Mostrando postagens com marcador Medicina. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Medicina. Mostrar todas as postagens

sábado, 15 de maio de 2021

ESTÃO REABERTAS AS PORTAS DA PERCEPÇÃO?



Por Leonardo Pimentel, para Canal Meio


“O remédio para a alma.” Foi assim que o químico suíço Albert Hofmann (1906-2008), às vésperas de completar cem anos, descreveu sua mais famosa descoberta, a dietilamida do ácido lisérgico, popularmente conhecida pela sigla em alemão LSD. O cientista morreu dois anos depois sem jamais aceitar que sua criação fosse proscrita como entorpecente em todo o mundo e não usada como ferramenta terapêutica. Bem, se tivesse vivido mais uma década, Hofmann estaria vingado. Hoje, drogas psicodélicas se apresentam como a nova fronteira dos tratamentos psiquiátricos e atraem milhões de dólares em investimentos – embora continuem ilegais.

No início desta semana, a revista Nature, uma das mais respeitadas revistas científicas do mundo, publicou o resultado de uma pesquisa sobre o uso da 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA, ou mais popularmente, ecstasy) em pacientes com síndrome de estresse pós-traumático. Claro, a droga não é consumida como nas raves, mas de forma assistida e acompanhada de sessões de psicoterapia – e sem música eletrônica.

Uma semana antes, o igualmente prestigiado New England Journal of Medicine publicou um estudo sobre o tratamento da depressão comparando a psilocibina, princípio ativo dos “cogumelos mágicos” popularizados pela obra de Carlos Castañeda (1925-1998), com o popular medicamento Escitalopram. Adivinhem. Os cogumelos foram mais eficientes.

É a redenção de profissionais como o psicólogo Rick Doblin, responsável pelo estudo publicado pela Nature, que há 40 anos rema contra a maré estudando as possibilidades terapêuticas das drogas psicodélicas. Hoje ele comanda a Associação Multidisciplinar Para Estudos Psicodélicos (MAPS, na sigla em inglês), um conglomerado de pesquisa irrigado por fundos de Wall Street que veem nas drogas psicodélicas o futuro da psiquiatria. Segundo o New York Times, a expectativa é que a Agência para Drogas e Alimentos (FDA, a Anvisa americana) libere medicamentos baseados em MDMA em 2023 e os de psilocibina até dois anos depois.

Não que estudos sobre o uso terapêutico de psicodélicos sejam novidade. Entre 1960 e 1963, o psicólogo Timothy Leary (1920-1996), que já conduzia experiências do gênero em Harvard, desenvolveu um experimento com detentos da prisão de Concord, em Massachusetts. Segundo seu levantamento, o grupo de presos submetidos voluntariamente ao tratamento com drogas psicodélicas teve uma taxa de reincidência no crime de 20%, contra 60% da média do presídio. Leary, porém, acabou demitido de Harvard e enfrentou uma brutal perseguição pelo governo dos EUA.

E o LSD, que iniciou esta conversa? Bem, há alguns anos ele se tornou, em doses controladas, o motor da criatividade no Vale do Silício. Profissionais das Big Techs descobriram que pequenas quantidades do ácido podem provocar insights impossíveis em estados normais de consciência. Claro, há que se ter limites. No fim de abril, Justin Zhu, CEO da startup Iterable, foi demitido após, supostamente, tomar uma dose de LSD antes de uma reunião com investidores. Confundir possíveis parceiros comerciais com elefantes roxos pode não ser uma boa ideia.

Mas vamos combinar que psicodelismo não é só medicina. Ele contribuiu muito para a arte, a começar pelo livro As Portas da Percepção, de Aldous Huxley. White Rabbit (YouTube), do Jefferson Airplane, The End (YouTube), de The Doors, e Set The Controls For The Heart Of The Sun (YouTube), do Pink Floyd, que o digam.

Por Leonardo Pimentel

 

 

Fonte do Texto: Drogas psicodélicas dão a volta por cima - http://www.canalmeio.com.br/notas/drogas-psicodelicas-dao-a-volta-por-cima/?h=T21hciBSw7ZzbGVyfDgyMzA4

 

Fonte da Imagem: https://wallhere.com/pt/wallpaper/237116

 



segunda-feira, 14 de novembro de 2016

HOMÚNCULO

O HOMÚNCULO DE PENFIELD


Aluno de Charles Sherrington (1857-1952), considerado por muitos o pai da neurociência de sistemas, o neurocirurgião Wilder Penfield (1891-1976) foi o responsável pelo início da revolução na compreensão do cérebro.

Através de suas observações, obtidas durante procedimentos neurocirúrgicos para remoção de focos epilépticos corticais durante 19 anos, em pacientes cuja epilepsia não podia ser contida com medicamentos, Penfield mapeou o tipo de sensações táteis geradas por estimulações elétricas de regiões corticais localizadas à frente e atrás do sulco central.

