domingo, 27 de fevereiro de 2011

HÍBRIDOS

Apesar da hesitação de setores do governo diretamente ligados à indústria e finanças nacional, o apoio ao desenvolvimento de tecnologias voltadas para híbridos e elétricos tem ganhado impulso, seja por meio da iniciativa privada ou com linhas de pesquisa e fundos setoriais específicos. O Ministério da Ciência e Tecnologia afirma estar "estruturando um programa para apoio ao desenvolvimento tecnológico, às pesquisas e à cadeia produtiva voltada a veículos elétricos que deverá fazer parte do PAC em Tecnologia e Inovação". Criada em 2010 pela Finep e sendo estruturada agora, a Sibratec tem como objetivo estruturar uma rede de centros de inovação para apoio a projetos de inovação tecnológica em parceria com empresas da cadeia produtiva de veículos elétricos. A rede é composta por 14 instituições e tem orçamento inicial de R$ 10 milhões. Este ano, a rede Sibratec deve começar a identificar projetos de interesse de empresas. Assim, a iniciativa privada financia metade dos custos e o governo aporta a outra metade.

No caso das células combustíveis a hidrogênio, uma alternativa ambientalmente correta, o melhor momento da pesquisa se deu quando a atual presidente Dilma Rousseff era ministra de Minas e Energia. Entusiasta da fonte que libera apenas água da produção de energia, Dilma à frente do ministério firmou acordo para desenvolvimento de tecnologias de célula combustível à hidrogênio com EUA e uma parceria com o International Partnership for the Hydrogen Economy. "Quando a Dilma era ministra, foi feito o Roteiro para Estruturação da Economia do Hidrogênio no Brasil e também foi criado o Programa Brasileiro de Célula Combustível a Hidrogênio, o Pro H2, que tem recebido recursos pequenos, não é um programa importante", explica o Coordenador do Laboratório de Hidrogênio da Unicamp, Ennio Peres. Mas, segundo ele, após a saída de Dilma e sua equipe, o projeto foi para segundo plano.

Affonso Ritter

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