Mostrando postagens com marcador América do Sul. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador América do Sul. Mostrar todas as postagens
segunda-feira, 22 de abril de 2013
O ASSUNTO É AMERICA LATINA
As mãos dos EUA sobre a região
Mark Weisbrot *
A administração Obama não aceita que a região mudou e objetiva afastar governos de esquerda; também o Brasil precisa se manter vigilante
Acontecimentos recentes indicam que a administração Obama intensificou sua estratégia de "mudança de regime" contra os governos latino-americanos à esquerda do centro, promovendo conflito de maneiras que não eram vistas desde o golpe militar apoiado pelos EUA na Venezuela em 2002.
O exemplo mais destacado é o da própria Venezuela na última semana. No momento em que este artigo está sendo impresso, Washington está mais e mais isolada em seus esforços para desestabilizar o governo recém-eleito de Nicolás Maduro.
Mas a Venezuela não é o único país vitimado pelos esforços de Washington para reverter os resultados eleitorais dos últimos 15 anos na América Latina.
Está claro agora que o afastamento do presidente paraguaio Fernando Lugo, no ano passado, também teve a aprovação e o apoio do governo dos Estados Unidos.
Num trabalho investigativo brilhante para a agência Pública, a jornalista Natalia Viana mostrou que a administração Obama financiou os principais atores do chamado "golpe parlamentar" contra Lugo. Em seguida, Washington ajudou a organizar apoio internacional ao golpe.
O papel exercido pelos EUA no Paraguai é semelhante a seu papel na derrubada militar, em 2009, do presidente democraticamente eleito de Honduras, Manuel Zelaya, caso no qual Washington dominou a Organização de Estados Americanos e a utilizou para combater os esforços de governos sul-americanos que visavam restaurar a democracia.
Na Venezuela, na semana passada, Washington não pôde dominar a OEA, mas apenas seu secretário-geral, José Miguel Insulza, que reiterou a reivindicação da Casa Branca (e da oposição venezuelana) de uma recontagem de 100% dos votos.
Mas Insulza teve de recuar, como teve de fazer a Espanha, única aliada importante dos EUA nessa empreitada nefanda, por falta de apoio.
A exigência de uma recontagem na Venezuela é absurda, já que foi feita uma recontagem das cédulas de papel de uma amostra aleatória de 54% do sistema eletrônico. O total obtido nas máquinas foi comparado à contagem manual das cédulas de papel na presença de testemunhas de todos os lados. Estatisticamente falando, não existe diferença prática entre essa auditoria enorme já realizada e a recontagem.
Jimmy Carter descreveu o sistema eleitoral da Venezuela como "o melhor do mundo", e não há dúvida quanto à exatidão da contagem.
É bom ver Lula denunciando os EUA por sua ingerência, e Dilma juntando sua voz ao resto da América do Sul para defender o direito da Venezuela a eleições livres.
Mas não apenas a Venezuela e as democracias mais fracas que estão ameaçadas pelos EUA.
Conforme relatado nas páginas deste jornal, em 2005 os EUA financiaram e organizaram esforços para mudar a legislação brasileira com vistas a enfraquecer o PT. Essa informação foi descoberta em documentos do governo americano obtidos graças à lei americana de liberdade de informação. É provável que Washington tenha feito no Brasil muito mais e siga em segredo.
Está claro que os EUA não viram o levemente reformista Fernando Lugo como um elemento ameaçador ou radical. O problema era apenas sua proximidade excessiva com os outros governos de esquerda.
Como a administração Bush, a administração Obama não aceita que a região mudou. Seu objetivo é afastar os governos de esquerda, em parte porque tendem a ser mais independentes de Washington. Também o Brasil precisa se manter vigilante diante dessa ameaça à região.
* MARK WEISBROT, 58, é codiretor do Centro de Pesquisas Econômicas e Políticas, em Washington, e presidente da Just Foreign Policy.
Tradução de CLARA ALLAIN
Fonte AQUI.
domingo, 6 de janeiro de 2013
CIA teria plano para ‘desestabilizar e matar’ presidente equatoriano Rafael Correa
![]() |
Fonte desta imagem AQUI. |
De acordo com o alerta feito pelo jornalista chileno Patricio Mery às autoridades equatorianas, nesta sexta-feira (4), pode haver um suposto plano da Agência Central de Inteligência norte-americana (CIA) para assassinar o presidente Rafael Correa. A medida seria em retaliação ao fechamento de uma base dos EUA naquele país, que existiu até 2009, e por dar asilo ao jornalista australiano Julian Assange, diretor do sítio WikiLeaks, na internet.
O repórter apresentou suas pesquisas ao ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, e promoveu uma conferência com jornalistas nesta capital. À agência latino-americana de notícias Andes, Mery revelou detalhes do trabalho de apuração realizado ao longo dos últimos cinco anos.
A pesquisa abre várias frentes de investigação e detalha as relações de autoridades chilenas com a CIA. Ele organizou um roteiro que se repete em vários países da região. A agência norte-americana, com o apoio de autoridades do governo chileno, promove a entrada de drogas produzidas no Equador, cerca de 200 quilos de cocaína por mês, a fim de gerar dinheiro sujo: chega no Chile segue para a Europa e os Estados Unidos. Do dinheiro gerado, uma parte permanece no Chile “e me disseram as fontes que este dinheiro é destinado a desestabilizar o governo do presidente Correa”, afirma o jornalista.
Mery comprova as informações passadas ao governo equatoriano com uma denúncia, feita no Chile, pelo inspetor Fernando Ulloa, após reunião com ministro do Interior da época, Rodrigo Hinzpeter, ao qual apresentou um dossiê com todos os fatos e nomes dos líderes do PDIs (Polícia de Investigações, na sigla em espanhol) envolvidos com o tráfico de drogas, incluindo Luis Carreno, “que aponto como um agente da CIA e que agora trabalha como inspetor área de Arica e integra o alto comando do PDI”. Após a denúncia, a única medida tomada foi afastar o denunciante, Fernando Ulloa, de suas funções.
A apuração do jornalista começou quando ele suspeitou da corrupção nos meandros policiais de seu país e um agente da Agência Nacional de Inteligência (ANI) confirmou-lhe que a droga serviria para abastecer financeiramente um plano de desestabilização do presidente Correa, por dois motivos: o líder equatoriano havia fechado a base de Manta e concedido asilo a Julian Assange, que pode ser condenado à morte se for extraditado de Londres, onde se encontra, para os EUA, por vazar informações de segurança nacional sobre os norte-americanos.
A partir dessa perspectiva Correa tornou-se também um alvo da CIA. A agência, com base em Langley, no Estado da Virgínia, atua em paralelo ao governo dos EUA e aplica suas próprias regras nas ações daquele país em território estrangeiro.
Presidente do STF chileno teria participado da ditadura de Pinochet
Um outro escândalo denunciado pelo jornalista ao ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Portiño mostra que Rubén Ballesteros, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), foi o juiz que participou dos conselhos de guerra da ditadura de Augusto Pinochet e ordenou o fuzilamento de prisioneiros.“Ele é acusado de violação dos Direitos Humanos e mantém ligações estreitas com a direita dos EUA”, acusa o jornalista.
Ainda segundo o relatório de Mary, Sabas Chahuán, procurador-geral da República (PGR), quem deve investigar os crimes no país, “tem uma relação estreita com o FBI através de um acordo firmado com os EUA, depois da prisão de Saif Khan”. De acordo com documentos apresentados pelo jornalista, com base na prisão arbitrária foi criado um programa chamado LEO, o qual permite que os norte-americanos obtenham qualquer informação acerca dos cidadãos chilenos.
Sul21
Com informações da Rede Brasil Atual
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Unasul elabora plano para apoiar democracia na região
GEORGETOWN, Guiana (Reuters) - Os chanceleres dos países membros da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) definiram na quinta-feira um pacote de medidas para punir as nações da região que romperem a ordem democrática, em um encontro descontraído no qual velhas disputas ficaram de lado.
