Mostrando postagens com marcador Pobreza. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Pobreza. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 13 de março de 2020

COVID-19



Por gentileza, leia este texto de grande lucidez do Dr. Abdu Sharkawy, Médico Infectologista da Universidade de Alberta, no Canadá. Invista 2 min de seu tempo em lucidez e conduta evolutiva.

Jorge Koho Mello

“Sou médico e infectologista. Eu trabalho com isso há mais de 20 anos vendo pacientes doentes diariamente. Eu trabalhei em hospitais nas cidade e nas favelas mais pobres da África. HIV-AIDS, hepatite, tuberculose, SARS, sarampo, caxumba, coqueluche, difteria ... há pouco a que não tenha sido exposto em minha profissão. E, com notável exceção da SARS, muito pouco me deixou vulnerável, sobrecarregado ou absolutamente assustado.

Não tenho medo do Covid-19. Estou preocupado com as implicações de um novo agente infeccioso que se espalhou pelo mundo e continua a encontrar novos pontos de apoio em diferentes solos. Preocupa-me, com razão, o bem-estar dos idosos, daqueles com saúde frágil ou desprovidos de privilégios, que sofrem principalmente e desproporcionalmente nas mãos desse novo flagelo. Mas não tenho medo do Covid-19.

O que me assusta é a perda de razão e a onda de medo que induziram as massas da sociedade a uma espiral inacreditável de pânico, armazenando quantidades obscenas de qualquer coisa que pudesse preencher adequadamente um abrigo antiaéreo em um mundo pós-apocalíptico. Tenho medo das máscaras N95 que são roubadas de hospitais e clínicas de atendimento de urgência, onde elas são realmente necessárias para profissionais de saúde de primeiro atendimento, que em vez disso, estão sendo colocadas em aeroportos, shoppings e cafés, perpetuando ainda mais medo e suspeita de outras pessoas. Estou com medo de que nossos hospitais fiquem sobrecarregados com quem pensa "provavelmente não o têm, mas que pode ser examinado, não importa o que aconteça, porque você nunca sabe ..." e aqueles com insuficiência cardíaca, enfisema, pneumonia ou acidente vascular cerebral pagarão o preço pelas salas de espera de emergência com escassez de médicos e enfermeiros para realizar consultas.

Tenho medo de que as restrições de viagem se tornem tão extensas que os casamentos sejam cancelados, as formaturas perdidas e as reuniões familiares não se concretizem. E bem, mesmo aquela grande festa chamada Jogos Olímpicos ... que também poderá ser suspensa. Você consegue imaginar isso?

Receio que os mesmos medos epidêmicos limitem o comércio, prejudiquem parcerias em vários setores e negócios e culminem em uma recessão global.

Mas, principalmente, estou com medo de que mensagem estamos passando aos nossos filhos quando confrontados com uma ameaça. Em vez de razão, racionalidade, mente aberta e altruísmo, estamos dizendo para que entrem em pânico, sejam medrosos, desconfiados, reacionários e com interesse próprio.

Covid-19 está longe de terminar. Chegará a uma cidade, um hospital, um amigo e até um membro da família perto de você em algum momento. Aguarde. Pare de esperar o pior. O fato é que o próprio vírus provavelmente não fará muito mal quando chegar. Mas nossos próprios comportamentos e a atitude "lute por si mesmo acima de tudo" podem ser desastrosos.

Eu imploro a todos vocês. Tempere o medo com a razão, o pânico com a paciência e a incerteza com a educação. Temos a oportunidade de aprender muito sobre higiene de saúde e limitar a propagação de inúmeras doenças transmissíveis em nossa sociedade. Vamos enfrentar esse desafio juntos, com o melhor espírito de compaixão pelos outros, paciência e, acima de tudo, um esforço infalível para buscar a verdade, fatos e conhecimentos, em oposição a conjecturas, especulações e expectativas catastróficas.

Fatos, não temor. Mãos Limpas. Corações abertos.

Nossos filhos vão nos agradecer por isso.”

Abdu Sharkawy
Médico Infectologista da Universidade de Alberta, no Canadá

domingo, 22 de janeiro de 2017

FEBRE AMARELA!


Surto de febre amarela é tragédia anunciada, diz historiador


Na virada do século 19 para o 20, as cidades do Brasil sofriam com problemas de saneamento básico e recorrentes epidemias. Na época, o sanitarista Oswaldo Cruz conseguiu erradicar a doença, que volta a assombrar o país.



Há mais de cem anos, o sanitarista Oswaldo Cruz conseguiu, numa campanha até então inédita, acabar com focos do mosquito Aedes aegypti e erradicar as recorrentes epidemias de febre amarela nas grandes cidades do país – isso numa época em que não havia vacina contra a doença.

Agora, no entanto, a enfermidade ameaça voltar aos centros urbanos, com a confirmação de 47 casos entre os 272 suspeitos, e 25 mortes em Minas Gerais; e a luta contra o mosquito – que também transmite os vírus da dengue, da chicungunya e do zika – parece perdida.

Por que um problema resolvido há mais de um século volta a assombrar a população? Para o historiador Marcos Cueto, da Casa de Oswaldo Cruz, trata-se de um retrocesso e também de uma tragédia anunciada. "Na história das epidemias do século 21, muitas vezes a dengue antecede a febre amarela. Mas aqui as lições da História não são levadas em conta", afirma o especialista, que é também editor científico da revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos.

Na virada do século 19 para o 20, as condições de saneamento nos principais centros urbanos do país eram insalubres. Mesmo na antiga capital, o Rio de Janeiro, o problema era grave e responsável, diretamente, pelas recorrentes epidemias de febre amarela. A situação era tão séria que muitos navios estrangeiros evitavam aportar por aqui em determinadas épocas do ano – o que trazia consequências econômicas.

Rodrigues Alves assumiu a Presidência da República em 1902 disposto a dar um basta àquela situação. Logo no ano seguinte, Oswaldo Cruz foi chamado a assumir a diretoria-geral de Saúde Pública – um cargo similar ao de ministro da Saúde – com a espinhosa missão de acabar com a febre amarela.

