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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

DETALHES DA PRIVATARIA TUCANA

Road Town, Capital das Ilhas Virgens Britânicas

Na mesma batida

Por Juremir Machado da Silva, para Correio do Povo

Não faz muito, quando as denúncias de um soldado obscuro levaram à queda o ministro dos Esportes, Orlando Silva, o PC do B e amigos da base aliada do governo federal tentavam desqualificar o denunciante alegando que ele estava sendo processado por isto e aquilo. A oposição rebatia afirmando que é sempre assim que acontece. Bancava a irônica: queriam o quê? Que a denúncia partisse do arcebispo de Brasília? Agora, com a publicação de uma bomba sob a forma de livro, "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr., a oposição defende-se alegando que não se pode confiar num sujeito que está sendo processado por isto e aquilo, sendo isto e aquilo tentar montar um dossiê contra José Serra durante a campanha de 2010. A base aliada, obviamente, responde com ironia: queriam o quê? Que o livro fosse escrito pelo arcebispo de Brasília? Política é assim: bateu, levou.

Alto nível. Uma das partes mais instrutivas e hilariantes do livro de Amaury Ribeiro é sobre nomes de empresas de fachada montadas para repatriar dinheiro sujo do exterior, no caso capital levado por doleiros para as Ilhas Virgens Britânicas. Verônica Serra, por exemplo, teria criado a Decidir, sediada em Buenos Aires, para faturar com o fabuloso mundo da Internet, tendo depois sido aberta uma subsidiária em Miami. Gente fina não abre empresa virtual na Marginal Tietê. Em determinado momento, Verônica publicou nota garantindo nada mais ter com a empresa. Amaury Ribeiro prova que a ligação persistiu. Só que a Decidir mudou de endereço. Foi parar nas incontornáveis e providenciais Ilhas Virgens Britânicas com o pomposo nome de Decidir International Limited. Que coisa! Estou louco para conhecer essas Virgens tão bicadas por tucanos. A Decidir International Limited injetou, conforme documento da Junta Comercial de São Paulo localizado por Amaury Ribeiro, R$ 10 milhões na Decidir Brasil em 2006. Por quê? Para trazer dinheiro de volta para casa. Dinheiro não suporta viver longe.

Mesmo assim, estranhamente, a Decidir Brasil das duas Verônica, que passou a se chamar Decidir.com.Brasil S.A, deu prejuízo. Por coincidência, o marido de Verônica Serra também tem uma empresa nas Ilhas Virgens Britânicas, a IConexa Inc, que investe na brasileira IConexa Ltda. Todas essas empresas abrigam-se no mesmo endereço estrangeiro e no mesmo endereço paulistano. As transações da Iconexa Inc e da Iconexa Brasil Ltda. levam a assinatura de um mesmo homem, Alexandre Bourgeois. Como diz Amaury Ribeiro, ele cobra o escanteio, corre e faz o gol de cabeça. Vou parar de contar, o meu leitor que vá ler o livro para entender toda essa paixão pelas Ilhas Virgens Britânicas. Fernando Henrique Cardoso já disse que tudo isso é uma fábrica de calúnias e infâmias. Não é de se duvidar. Chatos são os documentos que parecem confirmar tudo o que é denunciado. Como ensinam alguns historiadores, não se pode confiar cegamente em documentos. É preciso saber interpretá-los. Sem dúvida.

Como sou um inocente, eu me pergunto todos os dias: por que mesmo o livro de Amaury Ribeiro não se tornou capa da revista Veja? Ou foi capa e eu perdi essa edição?

Juremir Machado da Silva | juremir@correiodopovo.com.br

domingo, 11 de dezembro de 2011

A PRIVATARIA TUCANA

Fonte desta imagem AQUI.

Tucanos se complicam após lançamento de livro sobre esquema de corrupção no governo FHC


A situação nacional do maior partido da direita brasileira, o PSDB, fica ainda mais complicada diante do lançamento de A Privataria Tucana, livro do jornalista Amaury Ribeiro Junior. Disponível nas livrarias desde a noite passada, a obra reúne, em 343 páginas, todo o processo de privatização realizado ao longo do governo de Fernando Henrique Cardoso, nos anos 90, que dilapidou patrimônios públicos como a Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional. O livro revela, ainda, documentos inéditos sobre a transferência de bilhões de reais para esquemas de lavagem de dinheiro e pagamentos de propina aos altos escalões da República. O ex-governador de São Paulo, José Serra, que também é do PSDB, assim como o então presidente Fernando Henrique Cardoso são citados como cúmplices no ciclo de corrupção.