A chamada "cláusula democrática" deverá ser ratificada e assinada pelos presidentes e chefes de Estado da Unasul que irão se reunir na sexta-feira na capital da Guiana.
"Estabelecemos a aplicação de sanções muito fortes contra qualquer golpe de Estado ou tentativa de golpe de Estado, de alteração da democracia e constitucionalidade ... limitação do comércio, fechamento de fronteiras terrestres, de operações aéreas e suspensão de comércio com esse país", explicou o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño.
A decisão é um apoio claro à democracia no Equador, que sofreu em 30 de setembro um protesto de policiais exigindo benefícios econômicos, o que Quito qualifica como tentativa de golpe de Estado que colocou em perigo a democracia.
A Unasul reagiu rapidamente em apoio a um de seus integrantes --além de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Guiana, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela-- e se reuniu de maneira extraordinária em Buenos Aires a pedido do então secretário-geral Néstor Kirchner.
"Temos um acordo global entre os ministros de Relações Exteriores que vamos apresentar aos presidentes. Eles resolverão se estão totalmente de acordo com nossa redação", disse Patiño.
Os chanceleres demoraram para chegar a um consenso e, por isso, Patiño esclareceu que não há temas pendentes no documento que será entregue aos mandatários.
Devem participar da cúpula os presidentes de oito dos 12 países membros do organismo: Argentina, Suriname, Equador, Guiana, Colômbia, Paraguai, Brasil e Venezuela.
Os presidentes também tratarão de discutir a eleição do sucessor de Kirchner, que morreu no fim de outubro. Patiño afirmou que o tema não foi tratado pelos chanceleres.
A chamada "cláusula democrática" deverá ser ratificada e assinada pelos presidentes e chefes de Estado da Unasul que irão se reunir na sexta-feira na capital da Guiana.
"Estabelecemos a aplicação de sanções muito fortes contra qualquer golpe de Estado ou tentativa de golpe de Estado, de alteração da democracia e constitucionalidade ... limitação do comércio, fechamento de fronteiras terrestres, de operações aéreas e suspensão de comércio com esse país", explicou o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño.
A decisão é um apoio claro à democracia no Equador, que sofreu em 30 de setembro um protesto de policiais exigindo benefícios econômicos, o que Quito qualifica como tentativa de golpe de Estado que colocou em perigo a democracia.
A Unasul reagiu rapidamente em apoio a um de seus integrantes --além de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Guiana, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela-- e se reuniu de maneira extraordinária em Buenos Aires a pedido do então secretário-geral Néstor Kirchner.
"Temos um acordo global entre os ministros de Relações Exteriores que vamos apresentar aos presidentes. Eles resolverão se estão totalmente de acordo com nossa redação", disse Patiño.
Os chanceleres demoraram para chegar a um consenso e, por isso, Patiño esclareceu que não há temas pendentes no documento que será entregue aos mandatários.
Devem participar da cúpula os presidentes de oito dos 12 países membros do organismo: Argentina, Suriname, Equador, Guiana, Colômbia, Paraguai, Brasil e Venezuela.
Os presidentes também tratarão de discutir a eleição do sucessor de Kirchner, que morreu no fim de outubro. Patiño afirmou que o tema não foi tratado pelos chanceleres.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Agro y violencia de clase
Foto de Sebastião Salgado:

Por Claudio Scaletta, para Página/12
Desde el sentido común de las clases medias y altas suelen asociarse los comportamientos sociales desaforados a los sectores populares. La imagen tradicional va desde una movilización de de-socupados, a un acto sindical o la salida de la popular de la cancha de fútbol. Es entonces, frente al avance de las hordas, cuando los buenos vecinos cierran las persianas de sus comercios y moradas, y el aluvión zoológico mete, a sus anchas, las patas en la fuente.
Pero desde los inicios de la revuelta campera los representantes de las corporaciones agropecuarias se las ingeniaron para subvertir su propio sentido común de clase. Primero se apropiaron de la metodología de reacción utilizada por los sectores más castigados por las políticas de exclusión de los ‘90: los cortes de ruta. De la desazón de las clases medias urbanas en 2001 tomaron las cacerolas; ahora con teflón y en manos de “la muqui”. De la desesperación de los hijos de desaparecidos por la impunidad arrebataron los escraches.
La banalización de los instrumentos de protesta social requirió un elemento adicional: el doble estándar moral. El titular de la Sociedad Rural, Hugo Biolcati, fue diáfano cuando demandó que en los piquetes se distinga el color de piel de los unos y los otros. Los medios de comunicación tomaron la posta y sólo se irritan cuando el tránsito lo cortan los morochos. Cuando las camionetas full equipe bloquean rutas y desabastecen ciudades es otra cosa.
Para las corporaciones agropecuarias y la dirigencia política que pugna por su representación, ir hasta los hogares de quienes piensan distinto a insultar y golpear, agredir físicamente a los candidatos del partido contrario, irrumpir con improperios en actos políticos o tratar de “pelotudo” a un ex presidente, son actos que pueden merecer reprobación formal, pero también comprensión. Todo vale cuando el objetivo supremo es pagar menos impuestos.
Mientras las “autoconvocadas” hordas camperas pegan, escupen, huevean, patotean e insultan a los que no piensan como ellos, su ala intelectual construye un relato de democracias, instituciones y repúblicas acosadas. Si el Gobierno defiende su modelo desde el atril, confronta y se crispa, si no acepta las imposiciones de las corporaciones, rechaza el diálogo y el consenso. Si establece un mecanismo tributario para compensar precios internos y redistribuir ganancias extraordinarias, atenta contra la propiedad privada y la seguridad jurídica. La derecha siglo XXI se renueva poco; las manifestaciones populares continúan siendo acarreos de ganado en aras del choripán. La culpa, dicen, es de la incultura y por eso pide más educación, pero arancelada.
Mientras tanto, en seis años, la actual administración nunca apeló al ejercicio de la violencia legítima desde el aparato represivo del Estado. No lo hace para contener la protesta social por los pendientes del modelo y, sin doble estándar, tampoco para responder a la creciente violencia corporativa de los empresarios del campo.
jaius@yahoo.com

Por Claudio Scaletta, para Página/12
Desde el sentido común de las clases medias y altas suelen asociarse los comportamientos sociales desaforados a los sectores populares. La imagen tradicional va desde una movilización de de-socupados, a un acto sindical o la salida de la popular de la cancha de fútbol. Es entonces, frente al avance de las hordas, cuando los buenos vecinos cierran las persianas de sus comercios y moradas, y el aluvión zoológico mete, a sus anchas, las patas en la fuente.
Pero desde los inicios de la revuelta campera los representantes de las corporaciones agropecuarias se las ingeniaron para subvertir su propio sentido común de clase. Primero se apropiaron de la metodología de reacción utilizada por los sectores más castigados por las políticas de exclusión de los ‘90: los cortes de ruta. De la desazón de las clases medias urbanas en 2001 tomaron las cacerolas; ahora con teflón y en manos de “la muqui”. De la desesperación de los hijos de desaparecidos por la impunidad arrebataron los escraches.
La banalización de los instrumentos de protesta social requirió un elemento adicional: el doble estándar moral. El titular de la Sociedad Rural, Hugo Biolcati, fue diáfano cuando demandó que en los piquetes se distinga el color de piel de los unos y los otros. Los medios de comunicación tomaron la posta y sólo se irritan cuando el tránsito lo cortan los morochos. Cuando las camionetas full equipe bloquean rutas y desabastecen ciudades es otra cosa.
Para las corporaciones agropecuarias y la dirigencia política que pugna por su representación, ir hasta los hogares de quienes piensan distinto a insultar y golpear, agredir físicamente a los candidatos del partido contrario, irrumpir con improperios en actos políticos o tratar de “pelotudo” a un ex presidente, son actos que pueden merecer reprobación formal, pero también comprensión. Todo vale cuando el objetivo supremo es pagar menos impuestos.
