendos, deberíamos organizar la gestión del agua de manera coherente con su naturaleza de bien común, es decir, encomendando su gestión a un sector público reestructurado y democrático a partir de una lógica ecológica y de largo plazo. Tendremos que encontrar las inversiones para una gran intervención pública en el territorio que permita reconfigurar las infraestructuras y prevenir su degradación. Habrá que crear también puestos de trabajo de calidad como los que, hace casi un siglo, tenían los guardavías antes que la Asociación Nacional de Acción Social se convirtiera en una agencia de gestión de concesiones administrativas.
¿No deberían los capitales privados invertir a largo plazo? ¿No deberían las concesiones ser transparentes y meritocráticas? ¿Cómo es posible que no haya dinero público para una reconversión ecológica de nuestro modelo de desarrollo cuando se destinan unos 200 millones de euros al mes para perpetrar masacres civiles en Libia y Afganistán, incumpliendo de manera brutal la Constitución?
Plantear estas preguntas no ha sido sencillo. El gobierno tuvo el descaro de incluir en la exposición de motivos del decreto Ronchi la gran mentira según la cual la cesión al sector privado del servicio hídrico y de los servicios de interés económico general (transportes y recolección de residuos) sería obligatoria según el derecho europeo y, por tanto, no susceptible de ser sometida a referéndum. Este argumento ha sido el mantra repetido por nuestros opositores (bipartidistas) mientras recogíamos millones de firmas e iniciábamos un gran proceso desde debajo de alfabetización hídrica, ecológica e institucional que, por sí mismo, ha hecho de Italia un sitio mejor. Luego, la Corte constitucional acogió con una mayoría de dos tercios nuestra iniciativa refrendaria, desautorizando al gobierno, dejando claro los límites culturales de los planteamientos de la Abogacía del Estado y reconociendo la importancia incluso en términos jurídicos de la noción de bienes comunes (poco después de que la noción fuera acogida y desarrollada incluso por el Tribunal de Casación)
A partir de aquel momento, el gobierno debería haber asumido su papel de "administración" en respeto de la Constitución. Lejos de hacerlo, sin embargo, dilapidó 350 millones de euros –el mismo dinero público imposible de destinar a la reparación de los acueductos- para combatir los referendos. De inmediato presentamos un recurso contra esta vergüenza, pero ni el Tribunal Administrativo Regional de Lazio ni la Corte Constitucional tuvieron el valor de oponerse. El 4 de abril estalló la cuestión de la par condicio [sobre la igualdad en el acceso a los medios de comunicación N.d.T.] que convirtió en tabú la discusión sobre los bienes comunes, mientras la mayoría política se hacía con la Comisión de Vigilancia con el objeto de impedir que se aprobasen los decretos necesarios para asignar espacios a los promotores de los referendos.
En un momento en que la terrible tragedia de Fukushima vuelve imposible no hablar de la cuestión nuclear, el gobierno, como un niño cogido por su madre con las manos en un bote de mermelada, marcó un gol en propia puerta y dio un espaldarazo al referéndum. Con el tacto jurídico de una mayoría que a fuerza de despreciar la legalidad no sabe cómo utilizarla, el decreto ómnibus intentó frenar la votación sobre las nucleares. Durante unas semanas, la confusión generada en la opinión pública fue total. Sin embargo, la torpeza y vulgaridad de este golpe de último minuto acabó por activar en el cuerpo electoral los anticuerpos de la indignación. Nuestra energía se multiplicó y se sumaron apoyos hasta entonces impensables. El vínculo cultural entre la cuestión de la energía nuclear y la del agua, puesta de manifiesto en las reflexiones sobre los bienes comunes, hizo crecer el espesor político de nuestros análisis, así como el significado de los referendos. Mientras tanto, el mundo católico, movilizado por ese gran exponente de la visión política a largo plazo que es Alex Zanotelli, entraba también en campaña. En este escenario, los referendos, con sus redes integradas por decenas de miles de activistas en buena parte ajenos a los partidos, aparecen como la expresión italiana de las primaveras árabes y de los indignados españoles. En pocas horas sabremos si la mayoría del pueblo italiano comparte nuestro intento de conferir fuerza política constituyente al replanteamiento de las relaciones entre lo público y lo privado a través de los referendos abrogativos a favor de los bienes comunes. En caso afirmativo, la codicia por el oro azul habrá reducido a papel mojado, al menos en Italia, la tesis del fin de la historia y el pensamiento único.