O médico criou o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela, que logo colocou nas ruas as chamadas brigadas de mata-mosquitos – grupos de agentes sanitários cujo objetivo era eliminar os focos de mosquito a qualquer custo. O modelo de ação era truculento, com os agentes de saúde percorrendo todas as casas e destruindo todos os locais de desova do mosquito transmissor. Mas surtiu efeito: em 1907, a epidemia foi considerada erradicada. E desde 1942 não há registros de transmissão de febre amarela nos centros urbanos.

"No Brasil e em muitos países da América do Sul este era um problema considerado controlado; restrito a regiões amazônicas", afirma Cueto. "Desde o fim dos anos 20, praticamente não houve nenhum surto epidêmico nas cidades. E desde 1937 existe uma vacina".

Para Cueto, no entanto, de lá para cá, predominou no país uma atitude passiva e tolerante com o mosquito transmissor da febre. "Os controles foram ficando cada vez mais relaxados [e por essa mesma razão houve um aumento da dengue e do zika]. Não houve uma política de vacinação entre a população urbana e o número de moradores das cidades só aumentou", explica o especialista.

As cidades cresceram de forma desordenada, e as áreas mais pobres e sem saneamento são os maiores focos de proliferação do mosquito. No caso de novos surtos da doença, são justamente as parcelas menos favorecidas da população que mais sofrerão com o problema.

Para Cueto, medidas individuais para controle de larvas – como apregoa hoje o governo – não são suficientes. "Temos que resolver os problemas de água, moradia e pobreza que fazem com que existam muitos reservatórios nas favelas", diz o especialista. "E além disso, temos que resolver o problema da criminalidade nas favelas, que impede o trabalho de sanitaristas no controle dos reservatórios e na educação higiênica."

Para o historiador, Oswaldo Cruz é um exemplo de liderança a ser seguido, embora não represente mais um modelo. "Agora existem novos desafios, temos problemas novos, precisamos de respostas mais complexas", afirma. "Precisamos resolver a questão da pobreza urbana e fazer com que a vacina seja acessível para todos."

Fonte:  Deutsche Welle (http://www.dw.com/pt-br/surto-de-febre-amarela-%C3%A9-trag%C3%A9dia-anunciada-diz-historiador/a-37209686?maca=bra-newsletter_br_Destaques-2362-html-newsletter)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

El 1% de los adultos posee el 51% de la riqueza del mundo; el 10% el 89%; mientras que el 50% inferior sólo tiene el 1%



El 1% superior de los adultos posee el 51% de la riqueza global, mientras que la mitad inferior de los adultos posee sólo el 1%. De hecho, el 10% superior de los adultos posee el 89% de toda la riqueza del mundo! Esta es la nueva cifra para el 2016 calculada por el informe anual de la riqueza global de Credit Suisse. Cada año, Credit Suisse presenta este informe, escrito por el profesor Tony Shorrocks, James Davies y Rodrigo Lluberas, que solían elaborarlo para la ONU. Suelo referirme a él cada año y por lo general es el una de mis notas más populares.

La última vez que traté de los resultados del informe de Credit Suisse, el 1% tenía el 48% de la riqueza global. Así que, en el último año y medio, la desigualdad global según el informa ha aumentado aún más. La proporción del 1% y 10% superiores de la riqueza mundial se redujo entre 2000 y 2007: por ejemplo, la proporción del percentil superior se redujo del 50% al 46%. Sin embargo, la tendencia se invirtió después de la crisis financiera y las proporciones de las partes superiores han vuelto a los niveles observados a comienzos del siglo.

Los investigadores de Credit Suisse estiman que estos cambios reflejan principalmente la importancia relativa de los activos financieros de los hogares, que han aumentado en valor desde 2008, haciendo crecer la riqueza de muchos de los países más ricos, y de muchas de las personas más ricas, en todo el mundo. Aunque la proporción de los activos financieros se redujo este año, las partes de los grupos de riqueza superiores continuaron aumentando. En el otro extremo de la pirámide de la riqueza mundial, la mitad inferior de los adultos posee colectivamente menos del 1% de la riqueza total.
 



La razón principal de esta enorme desigualdad es que hay muchos pobres (en términos de riqueza) en el mundo. No se necesita mucho para entrar en el top 1% de los poseedores de riqueza. Una vez deducidas las deudas, una persona sólo necesita 3.650 dólares para estar entre la mitad más rica de los ciudadanos del mundo. Sin embargo, se necesitan alrededor de 77.000 dólares para pertenecer al 10% de los dueños de la riqueza mundial y 798.000 dólares para ingresar en el 1% superior. Así que si es dueño de una casa en cualquier ciudad importante en el Norte sin hipoteca, usted es parte del 1% superior. ¿Se siente rico si es así? Lo único que demuestra esto es lo pobre que son la gran mayoría de las personas en el mundo: sin propiedad, sin efectivo y ¡sin acciones y bonos, por supuesto!

La investigación muestra que 3.500 millones de personas - el 73% de todos los adultos en el mundo- poseen bienes e ingresos inferiores a 10.000 dólares en 2016. Otros 900 millones de adultos (19% de la población mundial) están en el abanico de los 10.000 a 100.000 dólares. Los pobres se concentran en la India y África y las naciones más pobres de Asia, con un 73% de ellos en los quintiles inferiores en términos de riqueza. Pero también hay un número significativo de personas que son pobres para los estándares mundiales en América del Norte y Europa, entre ellos un 9% de los norteamericanos, la mayoría con un patrimonio neto negativo, en el quintil inferior mundial y el 34% de los europeos en la mitad inferior mundial. Estas personas no sólo no tienen riquezas, es que están endeudados.

