Mostrando postagens com marcador Abusos de Crianças. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Abusos de Crianças. Mostrar todas as postagens

domingo, 17 de março de 2013

A IGREJA CATÓLICA EM XEQUE


"Da minha experiência, pedofilia na verdade é uma doença. Não é uma condição criminosa, é uma doença".

Declaração do cardeal sul-africano Wilfrid Fox Napier, arcebispo de Durban, que ajudou a eleger o papa Francisco esta semana, à BBC. Para ele a pedofilia era um "distúrbio" que necessitava de tratamento.

Fonte da Imagem AQUI.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Vítimas de abuso contra Bento XVI


Vítimas de abusos sexuais praticados por padres, chateadas porque nenhum prelado de alto escalão da Igreja Católica Romana foi processado, decidiram ir ao Tribunal Penal Internacional (TPI), na Holanda, ontem, pleiteando investigação do papa Bento XVI e de cardeais por possíveis crimes contra a humanidade. 

Para o Vaticano, trata-se de um golpe publicitário "ridículo".

O Centro para os Direitos Constitucionais, uma ONG de Nova Iorque, entrou com o requerimento argumentando que a Igreja Católica manteve um "sistema longo e disseminado de violência sexual", apesar das promessas de que os predadores sexuais seriam afastados e punidos.

CP

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Juízas julgam Berlusconi

Enquanto isso Berlusconi desfila em Düsseldorf

O caso começou com mulheres e vai continuar com mulheres, mas agora no tribunal. O coletivo de juízes que vai julgar Sílvio Berlusconi por alegado delito de prostituição infantil e abuso de poder é composto apenas por magistradas.

Muitos analistas rejeitam a morte política do primeiro-ministro italiano. Como em casos anteriores, Il Cavalieri tem o apoio dos aliados. “A fúria do tribunal contra Berlusconi é evidente. Mas se alguns juízes pensam que isto vai enfraquecer a ação do governo, estão muito enganados”, diz Federico Bricolo, senador da Liga do Norte.

Berlusconi não tem intenções de se demitir e o processo pode demorar vários anos. O chefe de governo é acusado de ter pago à dançarina “ruby” para ter sexo e depois terá usado a influência do cargo para libertá-la quando estava detida por alegado furto.

Copyright © 2011 euronews

Visite Hupper, O SÁTIRO

sábado, 17 de julho de 2010

VATICANO DITA A MODA


Escândalo de pedofilia leva a primeira bispa luterana a renunciar

AFP

HAMBURGO — A alemã Maria Jepsen, de 65 anos, a primeira bispa luterana do mundo em 1992, anunciou nesta sexta-feira sua renúncia, em meio ao escândalo de pedofilia que abala diversas Igrejas.

Maria Jepsen, arcebispa de Hamburgo (norte), era criticada pela lentidão e brandura com que reagiu diante das acusações de agressões sexuais contra jovens de ambos os sexos e das quais seria culpado um pastor de Ahrensburg (Schleswig-Holstein, norte).

"Minha credibilidade está colocada em dúvida", declaró Jepsen en una coletiva de imprensa convocada em Hamburgo.

"Portanto, não estou em condições de propagar a Boa Palavra, como me comprometi diante de Deus e ante a paróquia durante minha ordenação e nomeação como bispa", acrescentou.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

FRASES


“Tudo o que posso dizer é: sinto muito. Me vejo como um simples pedófilo asqueroso que me aproveitei da situação e usei meu poder para abusar de jovens”.

John Sidney Denham, padre católico australiano, ao declarar-se culpado de assédio a crianças.

Leia mais AQUI.

sábado, 29 de maio de 2010

Palestine: sexual assault and threats

Zdzislaw Beksinski (para acessar, desbloqueie os popups da página):

[Ramallah, 18 May 2010] – On 18 May 2010, DCI-Palestine submitted 14 cases to the UN Special Rapporteur on Torture for investigation. The submission relates to the sexual assault, or threat of sexual assault, of Palestinian children at the hands of Israeli soldiers, interogators and police between January 2009 and April 2010. The ages of the children range from 13 to 16 years.

DCI-Palestine is becoming increasingly alarmed at reports contained in sworn affidavits received from children that they are being subjected to sexual assault, or threat of sexual assault, in order to obtain confessions.