Gerou-se, assim, a imagem mítica do Homúnculo e foi dado um passo gigantesco na compreensão do funcionamento do cérebro por via de populações.

A neurociência pode ser dividida em duas linhas de pesquisa: populacionista e localizacionista.

A linha localizacionista  reduz o cérebro a neurônios que funcionariam de modo isolado dentro de um cérebro que é dividido com perfeição em determinadas funções. 

Por outro lado, a linha populacionista não concorda com a perfeição na divisão do cérebro em funções, e vê que um único neurônio não é capaz, por si só, de gerar nenhum comportamento ou pensamento. Assim, várias populações de neurônios agem em várias regiões do cérebro juntamente, como se fossem uma única coisa. Talvez seja este o motivo dos constantes comportamentos ambíguos do ser humano, que proporcionam, essencialmente, a nossa impressão de um "eu".

"Um único neurônio não é capaz, por si só, de gerar nenhum comportamento ou pensamento." Miguel Nicolelis

A visão reducionista, localizacionista, predominante na neurociência do século XX, dividia o cérebro em regiões individuais que continham uma alta densidade de neurônios. Essas regiões foram então batizadas de áreas ou núcleos neurais. 

De acordo com essa estratégia, a missão do neurocientista seria estudar individualmente os diferentes tipos de neurônios presentes em cada uma dessas estruturas, de maneira minuciosa. 

Esperava-se que com o estudo exaustivo de um grande número de neurônios presentes em suas conexões locais com outras estruturas, áreas e núcleos neurais, a informação acumulada permitisse compreender o funcionamento do cérebro como um todo. 

O dogma no reducionismo levou a grande maioria dos neurocientistas do século passado a dedicar suas carreiras à descrição detalhista das propriedades anatômicas, fisiológicas, bioquímicas, farmacológicas e moleculares de neurônios individuais e seus principais componentes estruturais. Como observam os neurocientistas populacionistas, aquele neurocientista reducionista do passado se assemelhava a um ecólogo tentando entender o ecossistema da floresta amazônica observando o funcionamento de uma única árvore de cada vez.

Já a neurociência populacionista estuda como os elementos cerebrais interagem entre si, tal como movimentos sociais, o mercado financeiro mundial, a internet ou uma colônia de formigas. 

O sistema complexo possui entidades cujas propriedades mais fundamentais tendem a emergir por meio da interação coletiva de seus múltiplos elementos individuais. São centenas de bilhões de neurônios e suas conexões, sinapses, que conjuntamente proporcionam mudanças fisiológicas de milissegundo a milissegundo - o cérebro humano representa um modelo ideal de um sistema complexo.

A contribuição de Penfield em meio a esta discussão foi indiscutivelmente preciosa.

Penfield coletou dados intraoperatórios obtidos durante mais de quatrocentas craniotomias em pacientes epilépticos.

Neste procedimento, realizado sob anestesia local, uma janela em forma de circulo é aberta no crânio através da remoção do osso, com conseqüente exposição do tecido cerebral, revestido e protegido por uma firme lâmina de fibras colágenas – as meninges. Após uma simples incisão das meninges, o córtex cerebral pode ser visualizado diretamente. Desprovido de qualquer fibra ou receptor neural capaz de sinalizar a presença de um estímulo de dor (nociceptivo), tanto a manipulação como a estimulação elétrica do tecido são indolores. 

Assim, Penfield pode estimular eletricamente regiões do córtex em busca da área que causava as crises epilépticas em seus pacientes. Acordados durante todo o procedimento, os pacientes eram questionados por Penfield durante cada período de estimulação elétrica sobre que tipo de sensações ou movimento corpóreo derivava de cada estímulo.

Ao longo dos anos, Penfield e seu grupo de colaboradores realizaram todo o mapeamento das regiões corticais localizadas à frente e atrás do sulco central.

O estudo observou que os sítios que geravam sensações táteis do córtex motor não eram um mero artefato produzido pela estimulação de fibras colaterais nervosas. Então surge uma conclusão clara:
 
Enquanto o córtex motor primário e o somestésico individualmente exibem um claro grau de especialização funcional, ambas as regiões, apesar de se situarem em dois lobos distintos, aparentemente compartilham suas funções na gênese de comportamentos sensório-motores”.

Esta conclusão sugere a hipótese de que áreas individuais do córtex, apesar de especializadas, podem contribuir para outras funções cerebrais envolvidas na criação de múltiplos comportamentos. Deste modo, existiria uma organização funcional diferente do que pensam os localizacionistas; o córtex motor primário, enquanto envolvido, sobretudo, na execução de comportamentos motores voluntários, também contribuiria, de forma secundária, na geração de nossas sensações táteis. 