¿Y quienes están cada vez mejor? Bueno, no es indios. La India tiene solo el 3,1% de las personas de “clase media” a nivel mundial (una riqueza de entre 10.000 y 100.000 dólares) y esa proporción prácticamente no ha cambiado. Por el contrario, China cuenta con un enorme 33% de las personas de riqueza media, diez veces la de la India, y esa proporción se ha duplicado desde el año 2000. Lo que esto nos dice es que la expansión económica sin precedentes de China ha sacado a cientos de millones de personas de la pobreza, incluso si la desigualdad de riqueza ha aumentado.

De hecho, el número de millonarios, que se redujo en 2008, mostró una rápida recuperación después de la crisis financiera y ahora es más del doble de su cifra del 2000. En la actualidad hay 32.9 millones de millonarios a nivel mundial, es decir, adultos con más de 1 millón de dólares en propiedades o ahorros después de descontar sus deudas. De hecho, sólo hay 140.000 personas en todo el mundo que tienen más de 50 millones de dólares de riqueza. Y ahora hay más de 2.000 multimillonarios, que son realmente los dueños del mundo.
 



Suponiendo que no haya cambios en la desigualdad de riqueza mundial, se espera que haya otros 945 multimillonarios más en los próximos cinco años, elevando el número total de multimillonarios a casi 3.000. Más de 300 de los nuevos multimillonarios serán de América del Norte. China, según estos cálculos, sumará más nuevos multimillonarios que toda Europa junta, situando el total de China por encima de 420.

Credit Suisse estima que la riqueza global total es ahora de 334 billones de dólares, o alrededor de cuatro veces el PIB mundial anual. A comienzos de este siglo, hubo al principio un rápido aumento de la riqueza mundial, con un crecimiento más rápido en China, India y otras economías emergentes, lo que representó el 25% del aumento de la riqueza, a pesar de que poseían sólo el 12% de la riqueza mundial en el año 2000. La riqueza mundial se redujo en 2008, pero ha mostrado una lenta tendencia al alza desde entonces, con una tasa significativamente más baja que antes de la crisis financiera. De hecho, la riqueza ha caído en dólares en todas las regiones fuera de América del Norte, Asia-Pacífico y China desde el año 2010. Per cápita por adultos, la riqueza apenas ha crecido y la riqueza media ha caído cada año desde 2010. El adulto promedio es cada vez más pobre.

En los últimos 12 meses, la riqueza mundial ha aumentado un 1,4% y apenas ha podido mantener el ritmo de crecimiento de la población. Como resultado, en el año 2016, la riqueza media por adulto se mantuvo sin cambios por primera vez desde 2008, aproximadamente unos 52.800 dólares. Así que la población mundial en su conjunto no se ha hecho más rica en el último año y medio, pero la desigualdad ha aumentado.

Para más información sobre la desigualdad de riqueza e ingreso y lo que significa, ver mis Ensayos sobre la desigualdad.


Michael Roberts es un reconocido economista británico, que ha trabajado 30 años en la City londinense como analista económico y publica el blog The Next Recession. 
 
Fuentes: 
 
https://thenextrecession.wordpress.com/2016/11/24/top-1-of-adults-own-51-of-the-worlds-wealth-top-10-own-89-and-bottom-50-own-only-1/ 
 
 http://www.sinpermiso.info/textos/el-1-de-los-adultos-posee-el-51-de-la-riqueza-del-mundo-el-10-el-89-mientras-que-el-50-inferior-solo
 
Traducción: G. Buster

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Davos debate las desigualdades, pero invita a los evasores fiscales



É recomendável a leitura deste artigo para aquelas e aqueles que se preocupam, de alguma forma, com o futuro da humanidade. Os principais pontos levantados são de um realismo pungente. O 39º encontro do Fórum Econômico Mundial está acontecendo em Davos entre os dias 28 de janeiro e 1º de fevereiro. Omar


Larry Elliott · · · · ·

Quienes lo ven desde fuera podrían imaginarse que a los líderes empresariales que todos los años se reúnen en Davos para darle a la lengua sólo les preocupa enriquecerse. Sus críticos podrían llegar a imaginarse que los jefazos de las empresas, que llegan volando al Foro Económico Mundial, a 1.600 metros de altitud en los Alpes suizos, en sus helicópteros, con sus señoras de buen ver revestidas de armiño, no son conscientes de las tribulaciones de los pobres. Pero estarían equivocados.



Mientras los ricos y poderosos hacen sus preparativos de última hora para su semana en la montaña mágica, es su deseo enviar un mensaje de que comprenden lo que sucede con la desigualdad. Padecen por ese sufrimiento. De verdad que sí.



La prueba de la línea basada en el "Davos lo entiende" procede del informe anual de riesgos recopilado por el Foro Económico Mundial. Pregunta a 700 de sus miembros cuáles creen que serán las amenazas a la economía global más acuciantes de la década que viene. La desigualdad se considera la amenaza más probable.   



Klaus Schwab, que creó la reunión de Davos en la década de 1970, está satisfecho de este hallazgo. Como buen socialdemócrata chapado a la antigua, quiere que sus miembros reciban una lección de historia y se den cuenta de que el capitalismo no puede sobrevivir si la renta y la riqueza se concentran en poquísimas manos. A lo largo de la mayor parte del siglo, los líderes empresariales más perspicaces se dieron cuenta de que sus trabajadores necesitaban salarios razonables para que pudieran comprar los bienes y servicios que ellos producían. Aprehendieron la idea de que un sistema de mercado en su forma más cruda era incompatible con la democracia y dieron así su aquiescencia, mientras se limaban los bordes más ásperos por medio de una fiscalidad progresiva, del Estado del Bienestar y los frenos al capital. En su fuero interno, temían que la Revolución Rusa sirviera de modelo a los trabajadores desafectos de Occidente.



Las actitudes han cambiado en los últimos 30 años. La llamada Gran Compresión de rentas que vimos entre las décadas de 1930 y 1970 invirtió su rumbo, mientras el 1% superior se hacía con los frutos del crecimiento. Los ricos recurrían a su dinero y su influencia para asegurarse de que los gobiernos hicieran su voluntad. Tras la caída del Muro de Berlín, no había modelo rival y sí menos necesidad de mostrar moderación. Con la llegada de un mundo unipolar, se volvió a una forma más agresiva de economía de mercado como no se había visto desde los primeros días de la industrialización.