DCI-Palestine has reviewed 100 sworn affidavits collected from children in 2009, and in four percent of cases, children report being sexually assaulted, whilst in 12 percent of cases, the children report being threatened with sexual assault. The sexual assault and threats of sexual assault documented by DCI-Palestine include grabbing boys by the testicles until they confess and threatening boys as young as 13 years with rape unless they confess to throwing stones at Israeli settler vehicles in the occupied West Bank. DCI-Palestine suspects that these figures may understate the extent of the problem.

In one of the cases documented by DCI-Palestine, a 15 year-old boy recalls his experience after being arrested by Israeli soldiers from his family home at 2am, in September 2009: ‘While sitting on the ground near the truck, a person speaking Arabic approached me and grabbed my hands and ordered me to stand up and accompany him. He grabbed me so violently and pulled me. He forced me to walk with him for about 20 metres and I could see from under the blindfold that we stopped behind a military jeep. He slapped me hard twice and grabbed my testicles so hard and started pressing them. Then, he asked me whether I threw stones and Molotov cocktails and I said I did not. He started shouting and saying ‘liar, your mother’s a c**t.’ He started beating me all over my body and once again he grabbed my testicles and started pressing hard. “I won’t let go of your testicles unless you confess,” he said to me. I felt so much pain and kept shouting. I had no other choice but to confess to throwing stones.’

Each year around 700 Palestinian children are arrested, interrogated and prosecuted in the Israeli military courts. The most common charge is for throwing stones. The children are interrogated in the absence of a lawyer and family members and in 2009, over 80 percent of these children provided confessions after a coercive interrogation, of which 32 percent were written in Hebrew, a language few Palestinian children understand. Following their conviction in the military courts, the majority of these children are incarcerated inside Israel in contravention of Article 76 of the Fourth Geneva Convention.

DCI-Palestine is requesting that the Special Rapporteur investigates these and other reports relating to the apparent widespread and systematic ill-treatment of Palestinian children by Israeli authorities in the Occupied Palestinian Territory and to publish the findings.

For further information please see DCI-Palestine's latest report on Palestinian child prisoners.

MECA

sábado, 8 de maio de 2010

El Papa no para de aceptar renuncias por casos de abuso sexual


Benedicto XVI aceptó la renuncia del obispo de la ciudad alemana Augsburgo, Walter Mixa, acusado de abusar de un niño y malversar fondos. La decisión del Papa fue adoptada un día después de que la Justicia informó que se iniciaron investigaciones preliminares por presunto abuso sexual contra un menor por parte del obispo, consignó la agencia alemana DPA.

Página/12

La decisión del Papa fue adoptada un día después de que la Justicia informó que se iniciaron investigaciones preliminares por presunto abuso sexual contra un menor por parte del obispo, consignó la agencia alemana DPA.

Mixa, que se encuentra según la prensa en una clínica suiza de tratamiento de adicciones por una supuesta adicción al alcohol, negó los cargos de abuso sexual a través de su abogado y ofreció su colaboración a la Justicia.

El obispo solicitó al Pontífice, el 21 de abril, ser separado del cargo después de que durante semanas se multiplicaron las denuncias de que, cuando fue párroco de la ciudad de Schrobenhausen (1975- 1996), tenía la costumbre de golpear brutalmente a niños y jóvenes internados en el hogar que estaba a su cargo.

En un primer momento el obispo negó las acusaciones y aseguró "desde lo más puro de su corazón" que nunca había sido violento con los jóvenes o niños, pero luego admitió que había dado golpes y pidió perdón por todos los errores que pudo haber cometido.

Luego, fue acusado de malversar fondos, cuando a fines de abril se supo que por disposición del obispo se había pagado con fondos de la Fundación de Niños Expósitos de Schrobenhausen una importante suma para la adquisición de antigüedades, vino, alfombras, diversos muebles y un solarium para el hogar.

Esta situación derivó en el pedido de renuncia de Mixa, por lo que el presidente de la Conferencia Episcopal Alemana, Robert Zollitsch, le solicitó públicamente que abandonara su cargo, en un gesto sin precedentes en la historia del catolicismo en Alemania.