Assim, em condições normais, o córtex somestésico primário teria uma probabilidade muito mais alta de estar envolvido na definição de nosso rico repertório de percepções táteis do que na geração de programas motores.

Penfield descobriu com a reconstrução da sequência espacial das sensações táteis relatadas por seus pacientes que, enquanto deslocava o local da estimulação cortical, a localização da sensação tátil relatada pelos pacientes progressivamente se movia também, começando nos artelhos, dorso do pé, depois a perna, quadril, tronco, pescoço, cabeça, ombro, braço, cotovelo, antebraço, pulso, mão, cada um dos dedos, face, lábios, cavidade intraoral, e finalmente, garganta e cavidade abdominal. 

Quando essa sequência espacial foi grafada, sobreposta a uma imagem de secção transversa do córtex, Penfield observou a emergência de um mapa topográfico completo do corpo humano, que ficou conhecido como “homúnculo” sensorial.

A ilustração que define de forma tão clara o mapa topográfico do corpo humano no córtex somestésico primário foi confeccionada pela sra. H. P. Cantlie – figura que acabou por se tornar uma das mais conhecidas da literatura médica de todos os tempos.

A figura confeccionada pela sra. Cantlie mostra um corpo humano grotescamente distorcido, mas, que nas palavras do médico e neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, na realidade:

“reproduz fidedignamente a escultura neural que emerge de um processo ontogenético conhecido como magnificação cortical, que determina que mapas neurais de nosso corpo sofram uma expansão desproporcional de certas regiões em detrimento de outras.”

Isso que dizer que as regiões expandidas do homúnculo – dedos, mãos, face, região perioral e língua - correspondem a estruturas revestidas por um epitélio rico em mecanorreceptores, uma classe de sensores neurais inervados e distribuídos por terminais axonais altamente especializados de nervos periféricos. 

Essas terminações nervosas especializadas dos mecanorreceptores são responsáveis por traduzir, o tempo todo, as mensagens contidas em estímulos táteis gerados pelo mundo exterior que nos  circunda como pelo universo corpóreo interior que foge do alcance de nosso olhar. De forma proporcional, outras partes do corpo do homúnculo recebem muito pouco estímulo sensorial – como as costas.

A explicação funcional para a ocorrência do fenômeno de magnificação cortical durante a configuração ontogenética dos mapas táteis do cérebro humano é relativamente simples:

"Como na nossa espécie a pele que reveste a ponta dos dedos, as mãos e a face contém a maior densidade de mecanorreceptores observada em todo o corpo, essas regiões definem os órgãos táteis mais eficientes e confiáveis, por meio dos quais podemos construir uma imagem tátil do mundo ao redor."

O fenômeno da magnificação cortical não é um privilégio da espécie humana. No geral, até onde foi estudado e documentado nos últimos 70 anos, os cérebros dos mamíferos apresentam esses mapas, somatotópicos, distorcidos.

Por exemplo, em guaxinins, a figura de um “guaxintúnculo” pode ser inferida pela presença de um mapa cortical que privilegia a expansão da representação do rabo e patas dianteiras. Assim, nos principais órgãos táteis desse mamífero, o fenômeno de magnificação cortical se manifesta pela representação desproporcional da pele dessas regiões dentro de seu cérebro.

No rato (rátunculo), por exemplo, as vibrissas faciais ("bigodes"), focinho e patas dianteiras são magnificados desproporcionalmente dentro dos mapas corpóreos que habitam o cérebro desse animal – em seu córtex somestésico.

O neurocientista brasileiro aponta que, apesar do grande destaque na literatura especializada ao estudo dos mapas somatotópicos no córtex, representações topográficas e altamente distorcidas do corpo também são encontradas em todas as estruturas subcorticais. 

Estas definem o circuito neural por onde trafegam os feixes ascendentes de nervos que carregam informação tátil da pele e órgãos internos, bem como o feedback de sinais originários dos músculos e tendões, para os confins do sistema nervoso central.

O que, de fato, não inferioriza a conclusão de Penfield, mas a complementa. Mais um passo no caminho a favor da neurociência de sistemas e populações, e compreensão do cérebro.
 


terça-feira, 2 de julho de 2013

Las diez peores prácticas de la industria farmacéutica




Antonio Martínez Ron · · · · · 

Ben Goldacre es un médico y psiquiatra que escribe regularmente en The Guardian. En Sin Permiso hemos publicado algunos artículos y entrevistas de este autor, así como una reseña de su libro Mala ciencia. Se decía en esta reseña que “El autor de Mala ciencia ha tenido que escuchar de boca de muchos impostores que ’está al servicio de la medicina oficial’ y de las ‘multinacionales farmacéuticas’. Era de esperar, claro. Pero en ese caso las acusaciones están tan mal dirigidas y mal fundamentadas que son simples calumnias. Goldacre da muchas conferencias a estudiantes y profesionales de la medicina. Precisamente, uno de sus títulos preferidos es ‘Las pamplinas de las farmacéuticas’.” Reproducimos a continuación el artículo que el periodista científico Antonio Martínez escribió en el que se resumía la posición de Goldacre acerca de las empresas farmacéuticas. Redaccion de SP.