Schwab declaró la semana pasada que el crecimiento no inclusivo es insostenible, y tiene razón. Un documento distribuido hoy por Oxfam llega a la misma conclusión, haciendo notar que las 85 personas más ricas del mundo poseen una fortuna equivalente a la riqueza total – $1.7 billones de dólares– de la mitad inferior de la población de la Tierra. Es una cifra bastante apabullante. Se podría meter a esas 85 personas en un autobús londinense de los de doble piso (no es que monten alguna vez en bus) y serían igual de ricos que 3.500 millones de personas.



El contraargumento es que hay mucha menos pobreza de la que había hace 15 o 20 años y esto – en buena medida gracias a tres décadas de crecimiento explosivo en China – es verdad. Los que argumentan que una marea alta eleva a todos los barcos se preguntan a qué viene todo este alboroto. 



El alboroto guarda relación con tres de los temas que van a figurar este año en el orden del día de Davos: lo perdurable de la recuperación económica, el cambio climático y el abismo entre ricos y pobres. En la fase anterior a la crisis de 2007-2009, la creciente desigualdad era compatible con la expansión gracias tan solo a niveles cada vez mayores de endeudamiento personal. Desde el inicio de la crisis, el tinglado ha seguido moviéndose gracias a un estímulo sin precedentes de los bancos centrales. A corto plazo, la preocupación estriba en qué sucederá en las economías, más frágiles, de los mercados emergentes a medida que la Reserva Federal vaya restringiendo su programa de compra de activos. El proceso de imprimir dólares llevó a que el dinero caliente saliera en tromba de los EE.UU. hacia las divisas de mercados emergentes de mayores rendimientos; al deshincharse el programa puede que veamos una nueva tromba.



Una preocupación a largo plazo es que exprimir de manera prolongada los salarios reales –intensificación de la tendencia del último cuarto de siglo – vendrá a suponer que la gente pida más prestado para financiar sus hábitos de consumo justo cuando la eliminación gradual del estímulo encarece los préstamos.



La segunda gran cuestión, que ha quedado inactiva desde el comienzo de la crisis, es si el actual modelo de crecimiento global es coherente con impedir que el planeta se acabe friendo. Una recesión siempre relega las cuestiones ambientales en el orden de la agenda y esta ha sido una recesión especialmente honda y dolorosa. La falta de coordinación global y la (errada) creencia de que la fracturación hidráulica (fracking) es la respuesta a las necesidades energéticas mundiales no ha contribuido a mejorar las cosas.



Por último, está la inclusividad. La recesión ha sido especialmente brutal con los jóvenes, muchos de los cuales se encuentran sin empleo o desempeñando trabajos para los que están sobrecualificados. En muchos países de mercados emergentes, la población se vence del lado de los menores de 25 años, el grupo con mayores probabilidades de emigrar o provocar disturbios sociales en el país. Los medios modernos hacen evidentísima la sesgada distribución de la riqueza, el poder y las oportunidades.



Tal como refiere el informe de Oxfam: "Cuando la riqueza se apodera del diseño de las medidas políticas, se retuercen las reglas para favorecer a los ricos, a menudo en detrimento de todos los demás. Entre las consecuencias se cuentan la erosión de la gobernanza democrática, la descomposición de la cohesión y la desaparición de la igualdad de oportunidades para todos. A menos que se pongan en práctica soluciones políticas audaces para frenar la influencia de la riqueza sobre la política, los gobiernos van a actuar en favor de los intereses de los ricos".



Sin duda, la línea de Schwab sobre la desigualdad recibirá esta semana mucho apoyo en público. Habrá asombro y nervios ante algunos de los hallazgos más sorprendentes del informe de Oxfam, como que en los EE. UU. el 1% más rico  ha acaparado desde 95% del crecimiento tras la crisis financiera, mientras que el 90% de la base se ha vuelto más pobre.    



Pero no esperemos mucho apoyo a ninguno de los remedios sugeridos por Oxfam: que las grandes empresas dejen de recurrir a escondites fiscales para pagar impuestos; que los líderes empresariales apoyen una fiscalidad progresiva, la cobertura universal de sanidad y educación y un sueldo que alcance para vivir en todas las empresas que controlan. Puede que los directivos presentes en Davos estén preocupados por las repercusiones de la desigualdad, pero no están tan preocupados y no están ni la mitad de preocupados de lo que deberían estar. 



Schwab podría hacerles la vida más incómoda a sus invitados poniendo nombre y apellidos a los agresivos evasores fiscales y abochornándolos, dejando de invitarles a su festejo de charlas. Con ello, sin embargo, quedarían muchas habitaciones libres en Davos.



Por el contrario, empresas como Google (facturación de 2012 en el Reino Unido: 3.000 millones de libras esterlinas; beneficios en el Reino Unido: 900 millones de libras; impuesto de sociedades: 11,6 millones de libras) pueden dárselas de buenos ciudadanos globales. Este año los periodistas están invitados a una “charla junto al fuego” con Eric Schmidt, como para mostrar que el presidente de Google no es un magnate despiadado sino la reencarnación de Franklin Roosevelt. [1]



Nota de uso personal – cosas que llevarse a Davos: botas, gorro de lana, guantes, bolsa para vomitar.


Nota del t.:

[1] Se conocen como charlas junto al fuego (fireside talks) las treinta alocuciones radiofónicas que sobre los más diversos temas de actualidad dirigió Roosevelt al pueblo norteamericano entre 1933 y 1944 en un tono familiar y con ánimo de pedagogía política y gran eficacia para construir su imagen pública y difundir sus medidas de gobierno.

Larry Elliott dirige la sección de economía del diario británico The Guardian y es coautor, junto a Dan Atkinson, de The Gods That Failed: How the Financial Elite Have Gambled Away Our Futures (Vintage) [Divinidades fallidas: Cómo la élite financiera se ha jugado nuestro futuro].

