segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

PARAÍSOS FISCAIS

La mayor empresa del mundo utiliza España como paraíso fiscal 

 

El único empleado de ExxonMobil Spain seguramente estaría a favor de la idea de la canciller Angela Merkel de ligar los sueldos a los beneficios. En dos años, esta empresa, filial del gigante del petróleo ExxonMobil logró 9.907 millones de beneficio neto. En realidad, en este caso sobra lo de neto, pues la empresa no pagó ni un solo euro de impuestos por esas ganancias. La mayor empresa del mundo usa su filial española solo para ahorrar impuestos. Exxon, al igual que otras muchas multinacionales, ha encontrado en España su particular paraíso fiscal.
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No es un caso extremo. Google usa estructuras fiscales en Holanda, Irlanda y paraísos fiscales para tributar solo por un 2,4% de sus beneficios de fuera de Estados Unidos, según Bloomberg, que afirmaba que Facebook prepara una estructura similar. La Administración de Obama cree necesario atajar el uso de deducciones y paraísos fiscales y el secretario del Tesoro, Timothy Geithner, acaba de iniciar consultas con las compañías para reformar el impuesto sobre sociedades. Uno de los primeros en visitarle fue un vicepresidente de ExxonMobil.

En España, multinacionales como Vodafone, Hewlett Packard, American Express, General Mills o Eli Lilly han utilizado las ETVE para canalizar sus participaciones en empresas extranjeras. Algunas de estas sociedades tienen un solo empleado. El de ExxonMobile Spain cobró en 2009 44.000 euros. No parece mucho para una empresa que ganó 5.333 millones.

Leia a íntegra AQUI.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

HÍBRIDOS

Apesar da hesitação de setores do governo diretamente ligados à indústria e finanças nacional, o apoio ao desenvolvimento de tecnologias voltadas para híbridos e elétricos tem ganhado impulso, seja por meio da iniciativa privada ou com linhas de pesquisa e fundos setoriais específicos. O Ministério da Ciência e Tecnologia afirma estar "estruturando um programa para apoio ao desenvolvimento tecnológico, às pesquisas e à cadeia produtiva voltada a veículos elétricos que deverá fazer parte do PAC em Tecnologia e Inovação". Criada em 2010 pela Finep e sendo estruturada agora, a Sibratec tem como objetivo estruturar uma rede de centros de inovação para apoio a projetos de inovação tecnológica em parceria com empresas da cadeia produtiva de veículos elétricos. A rede é composta por 14 instituições e tem orçamento inicial de R$ 10 milhões. Este ano, a rede Sibratec deve começar a identificar projetos de interesse de empresas. Assim, a iniciativa privada financia metade dos custos e o governo aporta a outra metade.

No caso das células combustíveis a hidrogênio, uma alternativa ambientalmente correta, o melhor momento da pesquisa se deu quando a atual presidente Dilma Rousseff era ministra de Minas e Energia. Entusiasta da fonte que libera apenas água da produção de energia, Dilma à frente do ministério firmou acordo para desenvolvimento de tecnologias de célula combustível à hidrogênio com EUA e uma parceria com o International Partnership for the Hydrogen Economy. "Quando a Dilma era ministra, foi feito o Roteiro para Estruturação da Economia do Hidrogênio no Brasil e também foi criado o Programa Brasileiro de Célula Combustível a Hidrogênio, o Pro H2, que tem recebido recursos pequenos, não é um programa importante", explica o Coordenador do Laboratório de Hidrogênio da Unicamp, Ennio Peres. Mas, segundo ele, após a saída de Dilma e sua equipe, o projeto foi para segundo plano.

Affonso Ritter

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

FRASES


"Esta ruptura do Clube dos 13 é coisa do Ricardo e do Marcelo. Eles são vizinhos de sítio e tramam tudo nos churrascos que fazem."

Frase de Fábio Koff, dirigente do Clube dos 13. Ricardo Teixeira é o presidente da CBF. Marcelo Campos Pinto é executivo da Globo Esportes.

Leia mais AQUI.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Comércio mundial de armas cresceu durante a crise econômica


Levantamento feito por um instituto sueco aponta crescimento de 8% nas vendas de armas pelas cem maiores fabricantes do mundo em 2009, superando o valor de 400 bilhões de dólares.


Enquanto o mundo sofria os solavancos da crise econômica, um setor passou incólume pela recessão: o de produção e comércio de armas. Um estudo divulgado nesta segunda-feira (21/02) na Suécia revelou que a venda de armamentos cresceu 8% em 2009, segundo ano da crise financeira mundial.

O levantamento é divulgado anualmente pelo Instituto Internacional de Pesquisas para a Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês). Segundo dados reunidos pela entidade, os negócios feitos pelos fabricantes de armamentos atingiram um volume de 401 bilhões de dólares naquele ano, com um crescimento de 14,8 bilhões em relação a 2008.

A explicação para essa elevação, segundo a especialista do Sipri Susan Jackson, não foge do usual. "Os gastos do governo dos Estados Unidos em bens e serviços militares são um fator-chave para o aumento nas vendas de armas pelas fabricantes norte-americanas e pelas empresas europeias ocidentais com um pé no mercado norte-americano."

Brasil entre os compradores

Já Jan Grebe, especialista do Bonn International Center for Convertion, o Bicc, apresenta outras explicações. As pressões sobre os orçamentos militares de países europeus e dos Estados Unidos levaram as fabricantes a dar mais atenção a outros mercados.

"Esse quadro levou as empresas a exportar ainda mais para outros países não europeus, para que conseguissem vender essa quantidade", avalia Grebe. Esse comércio, apesar das restrições políticas, não é difícil porque há nações aptas a gastar grandes somas em compras de armas, argumenta.

Grebe cita os mercados emergentes e os produtores de petróleo do Oriente Médio. "O Brasil está comprando grande quantidade de armas (tanques alemães e submarinos franceses), que só podem ser pagas porque o país tem recursos financeiros disponíveis e vontade política para gastar esse dinheiro na modernização de suas Forças Armadas", pontua o especialista.

Sem a China 

A China, que tem exercido um papel protagonista em quase todos os assuntos internacionais, não aparece na lista das cem maiores fabricantes de armas feita pela organização sueca.

Mas isso não se deve ao fato de os chineses não produzirem armamentos, pelo contrário: o Sipri observa que há empresas no país com forte potencial para figurar entre as cem maiores do mundo. No entanto, a falta de dados comparáveis e suficientemente precisos impede que a organização avalie a situação chinesa.

E ainda: "Há empresas em outros países, como o Cazaquistão e Ucrânia, que podem ser grandes o suficiente para aparecer entre as cem mais se os dados estivessem disponíveis, mas isso é menos provável", diz o Sipri em nota.

As maiores

Entre as cem fabricantes listadas pela organização com base em Estocolmo, 45 estão em solo norte-americano e são responsáveis por 61,5% das vendas contabilizadas no estudo. Cinco empresas alemãs aparecem na lista, nas posições 32º, 50º, 53º e 82º. A maior delas, Rheinmetall, faturou 2,64 bilhões de dólares em 2009 com vendas de armamentos.

Além das alemãs, 28 outras empresas europeias são mencionadas entre as maiores, localizadas em países como Finlândia, França, Itália, Noruega, Espanha, Suíça, Suécia e Reino Unido. Juntas, elas geraram 120 bilhões de dólares em 2009.

Dez companhias do ranking estão localizadas na Ásia e cinco no Oriente Médio – Israel, Kuwait e Turquia. Na lista do Sipri não aparecem indústrias localizadas na América Latina ou na África.

Autora: Nádia Pontes
Revisão: Alexandre Schossler

Deutsche Welle

Lo de Bahrein

Por Juan Gelman, para Página/12

Pasa algo desapercibida en los medios la situación imperante en este reino de 33 islas, 1,2 millón de habitantes y menos de 700 kilómetros cuadrados. No para la Casa Blanca: Bahrein tiene petróleo y está ubicado en un punto estratégico del superestratégico Golfo Pérsico. En el 2002 fue designado “un aliado no miembro de la OTAN muy importante”, en marzo del 2008 se convirtió en el primer país árabe que comandó maniobras navales conjuntas con EE.UU., en diciembre del 2008 envió a Afganistán una compañía de sus fuerzas especiales de seguridad y es calificado “líder del Consejo Coordinador del Golfo”, según cables de la embajada estadounidense en Manama filtrados por Wikileaks (www.washingtonpost.com, 22-2-11). Tiene buenas notas en las libretas del Pentágono.

