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domingo, 15 de junho de 2025

SOBRE O PASSEIO DOS GESTORES BRASILEIROS EM ISRAEL

 


 

Viajar em comitiva oficial para um território em guerra, alegando estudar “segurança pública”, e acabar preso em bunker sob ataque aéreo é quase um roteiro de sátira política. Mas não tem graça. Porque enquanto esses gestores brincam de geopolítica com dinheiro público, suas cidades seguem com:

escolas sem merenda,

hospitais superlotados,

guardas municipais sem coletes,

mães implorando por creche.

Eles dizem ir aprender sobre "defesa civil" e "segurança"... e se escondem em bunkers que suas próprias cidades jamais terão. Não levaram nem o básico: bom senso.

Querem segurança? Comecem garantindo abrigo seguro para mulheres ameaçadas, iluminação pública nos becos, psicólogas nas escolas e proteção real para o povo que dizimam com sua vaidade e ignorância travestida de gestão moderna.

Agora, a pergunta não é mais “o que foram fazer lá?”.
É: o que pensavam que encontrariam? Uma feira de tecnologia em plena guerra? Um passeio VIP no front?

Idiotas? Sim.
Mas perigosos também.
Porque a burrice com poder custa caro — e, às vezes, explode.

Texto atribuído à Soraya Brazuna. Não sei se realmente foi ela que escreveu, porém tem minha concordância.

Imagem: BBC

segunda-feira, 2 de março de 2015

8 razões pelas quais o preço do petróleo está voltando a subir






Apesar da conspiração entre árabes e americanos para baratear o petróleo e pressionar economicamente a Rússia, Irã e Venezuela, os preços voltam a subir.


Nazanín Armanian *



Se ainda alguém não sabe, a Aramco – a empresa de petróleo da Arábia Saudita, e também a maior do mundo –, até bem pouco tempo, em 1977, se chamava Arabian American Oil Co., sendo de propriedade comum entre a família saudita e várias empresas da Califórnia e do Texas. Por isso, não se pode ficar surpreso se a dupla Washington-Riad tiver algo a ver com a queda brusca dos preços de 115 dólares o barril para 45 dólares entre junho e dezembro passados, levando em conta que o mercado de petróleo não é “livre”: ele é controlado por um cartel chamado OPEP e por grandes empresas petrolíferas ocidentais. E mais, o combustível gorduroso e malcheiroso, antes de tudo, é uma arma que nesse caso foi apontada contra a Rússia, o Irã e a Venezuela com a finalidade de conseguir mudanças em suas políticas via afundamento de suas economias, e ainda resgatar um falecido petrodólar – um dos pilares da hegemonia mundial dos EUA.

No entanto, a festa durou pouco e os promotores da “conspiração Aramco” se deram conta de que os prejuízos dessa queda de preços são maiores do que seus benefícios político-econômicos. Por isso, o preço de venda do petróleo para o mês de março teve uma notável melhora nos três mercados de Brent, dos EUA e da OPEN, oscilando por volta de 59 dólares o barril.

Aqui vão alguns motivos:

1. Os membros dos Brics, com exceção da Rússia, foram os principais agraciados pela compra de um petróleo barato.

a) China, o principal rival dos EUA e o segundo consumidor mundial de petróleo, bateu seu recorde de importações de petróleo, apesar de seu crescimento econômico ter sido o mais frouxo desde 1990 (mas registrou, no primeiro trimestre de 2014, um crescimento de 7,2%): começou a comprar 6,2 milhões de barris por dia, e acabou o mês de dezembro com 7,2 milhões de barris por dia, injetando-os em sua Reserva Estratégica de Petróleo (o armazenamento ocorre para afrontar as emergências, como a interrupção do abastecimento). Com isso, a China não só deixou os EUA nervosos, mas contribuiu para empurrar os preços para o alto, por dois outros fatores: tirar boa parte do excedente de petróleo que nadava no mercado e gerar incerteza sobre seu passo seguinte no mercado.

b) Beneficiou o Brasil, a principal potência rival dos EUA na América, e que agora está decidida a recuperar sua influência no seu “quintal”, e a África do Sul, o principal competidor de Washington na África. Os Brics decidiram abandonar o dólar em suas transações e criaram um banco com a finalidade de debilitar as instituições financeiras ocidentais.

