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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O VENENO ESTÁ NA MESA


CONVITE
O Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA/RS, a Cáritas Regional/RS, o Centro de Apoio Operacional de Defesa dos Direitos Humanos, o Centro de Apoio Operacional de Defesa do Consumidor, o Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual e o Comitê da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida, convidam para participar do Debate sobre o DocumentárioO Veneno está na Mesa”, dia 12 de setembro de 2011, às 14 horas,  no Auditório do Palácio do Ministério Público Estadual, na Praça Marechal Deoodoro 110, 3º andar, Porto Alegre, conforme programa anexo.

Serão debatedores: Sr. Leonardo Melgarejo da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio)  e a Sra. Maria José Guazelli, Engenheira Agrônoma, Fundadora do Centro Ecológico de IPÊ/RS.

A referida atividade integra a Tenda da Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável que é uma organização menos formal e ocasional, de abrigo a um leque amplo e variado de iniciativas e atividades relacionadas à Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (SANS).

Antecedendo e durante a V Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do RS – V CESANS RS, sob a coordenação geral da Subcomissão de Conteúdo e Metodologia, a Tenda da SANS oferecerá atividades gratuitas, com coordenações próprias e autogestionadas, em diversos locais e horários e aberta ao público interessado nas temáticas programadas que são relacionadas com o tema geral da Conferência: “Implementação do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do RS”.

Maiores informações entrar em contato com Sheila da Comissão de Direitos Humanos do CONSEA/RS (51 9102 1941) ou com Altair da Cáritas Regional (51 3272 1700).

A presença de todos e todas é indispensável!
Atenciosamente!

Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA/RS
Comitê da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida
Centro de Apoio Operacional de Defesa dos Direitos Humanos do MPE
Centro de Apoio Operacional de Defesa do Consumidor do MPE
Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente do MPE
Cáritas Regional/RS


PROGRAMA
14h – Abertura: Acolhida dos participantes e Apresentação dos Organizadores
14h 15min – Introdução ao Documentário e Divulgação da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida
15h – Debate sobre o Veneno está na mesa:
Sr. Leonardo Melgarejo da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) 
Sra. Maria José Guazelli, Engenheira Agrônoma, Fundadora do Centro Ecológico de IPÊ/RS.
16h - Debate entre os participantes
17h - Encerramento

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

ORIGEM DA BURRICE NORTE-AMERICANA


"Professores que não ensinam e sorteios para entrar numa escola decente. O novo documentário do diretor de Uma verdade incoveniente expõe o desastre da educação americana - e traz lições também para o Brasil."

A citação acima faz parte do início de uma reportagem publicada pela revista Época (edição 645, páginas 102 - 104 / 27 de setembro de 2010) entitulada "A loteria do ensino público". Confesso que ainda estou abismada com tudo que li na revista e vi no trailer do documentário Waiting for Superman. É realmente algo difícil de digerir. O filme estreou semana passada nos Estados Unidos e já está causando polêmica. Afinal, é impossível não se chocar com a decadência da educação pública de um país que é considerado desenvolvido. Obviamente, as comparações com o Brasil são inevitáveis, pois vivemos semelhante ou pior situação; contudo, creio que ainda existam profissionais inconformados que lutam por mudanças.

Há que se ressaltar ainda os depoimentos dos profissionais da educação ao longo do documentário. Os poucos que o trailer apresenta já dão um panorama nu e cru do colapso do ensino público nos EUA. É impossível não se surpreender com as fortes palavras de Michelle Rhee ao se referir ao tipo de ensino que as crianças recebem: "You wake up every morning and you know that the kids are getting a really crappy education right now..."
("Você acorda a cada manhã sabendo que as crianças recebem uma porcaria de educação nesse momento..."). Outra fala impactante é a de um homem cujo nome não é mencionado; porém, parece ser morador de algum bairro de Washington, D.C.; o mesmo afirma que a escola tem causado danos à comunidade uma vez que a grande maioria de seus alunos não consegue se graduar. Algo que também achei fantástico e não poderia deixar de comentar foi a apresentação das pesquisas relacionadas ao desempenho escolar das crianças norte-americanas. Enquanto os EUA não conseguem ficar à frente de outros países ricos em rankings internacionais de matématica e ciências, eles se mantêm em primeiro lugar no quesito autoconfiança. Contudo, o mais interessante é que o diretor aborda tudo isso mostrando a cena de um jovem fazendo uma manobra estúpida de bike e ao fundo a canção American idiot do Green Day. Simplesmente fantástico!