Ugo Mattei (Turín, 1961) es catedrático de derecho internacional y comparado en la Facultad de Derecho(Hastings College of Law), de la University of California, y de derecho civil en la Facultad de Jurisprudencia de la Università degli Studi de Turín. Civilista europeo de vivísimo ingenio –del temple de sus dos grandes maestros, Rodolfo Sacco y Rudolf Schlesinger—, rojo impenitente, trabajador infatigable, académico de libro, common lawyer a la anglosajona y abogado de todo género de causas, cruza el Océano Atlántico al menos dos veces al año para impartir sus clases, un semestre en San Francisco y otro en Turín. La editorial italiana Il Mulino acaba de publicar su libro: Invertire la rotta. Idee per una riforma della proprietà pubblica [Invertir el rumbo. Ideas para una reforma de la propiedad pública], coescrito con Edoardo Reviglio y Stefano Rodotà.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Berlusconi: "MILÃO SE CONVERTERÁ EM UMA CIDADE ISLÂMICA"
Berlusconi pierde Milán y Nápoles
'Il Cavaliere' ha perdido la capital económica de Italia, donde la izquierda ha obtenido un 55,14% de los votos | Nápoles también da un vuelco
Roma (Europa Press).- El primer ministro italiano, Silvio Berlusconi, y su partido Pueblo de la Libertad (PDL) han perdido la alcaldía de Milán en segunda vuelta, según los datos aportados por el Ministerio del Interior italiano sobre más del 50% de los votos escrutados en las elecciones municipales y provinciales celebradas este domingo y lunes. A esta segunda vuelta estaban llamados a las urnas más de seis millones de italianos, que han tenido que elegir un total de 88 ayuntamientos, de los cuales trece son capitales de provincia, entre las que destacan Milán y Nápoles.También se han votado seis presidencias de región. El candidato del centro izquierda, Giuliano Pisapia, ha vencido en la alcaldía de Milán con un 55,4% de los votos frente al 44,8% obtenidos por su opositora del centro derecha, Letizia Moratti, cuando se han contado los votos de 1.195 de los 1.251 colegios electorales donde los milaneses han sido llamados a las urnas. Berlusconi pierde así definitivamente la ciudad que se ha considerado como el bastión del centro derecha y de donde además es originario.
El centro izquierda gobernará así el Ayuntamiento de Milán, ocupado por el centro derecha en los últimos 20 años. Sin embargo, Milán no ha sido la única ciudad que ha perdido el partido de Berlusconi. El PDL tampoco ha logrado la alcaldía de Nápoles, donde el candidato del centro derecha, Gianni Lettieri, ha perdido con un 34,8% de los votos, frente al 65,19% del candidato del centro-izquierda, Luigi de Magistris, cuando se han escrutado un total de 750 de 886 colegios electorales. Además, el PDL ha perdido también en el Ayuntamiento de Cagliari (sur), donde el candidato del centro izquierda, Massimo Zedda, ha conseguido el 58,2% de los votos escrutados frente al 41,7% que ha conseguido Massimo Fantola, candidato del PDL para las elecciones municipales. También en la ciudad de Trieste, el Partido Democrático, con su candidato Roberto Cosolini, ha conseguido un total del 57,11% de los votos, mientras que el candidato del PDL, Roberto Antonione, ha obtenido tan sólo un 42,89%.
El 'Cavaliere' había previsto estas elecciones como una especie de referéndum sobre su Gobierno, después de que su imagen política se debilitara ante los cuatro procesos interpuestos por el Tribunal de Milán contra el mandatario. Berlusconi tiene abiertos cuatro causas: el proceso Mediaset y Mediatrade por fraude fiscal, el juicio Mills por sobornar al abogado David Mills para que testificara a su favor en otro juicio, y el 'caso Ruby' por prostitución de menores y abuso de poder, el cual sacó a la luz las fiestas que el mandatario celebra en sus villas con supuestas prostitutas.
Bondi dimite
Las reacciones a esta derrota no se han hecho esperar. El Ministro de Bienes Culturales, Sandro Bondi, ha decidido dimitir de su cargo de coordinador nacional del PDL, aunque ha asegurado que "el presidente Berlusconi debe recibir la más amplia confianza y solidaridad" y sobre todo "la absoluta e incondicional libertad de decisión y de iniciativa respecto al futuro del partido".
Asimismo, esta nueva derrota podría provocar que el partido aliado del PDL en el Gobierno, la Liga Norte, retire definitivamente su apoyo al mandatario y cree una crisis que obligue a Berlusconi a dimitir. En este sentido, el líder de la Liga, Umberto Bossi, llegó a afirmar que habían perdido Milán en primera vuelta "por culpa del PDL". Por ello, Berlusconi ha tratado de acercarse con los votantes de la Liga Norte y llegó a asegurar que si Pisapia gobernaba en Milán, la ciudad se convertiría "en una ciudad islámica". Según dijo la semana pasada, su Ejecutivo "continuará" y se mantendrá "sólido", a pesar de la derrota clamorosa en Milán y Nápoles.