Hace 40 años que el primer ministro Khalifa bin Salman al Khalifa, con las bendiciones de su tío, el rey, ejerce un poder despótico sobre el país. La familia Al Khalifa es otra de las autocracias que cuentan con el apoyo de EE.UU. en la región. El lunes 14 de febrero fue el “Día de la Furia” local contra un régimen que practica la marginalización, el sectarismo y la represión indiscriminada. La manifestación era pacífica, pero la policía disparó con fuego real. Hubo muertos y heridos, y miles ocuparon la plaza central de Manama. En la madrugada del jueves, mientras dormían, fueron atacados con bastones, gas lacrimógeno y pistolas: cinco muertos y más de 2000 heridos (www.asiatimes.com, 20-2-11). No todos pudieron acudir al Hospital Salmaniya: la policía impidió el paso de las ambulancias, sacó a los paramédicos de los vehículos y los golpeó brutalmente.

Es un ejercicio conocido en Bahrein. El año pasado fueron detenidos 450 líderes religiosos, figuras de la oposición y activistas de los derechos humanos que demandaban el fin de las torturas infligidas a los presos políticos: la mitad fue acusada de intentar un golpe de Estado y 25 personas, de “relacionarse con organizaciones extranjeras y proporcionarles información falsa sobre el reino”. Denunciaron que los torturaron antes de someterlos a juicio y los examinaron médicos del gobierno que concluyeron que las heridas, cortes, quemaduras y huellas de fuertes golpes en los cuerpos de los detenidos no eran el resultado de la tortura. Bahrein tiene un sistema médico avanzado, pero ni un solo médico que reconozca esas trazas.

Sólo unos 530.000 habitantes son nacionales y un 70 por ciento de éstos, chiítas, pero la dinastía reinante desde hace dos siglos es sunnita. Esto da pie a una discriminación espesa: los primeros constituyen el 80 por ciento de la fuerza de trabajo, pero ninguno de ellos labora en la administración pública. Más de dos tercios de los mil agentes del aparato de seguridad nacional son de origen jordano, egipcio, paquistaní y el resto, sobre todo sunnitas. Es jordano el “maestro” en materia de torturas. En el informe mundial de Human Rights Watch presentado este año se reitera que continúan los tormentos infligidos a opositores políticos y la violación de niños en cárceles y puestos policiales (www.hrw.org, 24111). Pero el Pentágono instaló dos baterías antimisiles en Bahrein, un radar costero, aviones de combate en la base Isa y 2500 marines en Manana. No es cuestión de despreciar: Irán está cerca.

La Casa Blanca sigue con preocupación y en particular la situación en Bahrein. Con los ejemplos de Túnez y Egipto a la vista, el presidente Obama, la secretaria de Estado, Hillary Clinton; el jefe del Pentágono, Robert Gates; y el asesor de seguridad nacional Thomas Donildon llamaron incesantemente al rey y a otros miembros de la familia real –también a dirigentes de los países del Golfo– para instarlos a no reprimir y a negociar con la oposición algunas reformas políticas (www.washingtonpost.com, 19-2-11). Washington teme que el peso numérico de los tan excluidos chiítas dé cobijo a aventuras de al Qaida y al parecer no comprende algo muy sencillo: la mejor vacuna contra el terrorismo no es la intervención militar, sino la democratización de estos países.

Algo hay que reconocerle, sin embargo: su largo sostén a dictadores árabes de todo pelaje ha contribuido a sembrar las semillas de protestas populares espontáneas, no organizadas por partido alguno y laicas, que demandan trabajo, un alto a la pobreza, mejoras sociales y democracia. La familia real construyó una farsa en este campo: los diputados surgen de elecciones –controladas–, pero el Consejo Shura o Senado puede rechazar cualquier ley aprobada por la Cámara baja. Y no hay sorpresas: el rey elige a los miembros del Shura.

Los manifestantes cantaban en la plaza “Ni chiítas ni sunnitas, sólo bahreinitas”. Esta suerte de nuevo panarabismo rechaza las guerras de religión entre connacionales.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

RESULTADOS DO NEOLIBERALISMO

GENEBRA (Reuters) - Os protestos no mundo árabe são um alerta para que as nações ainda não afetadas alterem políticas que deixaram a desejar na geração de empregos e prosperidade, disse uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) na terça-feira.

As manifestações por reformas políticas têm sido acompanhadas por apelos por combate à pobreza, geração de empregos, melhores salários, mais segurança social, acesso a produtos básicos e distribuição de renda mais justa, disse a Conferência da ONU para Comércio e Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês). 

"Em suas dimensões econômicas a rebelião representa uma hora da verdade para as escolhas comerciais e de políticas econômicas feitas nas regiões (Oriente Médio e Norte da África) ao longo das últimas décadas", disse a agência em nota.

"Mas, para muitos agentes políticos em países que enfrentam pressões semelhantes, trata-se de um momento oportuno para reconstruir instituições públicas negligenciadas, a fim de que possam comandar o processo de reformular a governança econômica e do trabalho."

A meta, disse a Unctad, deveria ser criar um crescimento sustentável, que gere um círculo virtuoso de investimentos, produtividade, empregos e distribuição de benefícios.

Líbia, Egito, Tunísia, Barein e Iêmen registraram turbulências políticas nas últimas semanas, e houve apelos por mudanças também na Arábia Saudita, Jordânia, Argélia, Marrocos, Kuait e Omã.

A Unctad disse que os distúrbios são um efeito colateral de políticas mal feitas de liberalização comercial e privatizações, políticas econômicas restritivas e um crescimento dependente das exportações.

"Com frequência, a liberalização não foi capaz de evitar a concentração de renda e o surgimento de legiões de jovens urbanos educados e desempregados, cujas perspectivas de emprego são sombrias", disse a nota.

A globalização gerou crescimento nesses países, mas os rendimentos ficaram muito concentrados em "bolhas de riquezas", e essas nações foram incapazes de absorver a expansão das suas forças de trabalho, dando-lhes empregos produtivos e decentes, afirmou o relatório.

(Reportagem de Jonathan Lynn)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

BERLUSCONI TEME POR SEU SÓCIO KHADAFI

Berlusconi & Khadafi, por Matteo Bertelli

No parece una casualidad que en la plaza Tahrir de El Cairo algunos jóvenes cantaran, una vez que OSN Mubarak tiró la cuchara, "no nos iremos de aquí si Gadafi y Berlusconi no dimiten también". Muchos norteafricanos saben que el régimen del dictador libio tiene en la Italia de Silvio Berlusconi a su gran aliado occidental y a un socio comercial privilegiado. Desde que hace dos años Il Cavaliere y el Coronel firmaron el Tratado de Amistad, Asociación y Cooperación, los negocios bilaterales superan ya los 40.000 millones de euros anuales y alcanzan todos los sectores cruciales, de la energía a la banca o la construcción y sin faltar los acuerdos militares y de inteligencia. Todo ello bajo el signo del bunga bunga, el rito erótico de triste fama que, según Berlusconi, le enseñó Gadafi durante alguno de sus coloristas y frecuentes encuentros.

El suministro de gas libio es vital para Italia, y en menor medida para España, Alemania y Francia, y la primera alarma ha saltado hoy porque un grupo de opositores al régimen de Gadafi, llamado 17 de febrero (la fecha en la que prendió la mecha de los disturbios), ha colgado en su página web un mensaje que advierte a la Unión Europea, y "en particular a Italia" lo siguiente: "La gente de Nalut recuerda que forma parte de un pueblo libio libre, y tras vuestro silencio sobre las matanzas realizadas por Gadafi, ha decidido que interrumpirá desde la fuente el flujo de gas libio hacia vuestros países, cerrando el yacimiento de Al Wafa que lleva el gas hacia Italia y el norte de Europa pasando por el Mediterráneo".