La organización católica laica alemana "Somos Iglesia" se manifestó conforme con la decisión del Vaticano y demandó el esclarecimiento de todas las acusaciones como forma de evitar más daños a la imagen y la credibilidad de la Iglesia católica alemana.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A IGREJA SE DEFENDE ATACANDO


Frases de Dom Dadeus Grings, Arcebispo de Porto alegre, proferidas em 4 de abril de 2010, na 48ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB):


“Antigamente não se falava em homossexual. Quando começa a (dizer) que eles têm direitos, direitos de se manifestar publicamente, daqui a pouco vão achar os direitos dos pedófilos”



“A sociedade atual é pedófila, esse é o problema. Então, facilmente as pessoas caem nisso. E o fato de denunciar isso é um bom sinal”.



“Nós sabemos que o adolescente é espontaneamente homossexual. Só depois, se não houve uma boa orientação, isso se fixa”



Leia mais AQUI.

sábado, 1 de maio de 2010

Papa recebe bispos que inspecionaram Legionários de Cristo


AFP

CIDADE DO VATICANO — O Papa Bento XVI recebeu nesta sexta-feira no Vaticano os cinco bispos que realizaram uma inspeção da controvertida congregação mexicana Legionarios de Cristo, cujo fundador, o falecido padre Marcial Maciel, abusou por décadas de jovens seminaristas, informou nesta sexta-feira a Santa Sé.

O encontro com o Papa não havia sido anunciado e demonstra a importância que o Pontífice concede ao caso.

Bento XVI deverá decidir sobre o futuro da congregação mexicana uma vez avaliados os informes apresentados.

As decisões sobre a congregação serão adotadas num segundo momento pelo Santo Padre, depois de um cuidadoso estudo e reflexões sobre os resultados da visita apostólica (inspeção)", explicou o padre Federico Lombardi à Rádio Vaticano esta semana.

O cardeal Tarcisio Bertone, número dois do Vaticano, se reuniu na sexta com os bispos, na primeira reunião celebrada depois da investigação determinada pelo Papa no ano passado.

Segundo o comunicado oficial, os resultados no encontro, no entanto, não serão divulgados.

Este é um dos casos mais delicados para a Igreja católica já atingida por uma série de escândalos de teor sexual na Europa e nos Estados Unidos.

O caso de Maciel, fundador da ordem em 1941 no México, acusado de múltiplos abusos sexuais de seminaristas menores de idade e de ter tido secretamente filhos, é um dos mais simbólicos da chamada "política do silêncio" aplicada por décadas pelo Vaticano para encobrir seus escândalos internos.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Vaticano dá por encerrado incidente com documento ofensivo ao Papa


CIDADE DO VATICANO - O Vaticano deu por encerrado, neste domingo, o incidente do memorando de um funcionário do Foreign Office britânico que aconselhava o Papa a lançar sua própria marca de preservativos durante a visita que o Sumo Pontífice fará à Grã-Bretanha, em setembro.

"Para nós, o assunto está encerrado", declarou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, após a publicação na edição dominical do jornal britânico The Sunday Telegraph deste documento interno, redigido por um funcionário subalterno, que também recomendava a Bento XVI que abençoasse um casamento homossexual e abrisse uma clínica de aborto.

No sábado, o Foreign Office apresentou suas desculpas ao Vaticano pelo texto que qualificou de "estúpido", informando que o funcionário responsável, um jovem empregado, havia sido transferido.

O incidente não terá nenhuma repercussão na visita do Papa à Grã-Bretanha, em setembro, declarou à imprensa italiana Federico Lombardi, destacando que o embaixador britânico no Vaticano, Francis Campbell, apresentou suas desculpas pessoalmente.

A visita de Bento XVI será a primeira oficial de um Papa ao Reino Unido, já que João Paulo II só fez uma missão pastoral ao país, em 1982.

Correio Braziliense

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Los teólogos de la asociación Juan XXIII reclaman la dimisión del Papa


Las comunidades cristianas de base y los teólogos independientes soportan mal el comportamiento de buena parte de la jerarquía católica ante los escándalos de pederastia. Creen que al pecado y delito de encubrimiento en el pasado se añade ahora una actitud de soberbia, e incluso de comprensión o justificación del silencio.