La Vanguardia
sábado, 7 de maio de 2011
Uma passarela eclesiástica
Ivan Lessa
Colunista da BBC Brasil
Fellini sabia das coisas. Em uma de suas muitas obras-primas, Roma, de 1972, um retrato da cidade, metade documentário, metade lembranças autobiográficas, o esplêndido cineasta italiano conseguiu encaixar uma sequência inteira surrealista, sempre com o acompanhamento musical de seu genial parceiro, Nino Rota, que, na época, além de gerar controvérsia, chegou a ser proibida em certos países, quase que juro.
Se eu fosse um poltrão, diria que a vida imita a arte. No que paro, penso e digito: a vida imita a arte. Se não, vejamos.
Na ilha vulcânica de Pantelleria, na mesmíssima Sicília machona que deu ao mundo a Máfia, teve lugar, nesta segunda-feira que passou, aquilo que muitos chamaram, há quatro décadas, de delírio felliniano. À beira do Mediterrâneo, realizou-se um exercício para o desfile de modas eclesiásticas, graças ao espírito de vanguarda do bispo Domenico Mogavero, de 64 anos, e à visão ímpar do estilista Giorgio Armani, que possui na ilha uma luxuosa residência digna de sua grife.
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Domenico Mogavero |
Depreende-se, agora, que o lance de estilo acaba de ser reconhecido pela Igreja Católica como uma espécie de via crucis rumo às passarelas do mundo inteiro, objetivando, é de se supor, atingir todo o clero mundial. Uma espécie de Nike com sacristão, turíbulo, vela e todo o resto dos apetrechos católicos.
Um detalhe importante: a congregação siciliana, se não deu suspiros e gritinhos ou bateu palmas e tirou fotos com seus celulares, achou o máximo a vestimenta do bispo Mogavero, que há quatro anos exerce o sacerdócio para toda a região de Mazzara del Vallo.
O sacerdote modelo usou, para a ocasião mais que avant-garde, uma túnica de seda verde, decorada com os símbolos dos produtos que faziam (isso vai mudar) o nome da ilhota: vinhas, trigo, conchas e estrelas-do-mar. Tudo sob a sagaz orientação de Armani.
O bispo Mogavero declarou à paróquia e à imprensa que o fato, lato senso, não tinha nada a ver com uma tentativa de trazer grifes à Igreja ou aceder à prática da moda e seus estilistas. Segundo ele, a coisa era mais simples: “usar algo belo para louvar Deus”.
E, como se dando entrevista para uma revista do gênero que ele nega estar seguindo, prosseguiu: “as vestes são do melhor bom gosto possível, feitas de um tipo de seda das mais sóbrias e dão uma ideia da solenidade da ocasião.” A ocasião, no caso, era a inauguração de uma nova igreja local.
Giorgio Armani, menos acessível aos jornalistas do que o bispo Mogavero, nada teve a acrescentar a não ser lembrar que há 37 anos vinha passando temporadas anuais na região, tendo por isso lá decidido construir seu palacete, igualmente, tudo indica, do maior bom gosto possível.
Um jornal italiano lembrou o fato de que o bispo era um livre-pensador em matérias sacras e que, em ocasiões anteriores, conclamara o primeiro-ministro Silvio Berlusconi a renunciar diante de suas sucessivas incursões em escândalos sexuais e que admoestara os sicilianos no sentido de que deveriam mostrar mais tolerância para com seus irmãos imigrantes, em geral tunisianos, cujo berço, a Tunísia, fica logo ali adiante do outro lado do Mediterrâneo, bem mais perto da Sicília do que do continente italiano.
Carecem de fundamento os boatos de que, à maneira de Clóvis Bornay, Evandro de Castro Lima e outras lendárias figuras de nosso nada sacro Carnaval dos bons tempos, o bispo ou membros de sua congregação estejam pensando em batizar as novas vestimentas como “Catedral Submersa”, “Sinfonia Vulcânica” ou coisa parecida.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Partido de Berlusconi quer abolir proibição do fascismo na Itália
O partido italiano Povo da Liberdade (PDL), legenda do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, apresentou ao Senado da Itália um projeto de lei que busca revogar a proibição do fascismo no país. A proposta do PDL, submetida ao Senado no dia 29 de março, só nesta terça-feira vazou à classe política italiana, provocando grande polêmica entre a oposição, que se mostrou surpresa e espantada com a iniciativa.
O projeto de lei apresentado, segundo a imprensa italiana, é intitulado "Derrogação da 12ª disposição transitória e final da Constituição", em referência à parte da Carta Magna de 1948 que indica que fica "proibida a reorganização, sob qualquer forma, do dissolvido Partido Fascista". Na primeira vez em que esta disposição transitória foi discutida na Justiça, aprovou-se também em 1952 a chamada Lei Scelba, que tipificava o crime de "apologia ao fascismo".