Traducción para www.sinpermiso.info: Lucas Antón

Sinpermiso electrónico se ofrece semanalmente de forma gratuita. No recibe ningún tipo de subvención pública ni privada, y su existencia sólo es posible gracias al trabajo voluntario de sus colaboradores y a las donaciones altruistas de sus lectores.

Fonte da Imagem: AQUI.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

A OITAVA MARAVILHA DO MUNDO

Fonte da imagem AQUI.

La brecha entre ricos y pobres, declarada octava maravilla del mundo

Redacción de The Onion · · · · · 

PARIS—En una rueda de prensa del pasado martes, el Comité del Patrimonio Mundial reconoció oficialmente la Brecha Entre Ricos y Pobres como "Octava Maravilla del Mundo", describiendo la división de la riqueza global como la "más colosal y duradera de las creaciones de la humanidad".

"De todas las estructuras épicas que ideado el género humano, ninguna más prodigiosa e imponente que la Brecha Entre Ricos y Pobres", declaró el presidente del Comité, Henri-Jean Baptiste. "Es un crecimiento tremebundo, milenario que nos llena de asombro y humildad".

"Y gracias a un cuidadoso mantenimiento a través de los tiempos, este ingente vestigio ha sobrevivido intacto, infundiendo a cada nueva generación una sensación de reverencia", añadió Baptiste.

Ese vasto abismo de riqueza que se extiende a lo largo y ancho de la mayor parte del mundo habitado, atrae a millones de aturdidos observadores cada año, muchos de los cuales encuentran esa inmensidad demasiado abrumadora hasta para contemplarla. Siendo con mucho la mayor estructura de factura humana, está fácilmente a la vista desde emplazamientos tan distantes como Europa Oriental, China, África y Brasil, así como desde los 50 estados de los Estados Unidos.

"Las Siete Maravillas del Mundo originales palidecen en comparación con ella", afirmó Edwin MacAlister, miembro del Comité del Patrimonio Mundial, frente a una llamativa fotografía de la Brecha Entre Ricos y Pobres tomada desde lo alto de la Ciudad de México.   "Se trata de una pasmosa hazaña de ingeniera humana que eclipsa a la Gran Muralla China, las Pirámides de Gizeh y acaso hasta la Gran Barrera Racial".

Según los antropólogos, incalculables millones de esclavos y siervos trabajaron penosamente una vida entera para completar la brecha. Los anales indican que es probable que las obras se iniciaran hace unos 10.000 años, cuando las primeras élites terratenientes convencieron a sus súbditos de que la construcción de dicho monumento era voluntad de la autoridad divina, creencia ampliamente sostenida aún hoy en día.

Aunque los historiadores han refutado esa afirmaciones, son muchos los que mantienen todavía la teoría de que la Brecha entre Ricos y Pobres la levantaron los judíos.

"Cuando contemplo su increíble amplitud, me siento conmovida hasta las lágrimas", afirmó Grace Ngubane, de 31 años, residente en Johannesburgo, cuyo hogar queda situado en una de las partes más anchas de la Brecha. "La escala es alucinante, te hace sentirte de verdad, de verdad hasta pequeñita", declaró asimismo.

Si bien numerosos individuos han tratado de cruzar la Brecha entre Ricos y Pobres, hay pruebas que sugieren que sólo una pequeña porción ha tenido éxito alguna vez y han muerto muchos en el intento.

Su reconocimiento oficial como Octava Maravilla marca la culminación de un giro espectacular hace sólo 50 años, cuando los movimientos populares apelaban al cierre de la Brecha. Sin embargo, gracias a un reducido grupo de entregados políticos y de líderes de la economía, se iniciaron vigorosos esfuerzos de conservación en torno a los años 80 para restaurar  —y ampliar a gran escala— una antiquísima estructura.

"Es imponente", declaró el presidente de Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, campeón y benefactor de toda la vida de la conservación de esa falla. "Después de todo lo que hemos pasado en los últimos años, no hay mayor privilegio que verla crecer más y más cada día. Puede que haya unos cuantos detractores que se preocupen por que, de hacerse más grande, el conjunto se venga abajo, dejando atrapadas debajo a millones de personas, pero yo por mí estoy dispuesto a correr ese riesgo".

Añadió Blankfein: "Además, algo me dice que yo, probablemente, saldría bien parado".

Redacción de The Onion

Traducción para www.sinpermiso.info: Lucas Antón

 sinpermiso electrónico se ofrece semanalmente de forma gratuita. No recibe ningún tipo de subvención pública ni privada, y su existencia sólo es posible gracias al trabajo voluntario de sus colaboradores y a las donaciones altruistas de sus lectores. Si le ha interesado este artículo, considere la posibilidad de contribuir al desarrollo de este proyecto político-cultural realizando una DONACIÓN o haciendo una SUSCRIPCIÓN a la REVISTA SEMESTRAL impresa

terça-feira, 14 de julho de 2009

Manifestantes queimam mais de 300 carros em protestos na França


Daniela Fernandes
De Paris para a BBC Brasil

A direção da polícia francesa informou que pelo menos 317 carros foram queimados em periferias do país na madrugada desta terça-feira, data das festividades nacionais que celebram a queda da Bastilha.

Esse número, segundo um balanço ainda provisório, já representa um aumento de 6,7% em relação ao ano passado. O número de pessoas presas, 240, dobrou na comparação com o mesmo período.

O ministro do Interior, Brice Hortefeux, anunciou que irá reforçar a segurança no país nesta terça-feira, com um esquema policial de 40 mil homens.

Os transportes públicos, sobretudo os que ligam as periferias de Paris à capital também serão mais vigiados, disse o ministro. Hortefeux também proibiu a venda de certos tipos de fogos de artifício, que podem ser utilizados contra os policiais.

Nesta madrugada, 13 policiais ficaram feridos nos protestos. A maioria sofreu problemas auditivos causados por explosões de fogos de artifício atirados contra eles.