Mientras las “autoconvocadas” hordas camperas pegan, escupen, huevean, patotean e insultan a los que no piensan como ellos, su ala intelectual construye un relato de democracias, instituciones y repúblicas acosadas. Si el Gobierno defiende su modelo desde el atril, confronta y se crispa, si no acepta las imposiciones de las corporaciones, rechaza el diálogo y el consenso. Si establece un mecanismo tributario para compensar precios internos y redistribuir ganancias extraordinarias, atenta contra la propiedad privada y la seguridad jurídica. La derecha siglo XXI se renueva poco; las manifestaciones populares continúan siendo acarreos de ganado en aras del choripán. La culpa, dicen, es de la incultura y por eso pide más educación, pero arancelada.
Mientras tanto, en seis años, la actual administración nunca apeló al ejercicio de la violencia legítima desde el aparato represivo del Estado. No lo hace para contener la protesta social por los pendientes del modelo y, sin doble estándar, tampoco para responder a la creciente violencia corporativa de los empresarios del campo.
jaius@yahoo.com
domingo, 15 de março de 2009
Abe

Por Santiago O’Donnell, para Página/12
A propósito de la reunión de ayer entre Lula y Obama, y para saber cómo viene la mano con los yanquis en América latina, Página/12 intentó ubicar a Lowenthal. Presidente fundador del Diálogo Interamericano, profesor de Relaciones Internacionales de la universidad de Southern California, analista regional del Consejo del Pacífico para las Relaciones Internacionales, investigador “senior” de la Brookings Institution y muchas cosas más, Abraham F. Lowenthal es, sobre todo, un hombre de consulta obligada para los gobiernos demócratas en todo lo que hace a las relaciones con las Américas. Lo que se dice un tipo muy respetado y muy bien conectado.
¿En qué andará “Abe” Lowenthal?
Ubicado vía celular en Jamaica, donde participaba de una conferencia académica, Lowenthal contó que acaba de escribir un artículo académico sobre la relación de Obama con las Américas que saldrá el mes que viene en el libro The Obama Administration and the Americas (Brookings Institution Press, 2009), volumen del cual es coeditor junto a Theodore Piccone y Laurence Whitehead.
Su secretaria Melissa mandó el artículo desde Los Angeles para que Página/12 pudiera contar con el adelanto exclusivo.
Difícil resumir trece páginas densas en pocos párrafos, pero básicamente el artículo dice esto: con los problemas que tiene Obama, no es realista creer que le va a dedicar mucha energía a la región. Pero eso no quiere decir que no pueda tener un impacto significativo. La clave pasa por la calidad de la atención: con poco se puede hacer mucho.
Primero hay que hacer un par de distinciones, dice el artículo, porque los países son distintos y no se los puede agrupar simplemente en buenos y malos según la apertura de sus economías y el desarrollo de sus instituciones. La distinción más importante es entre México, Centroamérica y el Caribe, por un lado, y Sudamérica, por el otro. El primer bloque está cada vez más integrado a los Estados Unidos por los flujos económicos y migratorios. En cambio Sudamérica está cada vez más alejada porque ha diversificado sus relaciones con otras potencias y mercados, pero aún allí Estados Unidos sigue siendo importante.
Después el texto va marcando prioridades. Empieza por casa, con asuntos domésticos de gran impacto en la región: inmigración, comercio exterior, energía y narcotráfico. Hay que empujar una reforma migratoria con blanqueo incluido y derribar el muro, dice. Hay que dejar de perder el tiempo con el Nafta para impulsar tratados bilaterales que tengan en cuenta los reclamos ambientales y los intereses sindicales de los países signatarios, aconseja. Hay que invertir en petróleo y gas en México, Venezuela, Brasil y Cuba, y energía alternativa en la Argentina (energía nuclear), Brasil, Chile y Uruguay, y biocombustible basado en caña de azúcar en Brasil, Centroamérica, Cuba y el resto del Caribe.
Con respecto al narcotráfico, sostiene que hay que abandonar la metáfora de “guerra contra la droga” y dejar de buscar una victoria inalcanzable contra un enemigo definido. “La administración y el Congreso deberían priorizar mucho más la prevención, el tratamiento, la rehabilitación y los programas laborales para los jóvenes. Debería incrementar su inversión en desarrollo alternativo bien estructurado y en programas de empleo para países en desarrollo donde el cultivo de droga parece la única alternativa a la pobreza extrema, y debería concentrarse menos en fumigar cosechas e interceptar cargamentos y más en interrumpir el flujo de dinero y armas que lubrica al narcotráfico desde Estados Unidos.”
Después señala cuatro prioridades geográficas: el bloque México–Centroamérica-Caribe, Brasil, la región andina y Cuba. Dice que Brasil y Estados Unidos tienen muchos intereses en común y los enumera, y elogia al país sudamericano por los avances en la economía, la lucha contra la pobreza y la seguridad, aclarando que especialmente en este último ítem queda mucho por hacer.
De la región andina advierte sobre la fragilidad de sus instituciones y los desafíos por delante y, sin nombrarlos, elogia a Morales y Correa: “En Bolivia y Ecuador, dos esfuerzos muy diferentes e innovadores están en marcha para refundar la identidad nacional, crear instituciones políticas más inclusivas, y capturar más beneficios de sus recursos naturales”. Sobre Colombia reconoce “progresos” en la lucha contra la guerrilla, pero advierte sobre las “tendencias autoritarias de su gobierno.” Chávez es el único que aparece con nombre y apellido en el paper de Lowenthal. Dice, por un lado, que el poder del venezolano se sostiene en base al “apoyo popular de sectores que previamente no tenían voz ni influencia”, pero destaca, por el otro, que el ejercicio de ese poder es “autoritario y personalista”. Recomienda bajar el perfil en Venezuela, no contestar las críticas bolivarianas y buscar nichos de cooperación para construir de a poco una relación más positiva.
Con respecto a Cuba, dice que Obama tiene que dejar de prestarles atención a los “lobbies y grupos de presión” de Miami y olvidarse de los votos de Florida en el colegio electoral, para hacer lo que reclama el “interés nacional”, esto es, normalizar las relaciones. Dice que Obama tiene suficientes votos en el Congreso para hacerlo, y que hay que empezar por mejorar la cooperación en temas de mutuo interés.
El texto termina con un par de recomendaciones generales: ayudar a combatir la pobreza y restablecer la “confianza”, única palabra en castellano que usa Lowenthal en todo su escrito. Dice que con la crisis financiera no habrá mucho dinero disponible, pero que ese poco, bien usado, podría tener un impacto significativo si se lo hace llegar no sólo a los países más pobres, sino a los bolsones de pobreza extrema que persisten en los demás. Remata la idea con una frase bastante graciosa dentro de un texto lleno de sutiles ironías: “Ciertamente, no son tiempos éstos para considerar otra Alianza para el Progreso. Pero Estados Unidos puede hacer mucho más para ayudar a confrontar la agenda regional de desarrollo que las pálidas imitaciones de los programas de salud y educación de Cuba y Venezuela que el presidente Bush anunciara durante su gira latinoamericana del 2007”.
La sección dedicada a la “confianza” es más intimista, más cercana a las innumerables relaciones personales del autor, tejidas en más de 30 años de constantes viajes por la región. Este cronista lo conoció a los trece en Princeton y nueve años más tarde fue citado por él en un bar de la calle Córdoba, donde le fue ofrecida la chance, con beca iucluida, de realizar una maestría de periodismo internacional en la mejor universidad privada de Los Angeles.