También echan de menos peticiones de perdón a las víctimas y que se castigue a los culpables, canónica y judicialmente. Incluso se alzan voces reclamando que quienes en el Vaticano promovieron las órdenes ahora censuradas asuman sus responsabilidades. Es el caso de la Asociación de Teólogos y Teólogas Juan XXIII, cuya junta directiva ha hecho público hoy un manifiesto pidiendo la dimisión del Papa.

El comunicado de los teólogos empieza expresando su apoyo a la Carta abierta a los obispos católicos de todo el mundo de su colega el profesor Hans Küng, en la que el famoso teólogo suizo considera el actual pontificado una de las ocasiones perdidas en ámbitos eclesiales como el diálogo ecuménico e interreligioso; la reforma de la Iglesia; el ejercicio de la colegialidad; la incorrecta gestión de los abusos sexuales cometidos por obispos, sacerdotes y religiosos católicos en colegios, seminarios o parroquias; el mantenimiento del celibato o la prohibición del acceso de las mujeres al ministerio ordenado. Hans Küng (Sursee, 1928) fue con apenas 30 años perito y asesor del Concilio Vaticano II y coincidió allí con el actual Papa, que ejercía la misma función para el episcopado alemán.

La Asociación de Teólogos y Teólogas Juan XXIII, promovida hace tres décadas por Casiano Floristán, Enrique Miret Magdalena o José María Díez-Alegría, agrupa a medio centenar de conocidos pensadores cristianos, algunos en conflicto con las autoridades doctrinales de la Iglesia romana. Ahora, forman su junta directiva Federico Pastor (presidente); Juan José Tamayo (secretario general); Alfredo Tamayo Ayestarán (vicepresidente); José María Castillo y Máximo García (vocales).

Estas son algunas de sus propuestas, ofrecidas, dicen, "con espíritu constructivo y encaminadas a la transformación evangélica de la Iglesia católica":

Activar el Vaticano II. "Consideramos necesario activar y desarrollar el programa de reforma del concilio Vaticano II, que no se ha puesto debidamente en práctica y que durante el actual pontificado no sólo se ha paralizado, sino que ha ido en dirección contraria, bien sea volviendo a etapas anteriores al mismo, bien interpretándolo de forma conservadora".

Monarquía absoluta. "Creemos que la actual organización de la Iglesia católica es obsoleta y responde más a una monarquía absoluta que al movimiento de Jesús, comunidad de iguales. Nos parece urgente iniciar un proceso de democratización de la Iglesia, con la participación activa de todos los creyentes católicos en la elección de los cargos de responsabilidad dentro de la misma Iglesia. Es importante recordar que, desde los orígenes del cristianismo y durante varios siglos, la Iglesia estuvo organizada y gobernada con la participación del pueblo".

Con los pobres. "Los cristianos y las cristianas, así como todos los dirigentes de la Iglesia, deben ubicarse en el mundo de la marginación y de la exclusión social y optar decididamente por los pobres, actitud que lleva consigo la lucha por la justicia como criterio evangélico por excelencia".

Libertad teológica. "Consideramos de imperiosa necesidad la defensa y el fomento de la libertad de expresión, de investigación y de publicación de los teólogos y la eliminación de la censura eclesiástica, que coarta la libertad de los profesionales de la teología y limita la creatividad".

Derecho de reunión. "Reclamamos que se reconozca la libertad y el derecho de reunión de las comunidades y grupos cristianos, cualquiera que sea su orientación ideológica, y a todos por igual, sin privilegios para algunos, los más afines a la jerarquía, en detrimento de la exclusión de otros".

Pluralismo político. "Pedimos que no se identifique el cristianismo con los programas políticos y las organizaciones religiosas conservadoras, como con frecuencia sucede por parte de la jerarquía, y que se respete el pluralismo político y religioso en la sociedad y en la Iglesia".

Contra las sanciones. "Exigimos que se levanten las sanciones impuestas a los teólogos y teólogas, obispos y sacerdotes motivadas por el ejercicio de la libertad de expresión y por su compromiso con los pobres".