ENI, la empresa de energía italiana, ha confirmado hoy que anoche ha cerrado el gasoducto Greenstream por una "cuestión de procedimiento" ante los disturbios, pero ha asegurado de que Italia tiene reservas suficientes para afrontar el final del invierno.

Negocios multimillonarios

Además del gas, son el petróleo y las gigantescas reservas de petrodólares las grandes armas que Gadafi ha empleado para seducir a Silvio Berlusconi, que en los últimos dos años se ha convertido en el principal paladín del regreso del coronel a la escena internacional.

Ambos países desarrollan en este momento un gran número de negocios millonarios, envueltos en un gigantesco conflicto de intereses entre lo público y lo privado, entre la alta política poscolonial y la diplomacia de los negocios personales y estatales.

Muchas de las empresas que cotizan en la Bolsa de Milán están resentidas por tan cercana relación. Esta mañana, ese parqué ha suspendido las cotizaciones aduciendo problemas técnicos. El organismo regulador del mercado así como los operadores bursátiles han pedido explicaciones por la supuesta avería. Estos últimos sospechan que la suspensión ha sido una manera de evitar que las compañías cotizantes con intereses en Libia siguieran cayendo.

La tarea de legitimación del otrora "perro libio" (Ronald Reagan) ha sido dura y fatigosa, a ratos bochornosa. Y hoy se ha convertido en la gran obsesión del Gobierno italiano, que ha reaccionado a la salvaje represión del régimen amigo con lentitud, tibieza y ambigüedad juzgadas como "intolerables" por la oposición, que ayer acusó a Berlusconi de haber humillado la dignidad italiana al comprometerse con un régimen autoritario y criminal.

Roma teme que el caos paralice o acabe con los numerosos acuerdos firmados con el dictador libio. Hay en juego autopistas, fútbol, helicópteros, radar, trenes, televisiones, bancos, coches, incluso un hotel de lujo en el centro de Trípoli.

Desde que hace dos años, el 30 de agosto de 2008, Libia e Italia firmaron en Bengasi el tratado que cerraba un largo y tenso contencioso colonial, con solemnes peticiones de perdón de Il Cavaliere al Coronel incluidas, Libia se ha convertido en uno de los escenarios favoritos de inversión de las grandes empresas italianas. Y viceversa, Gadafi ha inyectado grandes cantidades de dinero líquido en empresas italianas siguiendo los consejos de Berlusconi.

Todo ello, con la inmigración clandestina y los derechos humanos como sangrante telón de fondo: el acuerdo permitía a Italia y a la UE a devolver a Libia en masa a los inmigrantes africanos capturados en sus aguas incumpliendo las leyes internacionales que protegen a los peticionarios de asilo. Las denuncias de torturas, extorsiones y malos tratos a los inmigrantes en Libia son continuas.

Negociador pirata

Según los cables de Wikileaks, la diplomacia estadounidense cree que Gadafi, al que define como un "negociador pirata", tiene también intereses en el tráfico de personas y la mafia de la emigración clandestina.

La relación entre Gadafi y Berlusconi ha merecido hasta ocho visitas del jefe de Gobierno italiano a Libia, y cuatro devoluciones de la cortesía por parte del Rais libio. En la primera de ellas, julio de 2009, Berlusconi tuvo un repentino dolor de espalda que le impedía moverse. Gadafi advirtió desde su avión que si Berlusconi no le iba a recibir al aeropuerto no aterrizaba. Según los cables secretos, Berlusconi se tuvo que inyectar dos calmantes para poder acudir, y en el aeropuerto estuvo a punto de desmayarse.

Pero quizá el momento más comprometedor fue cuando Berlusconi besó la mano del Coronel durante una exhibición ecuestre celebrada en el cuartel de carabineros de Roma, en 2010. Aquella vez, el líder libio amenazó a la Unión Europea con no bloquear los desembarcos de emigrantes africanos desde sus costas si Bruselas no sufragaba los gastos. "Libia, con el apoyo de Italia, exige a Europa al menos 5.000 millones de euros anuales", dijo Gadafi. "Es en interés de Europa, porque si no, mañana, el avance de inmigrantes podría convertirla en África, en un nuevo continente negro".

Esa visita, que conmemoraba el aniversario del Tratado, indignó también a los católicos y las mujeres italianas porque Gadafi ofreció dos prédicas del Islam a 500 azafatas pagadas. "Con el tratado de amistad hemos cerrado una herida del pasado", replicó a las críticas el primer ministro italiano, "y todo el mundo debería alegrarse de esta visita. El que no lo haga", añadió Berlusconi, "pertenece al pasado".

Cine con Ben Ammar, banca con la Liga del Norte

El artífice de la reconciliación entre Trípoli y Roma fue, curiosamente, un empresario franco-tunecino: el magnate y financiero Tarak ben Ammar, productor de cine y televisión, amigo de Berlusconi y de Gadafi, y socio de ambos en la productora y distribuidora Quinta Communications, fundada en 1990 por Ben Ammar.

La compañía libia Lafitrade tiene el 10% de Quinta Communications, mientras la principal sociedad financiera de Il Cavaliere, Fininvest, posee, tras un aumento de capital realizado en 2009, cerca del 22%. Hace dos años, Quinta Communications y Mediaset adquirieron cada una el 25% de la nueva televisión tunecina Nessma TV.

Los intercambios entre Italia y Libia se han disparado en los últimos meses. En junio, Gadafi prometió prioridad a las empresas italianas sobre las de los demás países. Y esa prioridad parece mutua: el dictador libio es el primer accionista, con el 7,5%, de Unicredit, el mayor banco italiano, después de que la Libian Investment Authority adquiriera el 2,59% del capital en septiembre pasado (el restante porcentaje estaba en manos del Banco Central libio).

La escalada libia sobre Unicredit coincidió con la dimisión del consejero delegado Alessandro Profumo, y creó gran inquietud entre los analistas porque superaba la cuota legal del 5%. La operación se interpretó como una cesión de Berlusconi a Gadafi y, paradójicamente, como un favor a la xenófoba Liga del Norte, su socio en el Gobierno, que con la anuencia del capital libio aumentó su poder de decisión en el banco. Mediobanca, en cuyo consejo se sienta Marina Berlusconi, hija del primer ministro italiano, controla el 5,14% de Unicredit.

Los intereses más importantes llevan el sello de ENI, el gigante energético italiano, que realizará inversiones los próximos 20 años en Libia por valor de 18.200 millones de euros. Las dos mayores constructoras italianas, Astaldi e Impregilo, firmaron además contratos por 5.000 millones de euros para construir la autopista que unirá Trípoli con Egipto, un viejo sueño del panarabista Gadafi. La sociedad estatal aeroespacial Finmeccanica se hizo con un millonario contrato para desplegar radares en el desierto libio que ayuden a controlar la inmigración. Libia ha adquirido recientemente el 2% de Finmeccanica. Además, el dictador libio es dueño hace años del 7,5% de la Juventus, el equipo de la FIAT.

Curiosamente, Berlusconi y Gadafi han seguido cerrando tratos hasta la última semana, cuando Roma permitió a Gazprom acceder al negocio del crudo libio, con la venta de ENI a su homóloga rusa de una cuota del 33% en el importante pozo petrolífero Elephant, situado 800 kilómetros al sur de Trípoli.

La preocupación no es poca. Berlusconi ha anunciado esta mañana que intentará llamar a Gadafi en el transcurso del día para decirle que "ya basta de tanta sangre". La incógnita es si habrá alguien al otro lado de la línea que le responda.

EUA deixarão de dominar a pesquisa científica no mundo na próxima década

 
Uma mudança no cenário da pesquisa científica mundial irá reposicionar os Estados Unidos como um personagem importante, mas não mais como líder dominante. E essa mudança ocorrerá já na próxima década, afirma estudo feito na Universidade Penn State, nos Estados Unidos.

Por outro lado, a análise, apresentada no dia 18 na reunião anual da American Association for the Advancement of Science (AAAS), em Washington, aponta que o país poderá se beneficiar do novo panorama, caso adote políticas para compartilhar o conhecimento com a comunidade científica mundial.

“O que está emergindo é um sistema científico mundial no qual os Estados Unidos serão um participante entre muitos outros”, disse Caroline Wagner, professora da Penn State e autora do estudo.

