Mostrando postagens com marcador Capitalismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Capitalismo. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

STOP THE GAME!

 


 Por Pablo Villaça @pablovillaca01

Não sei se vocês estão acompanhando o que está acontecendo na bolsa de valores dos EUA com as ações da GameStop, uma cadeia de lojas especializadas em games, mas é algo muito interessante. E instrutivo.

Vou tentar resumir: um subgrupo do Reddit que reúne pessoas interessadas em ações e na bolsa de valores (mas não ligadas a nenhum grande fundo de investimentos) decidiu investir nas ações da GameStop como uma ação conjunta e passaram a comprá-las loucamente. Eles a escolheram por dois motivos: 1) (e isto é suposição) por simpatia pela empresa; e 2) (isto é fato) porque ao valorizarem as ações da franquia, eles trariam um prejuízo bilionário a grandes investidores e fundos de investimentos.

Como fizeram isso? Bom, como é fácil imaginar, muitos investidores passaram a encarar a GameStop como uma empresa com imenso potencial para afundar - não só por causa do comércio online roubando seu público, mas porque as lojas da franquia, situadas em shoppings, estão fechadas por causa da Covid. E aí os especuladores fizeram o que especuladores fazem: decidiram apostar CONTRA a empresa, fazendo o que em inglês chamam de "shorting" as ações. Se vocês viram A Grande Aposta (e recomendo, pois é excelente), sabem do que se trata. Mas basicamente é o seguinte: você pega as ações de uma empresa "emprestadas" e as vende pelo preço de mercado naquele momento. Depois, quando as ações caem, você as compra de volta, devolve e fica com a diferença entre o preço que vendeu e comprou.

Um exemplo para ficar mais claro: suponhamos que eu acredite que o preço do quilo de arroz vai cair. Eu vou a uma mercearia, pego 30 quilos "emprestados" com a promessa de devolver tudo dali a, digamos, uma semana. Então vendo os 30 quilos pelo preço de mercado - digamos, pra facilitar, dez reais por quilo, o que me faz faturar 300 reais. Espero alguns dias e, quando o preço do arroz cai (para 7 reais, digamos), eu compro os 30 quilos de volta (pagando 210 reais), devolvo tudo à mercearia e fico com os 90 reais de diferença para mim.

É uma jogada obviamente arriscada, porque se der errado, não há limite para o tanto que você pode perder. Se você compra ações de modo normal e elas afundam, você perde "só" o dinheiro que investiu; no caso do short selling, porém, você perde mais e mais à medida que as ações sobem. E como há contratos que determinam o prazo de "devolução" das ações, você é obrigado a recomprá-las pelo preço que estiverem sendo vendidas naquele momento, seja qual for. No exemplo do arroz, suponhamos que vendi por 300 reais esperando que o preço caísse e, em vez disso, o preço subiu para 30 reais o quilo. Ora, como eu TENHO que devolver os 30 quilos dentro do prazo acordado, sou obrigado a pagar o novo preço de mercado (no caso, 900 reais) e tomo um prejuízo de 600 reais. E quanto mais o arroz subisse, maior seria o rombo.

Tenho certeza de que há várias nuances que me escapam, mas em resumo é isso.

Pois bem: acontece que vários fundos de investimento haviam apostado muito dinheiro que as ações da GameStop iriam cair (o tal "shorting"). Mas graças ao subreddit, elas começaram a subir. Um dos fundos já teve que receber um influxo de dinheiro de mais de um BILHÃO de dólares para cobrir as perdas. Mas parece que nesta sexta, dia 28, vencem os contratos de outros que fizeram essa "aposta" e aí é que se terá uma noção exata da escala do estrago. Enquanto isso, os caras que participam do subreddit continuam a comprar ações e a levar o preço pra cima. É uma compra organizada, sistemática, pensada com estratégia.

E está ferrando os grandes investidores.

Aí, claro, os donos da bola começam a ficar com raiva porque não têm mais controle da narrativa - e alguns querem pressionar pela regulamentação do que ações coordenadas como esta podem ou não fazer, querendo CONTROLAR um fórum de internet. Boa sorte com isso. A ironia é que esses grandes fundos, quando apostam contra uma empresa, estão contando justamente que a APOSTA EM SI garantirá que as ações cairão - e muitos fazem apresentações públicas defendendo por que acham que as ações cairão. Ou seja: ELES podem; os outros, não.

Isto deixa claro como o "mercado" lida não com bens reais, com coisas tangíveis, mas com especulação pura e simplesmente. Não interessa se a GameStop é viável como empresa ou não - ou se afundar a empresa terá efeitos sobre seus funcionários; interessa a ESPECULAÇÃO.

Este é um dos inúmeros motivos que me fazem desprezar aqueles que veem o "mercado" como guia da economia de um país: ele nada mais é do que uma banca de jogos pra gente rica. Que acaba brincando com as vidas reais por trás de suas especulações. E sempre que esta brincadeira dá errado, quem é que tem que correr pra SALVAR os ricaços? Pois é, o povo. Os pobres. Através de pacotes de ajuda oferecidos pelo Estado. Porque o "mercado" não pode parar, imagina.

Exatamente como agora: esses canalhas são contra regulamentação, querem poder jogar livremente com as vidas alheias, mas quando um grupo de pessoas se organiza por um fórum de internet para ferrá-los, AÍ QUEREM REGULAMENTAÇÃO URGENTE disso.

(Aliás, já que mencionei A Grande Aposta, sabem o investidor vivido por Christian Bale naquele filme, Michael Burry? Que previu o colapso de 2008 muito antes de acontecer? Pois é, ele tem ações da GameStop e acabou ganhando outra fortuna com essa jogada do subreddit.)

Mas não vou ser ingênuo como muitos e achar que o que está acontecendo foi uma ação "espontânea" num subreddit. É ÓBVIO que tem gente por trás disso (alguns falaram até do próprio Burry, mas não creio que faça seu perfil). Porém, como tem bilionários se fodendo, vou aplaudir.