Petición de perdón. "Como demostración del cambio de actitud de la Iglesia católica, consideramos necesaria la petición pública de perdón del Papa por el encubrimiento y complicidad del Vaticano, así como de no pocos episcopados, en los casos de abusos sexuales en los que están implicados obispos, sacerdotes y religiosos".

Contra el silencio. "Pedimos que se derogen de manera inmediata cuantos decretos del Papa y de la curia romana han impuesto silencio durante décadas en los casos de abusos sexuales a menores y han impedido poner dichos casos en manos de la justicia".

Pontificado agotado. "Nos parece que el pontificado de Benedicto XVI está agotado y que el Papa no tiene la edad ni la mentalidad para responder adecuadamente a los graves y urgentes problemas que hoy tiene que afrontar la Iglesia católica. Pedimos por ello, con el debido respeto a la persona del Papa, que presente la dimisión de su cargo".

Mujeres sacerdotes. "Creemos necesario que se facilite el acceso de las mujeres al sacerdocio ordenado en sus diferentes grados, como sucede en la mayoría de las iglesias cristianas, para terminar por fin con siglos de injusta e injustificada discriminación de las mujeres en la Iglesia católica".

Supresión del celibato. "Nos parece igualmente necesaria la supresión del celibato obligatorio para los sacerdotes, medida disciplinar represiva de la sexualidad, que carece de todo fundamento bíblico, teológico e histórico y que no responde a exigencia pastoral alguna".

Por último, los teólogos recuerdan a la jerarquía del catolicismo "que el criterio determinante de conducta, en la Iglesia de Jesucristo, no es la obediencia incondicional al Papa, sino la fidelidad al Evangelio". "En nombre de dicha fidelidad y en actitud de diálogo -señalan-, presentamos estas propuestas".

El País

domingo, 18 de abril de 2010

João Paulo 2 º apoiou elogio a ocultação de abusos, diz cardeal


Por Tom Heneghan

VATICANO (Reuters) - Um ex-cardeal do Vaticano que cumprimentou um bispo francês por ter protegido um padre que cometia abusos sexuais afirmou ter agido com a aprovação do papa João Paulo 2º, informou um jornal espanhol neste sábado.

O cardeal Darío Castrillón Hoyos, que era a autoridade do Vaticano encarregada dos padres de todo o mundo quando elogiou o bispo francês, em 2001, inseriu o papa polonês na controvérsia ao fazer essa declaração durante uma conferência na cidade espanhola de Murcia.

Castrillón Hoyos fez o comentário depois que um porta-voz do Vaticano indiretamente confirmou que uma carta de 2001 para o bispo francês, colocada em um site da França na quinta-feira, era autêntica e provava que o Vaticano estava certo naquele ano ao tornar mais rígidos seus procedimentos sobre casos de abusos sexuais.

Ao invocar João Paulo 2o, Castrillón Hoyos pareceu ter tomado parte em uma sutil disputa de poder no Vaticano sobre quem deve ser responsabilizado por falhas no passado em agir efetivamente nos casos de abusos sexuais, cuja revelação nos últimos meses vem abalando a Igreja.

"Depois de consultar o papa, escrevi uma carta para o bispo cumprimentando-o por ser um modelo de pai que não entrega seus filhos", disse Castrillón Hoyos na conferência de sexta-feira, segundo o diário La Verdad, que informou que ele foi aplaudido por prelados, padres e leigos presentes.

"O Santo Padre me autorizou a enviar esta carta a todos os bispos do mundo e publicá-la na Internet."

Castrillón Hoyos, um colombiano que se aposentou do serviço no Vaticano no ano passado, argumentou em entrevista na semana passada à emissora CNN em Espanhol que suspender temporariamente padres que cometeram abusos e depois silenciosamente transferi-los para outro local não era um encobrimento dos fatos.

A carta de Castrillón Hoyos, escrita em francês, em 2001, elogiava o bispo Pierre Pican, de Bayeux-Lisieux, por não ter denunciado um padre francês, que posteriormente foi sentenciado a 18 anos de prisão por ter estuprado repetidamente um menino e cometido abusos sexuais com dez outros.

Pican, que recebeu pena de prisão de três meses, depois suspensa, por não ter denunciado abusos sexuais de menores, admitiu em corte que manteve o padre René Bissey em trabalho paroquial, apesar de ele ter admitido de modo privado ter cometido atos de pedofilia.