1. El 90% de los ensayos clínicos publicados son patrocinados por la industria farmacéutica. Este es el principal motivo por el que todo el sistema de ensayos clínicos está alterado, según Goldacre, y por el que se producen el resto de problemas.

2. Los resultados negativos se ocultan sistemáticamente a la sociedad. "Estamos viendo los resultados positivos y perdiéndonos los negativos", escribe Goldacre. "Deberíamos comenzar un registro de todos los ensayos clínicos, pedir a la gente que registre su estudio antes de comenzar e insistir en que publiquen sus resultados al final". En muchos casos, denuncia el autor de "Mala Farma", las farmacéuticas se reservan el derecho de interrumpir un ensayo y si ven que no da el resultado esperado, lo detienen. Asimismo, obligan a los científicos que participan en estos estudios a mantener en secreto los resultados. Y esta práctica tiene de vez en cuando consecuencias dramáticas.
En los años 90, por ejemplo, se realizó un ensayo con una sustancia creada contra las arritmias cardíacas llamada Lorcainida. Se selección a 100 pacientes y la mitad de ellos tomó un placebo. Entre quienes tomaron la sustancia hubo hasta 9 muertes (frente a 1 del otro grupo), pero los resultados nunca se publicaron porque la farmacéutica detuvo el proceso. Una década después, otra compañía tuvo la misma idea pero esta vez puso la Lorcainida en circulación. Según Goldacre, hasta 100.000 personas murieron innecesariamente antes de que alguien se diera cuenta de los efectos. Los investigadores que habían hecho el primero ensayo pidieron perdón a la comunidad científica por no haber sacado a la luz los resultados.
"Solo la mitad de los ensayos son publicados", escribe Goldacre, "y los que tienen resultados negativos tienen dos veces más posibilidades de perderse que los positivos. Esto significa que las pruebas en las que basamos nuestras decisiones en Medicina están sistemáticamente sesgadas para destacar los beneficios que un tratamiento proporciona".

3. Las farmacéuticas manipulan o maquillan los resultados de los ensayos. En muchas ocasiones los propios ensayos están mal diseñados: se toma una muestra demasiado pequeña, por ejemplo, se alteran los resultados o se comparan con productos que no son beneficiosos para la salud. Goldacre enumera multitud de pequeñas trampas que se realizan de forma cotidiana para poner un medicamento en el mercado, como elegir los efectos de la sustancia en un subgrupo cuando no se han obtenido los resultados esperados en el grupo que se buscaba al comienzo.

4. Los resultados no son replicables. Lo más preocupante para Goldacre es que en muchas ocasiones, no se puede replicar el resultado de los estudios que se publican. "En el año 2012", escribe Goldacre, "un grupo de investigadores informó en la revista Nature de su intento de replicar 53 estudios para el tratamiento temprano del cáncer: 47 de los 53 no pudieron ser replicados".

5. Los comités  de ética y los reguladores nos han fallado. Según Goldacre, las autoridades europeas y estadounidenses han tomado medidas ante las constantes denuncias, pero la inoperancia ha convertido estas medidas en falsas soluciones. Los reguladores se niegan a dar información a la sociedad con la excusa de que la gente fuera de la agencia podría hacer un mal uso o malinterpretar los datos. La inoperancia lleva a situaciones como la que ocurrió con el Rosiglitazone. Hacia el año 2011 la OMS y la empresa GSK tuvieron noticia de la posible relación de este medicamento y algunos problemas cardíacos, pero no lo hicieron público. En 2007 un cardiólogo descubrió que incrementaba el riesgo de problemas cardiacos un 43% y no se sacó del mercado hasta el 2010.

6. Se prescriben a niños medicamentos que solo tienen autorización para adultos. Este fue el caso del antidepresivoParoxetine. La compañía GSK, según Goldacre, supo de sus efectos adversos en menores y permitió que se siguiera recetando al no incluir ninguna advertencia. La empresa supo del aumento del número de suicidios entre los menores que la tomaban y no se hizo un aviso a la comunidad médica hasta el año 2003.

7. Se realizan ensayos clínicos con los grupos más desfavorecidos. A menudo se ha descubierto a las farmacéuticas usando a vagabundos o inmigrantes ilegales para sus ensayos.  Estamos creando una sociedad, escribe, donde los medicamentos solo se ensayan en los pobres. En EEUU, por ejemplo, los latinos se ofrecen como voluntarios hasta siete veces más para obtener cobertura médica y buena parte de los ensayos clínicos se están desplazando a países como China o India donde sale más barato. Un ensayo en EEUU cuesta 30.000 dólares por paciente, explica Goldacre, y en Rumanía sale por 3.000.