Segundo ela, a entrada de mais países tem mudado o cenário da pesquisa mundial. De 1996 a 2008, a porcentagem de artigos científicos publicados pelos Estados Unidos em relação ao total mundial caiu 20%. Caroline atribui esse resultado não a uma queda nos esforços de pesquisa no país, mas ao crescimento exponencial observado em países como China e Índia.

A mudança principal está entre os chineses, que já ultrapassaram os norte-americanos na publicação de artigos em áreas como ciência natural e engenharia. Se as taxas de crescimento atuais forem mantidas, de acordo com a análise, a China publicará mais que os Estados Unidos em todas as áreas do conhecimento já em 2015.

De acordo com Caroline, embora a China ainda esteja atrás na qualidade –medida por indicadores como fator de impacto e citações –, a diferença nesse ponto para os Estados Unidos também está diminuindo. A China também deverá se tornar o primeiro país em número de cientistas.

O estudo aponta que recomendações típicas para estimular a pesquisa, como aplicar mais dinheiro no setor, não serão suficientes para garantir a supremacia científica norte-americana.

No lugar da estratégia tradicional do baixo retorno sobre o investimento, Caroline recomenda que os Estados Unidos passem a adotar uma política mais eficiente de compartilhar o conhecimento ao atrair para o país especialistas que desenvolveram melhores capacidades do que seus colegas norte-americanos em determinadas áreas. Outros países também podem fazer o mesmo com relação aos pesquisadores norte-americanos.

A autora do estudo discute a possibilidade de uma comunidade global nos moldes da “universidade invisível”, termo que deriva do século 17 e que descreve as conexões entre cientistas de disciplinas e locais diversos para criar uma sociedade científica mundial.

Fonte: UOL - Ciência e Saúde

La temible diplomacia petrolera

Por Eduardo Febbro

Desde París, para Página/12
 
Otra pieza despótica del ajedrez mundial empieza a perder su lugar en el tablero. La misma rabia ciudadana que deshizo los regímenes de Túnez y Egipto, e hizo tambalear luego los autocracias o las monarquías de papel y petróleo de Bahrein, Yemen y Jordania, se vuelca ahora contra el coronel Khadafi. El líder libio, repudiado por la comunidad internacional e integrado luego a golpes de contratos petrolíferos millonarios, sacó su carta de identidad vigente desde hace 42 años: represión y matanza.
 
Con los negocios como telón de fondo, muchos empezaron a ver en Khadafi un pintoresco dictador algo excéntrico y demodé a quien se le podían pasar por alto las excentricidades mientras no apoyara al terrorismo y mantuviera abiertas sus bocas petroleras. El pacto era tentador: Libia dispone de recursos petroleros inmensos que se traducen en una producción de un millón y medio de barriles por día, mientras que sus reservas alcanzan los 42 mil millones de barriles. El 79 por ciento del petróleo libio se exporta hacia los países de la Unión Europea (las democracias ejemplares). Es cierto que en Libia no existían las mascaradas democráticas como las elecciones trucadas (Egipto) o el partido único (Túnez).

La democracia simplemente no existe: los partidos políticos están proscriptos por ley (la Nº 71). Khadafi inventó un modelo casi único en el mundo cuyo eje son los Comités Revolucionarios que se encargan de todo. La disciplina se articula en torno de su programa, el famoso Libro verde que el coronel publicó en 1975. Libia, que es el país más rico de Africa, vive bajo el régimen de la Jamahiriya, el “Estado de las Masas” o la “Era de las Masas”. Sangrienta paradoja la que ofrece un dirigente que usa la aviación para bombardear a ese mismo “Estado de las Masas” que el socialismo khadafista se propuso gobernar.

Acusado de apoyar todas las formas posibles de terrorismo –desde la ETA, pasando por el IRA irlandés, los extremistas palestinos de Abu Nidal, la extrema derecha italiana y los movimientos insurreccionales de América latina–, Khadafi fue vinculado con varios atentados: el que derribó al avión de la compañía PanAm sobre la localidad escocesa de Lockerbie (1988, 270 muertos), los atentados contra los aeropuertos de Viena y Roma (1985) y una discoteca berlinesa. El ex presidente norteamericano Ronald Reagan ordenó una serie de bombardeos contra Libia que dejaron decenas de muertos –entre éstos, una hija adoptiva del coronel–, pero no terminaron con su reinado. Las sanciones internacionales que siguieron ahogaron al régimen hasta que en 2003 el sorpresivo coronel hizo las paces con el mundo: asumió la responsabilidad del atentado de Lockerbie, luego la del acto terrorista contra un avión francés de la empresa UTA (1989, 170 muertos). Khadafi aceptó indemnizar a las familias de las víctimas e incluso renunció públicamente a las armas de destrucción masiva.

Las grandes democracias de Occidente le perdonaron todo. Khadafi se convirtió en un aliado de la lucha contra el islamismo radical y el mundo reintegró a Libia en el seno de la comunidad internacional. Con ello, las empresas petroleras norteamericanas y europeas volvieron a operar en el país. La misma lógica que Túnez y Egipto. Poco importa cuántos presos políticos, cuántos exiliados o cuántos asesinados haya; poco importa si hay libertad de expresión y si los derechos humanos son respetados; sólo cuentan el petróleo y el gas. Khadafi fue recibido con honores por casi todos los dirigentes del Viejo Continente, siempre tan ávido a la hora de repartir consejos y dar lecciones de civilización, y tan olvidadizo cuando se trata de hacer negocios.

Libia es el cuarto productor de petróleo de Africa y exporta la mayoría de su oro negro hacia Europa, en particular Italia, Alemania, España y Francia. El ridículo, en materia de tiranos, no tiene fronteras: en 2009, Khadafi habló ante la Asamblea General de las Naciones Unidas de... paz y seguridad. Molly Tarhuni, un experto en Libia miembro del grupo británico de reflexión Chatham House, comentó a la prensa que “los gobiernos extranjeros tienen muy poca influencia sobre Khadafi. Occidente se tragó la ilusión de la reforma”. Luis Martínez, integrante del Centro de Investigación y de Estudios Internacionales (CERI), explicó al vespertino Le Monde que “será difícil para la comunidad internacional obligar al régimen a moderar la represión. Trípoli practica una temible diplomacia petrolera. Si un gobierno se mete en los asuntos políticos interiores, se verá excluido de los mercados petroleros”.

Los visionarios de las capitales occidentales no vieron venir la ola democrática. El color negro del petróleo les tapó los ojos. El coronel tampoco supo sentir el corazón de su pueblo. Tarde o temprano se lo tragará la historia, es decir, el implacable movimiento de las masas. El socialismo libio terminará en la fosa común de los despotismos, mientras Occidente hará su tardío y ritual mea culpa sobre un abismo de cadáveres.

efebbro@pagina12.com.ar

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Teólogos europeus exigem fim do celibato e ordenação de mulheres


144 professores de Teologia - equivalente a um terço dos teólogos católicos de fala alemã residentes na Alemanha, Suíça e Áustria – subscreveram um manifesto em que exige reformas na Igreja católica. As propostas incluem o fim do celibato, a ordenação de mulheres e a participação popular na escolha de bispos.

A reportagem foi publicada no jornal Süddeutsche Zeitung, destacando o fato de que esse número seria maior se muitos não temessem represálias da instituição. O fato lembra a Declaração de Colônia, assinada por 220 teologos em 1989, no papado de João Paulo II.

A notícia é da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 07-02-2011.

Judith Könemann, professora de Teologia em Münster, destacou que o amplo eco a partir da declarações ao jornal bávaro demonstra que “tocaram um nervo”. Ela é uma das oito pessoas que redigiram o manifesto, ao qual se somaram professores eméritos da envergadura intelectual de Peter Hünermann e Dietmar Mieth, velhos batalhadores por reformas como Heinrich Missalla e Friedhelm Hengsbach, progressistas como Otto Hermann Pesch e Hille Haker, e até mesmo conservadores como Eberhard Schockenhoff.

Tendo como pano de a crise até então incontornável dos escândalos de pedofilia em dioceses e paróquias da Igreja católica ao redor do mundo, o texto elogia o chamamento dos bispos a um diálogo aberto.