"Acho muito grave e ofensivo para a história do país e da República e para nossa democracia que o PDL queira abolir, através de um projeto de lei, o crime de apologia ao fascismo", comentou nesta terça-feira à imprensa a presidente da legenda opositora Partido Democrata no Senado, Anna Finocchiaro. "Seria o enésimo pequeno detalhe proposital, sistemático, mas muito significativo que o PDL estaria usando para destruir os pilares de nossa Constituição. Pedimos que esta proposta seja retirada imediatamente", exclamou a líder opositora.
Seu companheiro de partido e vice-presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Roberto Zaccaria, definiu a proposta do partido de Berlusconi como um "ato de provocação insuportável". O projeto conta com o apoio de um senador do partido do presidente da Câmara Baixa, Gianfranco Fini - ex-aliado de Berlusconi.
Fonte: Terra
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
BERLUSCONI TEME POR SEU SÓCIO KHADAFI
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Berlusconi & Khadafi, por Matteo Bertelli |
No parece una casualidad que en la plaza Tahrir de El Cairo algunos jóvenes cantaran, una vez que OSN Mubarak tiró la cuchara, "no nos iremos de aquí si Gadafi y Berlusconi no dimiten también". Muchos norteafricanos saben que el régimen del dictador libio tiene en la Italia de Silvio Berlusconi a su gran aliado occidental y a un socio comercial privilegiado. Desde que hace dos años Il Cavaliere y el Coronel firmaron el Tratado de Amistad, Asociación y Cooperación, los negocios bilaterales superan ya los 40.000 millones de euros anuales y alcanzan todos los sectores cruciales, de la energía a la banca o la construcción y sin faltar los acuerdos militares y de inteligencia. Todo ello bajo el signo del bunga bunga, el rito erótico de triste fama que, según Berlusconi, le enseñó Gadafi durante alguno de sus coloristas y frecuentes encuentros.
El suministro de gas libio es vital para Italia, y en menor medida para España, Alemania y Francia, y la primera alarma ha saltado hoy porque un grupo de opositores al régimen de Gadafi, llamado 17 de febrero (la fecha en la que prendió la mecha de los disturbios), ha colgado en su página web un mensaje que advierte a la Unión Europea, y "en particular a Italia" lo siguiente: "La gente de Nalut recuerda que forma parte de un pueblo libio libre, y tras vuestro silencio sobre las matanzas realizadas por Gadafi, ha decidido que interrumpirá desde la fuente el flujo de gas libio hacia vuestros países, cerrando el yacimiento de Al Wafa que lleva el gas hacia Italia y el norte de Europa pasando por el Mediterráneo".
ENI, la empresa de energía italiana, ha confirmado hoy que anoche ha cerrado el gasoducto Greenstream por una "cuestión de procedimiento" ante los disturbios, pero ha asegurado de que Italia tiene reservas suficientes para afrontar el final del invierno.
Negocios multimillonarios
Además del gas, son el petróleo y las gigantescas reservas de petrodólares las grandes armas que Gadafi ha empleado para seducir a Silvio Berlusconi, que en los últimos dos años se ha convertido en el principal paladín del regreso del coronel a la escena internacional.
Ambos países desarrollan en este momento un gran número de negocios millonarios, envueltos en un gigantesco conflicto de intereses entre lo público y lo privado, entre la alta política poscolonial y la diplomacia de los negocios personales y estatales.
Muchas de las empresas que cotizan en la Bolsa de Milán están resentidas por tan cercana relación. Esta mañana, ese parqué ha suspendido las cotizaciones aduciendo problemas técnicos. El organismo regulador del mercado así como los operadores bursátiles han pedido explicaciones por la supuesta avería. Estos últimos sospechan que la suspensión ha sido una manera de evitar que las compañías cotizantes con intereses en Libia siguieran cayendo.
La tarea de legitimación del otrora "perro libio" (Ronald Reagan) ha sido dura y fatigosa, a ratos bochornosa. Y hoy se ha convertido en la gran obsesión del Gobierno italiano, que ha reaccionado a la salvaje represión del régimen amigo con lentitud, tibieza y ambigüedad juzgadas como "intolerables" por la oposición, que ayer acusó a Berlusconi de haber humillado la dignidad italiana al comprometerse con un régimen autoritario y criminal.
Roma teme que el caos paralice o acabe con los numerosos acuerdos firmados con el dictador libio. Hay en juego autopistas, fútbol, helicópteros, radar, trenes, televisiones, bancos, coches, incluso un hotel de lujo en el centro de Trípoli.
Desde que hace dos años, el 30 de agosto de 2008, Libia e Italia firmaron en Bengasi el tratado que cerraba un largo y tenso contencioso colonial, con solemnes peticiones de perdón de Il Cavaliere al Coronel incluidas, Libia se ha convertido en uno de los escenarios favoritos de inversión de las grandes empresas italianas. Y viceversa, Gadafi ha inyectado grandes cantidades de dinero líquido en empresas italianas siguiendo los consejos de Berlusconi.