8. Se producen conflictos de intereses: Muchos de los representantes de los pacientes pertenecen a organizaciones financiadas generosamente por las farmacéuticas. Algunos de los directivos de las agencias reguladoras terminan trabajando para las grandes farmacéuticas en una relación bastante oscura.

9. La industria distorsiona las creencias de los médicos y sustituyen las pruebas por marketing. Las farmacéuticas, denuncia Goldacre, se gastan cada año miles de millones para cambiar las decisiones que toman los médicos a la hora de recetar un tratamiento. De hecho, las empresas gastan el doble en marketing y publicidad que en investigación y desarrollo, una distorsión que pagamos en el precio de las medicinas. Las tácticas van desde la conocida influencia de los visitadores médicos (con las invitaciones a viajes, congresos y lujosos hoteles) a técnicas más sibilinas como la publicación de ensayos clínicos cuyo único objetivo es dar a conocer el producto entre muchos médicos que participan en el proceso. Muchas de las asociaciones de pacientes que negocian en las instituciones para pedir regulaciones reciben generosas subvenciones de determinadas empresas farmacéuticas.

10. Los criterios para aprobar medicamentos son un coladero. Los reguladores deberían requerir que un medicamento sea mejor que el mejor tratamiento disponible, pero lo que sucede, según Goldacre, es que la mayoría de las veces basta con que la empresa pruebe que es mejor que ningún tratamiento en absoluto. Un estudio de 2007 demostró que solo la mitad de los medicamentos aprobados entre 1999 y 2005 fueron comparados con otros medicamentos existentes. El mercado está inundado de medicamentos que no procuran ningún beneficio, según el autor de “Mala Farma”, o de versiones del mismo medicamento por otra compañía (las medicinas "Yo también) o versiones del mismo laboratorio cuando prescribe la patente (las medicinas "Yo otra vez"). En esta última categoría destaca el caso del protector estomacal Omeprazol, de AstraZeneca, que sacó al mercado un producto con efectos similares, Esomoprazol, pero diez veces más caro.

Antonio Martínez Ron es un periodista de divulgación científica que ha trabajado en distintos medios.


http://noticias.lainformacion.com/ciencia-y-tecnologia/ciencias-general/las-diez-peores-practicas-de-la-industria-farmaceutica-segun-ben-goldacre_DsWP1ny6X3TcsTauUmIK85/

Fonte da Imagem AQUI.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

CERVEJA COM ANTIBIÓTICO


Antigos núbios consumiam regularmente tetraciclina na cerveja

Uma análise química dos ossos de antigos núbios – grupo étnico originário do norte do Sudão – mostra que eles consumiam regularmente tetraciclina na cerveja. A descoberta é uma evidência forte de que a “arte” de fazer antibióticos (cuja invenção oficial é associada à descoberta da penicilina em 1928) era praticada há cerca de 2 mil anos.

A pesquisa, liderada pelo antropólogo George Armelagos e químico médico Mark Nelson, da Universidade Emory e Paratek Pharmaceuticals, respectivamente, foi publicada no American Journal of Physical Anthropology.

“Nós tendemos a associar medicamentos que curam doenças com a medicina moderna”, diz Armelagos. “Mas está se tornando muito claro que populações pré-históricas usavam evidências empíricas para desenvolver agentes terapêuticos. Não tenho dúvidas de que eles sabiam o que estavam fazendo”.

Em 1980, o pesquisador encontrou os primeiros vestígios de tetraciclina em ossos humanos da Núbia, datados entre 350 e 550. A equipe então vinculou a substância à cerveja, fermentada por bactérias Streptomyces, que produz tetraciclina. Dissolvendo ossos com fluoreto de hidrogênio, os pesquisadores conseguiram observar que o organismo destes indivíduos estava saturado com a tetraciclina, convencendo a equipe de que o seu consumo não era “acidental”.

Além disso, a equipe também descobriu que a tíbia e o crânio de um menino de quatro anos estavam cheias de tetraciclina, sugerindo que a criança estava recebendo altas doses da substância com o intuito de ser curada.

Ciência Diária

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Médicos em Guantánamo violam ética profissional


Um relatório publicado nesta sexta-feira na revista científica Lancet afirma que a participação de médicos em interrogatórios e práticas de alimentação forçada de prisioneiros na prisão americana em Guantánamo é uma violação dos códigos de ética da profissão.

O relatório critica o Departamento de Defesa por empregar profissionais de saúde nessas práticas, que qualificou de "brutais" e "inconsistentes com a ética médica", e afirma que o histórico da base na ilha de Cuba "arranhou a integridade dos médicos que trabalham para as Forças Armadas e a Agência de Inteligência Americana (CIA)".