Dito isso, vamos ver outra notícia que pode parecer não estar relacionada ao lance do GameStop, mas ESTÁ. E aí, sim, deve preocupar todo mundo: há poucos dias, Wall Street passou a aceitar que a ÁGUA se torne um commodity (como o petróleo) e seja comercializada na bolsa. E por que isso tem a ver? Porque, como ficou claro com o GameStop (digo: pra quem ainda não via isso), o mercado de ações está à mercê de sociopatas, de gente que trata o ganha-pão alheio como um jogo de roleta. O valor "real" não importa; importa a PERCEPÇÃO. E o que faz as ações de uma commodity subirem?

Escassez.

Agora pensem nisso: no que significa a ÁGUA passar a ser "commodity".

Primeiro, isso escancara que se trata de algo que o mercado JÁ SABE que vai se tornar cada vez mais raro. E segundo, que os especuladores, os grandes fundos de investimento, agora terão um MOTIVO para "torcer" (e nunca fica só no "torcer"; sempre há ação por trás) para que o valor da água suba. Por demanda ou por escassez.

E repito: o mercado é dominado por sociopatas.

O capitalismo vai destruir o planeta. Só não vê quem não quer.

--------------
(P.S.: Minha crítica de A Grande Aposta pode ser lida aqui: https://cinemaemcena.com.br/critica/filme/8226/a-grande-aposta)

 

 Texto indicado por meu amigo Dr. Panta. 

 

Fonte da Imagem:  https://momentsjournal.com/surreal-paintings-michael-kerbow-vision-dark-chaotic-future/michael-kerbow-painting-surreal-diminishing_returns/

quinta-feira, 7 de junho de 2018

KATE SPADE E A INSANIDADE DO SISTEMA





Segundo sua irmã, a estilista KATE SPADE sofria de depressão havia anos.

Ela se recusou a ir a uma clínica para combater a depressão por medo de afetar a imagem de sua marca, associada à alegria e ao entusiasmo.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

A CHINA DE XI


Xi toma el control total del futuro de China

Michael Roberts

05/11/2017


Xi Jinping ha sido consagrado como líder más poderoso de China desde Mao Zedong después de que un nuevo legado de pensamiento político con su nombre fuese incluido en los estatutos del Partido Comunista. La simbólica medida se produjo el último día del XIX Congreso, que duró una semana en Beijing, en el que Xi se ha comprometido a dirigir la segunda mayor economía del mundo hacia una “nueva era” de poder e influencia internacionales.

En la ceremonia de clausura en el Gran Salón del Pueblo de la época de Mao, se anunció que el pensamiento de Xi sobre el “socialismo con características chinas para una Nueva Era” quedaba inscrito en los estatutos del partido. “El Congreso acuerda por unanimidad que el pensamiento Xi Jinping ... constituye [una de] las guías de acción del partido en su constitución”, afirma una resolución.

Al mismo tiempo, se anunció el nuevo Comité Permanente del Politburó de siete miembros. Todos estos líderes supremos tienen más de 62 años y por lo tanto no serán elegibles para convertirse en secretario general del partido dentro de cinco años. Lo que significa con toda seguridad que Xi tendrá un tercer mandato, algo sin precedentes, como líder del partido hasta 2029 y así seguirá a la cabeza de la máquina de estado chino toda una generación.

Lo que esto me dice es que, bajo Xi, China nunca iniciará el desmantelamiento del partido y la máquina del estados para desarrollar una 'democracia burguesa' basado en una economía de mercado plena y capitalista. China seguirá siendo una economía fundamentalmente dirigida y controlada por el estado, con los ‘sectores claves' de la economía de propiedad pública y controlada por la elite del partido.

Las empresas extranjeras no encuentran esta perspectiva atractiva, como era de esperar. En una encuesta de enero entre 462 empresas de Estados Unidos de la Cámara Americana de Comercio en China, el 81 por ciento dijo que se sentían menos bienvenidos en China, mientras que más del 60 por ciento tienen poca o ninguna confianza de que el país abrirá aún más sus mercados en los próximos tres años.

De hecho, China sigue ocupando el puesto 59 entre los 62 países evaluados por la Organización para la Cooperación y el Desarrollo Económico en términos de apertura a la inversión extranjera directa. Al mismo tiempo, la IED es cada vez menos importante para la economía: en 2016 representó poco más del 1 por ciento del PIB de China, por debajo del 2,3 por ciento en 2006 y un 4,8 por ciento en 1996.

Una causa de preocupación aún mayor para las multinacionales son los planes de Beijing para replicar tecnologías extranjeras y apoyar a sus ‘campeones nacionales’ que puedan exportarlas globalmente. Un programa puesto en marcha en 2015, llamado Hecho en China 2025, tiene como objetivo hacer que el país sea competitivo dentro de una década en 10 industrias, incluyendo aviones, vehículos de nueva energía, y la biotecnología. China, bajo Xi, tiene como objetivo no sólo ser el centro manufacturero de la economía mundial, sino también ocupar un lugar destacado en innovación y tecnología para competir con los EEUU y otras economías capitalistas avanzadas dentro de una generación.

Beijing tiene como objetivo impulsar la cuota de robots de fabricación nacional a más del 50 por ciento de las ventas totales en 2020, que fue ya del 31 por ciento el año pasado. Las compañías chinas como E-Deodara Robot Equipments, Siasun Robot & Automation y Anhui Efort Intelligent Equipments aspiran a convertirse en multinacionales, desafiando a compañías similares como ABB Robotics de Suiza y la japonesa Fanuc por el liderazgo en unmercado de 11 mil millones de dólares.

Bajo XI, China también ha redoblado esfuerzos para construir su propia industria de semiconductores. El país compra alrededor del 59 por ciento de los chips que se venden en todo el mundo, pero los fabricados en el país representan sólo el 16,2 por ciento de los ingresos de las ventas globales de la industria, de acuerdo con la consultora PwC. Para cambiar esto, Made in China 2025 destina 150 mil millones de dólares de inversión en 10 años. Un informe de enero de 2017 del Consejo Presidencial de Asesores en Ciencia y Tecnología de EE UU detalla los amplios subsidios de China a sus fabricantes de chips, la obligación de las empresas nacionales de comprar sólo a proveedores locales, y el requisito de que las empresas estadounidenses transfieran tecnología a China a cambio de acceso a su mercado .