– O livro tem sido, de longe, o mais vendido aqui, até agora – resume um funcionário de uma das maiores livrarias na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Amaury Jr. já previa que a compilação dos documentos reunidos em A Privataria Tucana renderia no conteúdo explosivo que os jornais conservadores ainda tentam abafar. Apenas um comentário, do ex-presidente FHC, foi consignado na edição deste sábado do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo. Nele, o acusado de deixar passar um dos maiores crimes já cometidos contra o patrimônio público brasileiro preferiu apenas descredenciar o autor das denúncias. Citado como um dos vilões no episódio, o candidato tucano derrotado nas eleições presidenciais do ano passado, novamente preferiu o silêncio.

– Ficou bem claro durante as eleições passadas que Serra tinha medo de esse meu livro vir à tona. Quando se descobriu o que eu tinha em mãos, uma fonte do PSDB veio me contar que Serra ficou atormentado, começou a tratar mal todo mundo, até jornalistas que o apoiavam. Entrou em pânico – disse o jornalista à 
revista Carta Capital, em uma entrevista que reproduzimos a seguir.

Lavagem de dinheiro

À revista Carta Capital, Amaury revela que decidiu investigar o processo de privatização no governo Fernando Henrique Cardoso quando ainda era repórter do diário conservador carioca O Globo, nos idos de 2000.

– Antes, minha área da atuação era a de reportagens sobre direitos humanos e crimes da ditadura militar. Mas, no início do século, começaram a estourar os escândalos a envolver Ricardo Sérgio de Oliveira (ex-tesoureiro de campanha do PSDB e ex-diretor do Banco do Brasil). Então, comecei a investigar essa coisa de lavagem de dinheiro. Nunca mais abandonei esse tema. Minha vida profissional passou a ser sinônimo disso.

– Quem lhe pediu para investigar o envolvimento de José Serra nesse esquema de lavagem de dinheiro?

– Quando comecei, não tinha esse foco. Em 2007, depois de ter sido baleado em Brasília, voltei a trabalhar em Belo Horizonte, como repórter do (diário conservador mineiro) Estado de Minas. Então, me pediram para investigar como Serra estava colocando espiões para bisbilhotar Aécio Neves, que era o governador do Estado. Era uma informação que vinha de cima, do governo de Minas. Hoje, sabemos que isso era feito por uma empresa (a Fence, contratada por Serra), conforme eu explico no livro, que traz documentação mostrando que foi usado dinheiro público para isso.

Ficou surpreso com o resultado da investigação?

– A apuração demonstrou aquilo que todo mundo sempre soube que Serra fazia. Na verdade, são duas coisas que o PSDB sempre fez: investigação dos adversários e esquemas de contrainformação. Isso ficou bem evidenciado em muitas ocasiões, como no caso da Lunus (que derrubou a candidatura de Roseana Sarney, então do PFL, em 2002) e o núcleo de inteligência da Anvisa (montado por Serra no Ministério da Saúde), com os personagens de sempre, Marcelo Itagiba (ex-delegado da PF e ex-deputado federal tucano) à frente. Uma coisa que não está no livro é que esse mesmo pessoal trabalhou na campanha de Fernando Henrique Cardoso, em 1994, mas sob o comando de um jornalista de Brasília, Mino Pedrosa. Era uma turma que tinha também Dadá (Idalísio dos Santos, araponga da Aeronáutica) e Onézimo Souza (ex-delegado da PF).

O que você foi fazer na campanha de Dilma Rousseff, em 2010?

– Um amigo, o jornalista Luiz Lanzetta, era o responsável pela assessoria de imprensa da campanha da Dilma. Ele me chamou porque estava preocupado com o vazamento geral de informações na casa onde se discutia a estratégia de campanha do PT, no Lago Sul de Brasília. Parecia claro que o pessoal do PSDB havia colocado gente para roubar informações. Mesmo em reuniões onde só estavam duas ou três pessoas, tudo aparecia na mídia no dia seguinte. Era uma situação totalmente complicada.

– Você foi chamado para acabar com os vazamentos?

– Eu fui chamado para dar uma orientação sobre o que fazer, intermediar um contrato com gente capaz de resolver o problema, o que acabou não acontecendo. Eu busquei ajuda com o Dadá, que me trouxe, em seguida, o ex-delegado Onézimo Souza. Não tinha nada de grampear ou investigar a vida de outros candidatos. Esse “núcleo de inteligência” que até Prêmio Esso deu nunca existiu, é uma mentira deliberada. Houve uma única reunião para se discutir o assunto, no restaurante Fritz (na Asa Sul de Brasília), mas logo depois eu percebi que tinha caído numa armadilha.

– Mas o que, exatamente, vocês pensavam em fazer com relação aos vazamentos?

– Havia dentro do grupo de Serra um agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que tinha se desentendido com Marcelo Itagiba. O nome dele é Luiz Fernando Barcellos, conhecido na comunidade de informações como “agente Jardim”. A gente pensou em usá-lo como infiltrado, dentro do esquema de Serra, para chegar a quem, na campanha de Dilma, estava vazando informações. Mas essa ideia nunca foi posta em prática.