Todo ello, con la inmigración clandestina y los derechos humanos como sangrante telón de fondo: el acuerdo permitía a Italia y a la UE a devolver a Libia en masa a los inmigrantes africanos capturados en sus aguas incumpliendo las leyes internacionales que protegen a los peticionarios de asilo. Las denuncias de torturas, extorsiones y malos tratos a los inmigrantes en Libia son continuas.
Negociador pirata
Según los cables de Wikileaks, la diplomacia estadounidense cree que Gadafi, al que define como un "negociador pirata", tiene también intereses en el tráfico de personas y la mafia de la emigración clandestina.
La relación entre Gadafi y Berlusconi ha merecido hasta ocho visitas del jefe de Gobierno italiano a Libia, y cuatro devoluciones de la cortesía por parte del Rais libio. En la primera de ellas, julio de 2009, Berlusconi tuvo un repentino dolor de espalda que le impedía moverse. Gadafi advirtió desde su avión que si Berlusconi no le iba a recibir al aeropuerto no aterrizaba. Según los cables secretos, Berlusconi se tuvo que inyectar dos calmantes para poder acudir, y en el aeropuerto estuvo a punto de desmayarse.
Pero quizá el momento más comprometedor fue cuando Berlusconi besó la mano del Coronel durante una exhibición ecuestre celebrada en el cuartel de carabineros de Roma, en 2010. Aquella vez, el líder libio amenazó a la Unión Europea con no bloquear los desembarcos de emigrantes africanos desde sus costas si Bruselas no sufragaba los gastos. "Libia, con el apoyo de Italia, exige a Europa al menos 5.000 millones de euros anuales", dijo Gadafi. "Es en interés de Europa, porque si no, mañana, el avance de inmigrantes podría convertirla en África, en un nuevo continente negro".
Esa visita, que conmemoraba el aniversario del Tratado, indignó también a los católicos y las mujeres italianas porque Gadafi ofreció dos prédicas del Islam a 500 azafatas pagadas. "Con el tratado de amistad hemos cerrado una herida del pasado", replicó a las críticas el primer ministro italiano, "y todo el mundo debería alegrarse de esta visita. El que no lo haga", añadió Berlusconi, "pertenece al pasado".
Cine con Ben Ammar, banca con la Liga del Norte
El artífice de la reconciliación entre Trípoli y Roma fue, curiosamente, un empresario franco-tunecino: el magnate y financiero Tarak ben Ammar, productor de cine y televisión, amigo de Berlusconi y de Gadafi, y socio de ambos en la productora y distribuidora Quinta Communications, fundada en 1990 por Ben Ammar.
La compañía libia Lafitrade tiene el 10% de Quinta Communications, mientras la principal sociedad financiera de Il Cavaliere, Fininvest, posee, tras un aumento de capital realizado en 2009, cerca del 22%. Hace dos años, Quinta Communications y Mediaset adquirieron cada una el 25% de la nueva televisión tunecina Nessma TV.
Los intercambios entre Italia y Libia se han disparado en los últimos meses. En junio, Gadafi prometió prioridad a las empresas italianas sobre las de los demás países. Y esa prioridad parece mutua: el dictador libio es el primer accionista, con el 7,5%, de Unicredit, el mayor banco italiano, después de que la Libian Investment Authority adquiriera el 2,59% del capital en septiembre pasado (el restante porcentaje estaba en manos del Banco Central libio).
La escalada libia sobre Unicredit coincidió con la dimisión del consejero delegado Alessandro Profumo, y creó gran inquietud entre los analistas porque superaba la cuota legal del 5%. La operación se interpretó como una cesión de Berlusconi a Gadafi y, paradójicamente, como un favor a la xenófoba Liga del Norte, su socio en el Gobierno, que con la anuencia del capital libio aumentó su poder de decisión en el banco. Mediobanca, en cuyo consejo se sienta Marina Berlusconi, hija del primer ministro italiano, controla el 5,14% de Unicredit.
Los intereses más importantes llevan el sello de ENI, el gigante energético italiano, que realizará inversiones los próximos 20 años en Libia por valor de 18.200 millones de euros. Las dos mayores constructoras italianas, Astaldi e Impregilo, firmaron además contratos por 5.000 millones de euros para construir la autopista que unirá Trípoli con Egipto, un viejo sueño del panarabista Gadafi. La sociedad estatal aeroespacial Finmeccanica se hizo con un millonario contrato para desplegar radares en el desierto libio que ayuden a controlar la inmigración. Libia ha adquirido recientemente el 2% de Finmeccanica. Además, el dictador libio es dueño hace años del 7,5% de la Juventus, el equipo de la FIAT.