Bem, quando recebi o e-mail com o link do trailer do filme, me interessei muito em ler a reportagem, então, corri para comprar a revista, pois não consegui acreditar no que vi no vídeo - crianças, em pleno território americano, angustiadas e ansiosas por serem sorteadas para estudar em um escola melhor (escolas charter) e assim terem a chance de mudar a sua realidade. Não vejo a hora de ver o filme, pois só o trailer já traz tantos temas interessantes para discussão. Certamente, Davis Guggenheim descortina mais uma vez a realidade para o despertar de muitos.
 

quarta-feira, 9 de junho de 2010

When You’re Strange: A Film About The Doors


Realizado por Tom DiCillo e narrado por Johnny Depp, é um novo documentário com imagens de arquivo inéditas sobre a mítica banda de Jim Morrison.

O documentário inclui imagens de um filme experimental sobre Morrison rodado em 1969 e até há pouco tempo desconhecido: chama-se “Highway” e foi realizado por Paul Ferrera e Babe Hill, que eram amigos do cantor.

Euronews

domingo, 13 de setembro de 2009

O mito do Sapucay

PORTO MAUÁ:

FELIPE DORNELES
fdorneles@correiodopovo.com.br

Gritos que simbolizavam comemorações, sinais de alerta ou tristeza nas aldeias dos índios guaranis são tema do documentário 'Eco do Sapucay'. A produção, dirigida pelo cineasta santa-rosense Anderson Farias, retrata a história, a cultura e a música da região Noroeste do Estado. Sapucay, no dialeto mbya-guarani, proveniente da língua tupi, significa grito. O termo surgiu nas tribos guaranis, e os gritos simbolizavam emoções e momentos vividos pelos índios. Com o passar dos anos e a chegada dos jesuítas à região, o Sapucay foi tomando outras formas e outros significados. É esta a história abordada no documentário. Uma equipe de sete profissionais da área de cinema percorreu, durante quatro dias de gravações, municípios do Noroeste gaúcho e cidades argentinas que fazem fronteira com o Brasil.
Anderson conta que a ideia deste documentário surgiu no seu retorno à terra natal. Jornalista e artista plástico, natural de Santa Rosa, ele passou um período no Rio de Janeiro, cursando Cinema, e retornou com o objetivo de contar histórias da região. Instigado por amigos cariocas para encontrar um tema e desenvolver um trabalho, lembrou dos contos do Sapucay. A mãe de Anderson é natural de Porto Mauá, onde ele ouvia falar da história de um gaiteiro, que vivia na beira do rio Uruguai, chamado Sapucay. 'Até o momento, para mim, Sapucay era um homem que vivia na barranca do rio Uruguai, e realizava bailes em sua casa para driblar a fiscalização na fronteira, e permitir que o chibo (contrabando de mercadorias) ocorresse na região'. A história conta que gritos eram usados como sinais, para que os chibeiros soubessem se podiam fazer a travessia ou não, se haviam no momento pessoas controlando o fluxo na fronteira.
Cláudia Cavali, historiadora de Porto Mauá, explica: 'Na década de 1940, quando João Felipe Bernardo, veio para esta região, devido ao seu trabalho na estrada de ferro, foi apelidado de Sapucaia, pois era natural do município de Sapucaia do Sul, na Grande Porto Alegre. Mais tarde, devido à sua sua fama de gritar na beira do rio Uruguai, recebeu esta reformulação no apelido'.
Na cidade de Porto Mauá, Fronteira-Noroeste do Estado, o túmulo do Sapucay é a única lembrança da época. Anderson conta que descobriu com as pesquisas, que João Felipe Bernardo, o Sapucay, não era quem havia originado a lenda.
O cineasta diz que constatou que termo vinha dos guaranis e que o 'Grito do Sapucay' ainda está presente na música gaúcha por meio do gênero chamamé. A partir destas descobertas o documentário percorre locais por onde os gritos ecoavam.
Serviram como locações gravações o Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo, mais conhecido como Ruínas de São Miguel, em São Miguel das Missões, onde viviam índios guaranis; o Parque Estadual do Turvo, em Derrubadas, que tem como atração internacional o Salto do Yucumã, a maior queda d’água longitudinal do mundo, com 1,8 mil metros de extensão; as cidades de Santa Rosa, São Luiz Gonzaga, Porto Mauá. Na Argentina houve locações no Sítio Arqueológico de San Ignacio Meni, na província de Misiones. Além de Cláudia Cavali foram entrevistados o professor da Unijuí Larry Wiznieswiski e o tradicionalista Erni Friderich. Na Argentina, as fontes foram os músicos Karai Genilito Benitez e Karozo Zuetta.