O caso chocou a França e levou os bispos do país a declararem que todos os casos de abusos devem ser levados às autoridades civis.

"Eu lhe cumprimento por não ter denunciado um padre à administração civil", escrevera Castrillón Hoyos na carta a Pican.

Na conferência de Murcia, o cardeal afirmou que Pican não denunciou Bissey porque o padre havia admitido seus pecados no confessionário, onde o segredo é respeitado.

No julgamento, Pican declarou que Bissey admitiu os abusos em uma conversa particular, que não estava sob o benefício da proteção legal.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Teólogo suíço Hans Küng ataca o papa e pede fim do celibato


Na discussão sobre casos de pedofilia na Igreja Católica, o teólogo suíço Hans Küng ataca o papa. Dificilmente alguém sabia tanto quanto ele sobre os casos de abuso, disse Küng em entrevista à televisão pública suíça. Ele também pediu o fim do celibato.

A Igreja Católica na Suíça mostra-se dividida quanto às medidas para combater o problema. O abade do mosteiro de Einsiedeln propõe uma "lista suja" dos religiosos pedófilos.

Depois dos escândalos de pedofilia na Igreja Católica na Alemanha e na Irlanda, o problema também é discutido na Suíça. Segundo o semanário Sonntag, os bispados suíços investigaram mais de 60 denúncias de abusos sexuais nos últimos 15 anos.

O caso mais recente ocorreu no bispado de Chur (nordeste), que abrange 309 paróquias e 690 mil católicos em cinco estados. O cônego Christoph Casetti disse na sexta-feira (19/3) à agência de notícias SDA que seu bispado atualmente investiga cerca de dez casos de suspeita de abusos sexuais.

A comissão de "Abusos Sexuais na Pastoral" da Conferência dos Bispos Suíços (CBS) investigou nove casos, envolvendo oito padres e uma professora. Em um outro caso, um representante da Igreja teria baixado pornografia infantil da internet. As vítimas foram três meninas, duas adolescentes, duas mulheres adultas, um aluno e um jovem.

Lista suja

Depois que se tornaram públicos no final de semana mais dois casos de assédio sexual nos mosteiros de Einsiedeln (centro da Suíça) e Disentis (leste), o abade de Einsiedeln, Martin Werlen, propôs a criação pelo Vaticano de uma "lista suja" dos pedófilos na Igreja.

"Na troca de emprego para uma outra diocese em qualquer parte do mundo, o bispo poderia se informar se houve alguma denúncia grave contra o padre", disse Werlen em entrevista ao semanário SonntagsBlick. Ele quer apresentar sua proposta à CBS.

"É responsabilidade de cada bispado esclarecer previamente se alguém tem condições profissionais e morais para um emprego na Igreja", disse o presidente da Conferência dos Bispos Suíços, Norbert Brunner, ao jornal Le Matin Dimanche. Ele prefere intensificar a troca de informações entre as dioceses a uma "lista suja".

Segundo Brunner, os casos de abusos não são denunciados sistematicamente à autoridades judiciárias civis. Se um bispo ou um padre toma conhecimento de um abuso, ele deve pedir ao acusado que se autodenuncie. Em casos muito graves, a própria Igreja pode apresentar queixa, se a vítima concordar, explicou Brunner.

Segundo o porta-voz da CBS, Walter Müller, as vítimas são imediatamente ouvidas, assistidas e encorajadas pela Igreja a apresentar queixa à polícia. "Além disso, cada diocese dispõe de um posto de contato para vítimas e testemunhas que queiram denunciar abusos contra crianças", disse à televisão suíça.

Küng pede fim do celibato

Na última sexta-feira (19/3), o papa Bento 16 publicou uma carta pastoral em que expressa "vergonha e remorso" pelos casos de abusos sexuais cometidos por religiosos na Irlanda, mas não menciona os escândalos ocorridos em outros países, como a Alemanha, onde mais de 300 casos vieram a público desde o início do ano (veja um resumo da carta no link na coluna à direita).

Segundo o teólogo suíço Hans Küng, presidente da Fundação Weltethos (Ética Mundial), sediada em Tübingen (Alemanha), "não é exagero dizer que dificilmente houve um homem na Igreja Católica que sabia tanto quanto o papa sobre os casos de abusos".