Curiosamente, Berlusconi y Gadafi han seguido cerrando tratos hasta la última semana, cuando Roma permitió a Gazprom acceder al negocio del crudo libio, con la venta de ENI a su homóloga rusa de una cuota del 33% en el importante pozo petrolífero Elephant, situado 800 kilómetros al sur de Trípoli.
La preocupación no es poca. Berlusconi ha anunciado esta mañana que intentará llamar a Gadafi en el transcurso del día para decirle que "ya basta de tanta sangre". La incógnita es si habrá alguien al otro lado de la línea que le responda.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Juízas julgam Berlusconi
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Enquanto isso Berlusconi desfila em Düsseldorf |
O caso começou com mulheres e vai continuar com mulheres, mas agora no tribunal. O coletivo de juízes que vai julgar Sílvio Berlusconi por alegado delito de prostituição infantil e abuso de poder é composto apenas por magistradas.
Muitos analistas rejeitam a morte política do primeiro-ministro italiano. Como em casos anteriores, Il Cavalieri tem o apoio dos aliados. “A fúria do tribunal contra Berlusconi é evidente. Mas se alguns juízes pensam que isto vai enfraquecer a ação do governo, estão muito enganados”, diz Federico Bricolo, senador da Liga do Norte.
Berlusconi não tem intenções de se demitir e o processo pode demorar vários anos. O chefe de governo é acusado de ter pago à dançarina “ruby” para ter sexo e depois terá usado a influência do cargo para libertá-la quando estava detida por alegado furto.
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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
"BUNGA BUNGA"
Berlusconi enfrenta investigação por caso de dançarina jovem
Por Emilio ParodiMILÃO (Reuters) - O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, enfrenta uma investigação sobre prostituição em Milão, envolvendo uma dançarina de boate, menor de idade, que compareceu a festas na residência particular do premiê, disseram promotores na sexta-feira.
Um dia depois de a corte constitucional da Itália ter parcialmente derrubado uma lei que garantia a Berlusconi imunidade total contra processos judiciais, o anúncio representa uma dor de cabeça adicional para o premiê, que luta para escorar seu governo combalido e que já enfrenta acusações por fraude e corrupção.
Os magistrados estudam se Berlusconi interveio de maneira inapropriada com a polícia para garantir a soltura de Karima El Mahroug, de 17 anos, que usa o codinome profissional de Ruby, depois de ela ser presa por acusação de furto.
A investigação também cobre alegações de prostituição de menores de idade. Na Itália, a idade legal mínima para a prática de sexo consensual é 14 anos, mas explorar ou propiciar a prostituição de menores de 18 anos é crime.
Os promotores disseram em comunicado à imprensa que estão investigando crimes que teriam sido cometidos entre fevereiro e maio de 2010, quando a garota tinha 17 anos de idade, e revelaram que enviaram intimações a Berlusconi e seus advogados.
O advogado do premiê, Niccolo Ghedini, divulgou comunicado tachando a investigação de "absurda e sem fundamento" e disse que as alegações já foram desmentidas por testemunhas e pelas partes diretamente envolvidas.
O caso de "Ruby" provocou uma tempestade de reações na mídia internacional no ano passado e levou a expressão "bunga bunga" - um termo empregado pela moça para descrever festas sexuais - a virar parte do vocabulário italiano.
"Ruby" contou aos jornais que recebeu 7.000 euros para participar de uma festa na residência de Berlusconi nas proximidades de Milão, mas negou ter tido relações sexuais com ele.
Desde seu retorno ao poder em 2008, Berlusconi já superou uma série de escândalos sexuais envolvendo prostitutas e mulheres jovens. Ele admitiu conhecer Ruby e ter feito um telefonema à polícia em benefício dela.
Mas ele afirma que apenas ofereceu a assistência que seria normal a uma pessoa necessitada. Ele negou ter usado influência indevida ou ter pressionado a polícia para que soltasse a moça.
Berlusconi começou a ser investigado no mês passado, mas a investigação só veio a público na sexta-feira.
Os crescentes problemas judiciais do premiê de 74 anos vêm motivando especulações de que seu governo, que acaba de sobreviver a um voto de confiança no Parlamento, no mês passado, pode estar perto de cair, o que levaria à realização de eleições antecipadas na Itália.
Na sexta-feira Berlusconi disse a um programa de jornalismo na TV que a decisão da corte constitucional não vai afetar seu governo e rejeitou as especulações de que ela aumente as chances de eleições antecipadas.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Prefeito italiano abre porta para refugiados e revitaliza vilarejo
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RIACE |
Lucy Ash
Da BBC News
O prefeito de uma pequena cidade italiana criou um programa que não apenas está impedindo o êxodo em massa que ameaçava o futuro do vilarejo como também vem gerando empregos e oferecendo uma resposta para o problema dos refugiados que desembarcam constantemente nas praias italianas.
Em janeiro de 2010, dezenas de manifestantes e policiais ficaram feridos na cidade de Rosarno, próxima de Riace, após um grupo de jovens brancos ter disparado rifles de ar contra africanos que trabalhavam em um campo no local.