Y el imperialismo estadounidense tiene miedo. El secretario de Comercio de Estados Unidos Wilbur Ross ha descrito el plan como un “ataque” al “genio americano.” En un excelente nuevo libro, The US vs China: Asia’s new cold war?, Jude Woodward, un asiduo visitante y conferenciante en China, señala las medidas desesperadas que los EEUU está adoptando para tratar de aislar a China, bloquear su progreso económico y cercarla militarmente. Pero también afirma que esta política está fallando. China no está aceptando el control que la quieren imponer las multinacionales extranjeras; está desarrollando continuamente vínculos comerciales y de inversión con el resto de Asia; y, con la excepción del Japón de Abe, está teniendo éxito en mantener a los estados capitalistas asiáticos ambivalentes entre la 'mantequilla' de China y las 'armas' de Estados Unidos. Como resultado, China ha sido capaz de mantener su independencia del imperialismo estadounidense y del capitalismo global como ningún otro estado.

Esto nos lleva a la cuestión de si China es un estado capitalista o no. Creo que la mayoría de los economistas políticos marxistas están de acuerdo con la teoría económica dominante que asume o acepta que China es capitalista. Sin embargo, no es mi caso. China no es capitalista. La producción de mercancías con fines de lucro, basada en relaciones espontáneas del mercado, es lo que caracteriza al capitalismo. La tasa de ganancia determina sus ciclos de inversión y genera crisis económicas periódicas. Esto no se aplica en China. En China, la propiedad pública de los medios de producción y la planificación del estado siguen siendo dominantes y la base de poder del Partido Comunista se basa en la propiedad pública. El ascenso económico de China se ha conseguido sin que el modo de producción capitalista sea dominante.

El “Socialismo con características chinas” es una bestia extraña. Por supuesto, no es 'socialismo' de acuerdo con ninguna definición marxista o de control obrero democrático. Y ha habido una expansión significativa de las empresas privadas, tanto nacionales como extranjeras en los últimos 30 años, con el establecimiento de un mercado de valores y otras instituciones financieras.

Pero la gran mayoría del empleo y la inversión tiene lugar a través de empresas públicas o por instituciones que están bajo la dirección y el control del Partido Comunista. La mayor parte de las industrias competitivas globales de China no son multinacionales de propiedad extranjera, sino empresas estatales chinas.

Y puedo proporcionar algunas pruebas que, en la medida que yo sepa, no han sido planteadas por otros comentaristas. Recientemente el FMI publicó una serie de datos completa del tamaño del sector público y de su inversión y su crecimiento, que se remonta 50 años para todos los países del mundo. Estos datos ofrece algunos resultados sorprendentes.

Demuestran que China tiene un stock de activos del sector público por valor de 150% del PIB anual; Sólo Japón tiene algo similar con el 130%. Todas las otras economías capitalistas importantes tiene menos del 50% del PIB en activos públicos. Cada año, la inversión pública de China en relación al PIB es de alrededor del 16% en comparación con el 3-4% en los EEUU y el Reino Unido. Y aquí está la cifra decisiva. El volumen del stock de activos productivos públicos en relación con los activos del sector capitalista privado en China es tres veces mayor. En los EEUU y el Reino Unido, los bienes públicos son menos del 50% de los activos privados. Incluso en las 'economías mixtas' de India o Japón, la proporción de activos públicos en relación con los privados solo es del 75%. Esto demuestra que en China la propiedad pública de los medios de producción es dominante - a diferencia de cualquier otra economía importante.


Un informe de la Comisión de Revisión Económica y de Seguridad Estados Unidos-China encontró que “La parte de propiedad y control estatal de la economía china es grande. Basándose en suposiciones razonables, parece que el sector público visible- las empresas estatales y las entidades controladas directamente por las empresas estatales, representan más del 40% del PIB no agrícola de China. Si se consideran las contribuciones de las entidades controladas indirectamente, colectivos urbanos y empresas municipales públicas, la proporción del PIB de propiedad y control del Estado es de aproximadamente el 50%”. Los grandes bancos son propiedad del Estado y sus políticas de crédito y de depósito están dirigidas por el gobierno (para disgusto del Banco Central de China y otros elementos pro-capitalistas). No hay flujo libre de capitales extranjeros dentro y fuera de China. Los controles de capital son impuestos y aplicados y el valor de la moneda se manipula según los objetivos económicos (para gran disgusto del Congreso de Estados Unidos y los fondos de cobertura occidentales).

Al mismo tiempo, el aparato del Partido Comunista / estado se infiltra en todos los niveles de la industria y la actividad en China. De acuerdo con un informe de Joseph Fang y otros ( http://www.nber.org/papers/w17687 ), hay organizaciones del partido en cada corporación que emplea a más de tres miembros del partido comunista. Cada organización del partido elige a un secretario del partido. El secretario del partido es el eje central del sistema de gestión alternativa de cada empresa. Esto amplía el control del partido más allá de las empresas estatales a las empresas privatizadas y las empresas propiedad de los gobiernos locales en el sector privado o “nuevas” organizaciones económicas” como se las llama. En 1999, sólo el 3% de ellas tenía células del partido. Ahora la cifra es de casi el 13%. Como señala el informe: “El Partido Comunista Chino (PCC), controla la promoción profesional de todo el personal de alto nivel en todas las agencias reguladoras, todas las empresas de propiedad estatal (EPE), y prácticamente todas las principales instituciones financieras de propiedad estatal (EPE) y las posiciones determinantes del partido en todas, menos las empresas más pequeñas, no públicas, que siguen sometidas a una dirección leninista”.