– Você é o responsável pela quebra de sigilo de tucanos e da filha de Serra, Verônica, na agência da Receita Federal de Mauá?

– Aquilo foi uma armação, pagaram a um despachante para me incriminar. Não conheço ninguém em Mauá, nunca estive lá. Aquilo faz parte do conhecido esquema de contrainformação, uma especialidade do PSDB.

– E por que o PSDB teria interesse em incriminá-lo?

– Ficou bem claro durante as eleições passadas que Serra tinha medo de esse meu livro vir à tona. Quando se descobriu o que eu tinha em mãos, uma fonte do PSDB veio me contar que Serra ficou atormentado, começou a tratar mal todo mundo, até jornalistas que o apoiavam. Entrou em pânico. Aí partiram para cima de mim, primeiro com a história de Eduardo Jorge Caldeira (vice-presidente do PSDB), depois, da filha do Serra, o que é uma piada, porque ela já estava incriminada, justamente por crime de quebra de sigilo. Eu acho, inclusive, que Eduardo Jorge estimulou essa coisa porque, no fundo, queria apavorar Serra. Ele nunca perdoou Serra por ter sido colocado de lado na campanha de 2010.

– Mas o fato é que José Serra conseguiu que sua matéria não fosse publicada no Estado de Minas...

– É verdade, a matéria não saiu. Ele ligou para o próprio Aécio para intervir no Estado de Minas e, de quebra, conseguiu um convite para ir à festa de 80 anos do jornal. Nenhuma novidade, porque todo mundo sabe que Serra tem mania de interferir em redações, que é um cara vingativo.

Daniel Dantas

As pistas deixadas por bilhões de reais movimentados nos esquemas fraudulentos revelados em Privataria Tucana, segundo Ribeiro Jr, levam ao banqueiro Daniel Dantas, condenado recentemente por uma série de crimes ligados à lavagem de dinheiro.

– Esses tucanos deram uma sofisticação à lavagem de dinheiro. Eram banqueiros, ligados ao PSDB. Quem estava conduzindo os consórcios das privatizações eram homens da confiança do Serra. É um saque (financeiro) que eles fizeram da privatização brasileira. Eles roubaram o patrimônio do país, e eu quero provar que são um bando de corruptos. A grande força desse livro é mostrar documentos que provam isso – afirmou, em conversa com jornalistas de um portal da internet.

O livro detalha o esquema de corrupção que teria, no comando, amigos e parentes de Serra e de outros líderes da direita brasileira, alguns ainda no Democráticos (DEM) e no recém-fundado Partido da Social Democracia (PSD).

– Há 20 anos, como diz o próprio livro, investido essas contas, rastreando tudo. Hoje sou um especialista (em lavagem de dinheiro). O tesoureiro do Serra, o Ricardo Sérgio, criou um modus operandi para gerir o dinheiro no exterior e eu descobri como funcionava o esquema. Eles mandavam todo o dinheiro, da propina, tudo, para as Ilhas Virgens, que é um paraíso fiscal, e depois simulavam operações de investimento, nada mais era do que a internação de dinheiro. Usavam umas off-shores, que simulavam investir dinheiro em empresas que eram dele mesmo no Brasil, numa ação muito amadora. A gente pegou isso tudo – afirmou.

Amaury Jr. nega que tenha cooptado alguém para realizar escutas telefônicas: “Não teve quebra de sigilo, como me acusaram”.

– São transações que estão em cartórios de títulos e documentos. Quando você nomeia um cara para fazer uma falcatrua dessa, você nomeia um procurador, você nomeia tudo. Rastreando nos cartórios de títulos e documentos, a gente achou tudo isso aí. Não tem essa história de que investiguei a Verônica Serra (filha do ex-governador), que investiguei qualquer pessoa ou teve quebra de sigilo. A minha investigação é de pessoa jurídica. Meu livro coloca documentos, não tem quebra de sigilo, comprova essa falcatrua que fizeram – resume.

– Segundo seu livro, esse esquema teria chegado a movimentar cifras bilionárias então?

– Bilionárias, bilionárias. (O esquema era realizado por) banqueiros ligados ao PSDB, formados na PUC do Rio de Janeiro e com pós-graduação em Harvard. A gente é muito simples, formado em jornalismo na Cásper Líbero, mas aprendi a rastrear o dinheiro deles. Eles inventaram um marco para lavar dinheiro que foi seguido por todos os criminosos, como Fernando Beira-Mar, Georgina (de Freitas que fraudou o INSS), e eu, modestamente, acabei com esse sistema. Temos condenações na Justiça brasileira para esse tipo de operações. Os discípulos da Georgina foram condenados por operações semelhantes às que o Serra fez, que o genro (dele, Alexandre Bourgeois) fez, que o (Gregório Marín) Preciado fez, que o Ricardo Sérgio fez.