Crise e protestos

Tradicionalmente inúmeros veículos são incendiados em subúrbios pobres da França durante as festividades de 14 de julho como sinal de protesto contra a situação social dos moradores dessas áreas, onde vivem principalmente pessoas de origem imigrante e os índices de desemprego podem atingir 40%.

Mas neste ano, em razão da crise econômica, o sentimento de insatisfação contra o governo tende a ser ainda maior.

Além disso, nos últimos dias, confrontos entre jovens e a polícia vêm ocorrendo em cidades da periferia.

Como em situações anteriores, os distúrbios dos últimos dias foram causados por moradores que acusam os policiais de uso da violência em operações nessas áreas.

Em Montreuil, ao norte de Paris, cerca de 300 pessoas protestaram nesta madrugada contra a expulsão de pessoas que ocupavam ilegalmente um prédio abandonado. Um homem afirma ter perdido um olho nessa operação devido a uma bala de borracha disparada por um policial.

Os manifestantes em Montreuil atiraram fogos de artifício contra os policiais, que responderam aos ataques com bombas de gás lacrimogênio.

Apesar dos incidentes e do maior número de carros queimados, a direção da polícia francesa informa que, globalmente, a noite de véspera do feriado nacional "foi calma, sem maiores incidentes".

No entanto, a polícia afirma que houve muitas agressões "com artefatos pirotécnicos" contra os oficiais.

A polícia ainda está contabilizando o número de carros queimados nesta madrugada. O balanço final deve ser divulgado no final da tarde desta terça.

O ministro do Interior convocou uma reunião na quarta-feira com os secretários de Segurança Pública do país para pedir uma mobilização contra a delinquência na França, "que parou de registrar queda" no primeiro semestre deste ano.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Apagões em Uganda 'provocam aumento da natalidade'

Vista de Kampala, capital de Uganda:

O ministro do Planejamento de Uganda, Ephraim Kamuntu, afirmou que o aumento acelerado da população do país está sendo alimentado por apagões, que segundo ele levam os casais a ir para a cama mais cedo e fazer sexo.

"Enquanto o resto do mundo está trabalhando em turnos, nós em Uganda estamos indo para cama mais cedo", afirmou Kamuntu, em um seminário em Mukono, no norte do país. "Aí nós reclamamos que a população está crescendo. Por que não estaria?"

Kamuntu diz que mais de 90% dos ugandenses não contam com um fornecimento regular de energia elétrica. Sem luz ou TV para entretê-los, os casais são forçados a se recolher cedo, passando até 12 horas por dia no escuro, afirma o ministro.

A população do país africano cresce 3,4% ao ano, de acordo com estatísticas do governo local. Este é um dos índices mais altos do mundo. A população brasileira cresceu 1,05% em 2008, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O ministro diz que a falta de acesso a energia elétrica é uma das principais razões para que o padrão de vida dos ugandenses seja baixo. Kamuntu disse ainda que o aumento do acesso à energia também vai ajudar a aumentar a eficiência do setor agrícola do país.

BBC

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

PORTO ALEGRE: DIFERENTES REALIDADES

CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE DEZEMBRO DE 2008

Esgoto interdita campo de esporte

Crianças e adolescentes do Morro da Cruz, no bairro Partenon, na Capital, enfrentam problemas devido ao esgoto aberto que atravessa um campo de esportes. A área, que pertence ao Centro Infanto-Juvenil Murialdo, na rua 9 de Junho, está sem condições de uso devido a uma vala aberta que atravessa o terreno e leva lixo e esgoto ao local. O drama começou há alguns anos com a ocupação de terrenos próximos ao campo de esportes, onde alguns moradores vêm depositando lixo.
O problema é ainda maior nos dias de chuva, pois a água da vala transborda e o lixo e esgoto espalham-se pelo campo de esportes. Moradores chamam o DMLU, que retira o lixo, mas poucos dias depois a situação volta a ficar crítica. Segundo a diretora do centro, Jussara Caneda, já foram pedidas providências à prefeitura, mas nada foi feito. Os mais prejudicados são as 200 crianças, de 6 a 14 anos, que ficam no Centro Murialdo no turno inverso ao da escola regular. Técnicos do Dmae constataram que o esgoto é proveniente de uma vila instalada num barranco 10 metros acima do campo, onde há possibilidade de desmoronamento. O Dmae não tem como instalar uma rede de esgoto na extensão do campo e a existente foi construída de forma irregular.



Novo parque de diversões

O maior parque de diversões indoor da América Latina já está aberto ao público. A Mega Zone e o ParkBowling estão localizados no BarraShoppingSul em Porto Alegre. A Mega Zone conta com cerca de 300 atrações, enquanto o ParkBowling possui 16 pistas de boliche automáticas, além de contar com serviço de bar e restaurante.
O diretor-geral da Mega Zone, Agenor Chinen, acredita que o parque será visitado por cerca de 10 mil pessoas ao mês. As duas atrações dividem o mesmo ambiente em uma área com 4,3 mil metros quadrados e pé-direito de 20 metros de altura. O boliche fica no piso superior, com vista para os brinquedos da Mega Zone, no piso inferior. 'Montamos uma estrutura capaz de atender a todas as faixas etárias', afirmou.
De acordo com Chinen, o ambiente pode ser freqüentado por uma família inteira. 'Enquanto os pais desfrutam do boliche, do bar e do restaurante, as crianças podem aproveitar os brinquedos da Mega Zone', explicou. Entre as principais exclusividades do parque estão o MegaDisco, um 'disco voador', com capacidade para 24 pessoas, que sobe girando até uma altura de 16 metros; o Maxflight, simulador de montanha-russa de última geração que gira 360 graus em todas as direções; a autopista, com carros no estilo anos 50; OutRun, simuladores de corrida com carros tipo Ferrari; Let’s Go Jungle, simulador de um autêntico safari africano; e House of Dead IV, caçada aos monstros.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Americanos vendem fluidos corporais para superar crise


Preocupados com a hipoteca, a queda de suas ações e o desemprego, cada vez mais americanos estão lançando mão de um recurso nada convencional: a venda de seus tecidos e fluidos corporais.