"Desde a Idade Média temos uma teologia da sexualidade inibida", declarou Küng, em entrevista à emissora de televisão pública suíça SF, no domingo (21/3). Isso culmina na lei do celibato, que tem a ver com esses casos de abusos, acrescentou.

Segundo Küng, este é um dos motivos pelos quais o papa, em sua carta pastoral, não assumiu qualquer responsabilidade pelos casos de abuso. "O mais importante seria que o papa liberasse a discussão sobre o celibato. Muita coisa melhoria se o celibato fosse abolido", disse Küng.

O teólogo suíço lembrou que o cardeal Joseph Ratzinger, atual papa, durante 24 anos foi prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, que também é responsável por orientações aos bispos sobre como lidar com desvios sexuais de religiosos.

O professor de Teologia da Universidade de Lucerna, Edmund Arens, também critica Bento 16. "Penso que o papa deveria pedir desculpas em nome da Igreja. Está mais do que na hora de a instituição reconhecer a culpa por esses crimes, pela sua ocultação e pelo fato de ter impedido vítimas de recorrer à Justiça", disse à swissinfo.ch.

Segundo o presidente da CBS, Norbert Brunner, em primeiro lugar, o autor do crime é responsável por seu ato, não a Igreja. "Tenho dificuldade de entender por que a Igreja deve se desculpar junto às vítimas por um ato cometido por outro. O importante é que um bispo realmente lamente tais casos – e isso eu faço", declarou ao jornal NZZ am Sonntag.

Geraldo Hoffmann, swissinfo.ch (colaboração de Simon Bradley e informaçõs de jornais e agências)

sábado, 20 de março de 2010

Igreja alemã recebe 'tsunami' de denúncias de abusos


A antiga diocese do papa Bento 16 em Munique, na Alemanha, diz que está recebendo diariamente novas denúncias de abusos sexuais e físicos. "É como um tsunami", disse Elke Huemmeler, diretora da recém formada força-tarefa de prevenção a abusos sexuais.

Huemmeler estima que há cerca de 120 casos registrados até o momento, das quais cerca de 100 são referentes ao internato do monastério de Ettal, dirigido por monges beneditinos. Ela lembra, porém, que seu papel não é lidar com casos antigos, mas ajudar a estabelecer um programa de prevenção.

Nesta sexta-feira, a nova Força-Tarefa de Prevenção de Abusos Sexuais, agora oficialmente autorizada e apoiada pelo arcebispo Reinhard Marx, começou a funcionar. Até novembro, o objetivo é apresentar um plano abrangente para combater os abusos em instituições católicas. Trata-se da primeira iniciativa na igreja católica alemã, cujas fundações tem sido sacudidas por acusações de ataques físicos e sexuais contra menores desde o início do ano.

Quando o primeiro caso abrangendo o Ettal surgiu, cerca de três semanas atrás, Huemmeler sentou-se com quatro ou cinco colegas para discutir e encontrar uma forma de lidar com o "desastre", como ela chama a situação."Eu acho que nunca os vi chocados desta maneira", disse Huemmeler, chefe da unidade de serviço social da diocese, sobre a liderança da igreja.

A diocese tem agora três especialistas para ouvir e investigar as acusações das vítimas de abuso, disse Huemmeler. O terceiro integrante foi nomeado nesta semana porque o volume de trabalho aumentou consideravelmente num curto período de tempo.

A diocese dirige cerca de 20 escolas, 570 instalações de cuidados infantis e vários grupos de jovens.

Ratzinger

Na semana passada, a diocese confirmou o caso de um padre que foi transferido em 1980 para Munique, o que aconteceu depois que os pais de três crianças o acusaram de abusar de seus filhos na cidade de Essen, noroeste do país. O padre passou por terapia, mas voltou a trabalhar com jovens. Ele foi condenado por abusos em 1986.

O papa Bento 16, então cardeal Joseph Ratzinger, era arcebispo de Munique e Freising na época em que o padre foi transferido de Essen para Munique.