2. Não conseguir mudar a postura de Moscou nos casos da Ucrânia, Crimeia e Síria. Pois se os setores belicistas ocidentais desferiram o primeiro ataque à Rússia, provocando um golpe de Estado na Ucrânia, levando à surpresa da integração da Crimeia à Federação Russa, eles pensaram que uma drástica queda nos preços do petróleo – triturando o rublo e a economia russa – fosse provocar a rendição do Kremlin. Estratégia ruim, já que o golpe à economia do país eslavo, assim como a dramática guerra da Ucrânia, deixou cerca de 6 mil mortos e milhões de desabrigados, e teve um efeito negativo sobre os países europeus aliados de Washington, que enfrentam uma ameaça de recessão: estão perdendo o mercado russo e também os investimentos, tanto dos magnatas russos como de seu Estado. Na Espanha, por exemplo, os milionários russos estavam comprando prédios inteiros herdados da era da especulação mobiliária. Além disso, é incompreensível que não previssem uma aproximação Moscou-Pequim (sem precedentes após a morte de Stalin) e Moscou-Teerã: os presidentes Vladimir Putin e Hassan Rouhani, que compartilham o sofrimento pelas sanções impostas pelos EUA e seus sócios, assim como pela “Conspiração Aramco”, tiveram quatro encontros em um ano, algo também sem precedentes na história dos dois vizinhos.

3. Quanto ao Irã, não conseguiram pressioná-lo para conseguir mais vantagem nas negociações nucleares em curso e subtrair suas forças na região porque:

a) Teerã não deixou de apoiar o governo de Bashar al-Assad (a Síria representa a profundidade estratégica do Irã enquanto ele está no poder), e inclusive já fala abertamente dos generais iranianos que trabalham em solo sírio;

b) nem aceitou o fechamento total de seu programa nuclear, e isso apesar de John Kerry ter lançado um ultimato a Teerã para assinar um acordo político global até o final de março – se não, não retomariam as negociações. O certo é que a administração Obama está muito consciente da luta pelo poder no seio da República Islâmica entre os setores militares – contrários a um acordo com os EUA – e o governo do presidente Rouhani, que tenta, por um lado, driblar as sanções que estão afogando a economia iraniana e, por outro, evitar um confronto bélico (tentou baixar a tensão depois que o míssil israelense matou um general iraniano na Síria, no último dia 20 de janeiro). Se Obama pretende impedir um Irã nuclear, um petróleo com preços no chão, aumentará a tensão social em um Irã monoprodutor e fortalecerá a posição dos céticos e dos setores que querem guerra (assim como EUA e Israel). As medidas de Rouhani diante da manobra da Aramco foram incentivar a exportação dos produtos não petrolíferos, investir no turismo, aumentar os impostos, manter os subsídios aos principais produtos de consumo e a ajuda às famílias desfavorecidas, além de uma política externa agressiva na região com um ramo de oliveira nas mãos – que inclui sobretudo os países árabes “inimigos” e membros da OPEP, como Kuwait ou Catar.

4. A perda de centenas de milhões de dólares por parte das grandes empresas petrolíferas ocidentais, como as que operam no Iraque, Líbia, Nigéria, entre outros.

5. O déficit orçamentário gerado pela queda do preço do petróleo criou dificuldades para os xeiques sauditas, em pelo menos estes três cenários:

a) No interior do país: seus orçamentos foram elaborados com base no barril de 72 dólares, e agora se enfrenta um aumento importante dos preços dos produtos básicos. Além disso, previu-se, desde a repressão da primavera de 2011, realizar uma série de projetos que melhorariam a vida dos cidadãos – como a construção de moradias, a criação de postos de trabalho, ou a chegada de água e luz a milhões de pessoas que vivem na pobreza absoluta – e que agora estão paralisados.

b) No Egito: a promessa feita em 2011 aos militares encabeçados pelo general Al-Sisi de receber 160 bilhões de dólares anuais acabam com a Irmandade Muçulmana do presidente Mohammed Mursi, preso após o golpe de Estado. O que acontecerá no Egito, seu grande aliado contra Irã, se não cumprir?

c) No Iraque e na Síria: dificuldade para pagar os honorários de milhares de jihadistas do Estado Islâmico e grupos parecidos, cuja missão é acabar com os governos de Damasco e de Bagdá, ambos próximos a Teerã, e arrastar o Irã para uma guerra regional sectária. Desde 2011 até hoje, investiu bilhões de dólares nesses terroristas, com um êxito parcial: destruiu o Estado sírio, mas ainda não conseguiu levantar um novo e afim.