"Médicos militares desenvolveram e implementaram métodos de interrogatório, incluindo privação de sono, isolamento, ameaças, nudez e posições de estresse", afirmam os autores do texto, os diretores-executivos das ONGs Médicos pelos Direitos Humanos, Leonard S. Rubinstein, e da Advogados e Médicos Globais, George J. Annas.

"A divulgação de memorandos até então secretos do Departamento de Justiça mostra o envolvimento de médicos que trabalham para a CIA criando, utilizando e monitorando métodos de interrogatório, incluindo a simulação de afogamento. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha estabeleceu que esses métodos configuram tortura."

Em uma carta enviada à revista Lancet em março, médicos de diversos países já haviam protestado contra as práticas de Guantánamo. Na ocasião, o Pentágono respondeu que "declarações de organizações profissionais de médicos, advogados, dentistas etc. não são tratados internacionais e, portanto, não são de cumprimento obrigatório e não são aplicáveis a Estados-nações soberanos".

Alimentação forçada

No documento publicado nesta sexta-feira, Rubinstein e Annas criticam duramente o chamado Relatório Walsh, uma revisão da situação dos presos de Guantánamo apresentada em fevereiro deste ano pelo almirante Patrick M. Walsh e encaminhada ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Walsh avalizou a prática de alimentar prisioneiros em greve de fome à força como um gesto necessário para poupar a vida e a saúde dos detidos.

A prática consiste em administrar uma substância nutritiva por meio de sondas nasais a prisioneiros que são imobilizados por até duas horas, amarrados com correntes na altura dos braços, das pernas e no peito.

"A equipe de Walsh não questionou os princípios éticos do uso desse protocolo", dizem Rubinstein e Annas. Eles expressaram sua oposição ao fato de um profissional não-médico (no caso o comandante da base) ser o responsável por determinar o procedimento.

Além disso, notaram, o uso de coerção e imobilização física é condenado pela Associação Médica Mundial como "tratamento desumano e degradante".

Interrogatórios sem ética

Rubinstein e Annas também criticam a participação de psicólogos e psiquiatras em sessões de interrogatório.

"A participação de especialistas em ciências comportamentais viola os princípios éticos das profissões de saúde. Interrogatórios quase sempre incluem maneiras de elevar os níveis de estresse dos prisioneiros, e são inconsistentes com o dever da beneficência", afirmaram.

Para eles, "mesmo na ausência de tortura", a prática "é uma violação do seu dever de não infligir dano, e portanto antiética".

Em outras ocasiões, o governo americano já expressou seu apoio à participação de profissionais de saúde em práticas da prisão de Guantánamo, afirmando que os médicos operam dentro das "políticas e procedimentos" do governo.

terça-feira, 5 de maio de 2009

OS MÉDICOS (NOVAMENTE)


CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2009

Cremers investiga falsos médicos

Falsos médicos e profissionais que exercem a Medicina de maneira precária – sem a validação do diploma obtido no exterior em universidade oficial do Brasil – estão na mira do Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers). O objetivo é combater o exercício ilegal da profissão e evitar que os impostores provoquem danos à saúde dos pacientes. 'Temos uma rede de fiscalização capaz inclusive de identificar os falsos médicos que utilizam o registro de médicos já falecidos', enfatizou o presidente do Cremers, Cláudio Franzen. Segundo ele, já houve casos de flagrante envolvendo falsificação de carteiras funcionais.
'Os que se fazem passar por médicos não conseguem manter a farsa por muito tempo. Temos uma linguagem específica, coisa que eles não têm', disse. Franzen alerta para que os pequenos municípios gaúchos não sejam negligentes ao contratar profissionais da Medicina para atuar em postos de saúde locais. 'É bom checarem a documentação de quem estão contratando', afirmou. O Cremers também tenta conter os profissionais diplomados no exterior e que conseguem, na Justiça, autorização para trabalhar. Muitas vezes, quando os registros são cassados pelo STF, já desapareceram.

NOTA DO BLOG: Pelo que entendi do Dotor a diferença entre falsos médicos e médicos verdadeiros é "uma linguagem específica".

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Médicos suíços confirmam 'terceiro braço fantasma' em paciente

"Flying Brain", Pixelnase:

Médicos da Suíça conseguiram comprovar a existência de um terceiro "braço fantasma" em uma mulher que sofreu um derrame.

A paciente de 64 anos havia perdido as funções de seu braço esquerdo após o acidente cerebral.

Mas poucos dias depois, ela desenvolveu um "terceiro membro", que ela dizia enxergar e usar para tocar objetos e até coçar o braço direito.

Usando exames de ressonância magnética, especialistas do Hospital Universitário de Genebra confirmaram que o cérebro da mulher emitia comandos ao "braço fantasma" e reconhecia suas ações.