Pragmáticos, os assinantes se dizem “na responsabilidade de dar uma contribuição a um novo começo real”, assumindo a tese central de que a Igreja Católica só “pode anunciar o libertador e amante Deus Jesus Cristo”, quando ela mesma “for um lugar e um testemunho crível da mensagem de libertação do Evangelho”.

Insiste que ela deve reconhecer e fomentar “a liberdade do homem como criatura de Deus”, respeitar a consciência livre, defender o direito e a justiça e criticar as manifestações que “depreciam a dignidade humana”. O que trazem são “desafios”, que incluem “maiores estruturas sinodais em todos os níveis da Igreja” e a participação dos fiéis na escolha de seus bispos e párocos.

O manifesto retoma o afirmação já feita de que a Igreja católica necessita “também de sacerdotes casados e mulheres no ofício eclesiástico”, denuncia que a falta de sacerdotes força a exigência de paróquias cada vez maiores e lamenta que os sacerdotes sofram desgastes diante destas circunstâncias.

Enfatiza ainda que “a defesa legal e a cultura do direito” na Igreja devem “melhorar urgentemente” e argumenta que a elevada valorização do matrimônio e do celibato supõe “excluir pessoas que vivem o amor, a fidelidade e a preocupação mútua” em uma relação estável de casal do mesmo sexo ou como divorciados casados em segundas núpcias.

Desconstrói a suposta autoridade de Roma e critica o “rigorismo” da Igreja Católica, insistindo que não se pode pregar a reconciliação com Deus sem criar as condições para uma reconciliação com aqueles “diante dos quais é culpada: por violência, por negar o direito, por converter a mensagem bíblica de liberdade em uma moral rigorosa sem misericórdia”.

E voltou aos escândalos de pedofilia, afirmando que “à tempestade do ano passado não pode seguir tranquilidade nenhuma”, e afirma considerar que “nas circunstâncias atuais só pode ser a tranquilidade da sepultura”. E conclui denunciando a prisão do pavor institucional diante do rebanho, exigindo diálogo, observando que “o medo não é bom conselheiro”, recordando que os cristãos foram “chamados pelo Evangelho a olhar com valor para o futuro e como o chamamento de Jesus a Pedro para caminhar sobre as águas: ‘por que estais com medo? Vossa fé é tão pequena?’”.

Fonte: IHU

FRASES

"Não há empreendedorismo no nosso Estado, nem no Brasil, exceto em São Paulo".

Declaração de Ricardo Russowski, presidente do Conselho Diretor do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-RS), reclamando que enquanto no RS a faixa salarial de um profissional, qualificado, não chega a R$ 500 mil/ano, ou pouco mais de R$ 40 mil mensais, no estado de São Paulo o ganho vai, sem muita dificuldade, a R$ 1 milhão por ano.

Leia MAIS.

Nota do Bloguista: Estou estupefato. Como podem os executivos financeiros gaúchos viverem com essa miséria?

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Blair, socio fraternal de Gadafi

Tony Blair com seu amigo George
Tony Blair, enviado especial del Cuarteto - Estados UnidosRusia, la Unión Europea y las Naciones Unidas- que supuestamente busca la paz en Medio Oriente, acaba de calificar la ola de protestas pro-democracia que arrasa la región como “un momento de oportunidad verdaderamente importante”.


Importante pero no tan importante como los momentos de oportunidad que Blair ha aprovechado en su relación especial gubernamental y personal con Libia. Blair se lleva de maravilla con Muamar al Gadafi desde que siguió a José María Aznar y restableció relaciones diplomáticas con el dictador libio  en el 2004, un año en el que tanto Blair como Aznar –por no decir nada de George W Bush- necesitaban a todos los amigos árabes que podían encontrar tras liderar una guerra ilegal en Iraq que nadie apoyaba. Resultó especialmente audaz para Blair estrecharle la mano a Gadafi cuyo régimen estaba involucrado directamente en el atentado contra un avión de Pan Am  estadounidense que sobrevolaba Escocia en diciembre de 1988 y , al caer , obliteró el pueblo de Lockerbie provocando la muerte de 270 personas.  Al igual que la guerra en Iraq, era un ejemplo valiente del conviction politician,  dispuesto a desafiar a los sondeos de opinión  aunque no a los lobistas de petroleras como BP y Shell que necesitaban desesperadamente un deshielo de relaciones con la potencia petrolera y su excéntrico dictador. Uno de los numerosos acuerdos bilaterales firmados estipulaba  que el ejército británico ayudaría en la formación de soldados y policías libios.

Blair ha acumulado una fortuna próxima a 45 millones de libras (50 millones de euros) desde que abandonó Downing Street gracias a los honorarios que se embolsa por asesorar a diversos bancos y empresas multinacionales sin olvidar su excelente salario como embajador por la paz en Medio Oriente. Uno de los bancos que Blair asesora, JP Morgan, se hizo con un jugoso contrato en Libia a mediados del año pasado gracias, según explicó miembros del régimen libio, a la mediación de Blair durante una visita Trípoli en junio del año pasado. Por si esto fuera poco, Saif al-Islam Gaddafi , el hijo de Gadafi, dijo en una entrevista mantenida con el Daily Mail en el mismo mes que Blair había sido contratado por el fondo soberano libio, Libyan Investment Authority, como asesor. “Lo tratamos como a un hermano”, añadió. Blair lo desmintió.

Pero, ahora que, los manifestantes en favor de la democracia en Libia caen bajo una lluvia de balas disparadas con apuntería británica http://www.belfasttelegraph.co.uk/news/world-news/how-britain-taught-arab-police-forces-all-they-know-15089726.htm ,  quizás se debería volverá a mirar el asunto o, al menos, reflexionar sobrela cuestión de  si Blair es la persona indicada para decidir cómo aprovechar este “momento de oportunidades” en Medio Oriente.  Al fin y al cabo, no parece  el mejor misionero de la paz un gobernante que –según el reconoció de manera implícita en una investigación británica- tomó la decisión de invadir Iraq incluso antes de que se iniciaran las últimas inspecciones sobre armas de destrucción masiva de la ONU.

Si alguien dudaba de si las extraordinarios rebeliones árabes puedan complicar la vida a los líderes europeos que han mezclado negocios y política con los sátrapas árabes desde hace décadas, solo hace falta mirar la situación insostenible de la ministra de exteriores francés a Michelle Alliot-Marie  desde que  salen a la luz los negocios sucios que realizaba con los socios del tirano tunecino Zine el-Abidine Ben Ali .

sábado, 19 de fevereiro de 2011

OS SERVOS DO IMPERIALISMO

Por Luis Bruschtein, para Página/12

Para el imaginario de los Estados Unidos, el estereotipo principal de latinoamericano es el del inmigrante ilegal. Es el moreno pobre, ignorante, que se ofrece para los trabajos menos dignificados y peor pagos, que no acepta la cultura norteamericana y vive pensando en su lugar de origen. Lo ven promiscuo, familiero, machista. Ese es el latinoamericano que no quieren, el que aparece en las series de televisión como pandillero y narcotraficante y al que le atribuyen responsabilidad por los peores males de su país.

Pero desde los años ’80, un poco a la sombra de la globalización, se fue forjando también el estereotipo opuesto, el del latinoamericano que ellos quisieran que, en principio, se defina por un lugar geográfico que no está en Latinoamérica, sino en Estados Unidos, pero que tiene la mágica propiedad de producir latinoamericanos como ellos quisieran.

No es Nueva York, la gran metrópoli cultural, ni el San Francisco de los artistas y la libertad. Miami, la capital del plástico y las barbies, empezó siendo el lugar de asentamiento de los cubanos que abandonaban su país tras la revolución cubana. Muchos de ellos habían sido funcionarios de la derrocada dictadura de Fulgencio Batista, ex militares y ex policías del régimen que habían perdido sus privilegios y se proponían seguir su lucha contra Fidel Castro desde los Estados Unidos. La CIA captó a muchos de ellos, financió sus actividades, muchas veces dándoles acceso a negocios importantes y muchos en el rubro de la comunicación. De esa manera facilitaron que los más corruptos y derechistas se convirtieran en referentes de la comunidad cubana de Miami que, a su vez, se transformó en la comunidad latina más conservadora y reaccionaria.