6. Nos EUA, dois fatos contribuíram para o aumento dos preços do barril:

a) Os cortes nos investimentos de capital por parte das multinacionais na extração do petróleo de xisto como resposta à queda dos preços. Pois cada barril lhes está custando entre 70 e 80 dólares (diante dos 15-20 dólares no Oriente Médio) e um petróleo por menos desse preço, obviamente, não é rentável. Com isso, nos EUA e no Canadá, cerca de 90 plataformas de exploração fecharam. BP perdeu bilhões de dólares em todo o mundo e planeja reduzir suas atividades de exploração à metade e os investimentos até 20%. A Chevron está em situação parecida.

b) A greve de cerca de 4 mil trabalhadores das empresas Royal Dutch Shell Oil e BP em nove refinarias em Ohio, Califórnia, Kentucky, Texas e Washington, iniciada em 1° de fevereiro. Exigem um convênio coletivo para o setor, a redução do número de trabalhadores não sindicalizados e melhorias nas condições de segurança e saúde, em uma greve que é a primeira dessa envergadura há várias décadas.

7. O aumento da tensão na Líbia e a perda de 800 mil barris em um incêndio.

8. O perigo de instabilidade social em países aliados aos EUA, como Iraque (incluindo seu Curdistão) ou Nigéria, pela queda dos petropreços.

O único e grande triunfo dos EUA e da Arábia Saudita nessa história até o momento foi transformar a OPEP em espectro do que foi entre 1960 e 1990, e não apenas porque sua cota de mercado caiu de 62% para os 30% de hoje, mas porque a Arábia, o Kuwait e os Emirados Árabes Unidos fizeram uma frente contra pesos pesados da organização, tais como Irã, Iraque, Argélia, Venezuela e Equador.

Os preços do petróleo tocaram fundo. É perfeitamente lógico que o “Naft” (seu nome em persa, e do qual vêm palavras como “naftalina”) não apenas recupere seu preço – que hoje é mais barato do que uma garrafa de bom vinho –, mas também seu valor: é o resultado de milhões de anos do esforço “não renovável” da natureza.

Profesora de Relaciones Internacionales en la UNED, Licenciada en Ciencias Políticas y doctora en Filosofía, he trabajado en la UNED como tutora de Ciencias políticas, y  desde el  2008 estoy impartiendo clases  en los cursos on-line de la Universidad de Barcelona.

domingo, 10 de junho de 2012

La ciberguerra se perfecciona

Fonte desta imagem AQUI.

Por Juan Gelman, para Página/12

Cada vez más. “Flame”, el último virus detectado, goza de una complejidad que lo convierte tal vez en el más poderoso del planeta. Sólo puede ser producto de conocimientos tecnológicos muy avanzados de un país. Lo descubrieron por casualidad en el 2011: la Unión Internacional de Telecomunicaciones, organismo de la ONU, solicitó a Karsperski Lab la investigación del gusano que el año anterior había atacado a miles de Macs en diferentes regiones del Medio Oriente –y no sólo–, particularmente en Irán, el blanco preferido, pero también en los territorios palestinos, Siria, Líbano, Sudán, Arabia Saudita y Egipto. El laboratorio Kasperski, con sede central en Moscú, es famoso a nivel mundial por su capacidad de producir antivirus informáticos de gran calidad.

El Estado que ideó y concretó Flame no lo admite oficialmente, pero The Wall Street Journal (1-6-12) lo señala sin ambages al referirse a otra ciberarma, el notorio Stuxnet: EE.UU, es decir, la CIA y el laboratorio nacional de Idaho del Departamento de Energía. El Washington Post (1-6-12) añade que el Servicio de Inteligencia israelí también participó en la creación de este virus. Trascendió que una de las primeras medidas que tomó Obama al ocupar la Casa Blanca fue la ampliación y el desa-rrollo de la ciberguerra que W. Bush emprendió contra el sistema nuclear iraní mediante el proyecto “Juegos Olímpicos” (www.staradvertises.com.news, 1-6-12). Un error de programación del ataque que dañó instalaciones nucleares de Irán en el 2010 permitió que el Stuxnet “se escapara” de la planta de Natanz, se esparciera por el mundo y fuera detectado.