“La interacción con latinoamericanos ha sido muchas veces de intromisión y ninguneo, desde el trato dispensado por los agentes de aduanas e inmigración a nivel individual, hasta las fastidiosas presiones que reciben los gobiernos latinoamericanos con respecto a distintas votaciones en organismos internacionales”, señala Lowenthal. Dice que después de tanto predicar el respeto por los derechos humanos, “es entendible que los latinoamericanos critiquen el uso de la tortura y la cárceles ilegales en la llamada Guerra al Terrorismo”, y que también es entendible que la imagen de Estados Unidos en la región sea pésima. Recomienda empezar a tratar a los latinoamericanos con más respeto: “Ser cooperativos en vez de dominantes, comprometidos con el multilateralismo y las instituciones internacionales, sensibles a las aspiraciones latinoamericanas de mayor reconocimiento internacional, y fieles a los valores fundamentales compartidos por los ciudadanos a lo ancho de las Américas”.
Algunos temas de particular interés para lectores de la Argentina habían quedado afuera del trabajo y otros de candente actualidad podrían elaborarse un poco más. Por eso Lowenthal fue contactado nuevamente. Aceptó el siguiente reportaje telefónico, esta vez desde un hotel en Fort Myers, Florida.
–Leí sus consejos para la administración Obama. Usted conoce bien a los responsables de manejar el tema. Siendo realistas, ¿qué es lo que se puede esperar que hagan de todo lo que propone?
–Honestamente es demasiado pronto para saber. La administración Obama llegó al gobierno con muchos desafíos urgentes por delante y es entendible que su foco de atención esté puesto en ellos. Pero ninguna recomendación es imposible o aun difícil de imaginar. La administración anunció esta semana el nombramiento de un nuevo zar antidroga y eligió al ex jefe de policía de Seattle, un hombre conocido por poner el énfasis en el tratamiento y la rehabilitación como principales vías para encarar el problema de los narcóticos. En la política hacia Cuba, un área que ha resistido cambios durante décadas, ya empezó el proceso de aflojar el embargo y mi predicción es que habrá al menos promesas de más mejoras antes de la cumbre (interamericana) de Trinidad (y Tobago, a mediados del mes que viene) y creo que la cumbre será usada para dar señales de mayor apertura hacia una relación convencional con Cuba. También podría haber anuncios en Trinidad de algún programa multilateral de lucha contra la pobreza o el desempleo. Creo que es posible tener expectativas modestas de cambios realizables sin provocar una revolución en Estados Unidos.
–¿Qué importancia le da a la cumbre entre Obama y Lula?
–Creo que encaja en la categoría de los cambios que ya están ocurriendo. Debe haber más de 200 países cuya relación más significativa e importante es con los Estados Unidos y que el gobierno haya privilegiado respaldar una alianza estratégica con Brasil en la etapa inicial de la administración, encima con todo lo que está pasando, es toda una señal de la importancia que ambos países le asignan a la relación. Hay muchos temas de interés mutuo y por supuesto que habrá temas para negociar, como también los tiene este gobierno con Alemania, Gran Bretaña y otros aliados cercanos. Contrariamente a lo que muchos habrían predicho hace 15 años, Lula se ha convertido en el líder moderado, estable, prudente y práctico del país más grande y poderoso de América latina.
–¿La permanencia de Tom Shannon como subsecretario para las Américas representa alguna continuidad de las políticas de Bush?
–Shannon representa la ruptura del gobierno de Bush con la preocupación por Cuba y Centroamérica que se venía arrastrando desde la Guerra Fría, y una política más sutil y sofisticada para enfrentar los desafíos de Chávez y los países bajo su influencia. Más que llamarla la política de Bush, la llamaría la política de un funcionario de carrera, desarrollada en el último tramo del gobierno de Bush, con el apoyo de la canciller Condoleezza Rice. Veremos si lo confirman a Shannon más allá de la cumbre de Trinidad. Yo creo que ha sido el subsecretario más capaz y efectivo de los últimos veinte años.
–Algunos expertos caracterizan a la gestión de Shannon como de “negligencia benigna”. ¿Usted qué opina?
–No estoy de acuerdo. Creo que el nivel de atención ha sido constante desde los tiempos de Kennedy. Clinton no le prestó más atención a la región que Bush padre o Bush hijo. Lo que varía es la calidad de la atención y creo que mejorando la calidad se puede obtener un impacto muy grande.
–Su artículo casi no menciona a la Argentina. ¿Cómo ve las relaciones actuales y futuras con este país?
–No quiero decepcionarlo, pero no viajo a la Argentina desde junio del 2006 y por eso no tengo mucha información sobre cómo se ven las cosas allá, pero puedo darle una idea de cómo se ven en Washington. Dentro de las pocas referencias a la Argentina que hago en la síntesis regional, menciono la fortaleza de su sociedad civil y el deterioro de sus instituciones políticas. (También destaca y recomienda apoyar el trabajo de la Argentina y otros países en Haití). La poca atención relativa prestada en el paper es un reflejo fiel de cómo veo la clase de atención que Washington le dedica al país. En cierto punto, la Argentina había obtenido la etiqueta de “Aliado extra-OTAN”. Más allá de si esa etiqueta tenía algún significado, en estos momentos podemos decir que no se ajusta a la realidad.
sodonell@pagina12.com.ar
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Urubus e aspirinas

Emir Sader, para Agência Carta Maior
No momento da posse de Fernando Lugo, como primeiro presidente democrático do Paraguai, terminando com a ditadura de 60 anos do Partido Colorado, a revista The Economist dizia que aquele seria o último presidente de esquerda a ser eleito na América Latina. E, como urubus, afirmavam que a nova agenda trazida pela recessão – duras políticas de ajuste – e a violência dominariam a pauta política do continente e como a exploração desses temas são essencialmente de direita, voltariam governos conservadores na América Latina.
Se esqueceram que, aqui onde estou, em El Salvador, pela primeira vez a Frente Farabundo Marti é claramente favorita para eleger o jornalista Maurício Funes, presidente da República, no dia 15 de março. Erro de avaliação ou desconhecimento da revista inglesa ou tentativa de fazer dos seus desejos, realidade.
A mesma coisa acontece com os urubus da imprensa em geral. Em toda a primeira metade do ano acenaram com o risco de descontrole inflacionário, sem se dar conta da recessão, já instaurada naquele momento, na economia dos EUA, com possibilidades reais de propagação para outros países, que gera riscos de deflação, exatamente ao contrário do que diziam os urubus. Erro de avaliação ou desconhecimento ou tentativa de fazer passar seus desejos mórbidos pela realidade.
Instaurada a crise, os radicais de direita se apressam a explorar uma situação provocada pelas suas políticas, para tentarem tirar partido e enfraquecer os governos progressistas. Tentam, a cada dia, gerar um clima de pânico, dizendo que as conseqüências para nós serão terríveis, que o governo não leva em consideração seus efeitos, etc., etc., buscando gerar o caldo de cultivo para medidas conservadoras, que são tanto do seu agrado.
Obsesionados pelos clichês que formam sua visão de mundo, não conseguem perceber o que há de novo. Pela primeira vez há uma profunda crise na economia dos EUA e da Europa, mas a economia brasileira não quebra. Os efeitos da crise se revelam muito mais fortes nos países que a geraram, do que aqui.
Os governos progressistas buscam minimizar as conseqüências da crise, tratando de evitar que se propague a recessão, porque sabem que ela afeta sua necessidade de suas economias de seguir crescendo e expandindo suas políticas sociais. A diversificação do comércio internacional, o aumento do comércio interegional e com o sul do mundo, a grande expansão do mercado interno, assim como a significativa diminuição do comercio com os EUA – são os elementos que possibilitam mecanismos de defesa dos países da região que privilegiam os processos de integração regional. Ao contrário, um país como o México, que assinou Tratado de Livre Comércio com os EUA (e o Canadá), fez com que tenha 90% do seu comércio com seu vizinho do norte e agora, diante da profunda e prolongada crise da economia norte-americana, sofrerá de maneira dura e direta os efeitos dessa dependência.