La realidad es que casi todas las empresas chinas que emplean a más de 100 personas tienen un sistema de control basado en células del partido. Esta no es una reliquia de la era maoísta. Es la estructura actual establecida específicamente para mantener el control del partido en la economía. Como el informe de Fang dice: “El Departamento de Organización del PCCh gestiona todas las promociones de alto nivel de todos los bancos, reguladores, ministerios y organismos gubernamentales, empresas estatales, e incluso muchas empresas no públicas, designadas oficialmente. El partido promueve a gente en los bancos, agencias reguladoras, las empresas, los gobiernos y los órganos del Partido, gestionando gran parte de la economía nacional en un gran cuadro de gestión de recursos humanos. Un cuadro joven y ambicioso puede comenzar en un ministerio estatal, unirse a los mandos intermedios de un banco público, aceptar un alto cargo del partido en una empresa cotizada, ser promovido a un puesto de regulación superior, aceptar el nombramiento como alcalde o gobernador de provincia, convertirse en un CEO de un banco público diferente, y quizás por último, ascender a los escalones superiores del gobierno central o el PCCh - todo gracias al Departamento de Organización del PCCh”.

El Partido Comunista de China es mencionado en los estatutos de muchas de las mayores empresas del país, que describen al partido como un elemento director que juega un papel central de “una manera organizada, institucionalizada y concreta” y “provee dirección [y] gestiona la situación general”.

Hay 102 empresas estatales clave con activos de 50 billones de yuanes, que incluyen empresas públicas de petróleo, operadores de telecomunicaciones, generadores de energía y fabricantes de armas. Xiao Yaqing, director de la Comisión de Supervisión y Administración de Activos Estatales del Consejo de Estado (SASAC), escribió en la publicación de la Escuela Central del Partido Tiempo de Estudio que cuando una empresa estatal tiene un consejo de administración, el jefe del partido también tiende a ser el presidente del consejo. Los miembros del Partido Comunista en las empresas estatales forman el “el fundamento de clase más sólido y fiable” que permite al Partido Comunista gobernar. Xiao califica la idea de la “privatización de los bienes del Estado” como un pensamiento mal orientado.

Estos 102 grandes conglomerados contribuyeron el 60 por ciento de las inversiones exteriores de China a finales de 2016. Las empresas estatales, incluyendo China General Nuclear Power Corp y China National Nuclear Corp han asimilado tecnologías, a veces occidentales con cooperación o sin ella, y ahora tienen proyectos en Argentina, Kenia, Pakistán y el Reino Unido. Y la gran ‘Nueva Ruta de la Seda' para el centro de Asia no está dirigido a obtener beneficios. Se trata de expandir la influencia económica de China a nivel mundial y extraer recursos tecnológicos y naturales para la economía nacional.

Esto también contradice la idea común entre algunos economistas marxistas de que la exportación de capital de China para invertir en proyectos en el extranjero es producto de la necesidad de absorber el 'excedente de capital' doméstico, similar a la exportación de capital de las economías capitalistas antes de 1914, que Lenin consideró una característica clave del imperialismo. China no está invirtiendo en el extranjero a través de sus empresas estatales debido a un 'exceso de capital' o incluso porque la tasa de ganancia de las empresas estatales y capitalistas esta cayendo.

Del mismo modo, la gran expansión de la inversión en infraestructura a partir de 2008 para contrarrestar el impacto del colapso del comercio mundial desde la crisis financiera global y la Gran Recesión que golpea las economías capitalistas no ha sido un gasto público a través del endeudamiento de tipo keynesiano, como la mayoría de los economistas y (algunos) marxistas argumentan. Fue un programa de inversiones de las corporaciones estatales planificada y financiada por los bancos de propiedad estatal dirigidos por el Estado. Fue lo que Keynes llamó una 'inversión socializada’, pero que nunca fue puesta en práctica en las economías capitalistas durante la Gran Depresión, porque hacerlo sería sustituir el capitalismo.

La ley del valor del modo de producción capitalista opera en China, principalmente a través del comercio exterior y la entrada de capitales, así como a través de los mercados internos de bienes, servicios y fondos. Por lo que la economía china se ve afectada por la ley del valor. Eso no es realmente sorprendente. No se puede 'construir el socialismo en un solo país' (y si un país está bajo una autocracia y sin democracia obrera, es así por definición). La globalización y la ley del valor de los mercados mundiales se filtran a la economía china. Pero el impacto es 'distorsionado', 'frenado' y bloqueado por la 'interferencia' burocrática del estado y la estructura del partido hasta el punto de que todavía no puede dominar y dirigir la trayectoria de la economía china.

Es cierto que la desigualdad de la riqueza y el ingreso en China bajo el 'socialismo con características chinas' es muy alta. Hay un creciente número de multimillonarios (muchos de los cuales están relacionados con los líderes comunistas). El coeficiente de Gini de China, un índice de desigualdad de los ingresos, ha pasado del 0,30 en 1978, cuando el Partido Comunista comenzó a abrir la economía a las fuerzas del mercado, a un máximo del 0,49 justo antes de la Recesión Global. De hecho, el coeficiente Gini de China ha subido más que en cualquier otra economía asiática en las últimas dos décadas. Este aumento fue en parte el resultado de la urbanización de la economía en la medida en que los campesinos rurales han emigrado a las ciudades. Los salarios urbanos en los talleres y las fábricas están dejando atrás cada vez más los ingresos de los campesinos (no es que los salarios urbanos sean nada del otro mundo, porque a los trabajadores de montaje de i-pads de Apple se les paga menos de 2 dólares la hora).


Pero también es en parte el resultado de la élite que controla las palancas del poder y se está enriqueciendo, permitiendo al mismo tiempo que algunos multimillonarios chinos ‘florezcan’. La urbanización se ha ralentizado desde la Gran Recesión y también lo ha hecho el crecimiento económico y el índice de desigualdad de Gini se ha reducido un poco.


La economía china se protege parcialmente de la ley del valor y la economía capitalista mundial. Pero la amenaza de la 'vía capitalista' permanece. De hecho, los datos del FMI muestran que, mientras que los activos del sector público en China siguen siendo casi dos veces mayores que los activos del sector capitalista, la brecha se está cerrando.