– Está dito no seu livro que pessoas ligadas a Serra que teriam participado desse esquema?

– Ricardo Sérgio, a filha (Verônia Serra), o genro (Alexandre Bourgeois), Preciado, o primo da mulher dele, e, acima, (o banqueiro) Daniel Dantas, o cara que comandava todo esse esquema de corrupção – crava.
No livro, Amaury Jr. afirma que faria parte das operações uma sociedade entre Verônica Serra, filha do ex-governador Serra, e Verônica Dantas, irmã de Daniel Dantas.

– Conto como Verônica Serra e a Verônica Dantas se uniram para implementar um pagamento de propina muito evidente para o clã Serra. Inventaram essa sociedade entre elas em Miami. Quem investe nessa sociedade? Os consórcios que investiram e ganharam (na privatização): o Opportunity, o Citibank. Eles que dão o dinheiro, está no site deles próprios. Em 2002, quando Serra era candidato a presidente do Brasil, o Dantas quis chantagear. Quem revelou isso aí? Fui eu, o jornalista investigativo? Foi a própria revista IstoÉ Dinheiro que revelou a sociedade de Dantas e o clã Serra. Porque ele tinha dificuldade em compor a Previ, do governo, do Banco do Brasil. Ele estava chantageando os tucanos para compor com ele. Veja como o Dantas é manipulador nessa história toda. Primeiro veio a matéria para justificar o dinheiro dessa corrupção, dizendo que a Verônica Dantas havia enriquecido porque era uma mártir das telecomunicações. Depois, veio uma matéria fajuta… Quando não o satisfazia, (Dantas) chantageou o Serra. Para compor com a Previ, que estava com problemas com a Telecom, naquele processo todo – relembra.

O jornalista afirma, ainda ter descoberto que a sociedade de Verônica Dantas e Verônica Serra “não acabou, como disseram. Foi para as Ilhas Virgens, sendo operada pelo Ricardo Sérgio”.

– Para quê? Jogar dinheiro aonde? Para a própria filha do governador do Serra. Mapeei o fluxo do dinheiro, esses caras roubaram, receberam propina, e a propina está rastreada. O dia em que o Dantas deu a propina da privatização, peguei a ponta batendo no escritório da filha dele lá no (bairro paulistano do) Itaim-Bibi. O Dantas pagou pro Serra. A parte da propina do Serra está documentada – garante.

A propina seguia, então, das Ilhas Virgens para as contas dos donos do poder, naquela época, e quem conduzia o processo eram os consórcios das privatizações, diz o livro, “todos liderados por homens da confiança do Serra. (O líder) era o Ricardo Sérgio Oliveira. Foi caixa de campanha dele. Isso é um saque que eles fizeram da privatização brasileira”.

– Na condição de diretor internacional do Banco do Brasil, o Ricardo Sérgio assinou uma portaria que permitia a bancos brasileiros possuir contas em bancos correlatos no Paraguai, e vice versa. Essa medida tinha como pretexto facilitar a movimentação de dinheiro dos brasileiros que possuem comércio no Paraguai. No entanto, se transformou no maior duto para lavagem de dinheiro. Em vez do dinheiro vir para o Brasil, os doleiros passarama a usar esse mecanismo pra mandar todo o dinheiro para uma agência do Banestado em Nova York. Pode-se dizer que Ricardo Sérgio atuou nessa ponta da lavanderia do Banestado – disse.

E continuou: “Segundo ponto: Ricardo Sergio foi o grande artesão dos consórcios das empresas de telecomunicações durante as privatizações, no governo FHC. Ele conseguia manipular a formação dos grupos porque controlava o Fundo de Previdência dos funcionários do Banco do Brasil (Previ), e decidia a forma como o Previ participaria dos consórcios. Ele conseguia isso porque o presidente do Fundo era um aliado dele, o João Bosco Madeiro da Costa.

– Por fim, Ricardo Sérgio criou a metodologia de usar as offshores nas Ilhas Virgens Britânicas, principalmente no Citco. Essas offshores eram usadas pra internar (trazer de volta ao Brasil) dinheiro que saiu ilegalmente do país, por meio de uma rede de doleiros.

Quem indicou Ricardo Sergio para o Banco do Brasil, segundo Amaury Jr., foi “Clovis Carvalho, homem muito próximo de FHC (foi ministro da Casa Civil) e Serra”.

Fogo amigo

De acordo com o livro, o jogo pesado nas eleições também estava presente na equipe de campanha da presidenta Dilma Rousseff. O vazamento de informações sigilosas de dentro do comitê da candidata, segundo Amaury Jr., era uma ação coordenada de dentro do próprio partido.