CORREIO DO POVO, 13 de setembro de 2009.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Documentario de tortura e humilhaçao na prisao de Abu Ghraib



Ganhador do Grande Prêmio do Júri (Urso de Prata) no Festival de Berlim 2008, o documentário 'Procedimento Operacional Padrao' investiga os personagens e os motivos por trás do grande escândalo de Abu Ghraib, em 2003, quando foram divulgadas as fotos de detidos na prisao iraquiana em situaçoes de tortura e humilhaçao. O trabalho do cineasta Errol Morris está estreando hoje nos cinemas brasileiros. Mostra depoimentos de militares americanos envolvidos nos crimes, como a soldado Lynddie England, vista nas fotos puxando prisioneiros por uma coleira de cachorro. Um dos depoimentos mais explosivos é o da coronel Janis Karpinski. Ex-general encarregada das prisoes no Iraque e rebaixada depois do inquérito em torno de Abu Ghraib, ela nao se nega a criticar seus superiores, chegando até ao ex-secretário da Defesa do Governo Bush, o todo poderoso Donald Rumsfeld.

Além de detalhar o minucioso trabalho técnico do inquérito sobre as fotos, o documentario aborda os estragos que o escândalo produziu sobre a imagem dos EUA. Além das entrevistas que gravou, Morris usou atores para reencenar várias das situaçoes reveladas pelas fotos - o que torna muitas delas mais reais e impressionantes.

Com Reuters.

Clique na imagem acima para ver o trailer.

Veja mais no BLUE BUS.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Documentário revela papel dos EUA na política latino-americana


Filme sobre Henry Kissinger, a "eterna eminência parda" da Casa Branca, desvenda papel ativo dos EUA no golpe de Estado que derrubou Allende no Chile. Também no Brasil os EUA teriam impedido "a ascensão dos comunistas".

Mesmo sem ter ocupado nenhum cargo público nos últimos 30 anos, o ex-conselheiro nacional de segurança e ex-secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger continua sendo um homem muito próximo do poder. Hoje, aos 85 anos, é um dos principais conselheiros do presidente George W. Bush.

O canal de TV franco-alemão ARTE exibiu na última quarta-feira (15/10), dentro de uma série de documentários sobre os EUA em época de eleição, o longa-metragem Henry Kissinger – Segredos de uma Superpotência, do diretor alemão Stefan Lamby. Nos 90 minutos de filme, o "protagonista" Kissinger engasga duas vezes, tentando mudar de assunto.

Uma delas é quando o diretor fala de seus lendários casos com diversas mulheres. A outra é quando o assunto é o golpe militar no Chile e a participação dos EUA, ou melhor, a intervenção direta de Kissinger para que Salvador Allende fosse afastado do poder em 1973. "Se estivéssemos num estúdio de TV, Kissinger teria provavelmente levantado e ido embora, mas estávamos na casa dele em Nova York. Então ficou difícil", diz Lamby.