Algunos de esos cubanos captados por la CIA se convirtieron con su apoyo en importantes empresarios. Otros fueron agentes que la CIA usó para realizar todo tipo de tropelías durante la Guerra Fría. Se habló de que estuvieron involucrados en grandes asesinatos, como el del presidente John Kennedy, y participaron en la Operación Cóndor en América latina, en el entrenamiento de terroristas nicaragüenses y paramilitares salvadoreños, en el golpe de Pinochet y el asesinato de Letelier, en Automotores Orletti y el asesinato del general chileno Prats en Argentina, y realizaron atentados terroristas en Cuba y la Venezuela de Chávez. Esa es la matriz ideológica del latinoamericano que ellos quisieran, la que se presenta como antítesis del espalda mojada que llega fundamentalmente de México, Puerto Rico y Santo Domingo. A los dos estereotipos los usan para los trabajos sucios. El inmigrante, el trabajo físico, y el miami-adicto, el ideológico.

Al final de la Guerra Fría, la proyección ideológica de Miami se fue transformando. Siguió siendo la comunidad latina más reaccionaria del mundo, pero las dictaduras militares habían pasado de moda y ellos se reacomodaron a esa nueva realidad. Durante la época de las dictaduras de los ’70 y ’80, Miami había empezado a convertirse en un centro de atracción turística para un sector de las capas medias y altas de los países que soportaban esas dictaduras. Encontraban un lugar atractivo, pero también un ámbito ideológico que les daba cobijo, justificación y apaño.

Con los años, aquellos cubanos que habían sido convertidos en empresarios por la CIA fueron más importantes que los agentes de la Guerra Fría. Crearon ONG con filiales en todo el continente para fiscalizar democracias y contrabandear ideología y llevaron sus negocios a esos países, donde pasaron a tener influencia. Con la ayuda de los medios de comunicación locales y trasnacionales –en muchos de los cuales tienen intereses–, Miami se fue convirtiendo en un centro turístico importante, pero también en una especie de Meca ideológica para ese derechismo naturalizado que dice renegar de la política pero que simpatiza con el autoritarismo y el capitalismo salvaje. Es el lugar donde se cocinan los discursos contra los gobiernos populares latinoamericanos en función de un esquema de libre mercado y admiración por la gran potencia. Por obra de alguna falla cósmica (o hegemonía cultural en este caso), los viejos promotores y aliados de las dictaduras latinoamericanas pasaron a convertirse en fiscales de la libertad de prensa, de la transparencia política o de la institucionalidad democrática.

Esos son los dos estereotipos de latinoamericano que los norteamericanos proyectan: el inmigrante pobre al que rechazan y el latino al que apadrinan por su servilismo y su falta de sentido nacional propio. El miami-adicto desprecia a su propio país, al que compara todo el tiempo con los Estados Unidos, y quisiera nacer otra vez como norteamericano. De la misma manera, menosprecian a cualquier gobierno de sus países que no exprese el mismo deslumbramiento que ellos sienten por los Estados Unidos. Todo lo que pasa en sus países les parece ridículo, producto de la ignorancia, de la falta de apego al trabajo o de la falta de educación. Algunos son tan elementales que escriben libros con pretensiones periodísticas o sociológicas con esa mirada.

Cuando la carga del avión de la Fuerza Aérea norteamericana fue retenida en Ezeiza la semana pasada, una parte del país pareció actuar como Miami-adicto y razonar con esas pautas. Como lo que piensan las personas en general no tiene difusión, esa categoría (una parte del país) abarca en realidad sólo a los grandes medios y algunos de sus periodistas, y a los políticos de la oposición. En Argentina, los Miami-adictos son una minoría que se siente superior al resto. Juzga que por vacacionar en Miami ha sido tocada por el aura del amo, frente a las mayorías que son despreciadas ya se sabe por qué.

Por su nivel socio-económico y sus intereses culturales, muchos de los Miami-adictos son lectores de La Nación, que fue el diario que difundió la primicia del avión norteamericano detenido en Ezeiza con una nota corta publicada en su edición del viernes pasado, y otra más completa el sábado, en las que daba cuenta del episodio en sintonía con la visión norteamericana de lo sucedido. La versión que transmitió La Nación dejaba muchos interrogantes abiertos que provocaban la curiosidad periodística. El domingo, en el artículo de tapa de Página/12, Horacio Verbitsky dio otra versión de los hechos, que finalmente fue la que se confirmó, porque el famoso listado de artículos que debían entrar a la Argentina no coincidía con los que traía el avión.

Pero lo más extraño del asunto es que periodistas que trabajan en los grandes medios calificaron de “prensa adicta” a Página/12 por publicar información que ellos también tendrían que haber conseguido y no lo hicieron. Fue más periodístico buscar esa información y publicarla, como hizo Página/12, que desjerarquizarla porque no se ajustaba a sus versiones, como hicieron ellos. Y lo más sorprendente de todo es que algunos periodistas “famosos” que usaron esa fórmula para calificar a Página/12 lo hicieron desde La Nación, que a partir de entonces publicó sin chistar ni cotejar las versiones que provenían, a todas luces, desde las posiciones estadounidenses. Habría que ver entonces a quién sería “adicta” La Nación o esos periodistas.

Sin aprender de los tropezones, la mayoría de la oposición aceptó nuevamente que los grandes medios le impusieran la agenda. Con la excepción de Ricardo Alfonsín, que aclaró que sin estar en conocimiento de los hechos, en cualquier caso, en territorio nacional, los Estados Unidos debían cumplir las leyes argentinas, todos los demás siguieron el libreto granmediático Miami-adicto. Se preocuparon por los intereses norteamericanos y cuestionaron duramente la decisión aduanera. Los grandes medios sobreactuaron la defensa de los intereses norteamericanos y acusaron al gobierno nacional de haber desatado una grave crisis con la potencia del Norte. Y los políticos de la oposición, encabezados por el Peronismo Federal, por el macrismo y el radical Ernesto Sanz, movieron la boca para decir lo mismo, como reviviendo las viejas épocas de las “relaciones carnales”. En todo caso, es previsible lo que harían si alguna vez llegan a la Casa Rosada.

Cuando fue evidente que el Departamento de Estado de los Estados Unidos no quería convertir el incidente en una crisis grave entre los dos países y le bajó el tono a la discusión, los grandes medios que habían sobreactuado el enojo norteamericano dijeron entonces que era el Gobierno el que había sobreactuado su posición. Fue una voltereta en el aire que también obligó a sus seguidores de la oposición a cambiar: de pronosticar hecatombes pasaron a acusar “sobreactuación”, un cargo muchísimo menos atractivo para la campaña electoral.

En la Argentina, el fenómeno Miami-adicto está circunscripto a un grupo social reducido, si bien sus esquirlas, aunque dispersas, están presentes en el sentido común hegemónico. Hay un sentimiento lógico bastante generalizado de rechazo a esa actitud despreciativa de lo propio, cuyo destino no es la superación, sino la derrota. Una derrota de la identidad y la cultura –que no está planteada en las relaciones diplomáticas, sino en las culturales–, que expresa la aceptación de una actitud subordinada para vivir de las migajas de la prosperidad que se envidia, renunciando ex profeso a esforzarse para lograr la prosperidad de la comunidad a la que se pertenece.

Nota do Blog: A situação no Brasil é análoga, senão simétrica.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A IGREJA CATÓLICA SEM SACERDOTES


“O que aconteceria se acabassem os sacerdotes na Igreja?”, pergunta o teólogo espanhol José María Castillo em seu blog Teología sin censura, 23-01-2011. E responde “Simplesmente que a Igreja recuperaria, na prática, o modelo original que Jesus quis. O que aconteceria, portanto, é que a Igreja seria mais autêntica. Seria uma Igreja mais presente no povo e entre os cidadãos”. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo:

Na semana passada escrevi neste blog uma entrada na qual recordei como a Igreja do primeiro milênio teve um conceito da vocação sacerdotal muito diferente daquele que temos agora. Hoje se pensa que a vocação é o “chamado de Deus” para que um cristão, com a aprovação do bispo, possa ser ordenado sacerdote. Nos primeiros 10 séculos da Igreja, se pensava que a vocação era o “chamado da comunidade” para que um cristão fosse ordenado sacerdote. Mas ocorre que, nesse momento, a escassez de vocações é um fato tão notável que até os políticos cristãos-democratas da Alemanha tornaram público uma carta na qual pedem ao Episcopado que possam ser ordenados sacerdotes homens casados. Até os homens da política andam preocupados com a má situação na Igreja, entre outros motivos, pela alarmante falta de sacerdotes para atender as necessidades espirituais dos católicos.