– Eu achava que era coisa do (ex-delegado federal Marcelo) Itagiba ou do (candidato a vice-presidente, deputado do PMDB, Michel) Temer. Aí vem a surpresa: era o fogo-amigo do PT. Do Rui Falcão (atual presidente do PT e deputado estadual) – acusa.

O episódio rendeu ao autor de A Privataria Tucana um processo, ao qual responde na Polícia Federal, em que é acusado pela quebra do sigilo fiscal da filha de Serra para um suposto dossiê encomendado pela equipe de campanha da atual presidenta.

– Claro. Por quê? Quebra de sigilo fiscal. É um crime administrativo que só se imputa a funcionário público. O inquérito todo da Polícia Federal é uma fraude, não tem foco. Foi aberto para apurar quebra de sigilo fiscal e abrange tudo. Nunca vai atingir a mim. Mas precisavam ter um herói, e me jogar para o público. A imprensa (conservadora) queria o último factoide para jogar sobre a Dilma no segundo turno. O que fizeram? Deturpar meu depoimento na Polícia Federal. Eu nunca disse que quebrei sigilo de nenhuma pessoa, mas o cara da Folha (de S. Paulo) disse, ele deturpou, induziu todo mundo a dizer que confessei ter quebrado o sigilo fiscal. Ele mentiu sobre um depoimento na Polícia Federal, e a mídia toda espalhou isso. Era a única arma dessa imprensa carrasca, que mostrou seu lado. Eu nunca disse isso, meus quatro depoimentos são coerentes, têm uma lógica. A imprensa foi bandida – aponta.

Sem resposta

Procurado pelo Correio do Brasil, neste sábado, o ex-governador paulista José Serra não atendeu às ligações. Já o ex-presidente FHC, questionado em uma entrevista na FSP sobre os relatos feitos por Amaury Jr. preferiu desqualificar o jornalista.

– O autor desse livro está sendo processado. Está na Polícia Federal (PF). Até lá, quem está sub judice é ele – disse.

FHC aproveitou para defender Ricardo Sérgio, ex-diretor do Banco do Brasil, citado por Amaury no livro como o grande operador do esquema de corrupção.

– Eu não tenho nada que o desabone – afirmou.

Outro tucano, cotado para concorrer à Presidência da República nas eleições de 2014, o senador Aécio Neves também preferiu não comentar a obra na qual é citado pelo autor.

– Eu não li ainda, quando eu ler eu comento com vocês – concluiu, em conversa com repórteres em Salvador, onde esteve na noite passada, para uma série de compromissos partidários.

CdB

quarta-feira, 2 de março de 2011

FRASES


"Acho que ela vai fazer coisas muito boas. Ela é uma gracinha!".

Declaração de Hebe Camargo a respeito da Presidenta Dilma, em seu programa de estreia na Rede TV!. José Serra, que estava presente, irritado se retirou do recinto.


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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

FRASES

"Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava... E nós mudaremos de volta".

Promessa de campanha  de José Serra a Patricia Pradal, diretora da petroleira norte-americana Chevron, de refazer as regras do pré-sal.

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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Após perder para Dilma, Serra lê biografia de mulheres

Ele está tendo pesadelos.

Derrotado nas urnas por uma mulher, a petista Dilma Rousseff, o tucano José Serra resolveu entender mais sobre o universo feminino. Afastado dos holofotes desde domingo, logo após o anúncio da vitória da adversária, o tucano mergulhou nos livros e tem se dedicado à leitura de biografias de mulheres que ousaram e fizeram história. "Estou lendo as biografias de duas mulheres extraordinárias e muito diferentes: Ignez Baptistella e Ruth Cardoso", informou Serra, ontem, na rede de microblogs Twitter.

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Patricinha fascista


A estupidez está sempre ao alcance de todos. Mayara Petruso, patricinha paulista, estudante de Direito, saiu do anonimato para fama, via Twitter, graças a um coice na inteligência nacional. Indignada com a vitória de Dilma Rousseff, a moça disparou este petardo: "Nordestino não é gente, faça um favor a São Paulo, mate um nordestino afogado. Tinham que separar o Nordeste e os bolsas-vadio do Brasil (...) Construindo câmaras de gás no Nordeste, matando geral". No Facebook, a burrinha racista se atolou um pouco mais: "Afunda, Brasil. Deem direito de voto pros nordestinos e afundem o país de quem trabalha pra sustentar vagabundos que fazem filhos pra ganhar bolsa 171". Mayara já perdeu o emprego no escritório onde trabalhava e sofrerá ação judicial protocolada pela OAB.