A venda de sangue, sêmen, óvulos e, inclusive, cabelos cresceu com força nos últimos meses nos Estados Unidos, onde diversas agências afirmam que tem aumentado o número de pessoas que tentem fazer este tipo de negócio, embora nem todas passem por rigorosos controles.

Enquanto o número de americanos que recebe o seguro-desemprego atingiu, no mês passado, o recorde dos últimos 26 anos, o número de visitas em sites como o BloodBanker.com, especializado em informação sobre doações de sangue retribuídas, aumentou 50% nos últimos meses.

O preço de uma doação de plasma pode chegar a US$ 50 nos EUA.

Segundo a associação Plasma Protein Therapeutics, a tendência de alta começou já em 2007, quando o número de doações chegou a 15,3 milhões, frente aos 10,3 milhões de 2003.

Mais rentável ainda é a doação de esperma, com preços entre US$ 60 e US$ 100 por sessão. O Seattle Sperm Bank, no estado de Washington, assegura que recebe atualmente cerca de 150 pedidos para doar, três vezes mais do que o habitual nestas datas.

Até mesmo o cabelo pode ser valioso em tempos de crise. O site TheHairTrader.com, um dos principais endereços de compra e venda do produto, diz que recebeu um número de visitas 20% maior nos últimos dois meses.

"Estamos trabalhando para iniciar um novo site o mais rápido possível e poder nos adaptar ao maior número de visitantes da página", disse à Agência Efe Jacalyn Elise, fundadora da página.

Neste site, milhares de pessoas - geralmente mulheres - põem sua cabeleira à venda a preços que podem ultrapassar, inclusive, os US$ 2 mil.

"Se parece que é caro demais, faça-me uma oferta. Preciso realmente do dinheiro para seguir em frente", disse uma mulher do Colorado que vende seus fios morenos de 70cm de comprimento por US$ 750.

No Texas, a agência de doação de óvulos The Donor Solution afirma que tem recebido cada vez mais ofertas de doadores, embora a maioria não cumpra os requisitos mínimos.

"O número de pedidos para doar que recebemos a cada semana triplicou, mas são pessoas geralmente sem emprego, sem estudos.

Gente que não preenche os requisitos", disse à Efe Mary Fusillo, diretora da agência.

Fusillo também afirmou que muitas das pessoas que procuram a agência desconhecem que o processo de doação de óvulos é longo, complicado e requer que a mulher siga um tratamento hormonal.

Oficialmente, os óvulos não são pagos, mas as doadoras recebem uma compensação econômica que oscila entre US$ 4 mil e US$ 6 mil pelos deslocamentos e as horas de trabalho perdidas.

Esta e outras agências impõem alguns requerimentos para os doadores em potencial, como a idade - não costumam aceitar mulheres com mais de 32 anos. Formação, situação econômica, número de filhos e motivação para doar também são quesitos avaliados.

As agências de doação de sêmen, um processo muito mais simples, têm estritos controles e a maioria dos interessados não passa na seleção. Calcula-se que os quatro principais bancos do país tenham, em conjunto, apenas mil doadores ativos.

Já vender cabelo a um bom preço é complicado, e também é preciso cumprir certos requisitos.

No TheHairTrader.com o número de ofertas é espantoso e milhares de vendedores competem com fotos de cabelos longos e sedosos que supostamente não conheceram permanentes, produtos químicos e nem o ar quente do secador.

EFE

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Cuando el racismo es método de venta

PUBLICIDAD PUERTAS PENTAGONO:

Una campaña de seguros para el hogar, otra de puertas de seguridad y otra de venta de SMS’s apelan a una estigmatización de la clase pobre. “La civilidad aparece dividida en un nosotros/ellos”, dice la analista María Laura Pardo.

Por Facundo García, para http://www.pagina12.com.ar/diario/suplementos/espectaculos/2-12149-2008-12-02.html

“Hay una ola de inseguridad”, se avisa en todas partes. La utilización de la metáfora acuática –la “ola”– sugiere que la violencia que estarían originando los marginales responde a su naturaleza. Una marea de negros de mierda vendría a inquietar cíclicamente a “los decentes”, y el que quiera venderle a las clases medias y altas sabe que para ser efectivo debe montarse sobre ese prejuicio. En tal sentido, la publicidad viene haciendo punta: durante los últimos meses, una escalada que se basa en la estigmatización de un sector de la sociedad ha ido regalando ejemplos que demuestran que con tal de hacer plata, más de una empresa decide archivar el sentido crítico y jugarse por lo efectivo, que en muchos casos coincide con el fascismo.

Uno de los ejemplos más obvios es el anuncio radial que lanzó en octubre el Banco Galicia, para promocionar sus servicios de seguros del hogar. Arranca con el diálogo entre un encargado de edificio y un pibe. En tono confianzudo, el encargado deja deslizar que los vecinos tienen valiosos electrodomésticos y, finalmente, pregunta a su interlocutor: “¿Vos venías a repartir unos volantes, no? Pasá, pasá”. En respuesta se escucha a un joven con acento típico del conurbano bonaerense que agradece el permiso exclamando “gracia’, amigo”. Esa expresión mínima y corriente se usa para dar a entender que el que ha entrado es en el fondo un ladrón. De remate, un locutor en off cierra el sentido al declarar que es preciso cubrirse de esas eventualidades porque “nada es tan seguro como parece”.

Ante ese aviso, el Sindicato Unico de Trabajadores de Edificios de Renta y Horizontal (Suterh) presentó una demanda remarcando que se estaba “desprestigiando la relación laboral de los Encargados de Edificio (...) generando desconfianza sobre nuestra lícita actividad”. Por otro lado, el vínculo que se establece entre los pobres del conurbano y los chorros es directa, amén de la relación insinuada entre el oficio de volantero y la criminalidad. Como ha comunicado al respecto el Observatorio de la discriminación en Radio y Televisión (obserdiscriminacion.gov.ar), “son prácticas sociales discriminatorias crear y/o colaborar en la difusión de estereotipos de cualquier grupo humano por características reales o imaginarias”. Aparentemente, la actuación conjunta de estas instituciones logró que el fiasco dejara de emitirse.