Em Riace, no entanto, imigrantes são mais do que bem-vindos: eles são incentivados a ir morar na cidade e participar do esquema que o prefeito Domenico Lucano criou para eles.
Círculo Virtuoso
Mais de 200 refugiados de doze países africanos trabalham e vivem na cidade junto aos moradores locais.
Várias casas, abandonadas durante décadas, hoje funcionam como ateliês de artesanato ou moradias para os refugiados.
A escola local foi reaberta e hoje é frequentada pelos filhos dos refugiados.
As vozes das crianças ecoam na praça e entre as paredes e os arcos medievais da cidade. O som vem do belo Palazzo Pinnaro, reformado recentemente.
Na sala de aula, meninos e meninas da Somália, Albânia, Iraque e outros países recitam um poema italiano. Algumas tropeçam nas palavras, outras já estão fluentes.
Domenico Lucano, ex-professor escolar, disse que as crianças são rápidas. "Em cinco ou seis meses já ficam fluentes", disse o prefeito, que, como candidato de uma coalizão cívica - sem ligações com partidos -, foi eleito pela primeira vez em 2004 e reeleito em 2009.
"Eles me deixam orgulhoso e me dão esperança de que esse lugar tenha um futuro. Em 2000, nossa escola foi fechada porque tínhamos tão poucos alunos. Hoje ela está florescendo".
Lucano vem atraindo atenção internacional. Recentemente, alcançou o terceiro lugar em uma competição que elegeu o melhor prefeito do mundo.
Hoje ele chama sua cidade de Citta Futura - ou Cidade do Futuro.
E conta que tudo começou há 12 anos, quando ele - na época professor - viu um grupo de refugiados curdos desembarcando na praia próxima da cidade.
No início, Lucano ajudou a arranjar abrigo para eles. Seis anos mais tarde, quando foi eleito prefeito, pôde fazer mais pelos refugiados e pelo vilarejo que vinha sendo aos poucos abandonado.
"Isto aqui era uma cidade fantasma quando aquele barco chegou", diz o prefeito.
Vidas Transformadas
Em uma casa em uma ruela estreita, uma jovem chamada Lubaba fabrica ornamentos de vidro.
Separada de seus pais no conflito entre a Etiópia e a Eritreia, ela sofreu abuso quando trabalhava como empregada em Addis Abeba e acabou fugindo para a Itália.
Lubaba chegou grávida em um pequeno barco que carregava 250 pessoas. "A viagem foi horrível. Estávamos amassados como sardinhas e o mar estava revolto. Eu tinha muita sede mas não havia nada para beber".
Hoje, ela diz, sua vida foi transformada.
O programa criado por Lucano também impediu que moradores locais deixassem o vilarejo.
Sentada do outro lado da mesa, a italiana Irene também trabalha com vidro. Ela conta que a maioria dos seus amigos e parentes seguiu para o norte à procura de empregos.
Ela, no entanto, conseguiu um trabalho de meio-período na oficina de vidro e na loja onde os produtos são vendidos aos turistas.
Irena é uma entre 13 habitantes de Riace que recebem um salário de 700 euros por mês graças ao programa de integração.
O governo italiano paga cerca de 20 euros por dia para cada refugiado. O dinheiro cobre acomodação, alimento, despesas médicas, treinamento profissional e educação para as crianças.
Lucano argumenta que, nesses tempos de crise, o governo está fazendo um ótimo negócio. O prefeito calcula que seu programa custe quase quatro vezes mais barato do que manter refugiados em centros de detenção.
'Intimidação'
Mas nem todos aprovam o projeto do prefeito.
Lucano aponta para dois buracos feitos por tiros de revólver em uma porta de vidro.
Segundo ele, são evidências de intimidação por parte da máfia calabresa, a poderosa Ndrangheta.
O prefeito diz que a máfia não gosta do modelo de integração criado por ele porque o programa funciona e coloca em cheque o controle da organização sobre a região.
"Não vamos ser intimidados", ele diz. "Há muitas coisas em jogo".
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
O caso Battisti
A polêmica envolvendo a extradição de Cesare Battisti se resume a velho refrão: antipetismo e antiesquerdismo. Battisti foi condenado à revelia, sem qualquer prova técnica ou pericial, exclusivamente com base nos depoimentos de uma testemunha interesseira, Pietro Mutti, envolvido nos fatos, que o acusou para ser beneficiado pelos mecanismos da delação premiada. Battisti viveu anos livre na França, durante os governos de François Mitterrand, onde trabalhou, casou-se e teve duas filhas. A Itália não se revoltou contra essa situação nem usou o tom agressivo que dedicou ao Brasil. Quando a direita chegou ao poder na França, reviu o refúgio concedido a ele pelos socialistas. Battisti acabou fugindo para o Brasil. Síntese da ópera: em qualquer lugar, a esquerda dá asilo a quem foi condenado por crimes políticos em defesa de utopias de esquerda. A direita faz o mesmo com os seus. A França de esquerda protegeu Battisti. Já a França de direita, o perseguiu.