A diocese disse que Ratzinger sabia sobre a transferência, mas não que o padre continuava a trabalhar em congregações da Baviera após assumir suas funções no Vaticano. Erwin Wild, então porta-voz do conselho de padres da diocese, disse que ele e seus colegas não foram informados por Ratzinger que o padre era um criminoso, o que, segundo ele, foi errado. "Nós deveríamos saber", disse ele.

O bispo Karl Golser lançou uma campanha na internet para pedir às vítimas que se apresentem e colocando à disposição delas um endereço de e-mail para os relatos de abusos.

Leia mais sobre este assunto na AP.

domingo, 14 de março de 2010

ABUSOS DA IGREJA CATÓLICA NOS EUA


A Igreja Católica de Denver, no Colorado, proibiu a matrícula de duas crianças em uma escola por serem filhos de um casal de lésbicas. A igreja faz campanha contra o casamento gay e afirma que o único matrimônio válido é entre um homem e uma mulher. O colégio Sagrado Coração de Jesus informou as regras ao casal e anunciou que as crianças poderão concluir a pré-escola, mas que não serão aceitas em séries mais avançadas.

Correio do Povo


Igreja Católica dos EUA pagou 337 milhões por abusos sexuais

A Igreja Católica dos Estados Unidos pagou 337 milhões de euros (436 milhões de dólares) em 2008, no âmbito dos casos de abusos sexuais praticados por membros do clero.

Os dados constam de um relatório da conferência dos bispos norte-americanos, segundo o qual, em 2008, o número de novas queixas aumentou 16 por cento em relação a 2007.

Sapo

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Igreja Católica escondeu abuso de menores na Irlanda


Um relatório divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Justiça da Irlanda acusa autoridades da Igreja Católica do país de acobertarem casos de abusos de crianças cometidos por sacerdotes entre os anos de 1975 e 2004.

O documento traz os resultados de investigações sobre como autoridades irlandesas e da Igreja lidaram com denúncias de abuso sexual contra 320 menores cometidas por 46 padres da arquidiocese de Dublin, 11 dos quais já foram condenados.

Nesta “amostra representativa” investigada, as denúncias de abusos contra meninos representam quase o dobro das denúncias cujas vítimas são meninas.

Segundo o relatório, ao lidar com estes casos, as autoridades eclesiásticas priorizaram a proteção da reputação da Igreja e não a proteção das vítimas.

“A preocupação principal da arquidiocese de Dublin ao lidar com os casos de abuso sexual de crianças, pelo menos até meados dos anos 1990, era a manutenção do segredo, a busca de se evitar o escândalo, a proteção da reputação da Igreja e de seus bens”, diz o documento.

Abusos

Para os autores da investigação, os líderes da arquidiocese estavam mais preocupados em evitar que os casos fossem a público do que em impedir que os responsáveis pelos crimes cometessem novos abusos.

Assim, no lugar de serem denunciados à polícia, os sacerdotes acusados costumavam ser transferidos de paróquias.

De acordo com o relatório, a arquidiocese “fez de tudo para evitar a aplicação da legislação” nestes casos. Além disso, quatro arcebispos, três dos quais já morreram, são acusados de não entregar informações sobre os suspeitos às autoridades.

O documento afirma ainda que as autoridades irlandesas facilitaram o acobertamento dos casos ao permitir que a Igreja operasse acima da lei.

Segundo os autores, foram registrados casos em que policiais reportaram denúncias de abusos contra padres às autoridades da Igreja no lugar de investigarem as acusações.

“Vergonha”

O ministro da Justiça da Irlanda, Dermot Ahern, cuja pasta foi responsável pelo relatório, afirmou que as informações contidas no documento são “um escândalo de grande escala” que mostram “que o bem-estar das crianças não valia nada”.

Ele prometeu levar à Justiça os responsáveis pelos abusos, não importando quando tempo tenha se passado desde os crimes.

Após a divulgação do relatório, o atual arcebispo de Dublin, Diarmuid Martin, afirmou que “nenhum pedido de desculpas seria suficiente” e afirmou sentir “vergonha e tristeza com o que ocorreu”.

A publicação do documento acontece seis meses depois da publicação do chamado relatório Ryan, que continha denúncias de abusos físicos e psicológicos contra quase duas mil pessoas em instituições católicas na Irlanda.

BBC