Os urubus continuam com sede de carniça. Querem que a crise - gerada pelo modelo que eles pregaram como o ideal e aplicaram durante duas décadas e agora se revela a fonte essencial da crise – leve à derrota dos governos atuais na America do Sul, que volte a direita, que os representa politicamente. Que as economias da região entrem em recessão, que as políticas sociais não possam ser levadas adiante, que os governos percam apoio, que volte a direita.
Enquanto isso, tem que tomar muita aspirina, para agüentar o sucesso de Evo Morales, de Rafael Correa, de Lula, de Hugo Chávez, que abatem os urubus no vôo.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Setor energético latino–americano clama por integração

O setor energético latino-americano é um espelho fiel da realidade na região: recursos abundantes e falta de vontade política para os passos definitivos à integração. Problemas do setor foram debatidos em Munique.
Na conferência de dois dias sobre a América Latina encerrada na sexta-feira (31/10) em Munique, o principal tema foi a energia, um campo no qual o subcontinente vem dando enormes passos graças a suas reservas de petróleo e gás, entre outros, embora ainda se esteja aquém da exploração de todo o potencial deste setor.
"Os países não querem criar dependências na área energética e sob esta perspectiva a integração vem perdendo prioridade", disse Andrés Restrepo, diretor da ISA, companhia colombiana líder regional na distribuição de energia.
Problemas por resolver
Com uma maior integração no setor, a América Latina poderia reduzir custos, melhorar os serviços prestados aos clientes, fortalecer os mercados locais e fomentar o crescimento econômico. Apesar dos avanços nesta direção, entretanto, vários países ainda têm obstáculos a superar. Dois deles são a vontade política dos governos e a equiparação das regulamentações.
"Não é novidade que a energia seja usada como arma política, como instrumento de pressão. Isso acontece não só na América Latina. Atualmente, se vê isso entre a Rússia e os países do Cáucaso. O importante é que não se perca de vista que o setor é um instrumento de desenvolvimento e sustentabilidade", explicou Luís Enrique Berrizbeitia, vice-presidente da Corporação Andina de Fomento (CAF).
Agenda energética mundial
Jonas Fonseca, diretor de Prospecção e Produção do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), ofereceu um exemplo contundente dos paradoxos gerados pela falta de cooperação entre os países: "A integração atingiu um ponto muito difícil. Estamos agora importando gás da Nigéria e de Trinidad e Tobago, enquanto o Peru, nosso vizinho, exporta para o México, e a Bolívia não duplica o fornecimento para o Brasil, apesar de nossas necessidades. Na minha opinião, deve fazer-se um esforço continental neste terreno".
Ao problema político soma-se outro de grande importância global: o ambiental. "O mundo necessita de energia para crescer, mas o aumento da produção provoca o aquecimento climático", salientou Patrick Manning, primeiro-ministro de Trinidad e Tobago, país no qual a Alemanha investiu 3 bilhões de dólares em plantas de exploração de gás atendendo padrões ecológicos.
"O mundo precisa de uma agenda energética mundial para garantir o crescimento econômico", acrescentou Manning, ao explicar que seu país favorece o livre mercado como melhor alternativa de equilíbrio entre demanda e flutuação de preços.
O papel da Alemanha
O novo secretário da Economia da Baviera, Martin Zeil, considera que a Alemanha deve ser muito mais decidida no tocante ao papel a ser desempenhado por sua economia no setor energético latino-americano. "Vamos promover a participação de nossas empresas", disse Zeil nos debates em Munique.
O que ficou claro na conferência é que o crescimento mundial demanda energia e que os recursos disponíveis na região são cobiçados tanto pela Europa como pelo resto do mundo. Os países do subcontinente só podem se beneficiar disso se unirem esforços e trabalharem pela criação de uma infra-estrutura adequada, contando para isso com o apoio de nações desenvolvidas como a Alemanha.
Daniel Martínez, para Deutsche Welle
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Documentário revela papel dos EUA na política latino-americana

Filme sobre Henry Kissinger, a "eterna eminência parda" da Casa Branca, desvenda papel ativo dos EUA no golpe de Estado que derrubou Allende no Chile. Também no Brasil os EUA teriam impedido "a ascensão dos comunistas".
Mesmo sem ter ocupado nenhum cargo público nos últimos 30 anos, o ex-conselheiro nacional de segurança e ex-secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger continua sendo um homem muito próximo do poder. Hoje, aos 85 anos, é um dos principais conselheiros do presidente George W. Bush.
O canal de TV franco-alemão ARTE exibiu na última quarta-feira (15/10), dentro de uma série de documentários sobre os EUA em época de eleição, o longa-metragem Henry Kissinger – Segredos de uma Superpotência, do diretor alemão Stefan Lamby. Nos 90 minutos de filme, o "protagonista" Kissinger engasga duas vezes, tentando mudar de assunto.
Uma delas é quando o diretor fala de seus lendários casos com diversas mulheres. A outra é quando o assunto é o golpe militar no Chile e a participação dos EUA, ou melhor, a intervenção direta de Kissinger para que Salvador Allende fosse afastado do poder em 1973. "Se estivéssemos num estúdio de TV, Kissinger teria provavelmente levantado e ido embora, mas estávamos na casa dele em Nova York. Então ficou difícil", diz Lamby.
Silêncio que diz muito
Festejado por alguns como um verdadeiro popstar da política e acusado por outros de crimes de guerra, Kissinger evita, no filme, qualquer declaração comprometedora em relação à guerra do Vietnã ou à intervenção dos EUA no golpe militar no Chile.
À emissora Deutschlandradio, o diretor Lamby diz que o silêncio de Kissinger diz mais que qualquer coisa. Embora ele tenha cortado o assunto sobre o Chile, os signos "não-verbais" deixam entrever o que o ex-secretário de Estado omite. "Esses três ou quatro segundos depois do momento em que ele diz que não quer falar mais no assunto dizem muito mais sobre o que está por trás. A atmosfera, depois disso, ficou gélida", comenta Lamby.
"É claro que ele tinha, antes da entrevista, um plano claro sobre o que iria confessar e o que não", diz o diretor. A interrupção da conversa, no entanto, prova que ainda há muito a ser descoberto pelos historiadores do futuro.
"Allende a serviço da KGB"
Lamby, que já havia tentado desde 2000 rodar um documentário sobre Kissinger, só conseguiu em 2005 uma resposta positiva para agendar um encontro pessoal. Depois disso, ganhou a confiança da "eminência parda" dos bastidores políticos norte-americanos e recebeu o convite para passar dois dias na "casa de hóspedes" de Kissinger em Nova York.
Mesmo sem a confissão pessoal do ex-secretário de Estado, o diretor consegue, através de depoimentos de seus assessores de então, desvendar as interferências dos EUA na América Latina na década de 1970.
Alexander Haig, por exemplo, que foi chefe de gabinete do governo Richard Nixon (1969-1974) e mais tarde secretário-geral da Otan e secretário de Estado do governo Ronald Reagan (1981- 1989), afirma com veemência no documentário que "Allende trabalhava para a KGB [serviço de inteligência soviética] e estava sendo pago por eles".
"Impedindo a ascensão dos comunistas no Brasil"
Apoio dos EUA ao golpe foi essencialPara evitar a ascensão de Allende à presidência em 1970 e depois para desestabilizar seu governo, os EUA organizaram, lembra Haig, "uma série de ações encobertas através da CIA, semelhantes a outras anteriores na América Latina, que haviam levado a muito bons resultados, inclusive em administrações anteriores, evitando, por exemplo, a ascensão dos comunistas no Brasil e na Guatemala. Foi esse tipo de atividades que levou a CIA a se posicionar contra Allende", conta Haig no documentário.
Brent Sowcroft, outro assessor de Kissinger entre 1969 e 1975, confirma as ações de desestabilização. "Apoiamos com dinheiro as pessoas que protestavam, a fim de complicar a situação de Allende. As ações encobertas sempre foram parte da política dos EUA".