O governo italiano atual, de direita, quer trancafiá-lo. Vai oferecer-lhe um novo julgamento? Não. Os críticos de Tarso Genro dizem que, por ideologia, ele entregou os atletas cubanos e, por ideologia, teria decidido não entregar Battisti. Esses mesmos críticos, por ideologia, entregariam Battisti e, por ideologia, não entregariam os cubanos. Tarso Genro afirma que os cubanos não queriam ficar. Outra leitura é possível: o governo brasileiro errou no caso dos cubanos e está acertando no caso do Battisti. Alguns dizem que é preciso pensar nas vítimas. Nunca os vejo manifestar preocupação, por exemplo, com as vítimas do terrorismo de Estado de Israel. Não me venham com a conversa do antissemitismo. Israel tem todo o direito de existir e defender-se, mas não tem o direito de extrapolar na forma da sua defesa, nem de manter os palestinos numa prisão a céu aberto.
Battisti é defendido na França até por intelectuais não esquerdistas como Bernard-Henri Lévy, que conhece o processo como poucos. A direita gaúcha sonha em repetir com Tarso Genro o que fez com Olívio Dutra. A direita brasileira sonha que Dilma Rousseff adote posturas mais à esquerda para poder acusá-la de esquerdismo, chavismo, intransigência, fundamentalismos e outros clichês típicos do radicalismo e da intransigência xiita da direita que a caracterizaram quando tinha o "monopólio da fala" na mídia. A grande arte de Lula foi não ter dado espaço para a aplicação desses rótulos fáceis. A direita é astuta. Condenava o PT por não fazer alianças. Depois, passou a condená-lo por fazer alianças. Battisti é um inocente útil no desejo ideológico de alguns de atingir o petismo.
Organismos internacionais de Direitos Humanos cobram do Brasil atitudes em relação aos crimes da ditadura militar. Não vejo os defensores da extradição de Battisti clamando pela punição dos torturadores do regime de 1964 que passeiam pelas nossas ruas. O Supremo Tribunal Federal nada mais tem a dizer no caso Battisti. Já votou e entregou a decisão final ao presidente Lula. Cabe-lhe agora emitir o alvará de soltura e ir trabalhar mais.
Juremir Machado da Silva | juremir@correiodopovo.com.br
Correio do Povo
O governo italiano atual, de direita, quer trancafiá-lo. Vai oferecer-lhe um novo julgamento? Não. Os críticos de Tarso Genro dizem que, por ideologia, ele entregou os atletas cubanos e, por ideologia, teria decidido não entregar Battisti. Esses mesmos críticos, por ideologia, entregariam Battisti e, por ideologia, não entregariam os cubanos. Tarso Genro afirma que os cubanos não queriam ficar. Outra leitura é possível: o governo brasileiro errou no caso dos cubanos e está acertando no caso do Battisti. Alguns dizem que é preciso pensar nas vítimas. Nunca os vejo manifestar preocupação, por exemplo, com as vítimas do terrorismo de Estado de Israel. Não me venham com a conversa do antissemitismo. Israel tem todo o direito de existir e defender-se, mas não tem o direito de extrapolar na forma da sua defesa, nem de manter os palestinos numa prisão a céu aberto.
Battisti é defendido na França até por intelectuais não esquerdistas como Bernard-Henri Lévy, que conhece o processo como poucos. A direita gaúcha sonha em repetir com Tarso Genro o que fez com Olívio Dutra. A direita brasileira sonha que Dilma Rousseff adote posturas mais à esquerda para poder acusá-la de esquerdismo, chavismo, intransigência, fundamentalismos e outros clichês típicos do radicalismo e da intransigência xiita da direita que a caracterizaram quando tinha o "monopólio da fala" na mídia. A grande arte de Lula foi não ter dado espaço para a aplicação desses rótulos fáceis. A direita é astuta. Condenava o PT por não fazer alianças. Depois, passou a condená-lo por fazer alianças. Battisti é um inocente útil no desejo ideológico de alguns de atingir o petismo.
Organismos internacionais de Direitos Humanos cobram do Brasil atitudes em relação aos crimes da ditadura militar. Não vejo os defensores da extradição de Battisti clamando pela punição dos torturadores do regime de 1964 que passeiam pelas nossas ruas. O Supremo Tribunal Federal nada mais tem a dizer no caso Battisti. Já votou e entregou a decisão final ao presidente Lula. Cabe-lhe agora emitir o alvará de soltura e ir trabalhar mais.
Juremir Machado da Silva | juremir@correiodopovo.com.br
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