Alguns jovens universitários paulistas têm revelado um grau superior de idiotice. Depois da turminha que hostilizou uma guria por causa da sua minissaia, apareceu o bando do "rodeio das gordas", propondo tratar meninas obesas como animais. E agora entra em cena a tal Mayara. O escândalo maior é imaginar que isso representa uma opinião média difundida na Internet. Como será que a mulinha Mayara explica a vitória de Dilma em Minas Gerais? Achar que as ajudas sociais são incentivos à vagabundagem é típico de uma elite primitiva ou de uma classe média ignorante. Qualquer país civilizado, a começar por França, Alemanha, Inglaterra e, evidentemente, países escandinavos, oferece mais ajudas sociais que o Brasil. Não adianta ir à Europa só para comprar bolsas Vuitton. É preciso espiar o cotidiano.

Quem não recebeu e-mails dizendo que Dilma não podia ser candidata por ter nascido na Bulgária? Quantos analistas têm por aí sugerindo que os nordestinos são subeleitores que votaram com o estômago? Quando um empresário escolhe um candidato seduzido pela possibilidade de redução de impostos, o que é legítimo, não se trata de voto por interesse? Não é voto com o bolso? Quando ruralistas votam num candidato na esperança de conseguir mais incentivos, o que é comum, não é voto interesseiro? Mayara não deixa de ser o produto de uma estratégia perigosa, a divisão ideológica entre bem e mal. Foi essa perspectiva, cara ao vice Índio da Costa, que José Serra adotou. A revista Veja e o jornal Estado de S. Paulo deram aval a essa idiotice retrógrada. Uau!

O PSDB, que nasceu pretendendo ser moderno e racional, podia mais. Veja, que se acha mais moderna do que os modernos, acabou por produzir leitores Mayara. Isso não tem a ver com partidarismo como imaginam os mais simplórios ou ideológicos. Eu jamais terei partido. Meu único capital é a independência selvagem. Sou a favor do voto de castidade partidária para jornalistas. Tudo pela liberdade de dizer que quem acha o Bolsa-Família um incentivo à vadiagem pensa como Mayara. Esse foi o principal erro tucano na campanha eleitoral: ter guinado à direta para tentar seduzir as Mayaras, que arrastaram um intelectual progressista como Serra para o reacionarismo rasteiro do Estadão e da Veja. Mayaras, nunca mais!

Juremir Machado da Silva | juremir@correiodopovo.com.br

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Lula acusa Serra de mentir e simular agressão em tumulto no Rio


PORTO ALEGRE (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou nesta quinta-feira o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, de mentir por conta do que considerou uma simulação de agressão que teria sido feita por ele durante confronto entre militantes do PT e tucanos na véspera.


"A mentira que foi produzida ontem pelo esquema publicitário do José Serra é uma coisa vergonhosa. Passaram o dia inteiro vendendo que esse homem tinha sido agredido", disse Lula a jornalistas, após a inauguração do dique seco do Polo Naval de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.

Lula contou que após saber do incidente entre militantes das duas legendas durante evento de Serra na zona oeste do Rio de Janeiro, chegou a pensar em entrar em contato com dirigentes do PT para que se solidarizassem com o tucano, mas mudou de opinião após ver imagens feitas pelo SBT.

A reportagem da emissora sobre o tumulto mostra o tucano sendo atingido na cabeça pelo que parece ser uma bolinha de papel. De acordo com a reportagem, cerca de 20 minutos depois de ser atingido, Serra recebe um telefonema e leva a mão à cabeça.

Segundo a assessoria de imprensa da campanha de Serra, o candidato do PSDB foi atingido por um "pesado objeto", sentiu-se mal e cancelou o restante dos eventos de campanha no Rio. O tucano foi levado para uma clínica onde fez exames e recebeu recomendação médica de repouso por 24 horas.

"Nenhum candidato, novo ou velho, tem o direito de mentir de forma descarada como o PSDB fez ontem, achando que atrás da tela tem um bando de pessoas que não entendem nada", atacou Lula.

O presidente comparou o episódio com o do ex-goleiro da seleção do Chile Roberto Rojas, que durante uma partida contra o Brasil em 1989 no Maracanã, válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo do ano seguinte, fez um corte proposital no supercílio quando um foguete foi lançado por uma torcedora no gramado.

O jogo foi suspenso e, depois que a farsa foi descoberta o Chile, que precisava da vitória para se classificar para o Mundial, foi declarado derrotado e foi suspenso dos Mundiais de 1990 e 1994. Rojas foi banido do futebol e anistiado anos depois.

(Reportagem de Sinara Sandri)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Folhetos sujos partem do comando da campanha de Serra

A Polícia Federal apreendeu ontem, por determinação da Justiça Eleitoral, cerca de 1 milhão de panfletos que pregam voto contra o PT devido à posição favorável à descriminalização do aborto.
Vaca indo para o brejo.
 