O próprio Kissinger, no documentário, quando aceita falar no assunto, dá respostas evasivas ao entrevistador, omitindo-se de qualquer responsabilidade no golpe militar. "Nixon dava ordens diretas aos serviços de inteligência e eu, obviamente, não me opunha", diz. Segundo ele, Nixon queria evitar que Allende "se transformasse num segundo Fidel Castro".
"Condições favoráveis"
Uma das provas da participação de Kissinger e Nixon na derrubada de Allende, levada à tela por Lamby, é a transcrição oficial de uma conversa telefônica entre Nixon e Kissinger cinco dias depois do golpe militar que levou o general Augusto Pinochet ao poder. Nesta conversa, Kissinger diz claramente que os EUA não "agiram diretamente, mas ajudaram a criar condições favoráveis" para o golpe.
"O que importa para Kissinger é apenas o resultado. Ele demonstra apenas um interesse mínimo por questões de direitos humanos. Isso fica claro no filme de Lamby", comenta o diário berlinense taz. Os 90 minutos porém, não são suficientes para desvendar a trajetória do ex-secretário de Estado. "Este homem, que em 1973 recebeu, numa das decisões mais errôneas possíveis, o Prêmio Nobel da Paz, ainda guarda muitos segredos", conclui o jornal alemão.
deutsche welle
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Popular, Correa une Equador moderno ao tradicional

Por Frank Jack Daniel
QUITO (Reuters) - O presidente do Equador, Rafael Correa, é um católico devoto e chegou a ser missionário, mas acaba de aprovar uma nova Constituição que garante a união civil de homossexuais e trata dos direitos dos transexuais.
Correa tem uma formação política próxima à esquerda católica, mas com uma importante contribuição da esquerda européia, com a qual ele travou contato há cerca de 20 anos, na época em que estudou na Bélgica, onde também conheceu sua esposa.
Aos 45 anos, foi eleito há dois para governar o Equador, que havia passado por uma década de turbulências políticas e econômicas. No domingo passado, voltou a encontrar a vitória, quando eleitores do Equador, que é filiado à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), aprovaram a nova Constituição, que lhe dá amplos poderes para acelerar a sua "revolução dos cidadãos".
A ponte que ele faz entre o Equador moderno e o tradicional lhe garante o apoio de uma ampla parcela do eleitorado, o que já o torna favorito à reeleição no começo de 2009, apesar de a oposição o acusar de estar se tornando um ditador e afugentando os investidores.
O equilíbrio entre posições aparentemente contraditórias já se tornou uma marca registrada do seu governo. Suas políticas conciliam alguns aspectos do "esquerdismo de mercado" do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com outros mais parecidos com o do venezuelano Hugo Chávez.
Correa tem pavio curto --como já demonstrou ao expulsar um repórter impertinente de um programa de rádio. Críticos e ex-assessores dizem que ele também pode tomar decisões abruptas de grande repercussão, como demitir um ministro das Finanças.
Já suas políticas sociais revelam a influência da Teologia da Libertação, e a oposição dele ao aborto --inclusive ameaçando renunciar caso a prática fosse autorizada na nova Constituição-- contribuiu para atenuar a oposição do clero conservador à nova Carta.
Por outro lado, recebeu apoio de ativistas por promover medidas em prol das minorias. "A comunidade gay e lésbica definitivamente considera que este governo está interessado em fortalecer os direitos civis. Sem dúvida, é um avanço", disse Margarita Camacho, autora de um relatório sobre a situação de travestis e transexuais no país.
A nova Constituição também exige que metade dos candidatos a cargos eletivos sejam mulheres, concede status oficial aos sistemas jurídicos indígenas e descriminaliza o uso de drogas.
ESCOTEIRO E CATÓLICO
Na juventude, Correa cogitou sem padre, criou um grupo de escotismo e trabalhou durante um ano numa aldeia indígena no miserável altiplano equatoriano, experiência que segundo amigos foi definitiva em sua vida.
"Expor-se à pobreza extrema da vida camponesa, a pessoas completamente abandonadas pelo Estado, foi completamente importante para ele", disse Homero Rendon, colega de Correa no escotismo durante a infância, hoje assessor do governo.
Em 1989, militando na política estudantil, Correa concluiu seu mestrado em economia numa universidade católica belga, onde assistiu à queda do Muro de Berlim em meio ao ambiente de discussões políticas com colegas de todo o mundo.
"Esta visão distinta de um mundo tolerante, com respeito pela natureza, pelos direitos humanos, por grupos como os idosos, isso foi produto da formação que o presidente teve na Europa", disse Washington Pesantez, que foi colega de Correa na Bélgica.
Apesar de tratar os investidores com dureza, Correa critica também a "infantilidade" dos esquerdistas mais radicais no governo, que pregam a moratória da dívida, restrições na mineração e nacionalização do petróleo.
Ele diz que o petróleo e os garimpos equatorianos precisam de investimentos, mas que é preciso garantir uma parte mais generosa para o investimento em programas sociais.
"A visão do presidente é de um socialismo moderno. Conforme vejo, perto da social-democracia", disse Pesantez, hoje procurador-geral do país, enquanto faz rabiscos com uma caneta Mont Blanc.
SWISSINFO
domingo, 14 de setembro de 2008
Todos somos Evo
Lo que está ocurriendo en Bolivia puede sucederle a cualquier presidente que pretenda hacer valer la soberanía nacional.
Miguel Bonasso
Los gobiernos sudamericanos, que se reunirán mañana en Santiago de Chile, deben dar una contundente respuesta al gobierno agonizante de George W. Bush, por su apoyo solapado, pero probado, a favor de los separatistas de Bolivia, que buscan derrocar al régimen constitucional y democrático de Evo Morales.
Aunque las cancillerías de la Argentina, Brasil, Venezuela y otros países de la región ya expresaron su apoyo a la democracia, la paz y la integridad de este país tan castigado y de tanto valor estratégico, es preciso que el conjunto de la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur) le haga sentir a Washington que la realidad hemisférica es muy distinta de la que imperaba cuando la CIA, la ITT y Henry Kissinger propiciaron el pinochetazo contra Salvador Allende, en aquel otro septiembre negro de 1973.
La dureza de la respuesta diplomática es imprescindible para que los candidatos presidenciales Barack Obama y John McCain sepan que, por encima de diferencias políticas e ideológicas, la diplomacia norteamericana está más que desacreditada en nuestra región, porque el modelo económico que propician ha convertido a América Latina en la zona más inequitativa del planeta.
Tanto el duro McCain, como esa incógnita que es Obama, deben saber que por este camino van mal y sólo conseguirán alentar el profundo sentimiento antinorteamericano que impera en la mayoría de nuestras sociedades.
El ejemplo de la Cumbre de Mar del Plata, en noviembre de 2005, debería resultar aleccionador. Allí la movilización popular del “Stop Bush”, aquel famoso Tren del ALBA, donde viajaron codo a codo el entonces candidato Evo Morales y Diego Armando Maradona, generaron el contexto adecuado para que los presidentes del Mercosur rechazaran de plano la intención de sumergirnos en el ALCA.
Todos somos Evo. Lo que está ocurriendo en Bolivia puede sucederle a cualquier presidente latinoamericano que pretenda hacer valer la soberanía nacional. Especialmente si intenta defender sus recursos naturales.
La estabilidad democrática en Bolivia es esencial para toda América del Sur, pero de manera muy especial para la Argentina y Brasil, que dependen en grado sumo del gas boliviano.
A los presidentes sudamericanos les sobran argumentos para defender a Evo Morales. Sus credenciales son absolutamente impecables. Acaba de ganar el referéndum con el 68 por ciento de los votos y a nadie le caben dudas de que las masas populares de Bolivia, incluidas las que padecen racismo y exclusión en los departamentos separatistas, lo apoyan decididamente.