Bajo Xi, parece que la mayoría de la élite del partido continuará con un modelo económico que está dominado por las corporaciones estatales dirigidas a todos los niveles por cuadros comunistas. Esto es debido a que incluso la elite se dan cuenta de que si adopta la vía capitalista y la ley del valor se convierte en dominante, se expondrá al pueblo chino a una inestabilidad económica crónica (booms y crisis), a la inseguridad de empleo e ingresos y a mayores desigualdades.

Por otra parte, Xi y la élite del partido están unidos en su oposición a la democracia socialista como cualquier marxista la entendería. Desean preservar su régimen autocrático y los privilegios que se derivan de él. La gente todavía tienen un papel que jugar. Han luchado batallas locales por el medio ambiente, sus pueblos y sus puestos de trabajo y salarios. Pero no han luchado por más democracia o poder económico.

De hecho, la mayoría apoya al régimen. Los chinos apoyan al gobierno, pero están preocupados por la corrupción y la desigualdad - las dos cuestiones que Xi afirma que está combatiendo (pero en las que fracasará).

Una reciente encuesta realizada por el Centro de Investigación Pew encontró que el 77% de los encuestados creen que su forma de vida en China necesita ser protegida de la “influencia externa”. El politólogo Bruce Dickson colaboró con expertos chinos para estudiar la percepción pública del Partido Comunista de China gobernante. Los investigadores llevaron a cabo entrevistas directas con unas 4.000 personas en 50 ciudades de todo el país. Dickson concluyó: “No importa cómo se mida, no importa qué preguntas se pregunten, los resultados indican siempre que la gran mayoría de la gente está realmente satisfecha con el status quo”.


Parece que Xi y su banda durarán bastante tiempo.


Michael Roberts
es un reconocido economista británico, que ha trabajador 30 años en la City londinense como analista económico y publica el blog The Next Recession. 
 
Fuente: https://thenextrecession.wordpress.com/2017/10/25/xi-takes-full-control-of-chinas-future/ 
 
Traducción: G. Buster 
 
Via SIN PERMISO (http://www.sinpermiso.info/textos/xi-toma-el-control-total-del-futuro-de-china)
 
 

domingo, 4 de junho de 2017

UM RECADO PARA A GURIZADA

Por que a indústria do empreendedorismo de palco irá destruir você.

 Ícaro de Carvalho (www.oindigesto.com)

Palestras bonitas, termos em inglês, pessoal super engajado e microfones do tipo Madonna, muito Power-Point e nenhum negócio real para mostrar…

O empreendedorismo é a nova religião do homem moderno. Materialista e secular, ele substituiu os Santos do seu altar por fotografias de homens bem sucedidos; os seus Evangelhos são livros como “O sonho grande” e “A força do Hábito”. Ele acredita, de alguma maneira, que tudo aquilo irá aproximá-lo do seu objetivo principal: sucesso, fama e dinheiro…de preferência agora!

Quem visita as livrarias com certa regularidade percebeu que, nos últimos anos, a sessão dedicada ao empreendedorismo e aos negócios cresceu de uma maneira violenta. É espantoso: para onde quer que você olhe, eles estão lá. Obras que prometem os códigos da riqueza, os segredos da abundância, os cinco passos para o sucesso e como você aprenderá a pensar como o Steve Jobs.

Não tem como negar: o empreendedorismo veio para ficar e, com ele, o seu fenômeno mais recente: o empreendedor de palco.

Empreender se tornou auto-ajuda.

Se, antigamente, os livros, enormes e com suas setecentas páginas, cuspiam fórmulas, equações e cálculos que te ensinavam a lidar com o fluxo de caixa da sua empresa, hoje eles dizem: “Você irá chegar lá! Acredite, você irá vencer!”. A atividade empresarial foi reduzida à pura e pobre política do incentivo. E o motivo é simples: as pessoas compram o que elas querem ouvir. Geralmente, odiamos a verdade; principalmente quando ela diz que teremos que trabalhar duro e que as chances de vitória são mínimas.

O Brasil é um país que lê pouco. Em uma nação com 230 milhões de habitantes, um livro ser categorizado como best-seller ao vender quinze mil é uma piada. E, vamos ser sinceros? A vida aqui é dura. O governo nos atrapalha, a burocracia nos sufoca, os custos nos aleijam…tornar um negócio lucrativo e perene nesse país é uma proeza digna de um herói. E essa atividade drena cada pedacinho da nossa alma e do nosso ânimo.

É nesse momento que o empreendedor de palco cresce.
 
 
 
 
Geralmente o seu perfil é sempre o mesmo: alinhado e super-motivado, não precisa — necessariamente — de alguma formação universitária. As suas características são: mindset contagiante, energia positiva e proatividade.
Mindset, empoderamento, millennials, networking, coworking, deal, business, dead-line, salesman com perfil hunter…tudo isso faz parte do seu vocabulário. O pacote de livros é sempre idêntico e as experiências são passadas da mesma forma:
Você está a um único centímetro da vitória. Não pare! Se desistir agora, será para sempre. Tome, leia a estratégia do oceano azul. Faça mais uma mentoria, participe de mais uma sessão de coaching. O problema é que o seu mindset não está ajustado. Você precisa ser mais proativo. Vamos fazer mais um powermind? Eu consigo um precinho bacana para você…
O empreendedor de palco torna aquele grupo a sua empresa. Aquele coletivo passa a ser o seu curral e a sua clientela. O seu mercado é a esperança e o seu produto é a sua habilidade de, a cada novo vacilo, insistir que a força de vontade e aquele sentimentalismo barato serão a resposta para você.