A gráfica que imprimia os jornais pertence à irmã do coordenador de infraestrutura da campanha de José Serra (PSDB), Sérgio Kobayashi. Arlety Satiko Kobayashi é dona de 50% da Editora Gráfica Pana Ltda, localizada no Cambuci, na capital paulista. A empresária também é filiada ao PSDB desde março de 1991, segundo registro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
 
O ministro do TSE Henrique Neves concedeu liminar para a apreensão dos panfletos atendendo a representação do PT para apuração de crime de difamação. O partido também pede investigação sobre quem pagou a impressão do material.
 
Sérgio Kobayashi atribuiu ontem a uma coincidência o fato de a gráfica Pana ter sua irmã como sócia. A assessoria da campanha de Serra negou qualquer relação entre o candidato e a produção dos panfletos, nem por meio de encomenda, financiamento ou indicação de gráfica.
 
Responsável pelo contato com a gráfica, Kelmon Luís de Souza afirmou que encomendou 20 milhões de panfletos em nome da diocese e que o dinheiro para a impressão veio de "doações pesadas de quatro ou cinco fiéis".
 
Bispos recuam
 
Os bispos que comandam a regional não quiseram falar após a apreensão dos panfletos. Cerca de 50 bispos paulistas se reuniram durante duas horas anteontem para redigir a nota que demonstra o recuo da regional. Eles avaliaram que o erro do texto de agosto, já retirado do site da regional, foi ter citado o PT e ter feito referência a Dilma.
 
"O erro que foi a apresentação de siglas partidárias. Isso não poderia ter acontecido", disse o bispo de Limeira, d. Vilson Dias de Oliveira.
 
O mar de lama se alastra com a colaboração direta dos coordenadores da campanha do candidato Serra, que não tem discurso, programas de governo e projetos para a nação, só dissimina na população sujeira e lama.


domingo, 17 de outubro de 2010

FRASES


"Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro".


Frase, em tom de ameaça, proferida por Paulo Vieira de Souza, vulgo Paulo Preto, diretor de estatal paulista durante o governo Serra, acusado de desviar R$ 4 milhões da campanha eleitoral.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Após falar com Serra, Mendes para sessão

Gilmar Mendes e José Serra paquerando.

Após receber uma ligação do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes interrompeu o julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de votar.

Serra pediu que um assessor telefonasse para Mendes pouco antes das 14h, depois de participar de um encontro com representantes de servidores públicos em São Paulo.

A solicitação foi testemunhada pela Folha.

No fim da tarde, Mendes pediu vista (mais prazo para análise), adiando o julgamento. Sete ministros já haviam votado pela exigência de apresentação de apenas um documento com foto, descartando a necessidade do título de eleitor.

A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos é apontada por tucanos como um fator a favor de Serra e contra sua adversária, Dilma Rousseff (PT). A petista tem o dobro da intenção de votos de Serra entre os eleitores com menos escolaridade.

A lei foi aprovada com apoio do PT e depois sancionada por Lula, sem vetos.

Ontem, após pedir que o assessor ligasse para o ministro, Serra recebeu um celular das mãos de um ajudante de ordens, que o informou que Mendes estava na linha.

Ao telefone, Serra cumprimentou o interlocutor como "meu presidente". Durante a conversa, caminhou pelo auditório. Após desligar, brincou com os jornalistas: "O que estão xeretando?"

Depois, por meio de suas assessorias, Serra e Mendes negaram a existência da conversa.

Para tucanos, a exigência da apresentação de dois documentos pode aumentar a abstenção nas faixas de menor escolaridade.

Temendo o impacto sobre essa fatia do eleitorado, o PT entrou com a ação pedindo a derrubada da exigência.

O resultado do julgamento já está praticamente definido, mas o seu final depende agora de Mendes.

Se o Supremo não julgar a ação a tempo das eleições, no próximo domingo, continuará valendo a exigência.

À Folha, o ministro disse que pretende apresentar seu voto na sessão de hoje.

Blog do Noblat

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Nao deu certo | Indiano da filha de Serra sai da campanha do pai


Vista pelo Toda Midia, Thais Arbex, esta manha, no iG - "Durou exatamente 1 mês o trabalho de consultoria de Ravi Singh para José Serra. Singh, que foi contratado pela Talk Interactive, que implementou na internet a campanha, nao está mais no Brasil. Além de mudar o slogan da campanha tucana, trocando 'O Brasil Pode Mais' por 'É Hora da Virada', também foi dele a estratégia de tirar do ar, nos dias 28 e 29 de agosto, os principais sites... Nao deu certo". Comenta o Toda Midia que, dias atrás, segundo o Panorama Político de Ilimar Franco, o marqueteiro americano de origem indiana, contratado por sugestao da filha de Serra, teria perguntado, em reuniao - "Por favor, o que significa FHC?".