Igual o más siniestro es lo que está haciendo Telepromos con su oferta de envío de mensajes de texto por celular. Cualquiera ha visto esos anuncios en los que se insta a mandar un SMS para recibir, a cambio de un monto de dinero, “los mejores consejos para el amor”, horóscopos o confesiones hot. Ahora bien: el nuevo producto, “Mandá ‘robar’ al 2020”, pretende vestir de simpatía lo que no es más que un juego perverso a través de la identificación de un grupo vulnerable con la ilegalidad. La publicidad puede verse de día y se ha detectado en al menos un canal de aire (en el 9, alrededor de las 13.10). Durante todo el comercial suena una cumbia y un joven vestido con remera y gorra pasa por distintas locaciones urbanas cumpliendo con el repertorio gestual que abunda en los barrios más humildes. El locutor resume la propuesta: “Mandá ‘robar’ al 2020 y recibí todos los días las frases de la villa en tu celular”, exclama, e insiste: “Sentí la villa en tu celular”.

Esta equivalencia entre afanar y vivir en la pobreza no contrasta con el nuevo caballito de batalla de puertas Pentágono. La pieza –que todavía puede verse en Youtube y en algunos canales de TV– arranca en cámara lenta: se ve correr a un hombre gordo y transpirado, morocho y vestido de pobre. Es interesante notar la similitud entre esta perspectiva y la de Leni Riefenstahl en su film Olympia, aquel documental sobre las olimpíadas del ’33 que terminó siendo un canto a la superioridad de la raza aria. En este caso, la mirada también es detallista y ralentada. Pero el objeto ya no son los atletas, sino la figura del “grasa”. El ritmo pausado garantiza que el ojo burgués tenga tiempo para identificar y hacer sentido sobre ese cuerpo “imperfecto”, “sucio” y todo lo que la creatividad peyorativa del mediopelo local sea capaz de agregar.

Allí no termina el vicio discriminatorio. El gordo se desplaza al trote por lo que parece ser una pista estilo test dummies y se inclina para dar un topetazo contra la puerta blindada. El personaje choca de lleno contra el metal y cae al suelo, justo antes de que se explique que las Pentágono protegen la casa porque son “más duras que la realidad”. María Laura Pardo, docente y analista de discursos de los medios, ha explicado que en estas situaciones “la civilidad resultante aparece dividida en un nosotros/ellos” que va construyendo un paisaje social en el que “hay personas que disfrutan de una cantidad de derechos en virtud de que muchas otras no pueden disfrutarlos”.

¿A qué musa atribuir este catálogo de groserías? ¿A la endeblez ideológica de los publicistas? ¿A la avidez del empresariado? Cuando pase la “ola” de inseguridad habrá que chequear cuánto crecieron estas compañías a partir de la explotación de los prejuicios más dañinos. Mucho más difícil, en cambio, será cuantificar la cantidad de humillaciones y prejuicios que sembraron en su carrera detrás de la ganancia.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Sul-africanos nadam em rio com crocodilos para ir à escola


Alice Lander
De Kwazulu-Natal, África do Sul (BBC)

Estudantes de um vilarejo na África do Sul são obrigados a cruzar um rio cheio de crocodilos a nado ou em bóias para freqüentar a escola.

Os moradores exigem a construção de uma ponte porque crianças de até 7 anos de idade passaram a ter de cruzar o rio depois que o barco que levava os moradores à outra margem foi roubado.

Nos dias de aula, 150 crianças do vilarejo de Sahlumbe cruzam o rio Tugela nadando e usando bóias de pneus e baldes para manter suas roupas e livros secos. Os mais velhos ajudam os mais novos, que se agarram aos pneus.

Para cruzar o rio com segurança, seria necessário fazer um desvio de 20 quilômetros para chegar à escola.

"Existem cerca de 70 casas daquele lado do rio, mas não existem ônibus e ninguém tem carro", afirmou um dos conselheiros municipais do vilarejo de Kwazulu-Natal.

"Eu me preocupo o tempo todo", afirmou Hlengiwe Mthembu, diretora da escola primária Thuthukani. "Existem animais perigosos lá, principalmente crocodilos."

Cansaço

As crianças geralmente chegam cansadas à aula, com pouca concentração, segundo a diretora.

"Elas ficam na sala de aula tremendo, por causa do frio, e não conseguem estudar bem porque ficam preocupadas com a forma como vão voltar para casa."

"É muito difícil para elas", acrescentou. "Depois de chuvas mais pesadas, o rio fica muito cheio. Podem ser necessários dez minutos para atravessar."

O único hospital da região também fica na outra margem do rio Tugela. Em 2003, uma mulher grávida tentou atravessar o rio a nado e morreu afogada.

Sem escolha

O conselheiro local Sibusiso Nbatha afirmou que a maioria das famílias se mudou para a outra margem do rio há três anos, depois de terem sido retiradas das terras onde viviam.

De acordo com Nbatha, muitos pais não têm escolha a não ser deixar que os alunos atravessem o rio a nado.

"Nem todas as crianças sabem nadar, então algumas vão em cima das bóias ou então seus pais as levam", disse. "O rio é muito fundo para adultos e nem todos eles sabem nadar."

Nbatha afirmou que nem mesmo o barco da comunidade, que foi roubado, era seguro, e pede a construção de uma ponte.

"(O barco) era velho e cheio de buracos", diz. "Havia apenas um barco e era usado por toda a comunidade."

O conselheiro municipal afirma que pede a construção da ponte para o Departamento de Transportes há cinco anos.

"Eles nos deixam esperando", reclama Nbatha. "É muito frustrante, você pode ver a escola do outro lado do rio, mas não pode chegar lá."