Los ataques de Flame sucedieron a los de Stuxnet. Cien veces más complejo que un virus típico de computadora y con un código que pesa cincuenta veces más, Flame puede causar efectos sólo comparables con los de un bombardeo aéreo: en abril pasado, cortó todas las comunicaciones por Internet del Ministerio del Petróleo iraní y afectó a la mayoría de las exportaciones de crudo del país (//techland.time.com, 31-5-12). Es lo que se denomina un malware o código maligno, o software malintencionado, que además permite al atacante la captura del tipeo y de la pantalla de una computadora y aun la escucha de conversaciones que tienen lugar cerca de los altavoces.

David Sanger, jefe de la oficina del New York Times en Washington, acaba de dar a conocer un libro que explica cómo los especialistas de “Juegos Olímpicos” tomaron el control de las centrifugadoras del centro de enriquecimiento de uranio de Natanz (Confront and Conceal, Crown Publishers, Nueva York, 2012). Insertaron el programa en las máquinas, éste grabó los sonidos de su funcionamiento y cuando comenzó a destruirlas sólo se oía en la planta el ruido de su actividad normal hasta que explotaban. Los técnicos iraníes no entendían qué estaba pasando.

La empresa de seguridad de la información Symantec-Israel señaló que Flame tiene un impacto masivo en Irán y reveló que el virus infecta y roba información de las computadoras iraníes y de otros países del Medio Oriente (www.haaretz.com, 30-5-12). Funcionarios estadounidenses argumentan que ese método es mejor que un bombardeo aéreo, pero olvidan el enorme daño que causa cuando el virus, inevitablemente, se disemina más allá del blanco y ataca en otros países, incluido el propio EE.UU.

El gobierno de Israel no confirma ni niega su participación en estos juegos olímpicos, pero el viceprimer ministro Moshe Yaalon dio algún indicio de ello: opinó que el uso de ciberarmas es “razonable” contra “la amenaza iraní”. “El nuestro es un país bendecido por su riqueza tecnológica –agregó– y estos instrumentos abren toda clase de posibilidades para nosotros” (//tribune.com.pk, 30-5-12). Yaalon es también ministro de asuntos estratégicos.

La Casa Blanca no se apea de sus contradicciones: Obama insistió en que no objeta el programa energético de Irán, sólo que alguno de estos virus atacó a la planta eléctrica de Bushehr, construida por Rusia. Luego de que algunos funcionarios estadounidenses, que guardaron el anonimato, confirmaran la existencia y el empleo de Flame, EE.UU. negó de manera terminante que tuviera algo que ver. Pero el FBI ha comenzado una investigación para determinar quién o quiénes son culpables de las filtraciones sobre el programa de ciberataques contra las instalaciones nucleares iraníes (//online.wsj.com, 5-6-12).

Hay una cuestión de fondo: el Pentágono viene proclamando que un posible ciberataque contra EE.UU. será considerado como un acto de guerra y podría conducir a una represalia militar (//online.wsj.com, 30-5-12). ¿Cómo habrá que entender entonces los operativos de “Juegos Olímpicos”? ¿EE.UU. ya está en guerra con Irán?

segunda-feira, 16 de abril de 2012

LO QUE HAY QUE DECIR

Fonte da Imagem AQUI.

Günter Grass *

Por qué guardo silencio, demasiado tiempo,

sobre lo que es manifiesto y se utilizaba

en juegos de guerra a cuyo final, supervivientes,

solo acabamos como notas a pie de página.

Es el supuesto derecho a un ataque preventivo

el que podría exterminar al pueblo iraní,

subyugado y conducido al júbilo organizado

por un fanfarrón,

porque en su jurisdicción se sospecha

la fabricación de una bomba atómica.

Pero ¿por qué me prohíbo nombrar

a ese otro país en el que

desde hace años —aunque mantenido en secreto—

se dispone de un creciente potencial nuclear,

fuera de control, ya que

es inaccesible a toda inspección?

El silencio general sobre ese hecho,

al que se ha sometido mi propio silencio,

lo siento como gravosa mentira

y coacción que amenaza castigar

en cuanto no se respeta;

“antisemitismo” se llama la condena.

Ahora, sin embargo, porque mi país,

alcanzado y llamado a capítulo una y otra vez

por crímenes muy propios

sin parangón alguno,

de nuevo y de forma rutinaria, aunque

enseguida calificada de reparación,

va a entregar a Israel otro submarino cuya especialidad

es dirigir ojivas aniquiladoras

hacia donde no se ha probado

la existencia de una sola bomba,

aunque se quiera aportar como prueba el temor...

digo lo que hay que decir.