Leia mais no BLUE BUS.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

"FUTURO NEGRO" PARA A OPOSIÇÃO


Imprensa europeia acredita que Lula é a grande estrela da campanha para presidente do Brasil, o que ameniza a falta de carisma de Dilma. Há quem argumente que a oposição pode estar diante de um "futuro negro".

Embora em países diferentes, o alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ), o inglês The Guardian, o espanhol El País e o francês Libération parecem ter a mesma percepção de Dilma Rousseff: desconhecida até há pouco, a candidata petista tem pouco ou nenhum carisma; mesmo assim, tudo indica que ela pode vencer a eleição já no primeiro turno.

A reportagem "O terceiro mandato paternalista de Lula", publicada no site do FAZ, chega a afirmar que a disputa não será vencida por Dilma, mas pela popularidade do presidente em fim de mandato. O jornal cita ainda outro fator que beneficia a candidata do PT: "José Serra ainda não conseguiu mostrar o que quer fazer de diferente e melhor do que Lula".

O jornal alemão traça semelhanças entre a participação de Lula no programa eleitoral de Dilma e o enredo de novelas. "Lula chama Dilma carinhosamente de 'minha filha', mas também de 'minha presidente'", ressalta o autor, reproduzindo diálogos exibidos no vídeo de campanha da candidata.

Mas, na visão do FAZ, nem o passado guerrilheiro nem o câncer recém-tratado de Dilma deverão influenciar a escolha do eleitorado brasileiro.

Influência da televisão

Um editorial do The Guardian publicado em 25 de agosto afirma que, "desde o início, já se sabia que Dilma Rousseff teria grande vantagem sobre os adversários, pois foi escolhida como sucessora por um dos presidentes mais populares da história do Brasil".

O jornal se mostra impressionado com a campanha eleitoral de Dilma exibida na televisão: "Não é preciso falar português para notar que suas primeiras inserções na TV simplesmente destroem as dele [de José Serra]".

A publicação inglesa enaltece a performance estratégica de Dilma diante das câmeras, salientando "a importância da televisão num país em que os níveis de analfabetismo ainda são altos".

O The Guardian adverte que um futuro governo da candidata de Lula ainda é misterioso, mas avalia que Dilma não deve se afastar demais do estilo de governo do seu predecessor. Quanto à falta de experiência em pleitos eleitorais, o jornal conclui: "Ela não precisa saber como se faz uma campanha – ela tem o Lula. E você já viu os vídeos dela?"

"Futuro negro" para a oposição?

O francês Libération também destaca a influência das imagens televisivas na campanha de Dilma, mas atribui o resultado favorável das pesquisas eleitorais "exclusivamente" à popularidade do chefe atual de governo.

O El País concluiu que a falta de carisma de Dilma não a abala e já admite a possibilidade de a oposição brasileira estar diante de um futuro negro.

"Para o PSDB foi muito difícil fazer oposição a Lula, apesar dos escândalos que assolaram o Executivo [...]. Agora então vai ser praticamente impossível, caso a candidata de Lula – que ele converteu em triunfadora quando era uma grande desconhecida – acumular tanto poder como profetizam as pesquisas.

A ponto de, enquanto nos círculos próximos ao governo já se especula quem poderiam ser os novos ministros, a oposição falar em uma possível fusão de partidos para que o país não fique órfão da mesma."

Autora: Nádia Pontes
Revisão: Rodrigo Rimon

Deusche Welle

sábado, 21 de agosto de 2010

Suspeita de crime eleitoral leva a busca e apreensão no Centro de Porto Alegre

Visite HUPPER, O SÁTIRO:

Eleitores estavam sendo convidados a assistir vídeos negativos sobre a história de vida de Dilma Roussef

O Ministério Público Eleitoral (MPE) realizou, hoje, uma operação de busca e apreensão em um escritório no Centro de Porto Alegre onde ocorria suposto crime eleitoral com possível compra de votos. O esquema, segundo o MP apurou, envolvia o convencimento de eleitores, que estavam sendo convidados a assistir vídeos negativos sobre a história de vida da candidata à Presidência pelo PT, Dilma Roussef.

Após responder a um questionário, os eleitores recebiam como presente uma caixa de bombons. Os eleitores, que eram abordados na rua e convidados a subir até o 6º andar de um prédio na Andradas, assistiam a seis vídeos respondendo algumas perguntas no final de cada programa. Na saída do escritório, recebiam um pedido de reflexão sobre o que haviam visto, e para considerarem a hipótese de votar no candidato José Serra, do PSDB.

A investigação do MPE começou no início desta semana, após denúncia feita pela funciónária pública, Bruno Quadros. A reportagem completa pode ser conferida, neste sábado, no Correio do Povo.

Fonte: Mylene Oliveira / Correio do Povo