Está procediendo, además, con una clara vocación pacifista, que excluye la represión violenta de los opositores, a pesar de que uno de los prefectos separatistas, el feudal Leopoldo Fernández, que fue funcionario de los dictadores militares García Meza y Banzer, organizó la reciente masacre de Porvenir, donde hubo al menos quince campesinos asesinados y numerosos desaparecidos.
Sólo apeló a la última ratio, que es el Ejército, cuando los separatistas de la “media luna” se lanzaron a ocupar aeropuertos, estaciones de ómnibus, aduanas y rutas aledañas a los campos petroleros y gasíferos. Lo cual está más que justificado por la índole criminal y racista de las minorías oligárquicas que amenazan balcanizar a Bolivia.
Ha sido tan prudente que algunos sectores populares, indefensos ante los grupos paramilitares del separatismo, se lo reprochan. Su respuesta ha sido eminentemente política:les envió una carta a los cinco prefectos separatistas de Beni, Pando, Santa Cruz, Tarija y Chuquisaca, llamándolos al diálogo. Y ha demostrado en los hechos esa vocación dialoguista al encontrarse con Mario Cossio, el prefecto de Tarija, un ex diputado del derechista MNR que fue colaborador del único presidente de Bolivia que hablaba con acento norteamericano, e l ine f abl e Sánchez de Losada.
Los clásicos “observadores”, supuestamente imparciales, no toman en c u ent a , e n sus llamados abstractos y reiterados a un diálogo de supuestos iguales, la índole fascista de los opositores que ahora ha quedado rubricada con sangre. Pretenden igualar la fortaleza institucional de Morales con la de estos conspiradores atrincherados en sus feudos.
Bolivianos recientes, en muchos casos naturalizados y emigrados de los Balcanes, no ocultan ni su ideología ni sus propósitos. Como Branko Marinkovik, el croata nazi que preside el autodenominado Comité Cívico de Santa Cruz. Hace algunos meses prenunció la masacre con esta frase: “Mi familia conoce la dureza del comunismo, huimos de un país que fue tomado por los comunistas y allí también hubo hambruna. […] Se acerca la guerra, que sepan las madres cruceñas que si vamos a ir a la guerra, vamos a derramar la sangre de sus hijos de manera responsable”.
Tampoco hubo imprudencia alguna en la decisión de expulsar al embajador norteamericano Philip S. Goldberg, diga lo que diga el Departamento de Estado. Goldberg, a quien calificamos en estas mismas páginas como “un experto en secesiones”, había sido un protagonista en la rebalcanización de los Balcanes: entre 1994 y 1996 estuvo en Bosnia y antes de su destino en La Paz fue jefe de misión en Pristina, la capital de Kosovo.
Muchos meses antes de que Evo Morales lo expulsara, tuvo que disculparse ante el presidente boliviano, cuando el asistente de seguridad de la embajada, Vicent Cooper, fue acusado judicialmente de contratar agentes locales para espiar a cubanos y venezolanos en territorio boliviano.
Antes y después de ese escándalo financió a los grupos opositores a través de dos agencias habitualmente utilizadas por Washington para estos menesteres. La NED (National Endowment for Democracy), que cumplió la misma tarea en el golpe de 2002 contra Hugo Chávez, y la USAID, que en los setenta entrenaba a policías sudamericanos, como los que organizaron la Triple A. En enero de 2007 promovió un interesante seminario sobre seguridad y defensa en el que participaron militares norteamericanos, con la clásica excusa de la “ayuda humanitaria al pueblo boliviano”.
Ya vieron los campesinos de Porvenir cómo se canaliza esa “ayuda humanitaria”.
Con estas y otras cartas en la mano, los presidentes sudamericanos que se reunirán mañana en Santiago de Chile deberían señalarle a Washington que ya no hay espacio en la región para tolerar injerencias golpistas.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Ex-bispo Lugo toma posse no Paraguai sob expectativa de mudança

Por Daniela Desantis
ASSUNÇÃO (Reuters) - O ex-bispo Fernando Lugo toma posse na sexta-feira como presidente do Paraguai, num fato histórico que gera a expectativa de reformas no país, o qual atravessa uma fase de crescimento, mas ainda sofre com a miséria e as desigualdades.
Lugo, de 57 anos, que até 2005 dirigia uma diocese carente, é o primeiro ex-bispo a se tornar presidente de um país. A posse, à qual devem comparecer quase cem delegações estrangeiras, marca o fim de mais de 60 anos de hegemonia política do Partido Colorado.
Dirigentes da região --como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador)-- devem assistir à posse de Lugo, cuja formação política deriva da Teologia da Libertação. Da América do Sul, os principais ausentes serão Álvaro Uribe (Colômbia) e Alan García (Peru).
Lugo chega ao Palácio de los López legitimado por 40 por cento dos votos na eleição presidencial. Sua coalizão de centro-esquerda reúne a maior parte da oposição ao Partido Colorado.
A longa transição paraguaia para o pluripartidarismo pleno começou em 1989, com a queda da ditadura de Alfredo Stroessner, que era ligado aos colorados. Nesse período, o país viveu uma série de ameaças de golpe, conflitos sociais, assassinatos políticos e escândalos de corrupção.
Apelidado de "bispo dos pobres", Lugo, que só usa roupas simples e sandálias, terá como principais desafios o combate à corrupção e à pobreza, que afeta 40 por cento dos paraguaios. No campo externo, ele promete renegociar os termos da venda de energia da usina de Itaipu para o Brasil.
"As pessoas têm muita fé, muita esperança. É bispo, todos estão certos da sua honestidade, e espera-se uma mudança no social. É um homem muito diferente do que estamos acostumados na política", disse Alba Pasmor, vendedora de eletrodomésticos e filiada ao Partido Colorado.
(Reportagem adicional de César Illiano)
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Autonomías de conveniencia

JOSEP MARIA DEOP MURILLO - Cochabamba, Bolivia - 11/08/2008
No. Definitivamente, no es el Gobierno de Evo Morales el mejor del mundo. Claro que no, ¿acaso alguno lo es? Pero es un Gobierno legítimo, votado por una inmensa mayoría de bolivianos, que todavía hoy encarna el deseo de transformar un país anclado en el feudalismo en una sociedad más justa y equitativa. En 2006, las viejas élites políticas y empresariales se parapetaron como pudieron en los gobiernos regionales -las prefecturas-. Estos gobiernos, dirigidos con mano de hierro por personajes vinculados directa o indirectamente con grupos e intereses de extrema derecha, han izado la bandera de la autonomía para minar la autoridad de Morales y sus ministros y, de facto, impedir cualquier acción de gobierno. A cuatro días del referéndum que debe dilucidar si Morales continúa o no, el propio alcalde de Santa Cruz de la Sierra, Percy Fernández, llamaba a las fuerzas armadas a "tumbar al Gobierno".
Y, sin embargo, de puertas afuera, tratan de difundir la idea de que son ellos quienes defienden la democracia ante el autoritarismo de Morales y de que las regiones "de progreso" luchan por una mayor autonomía frente al centralismo de La Paz; de ahí que se reclamen admiradores del modelo autonómico español. Pues bien, nada puede haber más falso en esta imagen. Las mismas élites que ahora se apegan a las banderas regionales de Santa Cruz o Tarija participaron entusiastamente en los gobiernos anteriores a Morales, ocupando cuantos cargos fuese posible y contribuyendo a ahogar a Bolivia en la pobreza. Baste recordar al propio dictador Hugo Bánzer, originario de Santa Cruz, para darse cuenta de que las élites cruceñas nunca habían sufrido demasiadas dificultades para acceder a los espacios del poder central.