Por não possuir, na maioria das vezes, experiências com o mundo real, esse tipo de cara se agrupará com tantos outros, para que seus produtos se tornem complementares. Eis que surgem os grupos de relacionamento, ou também chamados de powerminds. É um lugar onde pessoas com negócios reais vão tomar lições com sujeitos que nunca abriram um CNPJ…

Perceba que não é muito difícil reconhecer o embuste. Ao entrar em algum desses lugares, pegue uma folha de papel e a divida ao meio. Escreva de um lado: “Discurso emocional” e do outro “Discurso prático”. Anote a quantidade de vezes que ele passará conceitos e estatísticas validadas em negócios reais, versus o tempo que gastará falando sobre motivação e como você precisa trabalhar a sua força de vontade.

 
Hum, vamos ver o que eu aprendi hoje: que eu sou lindo, especial, que tudo dará certo e a minha empresa alcançará um enorme sucesso; basta eu adotar os 21 passos da prosperidade, que será vendido no próximo powermind…
E esse é um movimento, ao que me parece, sem volta. Até mesmo as maiores revistas de negócios do país adotaram esse estilo de empreendedorismo compromissado mais com o entretenimento do que com os resultados. Essa massa de gente que chegou até aqui atrás de auto-afirmação, ignorando o trabalho duro e as verdades que você só aprende atrás de um balcão de loja de materiais para construção, acaba moldando a maneira com que as revistas e jornais da área se comunicam. O resultado? Todo tipo de bizarrice.
O resultado de tudo isso é uma indústria que beira a esquizofrenia. Que dissociou completamente a atividade empreendedora dos negócios, da ralação, das contas e das noites mal dormidas. É gente que acha que abrir empresa é o substituto adulto para quando, adolescente, você fazia uma banda. Hoje os encontros para empreendedores mais se parecem com igrejas neo-pentecostais, com gente pulando, gritando, louvando ao Deus Mercado, para que tenham sucesso em suas empreitadas…agora, que empreitadas?

Quase não há negócio.

Eu vou dizer uma coisa para você, depois de oito anos no cenário de business-design, redação publicitária e marketing de conteúdo: de cada dez pessoas que entram por aquela porta, sete são o que eu chamo de “aprendedores compulsivos”. O resultado final é o que menos importa; o que eles querem é ler mais livros, acompanhar mais artigos e estar por dentro do que há de mais novo no cenário. Dois estão ali apenas pelo networking. Fazem dinheiro ligando as pontas, independentemente de qualquer cenário. É o “corretor imobiliário” do empreendedorismo, conhecendo gente que tem necessidade e ligando a outros. Um acabará empreendendo.
Isso é um encontro para empreendedores, chamado Business Mastery, aplicado pelo Tony Robbins. Aqui, o homem moderno demonstra o seu avanço razoável e espiritual sobre as antigas religiões bárbaras do planeta. O dinheiro é o novo Deus.
Desses “aprendedores”, boa parte terá, ao longo de dois ou três anos, memorizado todas essas palavras de incentivo, lido os livros e feito os treinamentos e, sem que tenha feito qualquer negócio, acabará se tornando mais um empreendedor de palco. Faturará com os seus treinamentos milagrosos, que servirão ao seu professor para que diga aos outros: “Estão vendo? Ele venceu! E venceu aqui dentro! Viu como falta muito pouco para que vocês cheguem no topo?!”. E a histeria se instaura.
Pouco a pouco, o modelo ideal de sucesso deixa de ser construir uma boa empresa, que serve aos seus clientes e à sociedade com ótimos produtos e soluções e passa a ser se tornar mais um desses caras, que vendem palestras e enchem congressos com mais e mais auto-ajuda barata. Por que? Porque é muito mais fácil…e, na maioria das vezes, rentável.

Tá. E o que tudo isso tem a ver comigo?

Se você está pensando em abrir um negócio ou entrar de vez na economia digital, oferecendo produtos ou serviços, ou até mesmo utilizar a internet como poder complementar a um negócio físico que você já possua, tome cuidado! Há uma indústria de falsas promessas e de prosperidade barata, que tentará te capturar.
O remédio para tudo isso? Esqueça a ideia de que há um caminho mais fácil. Empreender é difícil e envolve coragem, comprometimento e muitas noites sem dormir; aquela azia constante no estômago e a sensação de que tudo, de uma hora para a outra, irá desabar. E é exatamente isso que, não te matando, te tornará mais forte e pronto para encarar a vida.
Sem choro. Você sabe que livros são importantes, mas a maioria é puro lixo sentimental. Auto-ajuda barata, que só enriquece quem os vende. Você quer saber quais são os 20 passos para a prosperidade? Eu vou te dizer o primeiro: trabalhe duro. Entre uma xícara de café e outra, você irá aprendendo os outros 19.
Quando o assunto são negócios, prefira sempre a sabedoria do filósofo e Guru Rocky Balboa. E trabalhe. O sucesso vem bem depois, quando você estiver quase desistindo.
Um pouco da boa e velha sabedoria de antigamente, para destruir o mundo de faz de contas dos jovens empreendedores bacanas da Vila Olímpia de hoje em dia:
 
https://youtu.be/xW1HA1Rp8ms
P.S: Quando esse texto foi criado, ele se utilizou da expressão “mastermind”. Era do meu desconhecimento que, no Brasil, tal expressão era uma patente constituída. Por conta disso, substituí o termo por um equivalente e me retrato quanto às turbações causadas ao titular do termo.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

El 1% de los adultos posee el 51% de la riqueza del mundo; el 10% el 89%; mientras que el 50% inferior sólo tiene el 1%



El 1% superior de los adultos posee el 51% de la riqueza global, mientras que la mitad inferior de los adultos posee sólo el 1%. De hecho, el 10% superior de los adultos posee el 89% de toda la riqueza del mundo! Esta es la nueva cifra para el 2016 calculada por el informe anual de la riqueza global de Credit Suisse. Cada año, Credit Suisse presenta este informe, escrito por el profesor Tony Shorrocks, James Davies y Rodrigo Lluberas, que solían elaborarlo para la ONU. Suelo referirme a él cada año y por lo general es el una de mis notas más populares.