Silêncio que diz muito

Festejado por alguns como um verdadeiro popstar da política e acusado por outros de crimes de guerra, Kissinger evita, no filme, qualquer declaração comprometedora em relação à guerra do Vietnã ou à intervenção dos EUA no golpe militar no Chile.

À emissora Deutschlandradio, o diretor Lamby diz que o silêncio de Kissinger diz mais que qualquer coisa. Embora ele tenha cortado o assunto sobre o Chile, os signos "não-verbais" deixam entrever o que o ex-secretário de Estado omite. "Esses três ou quatro segundos depois do momento em que ele diz que não quer falar mais no assunto dizem muito mais sobre o que está por trás. A atmosfera, depois disso, ficou gélida", comenta Lamby.

"É claro que ele tinha, antes da entrevista, um plano claro sobre o que iria confessar e o que não", diz o diretor. A interrupção da conversa, no entanto, prova que ainda há muito a ser descoberto pelos historiadores do futuro.

"Allende a serviço da KGB"

Lamby, que já havia tentado desde 2000 rodar um documentário sobre Kissinger, só conseguiu em 2005 uma resposta positiva para agendar um encontro pessoal. Depois disso, ganhou a confiança da "eminência parda" dos bastidores políticos norte-americanos e recebeu o convite para passar dois dias na "casa de hóspedes" de Kissinger em Nova York.

Mesmo sem a confissão pessoal do ex-secretário de Estado, o diretor consegue, através de depoimentos de seus assessores de então, desvendar as interferências dos EUA na América Latina na década de 1970.

Alexander Haig, por exemplo, que foi chefe de gabinete do governo Richard Nixon (1969-1974) e mais tarde secretário-geral da Otan e secretário de Estado do governo Ronald Reagan (1981- 1989), afirma com veemência no documentário que "Allende trabalhava para a KGB [serviço de inteligência soviética] e estava sendo pago por eles".

"Impedindo a ascensão dos comunistas no Brasil"

Apoio dos EUA ao golpe foi essencialPara evitar a ascensão de Allende à presidência em 1970 e depois para desestabilizar seu governo, os EUA organizaram, lembra Haig, "uma série de ações encobertas através da CIA, semelhantes a outras anteriores na América Latina, que haviam levado a muito bons resultados, inclusive em administrações anteriores, evitando, por exemplo, a ascensão dos comunistas no Brasil e na Guatemala. Foi esse tipo de atividades que levou a CIA a se posicionar contra Allende", conta Haig no documentário.

Brent Sowcroft, outro assessor de Kissinger entre 1969 e 1975, confirma as ações de desestabilização. "Apoiamos com dinheiro as pessoas que protestavam, a fim de complicar a situação de Allende. As ações encobertas sempre foram parte da política dos EUA".

O próprio Kissinger, no documentário, quando aceita falar no assunto, dá respostas evasivas ao entrevistador, omitindo-se de qualquer responsabilidade no golpe militar. "Nixon dava ordens diretas aos serviços de inteligência e eu, obviamente, não me opunha", diz. Segundo ele, Nixon queria evitar que Allende "se transformasse num segundo Fidel Castro".

"Condições favoráveis"

Uma das provas da participação de Kissinger e Nixon na derrubada de Allende, levada à tela por Lamby, é a transcrição oficial de uma conversa telefônica entre Nixon e Kissinger cinco dias depois do golpe militar que levou o general Augusto Pinochet ao poder. Nesta conversa, Kissinger diz claramente que os EUA não "agiram diretamente, mas ajudaram a criar condições favoráveis" para o golpe.

"O que importa para Kissinger é apenas o resultado. Ele demonstra apenas um interesse mínimo por questões de direitos humanos. Isso fica claro no filme de Lamby", comenta o diário berlinense taz. Os 90 minutos porém, não são suficientes para desvendar a trajetória do ex-secretário de Estado. "Este homem, que em 1973 recebeu, numa das decisões mais errôneas possíveis, o Prêmio Nobel da Paz, ainda guarda muitos segredos", conclui o jornal alemão.

deutsche welle