¿Por qué he callado hasta ahora?

Porque creía que mi origen,

marcado por un estigma imborrable,

me prohibía atribuir ese hecho, como evidente,

al país de Israel, al que estoy unido

y quiero seguir estándolo.

¿Por qué solo ahora lo digo,

envejecido y con mi última tinta:

Israel, potencia nuclear, pone en peligro

una paz mundial ya de por sí quebradiza?

Porque hay que decir

lo que mañana podría ser demasiado tarde,

y porque —suficientemente incriminados como alemanes—

podríamos ser cómplices de un crimen

que es previsible, por lo que nuestra parte de culpa

no podría extinguirse

con ninguna de las excusas habituales.

Lo admito: no sigo callando

porque estoy harto

de la hipocresía de Occidente; cabe esperar además

que muchos se liberen del silencio, exijan

al causante de ese peligro visible que renuncie

al uso de la fuerza e insistan también

en que los gobiernos de ambos países permitan

el control permanente y sin trabas

por una instancia internacional

del potencial nuclear israelí

y de las instalaciones nucleares iraníes.

Solo así podremos ayudar a todos, israelíes y palestinos,

más aún, a todos los seres humanos que en esa región

ocupada por la demencia

viven enemistados codo con codo,

odiándose mutuamente,

y en definitiva también ayudarnos.

Traducción de Miguel Sáenz. El texto original en alemán se publica hoy en el diario Süddeutsche Zeitung.

*  Günter Grass (também grafado Günter Graß); Danzig, 16 de outubro de 1927) é um intelectual, romancista, dramaturgo, poeta e artista plástico alemão. Nascido em Danzig, posteriormente Gdansk, na Polônia, sua obra alternou a atividade literária com a escultura, enquanto participava de forma ativa da vida pública de seu país. Recebeu o Nobel de Literatura de 1999. Também é reconhecido como um dos principais representantes do teatro do absurdo da Alemanha. (Wikipedia)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Guerra dos EUA e Israel contra o Irã começou

Fonte dessa imagem AQUI.

Especialistas militares avaliaram, nesta quinta-feira, que a guerra entre o Irã e os EUA já começou, a julgar pelo movimento de tropas na região e os últimos acontecimentos no cenário montado pelas nações ocidentais no Golfo Pérsico. Fontes ouvidas pela agência espanhola de notícias RicTV atestam que, agora, “é apenas uma questão de horas para o início do conflito armado”. A morte do cientista iraniano em um atentado foi, segundo analistas, um ponto decisivo para o agravamento do quadro de confronto entre as forças norte-americanas, israelenses e do Irã.

A morte de Mostafa Ahmadi Roshan, de 32 anos, engenheiro nuclear iraniano, em um atentado a bomba, nesta quarta-feira, provocou uma onda de revolta em Teerã contra Israel, o principal suspeito, e contra os Estados Unidos, que afirmaram não ter qualquer ligação com o atentado. A edição desta quinta-feira dos principais jornais iranianos pede represálias imediatas contra ambos os países.

“Sob a lei internacional é legal executar represálias com o assassinato do cientista nuclear”, afirma o jornal iraniano Keyhan, em um editorial. “A República Islâmica conquistou muita experiência em 32 anos. Portanto, é possível assassinar autoridades e militares israelenses”, completa o texto. O assassinato domina o noticiário naquele país e muitos criticaram o que chamaram de silêncio do Ocidente sobre as mortes. Os jornais mais radicais pedem, inclusive, uma ação secreta contra Israel.

Ainda prudente em seus pronunciamentos, o governo iraniano disfarça a irritação com o episódio mas garante que obteve provas de que “interesses estrangeiros” estavam por trás da morte do cientista Roshan, subdiretor da central de enriquecimento de urânio de Natanz. Ele morreu quando dois homens, em uma motocicleta, pararam ao lado do automóvel do cientista, retido em um engarrafamento em Teerã, e colocaram uma bomba magnética na porta, após o que se ouviu uma forte explosão.