La última vez que traté de los resultados del informe de Credit Suisse, el 1% tenía el 48% de la riqueza global. Así que, en el último año y medio, la desigualdad global según el informa ha aumentado aún más. La proporción del 1% y 10% superiores de la riqueza mundial se redujo entre 2000 y 2007: por ejemplo, la proporción del percentil superior se redujo del 50% al 46%. Sin embargo, la tendencia se invirtió después de la crisis financiera y las proporciones de las partes superiores han vuelto a los niveles observados a comienzos del siglo.

Los investigadores de Credit Suisse estiman que estos cambios reflejan principalmente la importancia relativa de los activos financieros de los hogares, que han aumentado en valor desde 2008, haciendo crecer la riqueza de muchos de los países más ricos, y de muchas de las personas más ricas, en todo el mundo. Aunque la proporción de los activos financieros se redujo este año, las partes de los grupos de riqueza superiores continuaron aumentando. En el otro extremo de la pirámide de la riqueza mundial, la mitad inferior de los adultos posee colectivamente menos del 1% de la riqueza total.
 



La razón principal de esta enorme desigualdad es que hay muchos pobres (en términos de riqueza) en el mundo. No se necesita mucho para entrar en el top 1% de los poseedores de riqueza. Una vez deducidas las deudas, una persona sólo necesita 3.650 dólares para estar entre la mitad más rica de los ciudadanos del mundo. Sin embargo, se necesitan alrededor de 77.000 dólares para pertenecer al 10% de los dueños de la riqueza mundial y 798.000 dólares para ingresar en el 1% superior. Así que si es dueño de una casa en cualquier ciudad importante en el Norte sin hipoteca, usted es parte del 1% superior. ¿Se siente rico si es así? Lo único que demuestra esto es lo pobre que son la gran mayoría de las personas en el mundo: sin propiedad, sin efectivo y ¡sin acciones y bonos, por supuesto!

La investigación muestra que 3.500 millones de personas - el 73% de todos los adultos en el mundo- poseen bienes e ingresos inferiores a 10.000 dólares en 2016. Otros 900 millones de adultos (19% de la población mundial) están en el abanico de los 10.000 a 100.000 dólares. Los pobres se concentran en la India y África y las naciones más pobres de Asia, con un 73% de ellos en los quintiles inferiores en términos de riqueza. Pero también hay un número significativo de personas que son pobres para los estándares mundiales en América del Norte y Europa, entre ellos un 9% de los norteamericanos, la mayoría con un patrimonio neto negativo, en el quintil inferior mundial y el 34% de los europeos en la mitad inferior mundial. Estas personas no sólo no tienen riquezas, es que están endeudados.

¿Y quienes están cada vez mejor? Bueno, no es indios. La India tiene solo el 3,1% de las personas de “clase media” a nivel mundial (una riqueza de entre 10.000 y 100.000 dólares) y esa proporción prácticamente no ha cambiado. Por el contrario, China cuenta con un enorme 33% de las personas de riqueza media, diez veces la de la India, y esa proporción se ha duplicado desde el año 2000. Lo que esto nos dice es que la expansión económica sin precedentes de China ha sacado a cientos de millones de personas de la pobreza, incluso si la desigualdad de riqueza ha aumentado.

De hecho, el número de millonarios, que se redujo en 2008, mostró una rápida recuperación después de la crisis financiera y ahora es más del doble de su cifra del 2000. En la actualidad hay 32.9 millones de millonarios a nivel mundial, es decir, adultos con más de 1 millón de dólares en propiedades o ahorros después de descontar sus deudas. De hecho, sólo hay 140.000 personas en todo el mundo que tienen más de 50 millones de dólares de riqueza. Y ahora hay más de 2.000 multimillonarios, que son realmente los dueños del mundo.
 



Suponiendo que no haya cambios en la desigualdad de riqueza mundial, se espera que haya otros 945 multimillonarios más en los próximos cinco años, elevando el número total de multimillonarios a casi 3.000. Más de 300 de los nuevos multimillonarios serán de América del Norte. China, según estos cálculos, sumará más nuevos multimillonarios que toda Europa junta, situando el total de China por encima de 420.

Credit Suisse estima que la riqueza global total es ahora de 334 billones de dólares, o alrededor de cuatro veces el PIB mundial anual. A comienzos de este siglo, hubo al principio un rápido aumento de la riqueza mundial, con un crecimiento más rápido en China, India y otras economías emergentes, lo que representó el 25% del aumento de la riqueza, a pesar de que poseían sólo el 12% de la riqueza mundial en el año 2000. La riqueza mundial se redujo en 2008, pero ha mostrado una lenta tendencia al alza desde entonces, con una tasa significativamente más baja que antes de la crisis financiera. De hecho, la riqueza ha caído en dólares en todas las regiones fuera de América del Norte, Asia-Pacífico y China desde el año 2010. Per cápita por adultos, la riqueza apenas ha crecido y la riqueza media ha caído cada año desde 2010. El adulto promedio es cada vez más pobre.

En los últimos 12 meses, la riqueza mundial ha aumentado un 1,4% y apenas ha podido mantener el ritmo de crecimiento de la población. Como resultado, en el año 2016, la riqueza media por adulto se mantuvo sin cambios por primera vez desde 2008, aproximadamente unos 52.800 dólares. Así que la población mundial en su conjunto no se ha hecho más rica en el último año y medio, pero la desigualdad ha aumentado.

Para más información sobre la desigualdad de riqueza e ingreso y lo que significa, ver mis Ensayos sobre la desigualdad.


Michael Roberts es un reconocido economista británico, que ha trabajado 30 años en la City londinense como analista económico y publica el blog The Next Recession. 
 
Fuentes: 
 
https://thenextrecession.wordpress.com/2016/11/24/top-1-of-adults-own-51-of-the-worlds-wealth-top-10-own-89-and-bottom-50-own-only-1/ 
 
 http://www.sinpermiso.info/textos/el-1-de-los-adultos-posee-el-51-de-la-riqueza-del-mundo-el-10-el-89-mientras-que-el-50-inferior-solo
 
Traducción: G. Buster

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Los océanos se están calentando: Un gran problema en un planeta azul.