Ayer, y a pesar de todos los esfuerzos de los prefectos por impedir el referéndum, los ciudadanos tuvieron la última palabra. Ojalá que las élites bolivianas, tan poco acostumbradas a escucharla, sean capaces de aceptar el resultado.
sábado, 28 de junho de 2008
El rasgo árabe de América latina
FRONTEIRA ARGENTINA, BRASIL E PARAGUAI:

CRÍTICA DIGITAL:
Sociólogos, antropólogos e historiadores analizarán fenómenos sociales como la Triple Frontera que comparten Argentina, Brasil y Paraguay.
Buenos Aires es la capital latinoamericana elegida para la puesta en marcha de "De rasgos árabes", un proyecto cultural auspiciado por la cooperación española para indagar, desde el punto de vista artístico, en los vínculos entre América Latina y el mundo árabe.
La iniciativa, que se estrenará en la capital argentina el próximo día 30, pretende analizar los nexos culturales, sociales y políticos establecidos entre regiones aparentemente tan dispares como Latinoamérica y los países árabes a través de exposiciones, ciclos de cine, seminarios y publicaciones.
El proyecto, explicó a EFE su impulsor, el artista español Pedro Romero, surgió tras el asesinato del joven electricista brasileño Jean Charles de Menezes a manos de la Policía británica después de los atentados islamistas perpetrados en Londres en julio de 2005.
El error, recordó Romero, se justificó por la confusión de la Policía por los supuestos "rasgos árabes" que encontraron en Menezes y que les llevaron a pensar que se trataba de un presunto sospechoso de los atentados.
A partir de ahí, Romero inició un proceso de investigación sobre la representación del mundo árabe en Latinoamérica para elaborar una propuesta de cultura contemporánea.
La iniciativa "es una plataforma para entrecruzarse con proyectos del mundo árabe", apuntó Romero.
En Buenos Aires, "De rasgos árabes" incluirá seminarios, proyecciones y conferencias con la participación de la historiadora de arte francesa Catherine David, directora de "Documenta x" y de "Representaciones Arabes Contemporáneas", y con análisis sobre las obras de los directores argentinos Lucas Demare, Leopoldo Torres Ríos, Leonardo Favio y Nicolás Sarquis.
Tras Buenos Aires, el proyecto, auspiciado por la red de Centros de Cooperación Cultural de España, se trasladará a San Pablo (Brasil), México, Santiago de Chile y El Salvador.

CRÍTICA DIGITAL:
Sociólogos, antropólogos e historiadores analizarán fenómenos sociales como la Triple Frontera que comparten Argentina, Brasil y Paraguay.
Buenos Aires es la capital latinoamericana elegida para la puesta en marcha de "De rasgos árabes", un proyecto cultural auspiciado por la cooperación española para indagar, desde el punto de vista artístico, en los vínculos entre América Latina y el mundo árabe.
La iniciativa, que se estrenará en la capital argentina el próximo día 30, pretende analizar los nexos culturales, sociales y políticos establecidos entre regiones aparentemente tan dispares como Latinoamérica y los países árabes a través de exposiciones, ciclos de cine, seminarios y publicaciones.
El proyecto, explicó a EFE su impulsor, el artista español Pedro Romero, surgió tras el asesinato del joven electricista brasileño Jean Charles de Menezes a manos de la Policía británica después de los atentados islamistas perpetrados en Londres en julio de 2005.
El error, recordó Romero, se justificó por la confusión de la Policía por los supuestos "rasgos árabes" que encontraron en Menezes y que les llevaron a pensar que se trataba de un presunto sospechoso de los atentados.
A partir de ahí, Romero inició un proceso de investigación sobre la representación del mundo árabe en Latinoamérica para elaborar una propuesta de cultura contemporánea.
La iniciativa "es una plataforma para entrecruzarse con proyectos del mundo árabe", apuntó Romero.
En Buenos Aires, "De rasgos árabes" incluirá seminarios, proyecciones y conferencias con la participación de la historiadora de arte francesa Catherine David, directora de "Documenta x" y de "Representaciones Arabes Contemporáneas", y con análisis sobre las obras de los directores argentinos Lucas Demare, Leopoldo Torres Ríos, Leonardo Favio y Nicolás Sarquis.
Tras Buenos Aires, el proyecto, auspiciado por la red de Centros de Cooperación Cultural de España, se trasladará a San Pablo (Brasil), México, Santiago de Chile y El Salvador.
segunda-feira, 10 de março de 2008
Mergulho na América do Sul
BBC:
Na semana em que celebra 70 anos, a BBC Brasil está publicando uma série especial que investiga a relação do Brasil com seus vizinhos sul-americanos e percepção que políticos, especialistas, empresários e a população nas ruas têm dessa relação.
A série levou mais de três meses para ser produzida e envolveu o trabalho de oito repórteres, que visitaram todos os países do subcontinente. O trabalho gerou quase 30 vídeos e dezenas de textos, que estão sendo publicados ao longo desta semana.
Da apuração surge um quadro tão complexo como a própria região, com opiniões diversas, e às vezes oposta, sobre o papel e a posição do Brasil na América do Sul.
Nossa repórter Andrea Wellbaum, por exemplo, mostra que na Argentina a invasão das empresas brasileiras está criando menos gritaria do que a onda de importações da década de 90 gerou.
No Peru, a repórter Márcia Freitas verificou que há uma posição ambígua em relação à estrada interoceânica, que vai ligar a região brasileira da Amazônia ao Pacífico. Para os peruanos, a construção é positiva, mas eles temem que sem resolver problemas políticos, alfandegários e de acordos comercias, a estrada poderá produzir muito menos resultados do que o esperado.
Na isolada Guiana, o repórter Daniel Gallas conferiu como o país está internacionalizando sua parte da Amazônia e como, consumida por crises internas, sua população está de costas para o Brasil.
De todos os países da região, da fronteira com o Paraguai aos escritórios da capital chilena, da Venezuela de Hugo Chávez ao Equador de Rafael Corre, emergem histórias interessantes, curiosas e reveladores sobre como o gigante brasileiro é visto por seus vizinhos.
São essas histórias e reportagens que a BBC Brasil publica nesta semana.
Edson Porto
Editor-chefe
CLIQUE NO TÍTULO DESTA POSTAGEM PARA LER AS MATÉRIAS.
Na semana em que celebra 70 anos, a BBC Brasil está publicando uma série especial que investiga a relação do Brasil com seus vizinhos sul-americanos e percepção que políticos, especialistas, empresários e a população nas ruas têm dessa relação.
A série levou mais de três meses para ser produzida e envolveu o trabalho de oito repórteres, que visitaram todos os países do subcontinente. O trabalho gerou quase 30 vídeos e dezenas de textos, que estão sendo publicados ao longo desta semana.
Da apuração surge um quadro tão complexo como a própria região, com opiniões diversas, e às vezes oposta, sobre o papel e a posição do Brasil na América do Sul.
Nossa repórter Andrea Wellbaum, por exemplo, mostra que na Argentina a invasão das empresas brasileiras está criando menos gritaria do que a onda de importações da década de 90 gerou.
No Peru, a repórter Márcia Freitas verificou que há uma posição ambígua em relação à estrada interoceânica, que vai ligar a região brasileira da Amazônia ao Pacífico. Para os peruanos, a construção é positiva, mas eles temem que sem resolver problemas políticos, alfandegários e de acordos comercias, a estrada poderá produzir muito menos resultados do que o esperado.
Na isolada Guiana, o repórter Daniel Gallas conferiu como o país está internacionalizando sua parte da Amazônia e como, consumida por crises internas, sua população está de costas para o Brasil.
De todos os países da região, da fronteira com o Paraguai aos escritórios da capital chilena, da Venezuela de Hugo Chávez ao Equador de Rafael Corre, emergem histórias interessantes, curiosas e reveladores sobre como o gigante brasileiro é visto por seus vizinhos.
São essas histórias e reportagens que a BBC Brasil publica nesta semana.
Edson Porto
Editor-chefe
CLIQUE NO TÍTULO DESTA POSTAGEM PARA LER AS MATÉRIAS.
Assinar:
Postagens (Atom)