Raro

A paciente diz que seu novo membro fica à sua esquerda e tem uma cor de leite, "quase transparente".

Segundo o neurologista Asaid Khateb, chefe da equipe que analisou as imagens cerebrais, trata-se de um caso extremamente raro em que o paciente não somente sente o membro imaginário, como também o enxerga e o movimenta voluntariamente.

O médico disse ainda que esta é a primeira vez que se mede a atividade cerebral a partir do contato com um membro fantasma.

O fenômeno do membro fantasma está normalmente associado com pessoas que sofreram amputação. Segundo cientistas, entre 50% e 80% delas descrevem sensações de tato e dor na parte retirada.

As descobertas da equipe foram divulgadas na revista especializada Anais da Neurologia.

bbc

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Spray pode aumentar em seis vezes tempo de ereção


Um spray criado por pesquisadores do Hospital Royal Victoria de Belfast, Irlanda do Norte, pode ajudar homens que sofrem de ejaculação precoce a prolongar o tempo da relação sexual em até seis vezes.

Os homens que usaram o medicamento em testes cinco minutos antes do sexo estenderam o tempo da relação entre 30 segundos e quatro minutos.

O spray tem anestésicos que agem localmente, no pênis. O estudo, publicado na revista especializada British Journal of Urology, afirma que o produto poderá estar no mercado nos próximos anos.

Especialistas afirmam que até 40% dos homens sofrem de ejaculação precoce em algum momento da vida, mas é difícil ter uma estatística exata, pois ainda existe constrangimento para uma discussão da vida sexual entre homens e a definição de uma ejaculação precoce varia de homem para homem.

Para alguns dez minutos de relação pode ser o bastante, mas para outros, uma relação que dure menos de 20 minutos pode ser insatisfatória.

Mais de um minuto

No estudo os pesquisadores analisaram 300 homens que regularmente tinham dificuldades em manter uma relação de mais de um minuto.

A maioria destes homens tinha tentado outros tratamentos, o mais comum sendo antidepressivos via oral.

Cada vez que eles mantinham uma relação durante o período de três meses do estudo, casa casal usava um cronômetro para marcar o tempo até a ejaculação.

Os homens que testaram o spray, chamado de PSD502, conseguiram durar 6,3 vezes mais em média. O PSD502 ajudou 90% dos homens a ter relações sexuais de até quatro minutos, sendo que anteriormente eles mantinham relações por apenas alguns segundos.

Em comparação, homens que testaram um spray placebo duraram apenas 1,7 vezes mais.

"Ejaculação precoce pode ser um problema muito aflitivo para os homens e pode causar frustração e fazer com que eles evitem relações sexuais", afirmou o professor Wallace Dinsmore, líder da pesquisa.

"Nossa pesquisa mostra que quando o spray PSD502 foi aplicado ao pênis do homem cinco minutos antes da relação, houve melhora na relação e na satisfação sexual, que são fatores chave para o tratamento da ejaculação precoce."

"Isto pode ajudar particularmente os homens que têm problemas de ejaculação precoce relacionados com ansiedade", disse Paula Hall, da organização britânica de terapia sexual Relate.

"Pode ajudar a aumentar a confiança deles, mas a causa da ansiedade ainda precisa ser tratada", acrescentou.

bbc

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

La farmacéutica Pfizer compra a su competidora Wyeth en una de las mayores operaciones del sector


Nueva York. (dpa) - La mayor compañía farmacéutica del mundo, la estadounidense Pfizer, comprará a su competidor Wyeth por 68.000 millones de dólares, en una de las mayores operaciones de los últimos años y la más importante desde el estallido de la crisis financiera global, confirmaron ambas empresas en Nueva York.

La Vanguardia

domingo, 19 de outubro de 2008

Hit dos Bee Gees ajuda a salvar vidas, diz estudo


O hit disco dos anos 70 Stayin' Alive, música-tema do filme Os Embalos de Sábado à Noite, pode ajudar a salvar vidas, de acordo com uma reportagem publicada no jornal The Daily Telegraph deste sábado.

O ritmo da canção dos Bee Gees, segundo o autor da pesquisa, o médico americano David Matlock, da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos,
ajuda os médicos a realizarem uma manobra conhecida como ressuscitação cardiopulmonar (CPR) mais eficientemente.

Estudos anteriores indicam que a CPR pode triplicar as chances de sobrevivência de pacientes com paradas cardiorespiratórias, mas para isso, precisa ser realizada no ritmo certo.

E é aqui que a música que a música que embalou John Travolta no filme de 1977 pode ajudar: com 103 BPM (batidas por minuto), ela é apenas três batidas mais rápida que o ideal – recomendado pela Associação Americana do Coração, de 100 BPM.

Emergência

A CPR é um procedimento de primeiros-socorros que consiste em aplicações ritmadas de pressão sobre o peito do paciente.