Sólo sea para refrescarlo, siempre es bueno recordar que vivimos en un planeta de océanos. La mayoría de la superficie de la Tierra es agua salada, salpicada de las grandes islas que llamamos continentes.

Vale la pena recorder este pequeño dato, que puede irsenos de la cabeza, puesto que los seres humanos nos congregamos en las zonas de terreno seco, porque hay nueva información que nos muestra de qué modo tan profundo estamos interfiriendo en los siete mares. La Unión Internacional para la Conservación de la Naturaleza (UICN) ha publicado un amplio estudio que concluye que el calentamiento desbocado de los océanos es “el mayor desafío oculto de nuestra generación”.

Cuando pensamos en el calentamiento global, nos concentramos habitualmente en la temperatura del aire, que está llegando bruscamente a su máximo: julio fue el mes más caluroso registrado en nuestro planeta. Pero tal como apunta el estudio, el 90% del calor extra que captan nuestros gases de invernadero lo absorben en realidad los océanos. Eso significa que los pocos metros superiores del mar han estado calentándose de manera constante más de una décima parte de un grado centígrado por década, una cifra que se está acelerando. Cuando se piensa en el volumen de agua que representa y tratamos luego de imaginar la energía necesaria para elevar su temperatura, nos hacemos idea del soplete en que se ha convertido nuestra civilización.
 


Comprobamos los efectos del calentamiento en tierra: las inundaciones, las sequías, los refugiados que buscan una seguridad temporal. Pero está en marcha esa misma escala de convulsión bajo las turbias olas. La UICN ha descubierto peces que huyen hacia los polos, pesquerías trastornadas que han a lo largo del Holoceno; ha encontrado arrecifes de coral que se decoloraban a un ritmo que se acelera cada vez más; y lo que acaso sea lo más ominoso, ha descubierto que “el calentamiento está teniendo su mayor impacto en los bloques de construcción de la vida en los mares, como son el fitoplancton, el zooplancton y el kril”. Lo que significa que estamos ensuciando el fondo mismo de las cadenas más básicas de la vida.

Estos riesgos se acelerarán a medida que los océanos se calientan con más rápidez: su temperatura podría aumentar cuatro grados centígrados si dejamos que el planeta siga calentándose. Y a medida que esto pase, por supuesto, el calentamiento empezará a realimentarse. Hay, como nos recuerda la UICN, ingentes cantidades de metano congelado bajo el agua. Y cada grado más que aumenta la temperatura irá derritiendo algo de ello.

Sólo hay una palabra para lo que estamos haciendo, y es “descabellado”. En un planeta de océanos, estamos destruyendo el océano. En un planeta de océanos, estamos destruyendo el océanos.

Y lo estamos haciendo innecesariamente. Los ingenieros han hecho su trabajo para proporcionarnos las herramientas que nos hacen falta. Tenemos paneles solares. Tenemos turbinas eólicas (que cuando se ubican en el mar, forman pequeños arrecifes artificiales que son estupendos). Disponemos de buenos datos que muestran que si nos movemos con rapidez, podemos de modo asequible proporcionar energía al planeta sin arruinarlo.

Por desgracia, tenemos también un sector de combustibles fósiles que ha logrado impedir que actuemos de verdad a lo largo de decenas de años: ha mentido, ha cabildeado y ha derramado una incontable largueza sobre nuestra clase política (y sobre otras élites: de forma un tanto increíble, BP patrocina actualmente una exposición de antigüedades de “Ciudades sumergidas” en el Museo Británico). En consecuencia, nos encontramos con que desparecen los casquetes glaciares, con incendios forestales que chisporrotean y registros nunca vistos de precipitaciones.

Pero tenemos también, gracias a ellos, un movimiento dinámico y creciente para defender la Tierra. Hoy, en Dakota del Norte, los indígenas norteamericanos arriesgan su cuerpo para bloquear un nuevo oleoducto que atravesaría el río Misuri. Ellos se denominan Protectores del Agua. Haríamos bien, todos nosotros, en adoptar ese pasatiempo.

Porque vivimos en un planeta de océanos.
 
Es profesor en Middlebury College de Vermont (Estados Unidos) y cofundador de 350.org, la mayor campaña de organización de base del mundo que trata el tema del cambio climático. 
 
Fuente:
The Guardian, 7 de septiembre de 2016.
 
Traducción:
Lucas Antón

domingo, 12 de julho de 2015

DINHEIRO DE PLÁSTICO





Cena que se repete inúmeras vezes.

Alguém faz uma compra e vai pagar com cartão.

Débito ou crédito?

Não importa.

A pessoa que vai cobrar começa a mexer em um teclado.

A pessoa que está comprando fixa os olhos na tela do aparelho receptor do cartão.

Momento de tensão.

Aparece a mensagem “COLOQUE O CARTÃO”.

A compradora tenta imediatamente colocar o cartão, mas a pessoa do caixa rapidamente ordena: “coloque o cartão!”.

Quem ganhou? Foi ao mesmo tempo? Empate?

A caixa começa a digitar novamente no teclado.

De repente para.

Ambas ficam em suspense olhando para suas telas, a caixa para a tela do computador, a compradora para a tela do receptor do cartão.

Aparece a mensagem “COLOQUE A SENHA”.

Imediatamente a compradora coloca a senha, mas ao mesmo tempo a caixa ordena: “coloque a senha! ”.

Quem venceu desta vez? Empate?

Pequeno momento de relaxamento.

A compradora lentamente coloca a senha e aperta o botão verde.

Ambas, compradora e caixa, ficam de olho nas respectivas telas.

Suspense quase insuportável!

Depois de um lapso de tempo aparece a mensagem: RETIRE O CARTÃO”.

A caixa imediatamente manda: “retire o cartão”, mas ao mesmo tempo a compradora já está retirando o cartão.

Quem venceu desta vez? Deu empate?

Uma dúvida atroz paira no ar.

Realmente, está cada vez mais que na hora de ser criada a profissão de JUIZ DE COMPRAS COM CARTÃO!