A bomba também matou o motorista e o segurança de Ahmadi Roshan, enquanto um terceiro ocupante do carro, um modelo Peugeot 405, ficou ferido. O ataque foi similar a outros quatro que aconteceram em Teerã nos últimos dois anos. Três cientistas, incluindo dois que também trabalhavam no programa nuclear iraniano, morreram, enquanto outro – que agora dirige a Agência de Energia Atômica do Irã – escapou por pouco tempo de um atentado.

Capitalismo em declínio

Pomo da discórdia entre o Irã, Israel e os EUA, a energia nuclear foi o tema central dos pronunciamentos realizados em Havana, na noite passada, durante a recepção ao presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad promovida pelo presidente cubano, Raúl Castro. Ambos defenderam o direito de todos os países ao uso pacífico da energia nuclear, no clímax da escalada militar em curso na região do Golfo Pérsico.

Os dois governantes “ratificaram o compromisso dos dois países na defesa da paz, do direito internacional e dos princípios da Carta das Nações Unidas, assim como do direito de todos os Estados ao uso pacífico da energia nuclear”, afirma um comunicado oficial.

O apoio cubano ao programa nuclear iraniano foi anunciado na mesma semana em que os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Nicarágua, Daniel Ortega, fizeram o mesmo. De acordo com a nota oficial, durante o encontro no Palácio da Revolução de Havana, Raúl Castro e Ahmadinejad conversaram sobre “o excelente estado das relações bilaterais e temas do âmbito internacional”.

– Estamos observando que o sistema capitalista está em decadência, em diferentes cenários, como em um beco sem saída, e é necessária uma nova ordem, uma nova visão, que respeite todos os seres humanos, um pensamento baseado na justiça. Quando já lhe falta lógica recorrem às armas para matar e destruir. Hoje em dia a única opção que restou ao sistema capitalista é matar – disse Ahmadinejad, em uma conferência na Universidade de Havana, onde recebeu o título Doutor Honoris Causa em Ciências Políticas.

Ahmadinejad reivindicou uma nova ordem mundial baseada na justiça e que respeite todos os seres humanos e encorajou Cuba e seus universitários a trabalharem ao lado de seu país para criá-la.

– Temos que estar alertas. Se nós não planejamos a nova ordem no mundo, serão os herdeiros dos donos de escravos e os capitalistas a controlar e impor o novo sistema – afirmou.

Questão de horas

Enquanto Ahmadinejad se movimenta pela América Latina, em busca de uma sólida aliança com países socialistas da região, o porta-aviões da classe Nimitz, modernizado e com armas mais letais se posiciona próximo ao Estreito de Ormuz. Nos últimos dias, os EUA trasladaram um grupo de militares especializados em desembarque e um batalhão inteiro de marines. A tropa segue embarcada nos navios anfíbios Makin Island, New Orleans e Pearl Harbor. Soma-se à força naval uma esquadrilha reforçada de helicópteros e um batalhão de retaguarda. As informações foram divulgadas, nesta manhã, pela RicTV.

A agência acrescenta que o serviço de comunicações da Armada norte-americana comunicou que a principal função do novo grupo de combate, encabeçado pelo super porta-aviões é apoiar o exército em suas operações no Afeganistão e participar de manobras internacionais na região. Especialistas ouvidos, no entanto, advertem que o aumento no número de embarcações dos EUA nas costas do Irã é um fator marcante para o aumento da tensão entre os dois países, com desfecho previsto em questão de horas. Fernando Bazán, um dos analistas internacionais, em entrevista aos jornalistas, aponta a escalada do poderio armamentista dos EUA no Mar Arábico.

– De um lado, Washington envia cada vez mais navios de guerra para a região por sua preocupação com o avanço da produção nuclear iraniana, ainda mais depois que Teerã confirmou a produção de urânio enriquecido a 20% em uma instalação subterrânea. De outra parte, o Irã é um dos países mais importantes na política regional e pode influir na maioria dos processos em curso no Oriente Médio, com apoio aos grupos xiitas – afirmou Bazán.

Além do USS Nimitz, o vespeiro em que se encontra o Estreito de Ormuz contará, nos próximos dias, com a presença de um grupo de combate da V Frota Marítima, encabeçado pelo porta-aviões Carl Vinson, com aeronaves a bordo. Estes equipamentos se somam a um outro grupo de navios de guerra estacionado na região desde dezembro último. Estas belonaves já haviam passado pelo Estreito de Ormuz, na divisa entre o Mar de Omán e o Golfo de Áden, por onde circulam 40% do tráfego mundial de petróleo.

CdB