Matlock, segundo o Daily Telegraph observou dez médicos e cinco estudantes de medicina realizarem a manobra ao som de Stayin' Alive.

Em média, eles mantiveram as compressões em 109 BPM. Cinco semanas mais tarde, o teste foi repetido, desta vez sem o auxílio dos Bee Gees.

O ritmo dos socorristas subiu para 113 BPM, mais rápido que o ideal, mas ainda no limite aceitável, segundo os médicos.

O resultado do estudo deve ser apresentado ainda neste mês na conferência da American College of Emergency Physicians, a associação que reúne médicos de emergência americanos.

"Todo mundo já ouviu essa música na vida. As pessoas conseguem ouví-la na cabeça e isso os levou a manter o ritmo, que é a coisa mais importante", afirmou Matlock, segundo a reportagem do diário britânico.

A idéia é que o clássico das pistas de dança seja usado como técnica para treinar médicos de emergência. O método de treinamento já foi até recomendado pela American Heart Association.

"O tema Stayin' Alive (Mantendo-se vivo, em tradução livre) é bastante apropriado para a situação", brincou o autor da pesquisa, de acordo com o Daily Telegraph.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Repórter obtém receita médica de maconha para 'ansiedade' na Califórnia


David Willis
Da BBC em Los Angeles

O consumo de maconha é proibido pelo governo federal nos Estados Unidos, mas a erva pode ser receitada para uso medicinal por pacientes sofrendo de doenças graves no Estado da Califórnia.

Os benefícios da cannabis para doentes com câncer, Aids, artrite, esclerose múltipla e outras condições debilitantes são amplamente documentados. Segundo os usuários, ela torna os sintomas mais suportáveis.

Estima-se que cerca de 250 mil californianos possuam receitas que os autorizam a consumir o que se entende como "maconha medicinal".

Mas não é preciso sofrer de doenças terminais para conseguir uma receita. Depois de fazer uma busca no site de pesquisas Google digitando as palavras "medicinal marijuana" e "Los Angeles", obtive uma longa lista de clínicas onde "pacientes qualificados" podem obter uma recomendação médica autorizando-os a usar maconha legalmente.

Uma das clínicas, o 420 Evaluation Centre, localizado em San Fernando Valley, um subúrbio de Los Angeles, oferecia um desconto de US$ 25 para novos pacientes. O termo 420 é uma gíria local para maconha.

Consulta

Marquei uma consulta. Ao chegar, paguei US$ 100 e preenchi um questionário com dados pessoais. Em uma seção do questionário, respondi perguntas sobre minha condição.

De acordo com as regras, o paciente deve estar sofrendo de doenças graves ou sentindo dor crônica para se qualificar. O melhor que pude imaginar foi escrever que sofro de ansiedade. Afinal, sou do tipo ansioso.

O médico, um vietnamita que se apresentou como doutor Do, tomou meu pulso, mediu minha pressão sangüínea e perguntou há quanto tempo eu me sentia ansioso. "Há vários anos", respondi.

"Você sofre de ataques de pânico?", perguntou o médico. "Não". Do escreveu "ataques de pânico" em seu livro de anotações.

Depois de passarmos alguns minutos falando sobre a culinária asiática, Do assinou uma receita para maconha medicinal, válida por um ano.

Caverna de Aladim

Com mais de 200 farmácias de maconha medicinal operando legalmente na região, os traficantes de rua ficaram obsoletos.

O governo do Estado, por sua vez, está satisfeito, já que sua fatia de impostos está garantida.

Ainda assim, com algumas farmácias instalando máquinas automáticas para lidar com pacientes fora do horário comercial, é difícil você não se perguntar se a situação não estaria correndo o risco de virar uma comédia.

A uma distância curta da clínica fica uma das lojas preferidas dos usuários, votada "farmácia do ano" por uma das revistas lidas pela comunidade de maconheiros. A publicação mais famosa intitula-se High Times.

A loja é uma verdadeira Caverna de Aladim dos narcóticos. Sob o balcão de vidro, estavam dezenas de variedades de cannabis em potes de plástico. Ao lado, um arsenal de objetos usados no consumo, entre eles, cachimbos.

Fumar e tragar

As variedades tinham nomes exóticos, como Sonho Azul e Devastação do Super Trem (em tradução livre).

Para sintomas como ansiedade, o atendente recomendou uma variedade conhecida como Travesseiro Púrpura. A receita não estipulava quantidade.

"Quanto devo usar?", perguntei. Pego de surpresa, o vendedor respondeu: "Acho que você poderia começar tragando duas ou três vezes e ver o que acontece".

Eu não comprei a maconha e estou pensando em, um dia, colocar minha receita em uma moldura e pendurá-la na parede.

Nesse meio tempo, parafraseando (o ex-presidente americano) Bill Clinton, se eu fumar, certamente não vou tragar.