Assim estão as coisas nesse momento. Os bispos – já o disseram os alemães – não estão dispostos a suprimir a lei do celibato. E menos ainda estariam dispostos a tomar decisões mais radicais no que se refere ao clero, especialmente pelo que diz respeito à necessidade de que a Igreja tenha sacerdotes para administrar os sacramentos. Eu não sei se os bispos vão ceder neste delicado assunto. E se cederem, quando o farão. Seja como for, me parece que chegou o momento de enfrentar esta pergunta: e se chegar o dia em que ficaremos praticamente sem sacerdotes? Seria isso a ruína total da Igreja?

O cristianismo tem sua origem em Jesus de Nazaré. Mas Jesus não foi sacerdote. Jesus foi um leigo, que viveu e ensinou sua mensagem como leigo. Jesus reuniu um grupo de discípulos e nomeou 12 apóstolos. Mas aquele grupo era composto por homens e mulheres que iam com ele de povoado em povoado (Lc 8, 1-3; Mc 15, 40-41). A morte de Jesus na cruz não foi um ritual religioso, mas a execução civil de um subversivo. Por isso, a Carta aos Hebreus diz que Cristo foi sacerdote. Mas este escrito é o mais radicalmente leigo de todo o Novo Testamento. Porque o sacerdócio de Cristo não foi “ritual”, mas “existencial”. Quer dizer, o que Cristo ofereceu, não foi um rito cerimonial em um templo, mas sua existência inteira, no trabalho, na vida com os outros e sobretudo na horrível morte que sofreu. Para os cristãos, não há mais sacerdócio que o do Cristo, que consiste em que cada um viva para os outros. Nem mais nem menos que isso. O sacerdócio cristão, assim como se vive na Igreja, não tem fundamento bíblico nenhum. Por isso, na Igreja não tem que haver homens “consagrados”. O que tem que haver são homens e mulheres “exemplares”. O “sacerdócio santo” e o “sacerdócio real” de que fala a primeira Carta de Pedro (1, 5.9) é uma mera denominação “espiritual” de todos os cristãos.

Além disso, em todo o Novo Testamento jamais se fala de “sacerdotes” na Igreja. Mais, está bem demonstrado que os autores do Novo Testamento, desde São Paulo até o Apocalipse, evitam cuidadosamente aplicar a palavra ou o conceito de “sacerdotes” aos que presidiam nas comunidades que iam se formando. Esta situação se manteve até o século III. Ou seja, a Igreja viveu durante quase 200 anos sem sacerdotes. A comunidade celebrava a eucaristia, mas nunca se diz que fosse presidida por um “sacerdote”. Nas comunidades cristãs havia responsáveis ou encarregados de diversas tarefas, mas não eram considerados homens “sagrados” ou “consagrados”. No século III, Tertuliano informa que qualquer cristão presidia a eucaristia (“De exhort. cast. VII, 3).

O que aconteceria se acabassem os sacerdotes na Igreja? Simplesmente que a Igreja recuperaria, na prática, o modelo original que Jesus quis. O que aconteceria, portanto, é que a Igreja seria mais autêntica. Seria uma Igreja mais presente no povo e entre os cidadãos. Uma Igreja sem clero, sem funcionários, sem dignidades que dividem e separam. Só assim retomaríamos o caminho que seguiu o movimento de Jesus: um movimento profético, carismático, secular. O clericalismo, os homens sagrados e os consagrados afastaram a Igreja do Evangelho e do povo. Assim o veem e o dizem as pessoas. A Igreja pensou que, tendo um clero abundante e com prestígio, seria uma Igreja forte, com influência na cultura e na sociedade. Mas remeto aos fatos. Esse modelo de Igreja está se esgotando. Não podemos ignorar todo o bem que os sacerdotes e os religiosos fizeram. E que continuam a fazer. Mas também não podemos esquecer os escândalos e violências que na Igreja se viveram e dos quais o clero, em grande medida, foi responsável.

Mas, o pior não é nada disso. O mais negativo que deu de si o modelo clerical da Igreja é que aqueles que tiveram o “poder sagrado” se erigiram nos responsáveis e, das “comunidades de crentes”, fizeram “súditos obedientes”. A Igreja se partiu, se dividiu, uns poucos mandando e os demais obedecendo. Na Igreja deve haver, como em toda instituição humana, pessoas encarregadas da gestão dos assuntos, da coordenação, do ensino da mensagem de Jesus... Mas, de duas uma: ou Jesus viveu equivocado ou quem está equivocado somos nós. Evidentemente, o final do clero não se pode improvisar. Provavelmente, a mudança vai se produzir, não por decisões que venham de Roma, mas porque a vida e o giro que a história tomou vão nos levar a isso: a uma Igreja composta por comunidades de fiéis, conscientes de sua responsabilidade, unidos aos seus bispos (presididos pelo bispo de Roma), respeitando os diversos povos, nações e culturas. E preocupados sobretudo em tornar visível e patente a memória de Jesus. Já são muitas as comunidades que, por todo o mundo, pela falta de clérigos, são os leigos que celebram sozinhos a eucaristia. Porque são muitos os cristãos que estão persuadidos de que a celebração da eucaristia não é um privilégio dos sacerdotes, mas um direito da comunidade. O processo está em marcha. E minha convicção é que ninguém vai detê-lo.

Termino afirmando que, se digo estas coisas, não é porque pouco me importa a Igreja ou porque não a queira ver nem pintada. Pelo contrário. Precisamente porque lhe devo tanto e me importa tanto, por isso, o que mais desejo é que seja fiel a Jesus e ao Evangelho.

Leia o texto original AQUI



Observação do Blog: O texto do Sr. Castillo não expressa a opinião do Blog sobre esse tema, porém ele levanta questões importantes a serem discutidas face ao papel nefasto que a Igreja Católica tem representado em várias frentes, tais como em relação ao combate a AIDS e outras doenças transmitidas sexualmente, além dos escândalos envolvendo pedofilia, etc.

Juízas julgam Berlusconi

Enquanto isso Berlusconi desfila em Düsseldorf

O caso começou com mulheres e vai continuar com mulheres, mas agora no tribunal. O coletivo de juízes que vai julgar Sílvio Berlusconi por alegado delito de prostituição infantil e abuso de poder é composto apenas por magistradas.

Muitos analistas rejeitam a morte política do primeiro-ministro italiano. Como em casos anteriores, Il Cavalieri tem o apoio dos aliados. “A fúria do tribunal contra Berlusconi é evidente. Mas se alguns juízes pensam que isto vai enfraquecer a ação do governo, estão muito enganados”, diz Federico Bricolo, senador da Liga do Norte.

Berlusconi não tem intenções de se demitir e o processo pode demorar vários anos. O chefe de governo é acusado de ter pago à dançarina “ruby” para ter sexo e depois terá usado a influência do cargo para libertá-la quando estava detida por alegado furto.

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domingo, 13 de fevereiro de 2011

MALETA NORTE-AMERICANA MISTERIOSA

Un avión militar estadounidense intentó ingresar un cargamento no declarado de armas de guerra, equipos de comunicación encriptada, programas informáticos y drogas narcóticas y estupefacientes. CFK ordenó abrir una valija, que los estadounidenses se negaban a entregar. El gobierno reiteró así la negativa a militarizar la seguridad interior. Las maras salvadoreñas y las favelas de Río como modelo para las villas argentinas. El discurso de Macrì contra la inmigración fue calcado de uno de Scioli.

Por Horacio Verbitsky, para Página/12

El gobierno nacional impidió el ingreso de “carga sensitiva” secreta que arribó al aeropuerto internacional de Ezeiza en un vuelo de la Fuerza Aérea de los Estados Unidos y sobre cuyo empleo no se ofrecieron explicaciones satisfactorias. La expresión carga sensitiva fue utilizada el lunes pasado por la Consejera de Asuntos Administrativos Dorothy Sarro al solicitar autorización para que un camión con acoplado pudiera ingresar a la plataforma operativa. El enorme C17, un carguero Boeing Globmaster III, más grande que los conocidos Hercules, llegó en la tarde del jueves con un arsenal de poderosas armas largas para un curso sobre manejo de crisis y toma de rehenes ofrecido por el gobierno de Estados Unidos al Grupo Especial de Operaciones Especiales de la Policía Federal (GEOF), que debía tener lugar durante todo febrero y marzo. El gobierno estima que el costo total del transporte y el curso ronda los dos millones de dólares. El curso estaba autorizado por el gobierno argentino, pero cuando el personal chequeó que el contenido de la carga coincidiera con la lista entregada de antemano, aparecieron cañones de ametralladora y carabina y una extraña valija que no habían sido incluidas en la declaración. Aunque el curso estaba destinado a fuerzas policiales argentinas, la carga llegó en un transporte militar y en Ezeiza la recibieron los agregados militar y de defensa, coroneles Edwin Passmore y Mark Alcott. Todas las cajas tenían el sello de la 7ª Brigada de Paracaidistas del Ejército con sede en North Carolina. Intentaron pasar en forma clandestina mil pies cúbicos, equivalentes a un tercio de la carga con que llegó el avión, luego de escalas en Panamá y Lima.

Doce expertos militares

La nota que la embajadora Vilma Martínez envió en noviembre al ministro de Justicia Julio Alak, quien por entonces también se encargaba de la seguridad, recordaba que la primera fase del entrenamiento al GEOF para el rescate de rehenes se había realizado en abril, “por lo cual se nos solicitó realizar otro más avanzado”. En otra nota, dirigida el 21 de diciembre a la ministra de Seguridad Nilda Garré, que había asumido el cargo cinco días antes, Vilma Martínez le informó que Alak había aprobado la realización del curso y que para dictarlo llegarían doce “expertos militares estadounidenses”. Cursos similares se realizaron en 1997 y 1999, bajo la presidencia de Carlos Menem, y 2002, durante los meses en que el ex senador Eduardo Duhalde cumplió un interinato a cargo del Poder Ejecutivo. No los hubo durante el gobierno de Néstor Kirchner y se reanudaron en 2009, bajo el actual gobierno. El nuevo curso, de cinco semanas, estaba programado para agosto de 2010, pero debió postergarse por un episodio similar. En aquel momento fue la embajadora Vilma Martínez la que se negó a recibir el cargamento porque la numeración de las armas no coincidía con la del listado previo, lo cual muestra los conflictos que esta práctica produce dentro del propio gobierno estadounidense. “Esto es una vergüenza”, dijo entonces Martínez, antes de devolver la carga a North Carolina. Por orden de la presidente CFK, funcionarios de la Cancillería y de los ministerios de Planificación Federal y de Seguridad, de la AFIP y de la Aduana supervisaron el procedimiento. Luego se sumaron técnicos de los ministerios de Salud y del Interior.

Los muchachos de la valija

En su libro ya clásico The Mission. Waging War and Keeping Peace with America’s Military, publicado en 2003, la periodista del diario The Washington Post Dana Priest describió la dramática primacía del Pentágono en la formulación y ejecución de la política exterior estadounidense. Con más de un millar de personas, el Comando Sur supera la cantidad de especialistas en América Latina de las Secretarías de Estado, de Defensa, de Agricultura, de Comercio y del Tesoro sumadas. Este desequilibrio no ha cesado de crecer y Estados Unidos intenta exportarlo a los países bajo su influencia, que son casi todos. Como ya había caído la noche del jueves, Cristina ordenó precintar la valija y reanudar la tarea al día siguiente, para lo cual dispuso que la Cancillería y el ministerio del Interior enviaran al lugar personal técnico capacitado para entender de qué se trataba. Durante seis horas del viernes, varios de los marines de los Estados Unidos se sentaron en forma rotativa sobre la valija, lo cual sugiere la importancia que le asignaban a su contenido. Según los estadounidenses se trata de software y material sensitivo para la seguridad. Un coronel dijo que no debía abrirse a cielo abierto porque podría revelar secretos a los satélites que sobrevolaran en ese momento. El avión también contenía una caja con merchandising para regalar a los policías argentinos, que incluía gorras, chalecos y otras baratijas. El canciller Héctor Timerman permaneció casi todo el día en el aeropuerto, junto con el secretario de transporte Juan Pablo Schiavi, en cumplimiento de instrucciones presidenciales, junto con personal de la Policía de Seguridad Aeroportuaria, de la Aduana y de la AFIP y con los principales directivos de las direcciones de Informática, de Tecnología y Seguridad y de Sistemas del ministerio del Interior. También intervinieron dos inspectoras del Instituto Nacional de Medicamentos (Iname) y la Administración Nacional de Medicamentos, Alimentos y Tecnología Médica (Anmat). Tomó intervención el juez en lo penal económico Ezequiel Berón de Estrada. La embajada retiró del aeropuerto a su personal jerárquico y se negó a consentir la apertura de la valija. Luego de un día completo de tira y afloje, Timerman informó que usaría sus facultades legales para abrirla. Lo acompañaba la oficial principal Patricia Adrianma Rodríguez Muiños, de la sección Importaciones de la Policía Federal, a la que estaba dirigida la carga. Al comprobar la decisión oficial de proseguir, y vencido el plazo final de una hora que fijó Timerman, la embajada pidió diez minutos de prórroga hasta el arribo a Ezeiza de la jefa de prensa, Shannon Bell Farrell. Tanto ella como el agregado Stephen Knute Kleppe dijeron que no tenían la clave del candado, por lo que Timerman dispuso que la Aduana lo cortara con un alicate. Cuando ello ocurrió, en la tarde del viernes, aparecieron equipos de transmisión, mochilas militares, medicamentos que según los funcionarios estaban vencidos, pen drives, sobre cuyo contenido deberán dictaminar los expertos, y drogas estupefacientes y narcóticas y estimulantes del sistema nervioso. Entre el material había tres aparatos encriptadores para comunicación. Dentro de la valija secreta también apareció un sobre supersecreto, de tela verde. Como el personal de la embajada dijo que no tenía la llave del sobre, también fue abierto por medios expeditivos. En su interior se hallaron dos pen drives rotulados “Secreto”, una llave I2 de software para información; un disco rígido también marcado como “Secreto”. Códigos de comunicaciones encriptadas y un gracioso folleto traducido a quince idiomas, con el texto: “Soy un soldado de los Estados Unidos. Por favor, informe a mi embajada que he sido arrestado por país”. Ninguno de esos materiales coincide con las especificaciones que la embajada envió a la Cancillería sobre la índole del curso que debía impartirse para el rescate de rehenes. Luego de presenciar esos hallazgos, los funcionarios de la embajada decidieron retirarse, pese al pedido oficial para que permanecieran allí, y no firmaron el acta. El jueves el coronel Alcott dijo que no sabía que algo similar hubiera sucedido en ningún lugar del mundo. Las armas y la valija no declarada fueron requisadas y mañana lunes 14 continuará la verificación de su contenido. Por ejemplo, los antibióticos, antihistamínicos, complejos vitamínicos, protectores solares y hormonas hallados, estarían vencidos según la información de sus envases. Pero el gobierno quiere verificar si se trata de los medicamentos que dicen los envases y si es cierto que están vencidos. El resto del material, que coincidía con la declaración previa fue transportado en un flete de la embajada hasta la sede de la Policía Montada en la calle Cavia. Al cierre de este artículo fuentes de la embajada dijeron que en Washington se estaba preparando un documento con la posición oficial y que consideraban que el entrenamiento sería suspendido. El Departamento de Estado citó al embajador argentino Alfredo Chiaradía y le expresó su “sorpresa” por el procedimiento ya que “Estados Unidos desea mantener relaciones amistosas con la Argentina”. Curiosa forma de lograrlo. Cualquier argentino, civil o militar, que intentara ingresar armas y drogas no declaradas a los Estados Unidos iría preso en forma inmediata.