quarta-feira, 8 de setembro de 2010
CERVEJA COM ANTIBIÓTICO
Antigos núbios consumiam regularmente tetraciclina na cerveja
Uma análise química dos ossos de antigos núbios – grupo étnico originário do norte do Sudão – mostra que eles consumiam regularmente tetraciclina na cerveja. A descoberta é uma evidência forte de que a “arte” de fazer antibióticos (cuja invenção oficial é associada à descoberta da penicilina em 1928) era praticada há cerca de 2 mil anos.
A pesquisa, liderada pelo antropólogo George Armelagos e químico médico Mark Nelson, da Universidade Emory e Paratek Pharmaceuticals, respectivamente, foi publicada no American Journal of Physical Anthropology.
“Nós tendemos a associar medicamentos que curam doenças com a medicina moderna”, diz Armelagos. “Mas está se tornando muito claro que populações pré-históricas usavam evidências empíricas para desenvolver agentes terapêuticos. Não tenho dúvidas de que eles sabiam o que estavam fazendo”.
Em 1980, o pesquisador encontrou os primeiros vestígios de tetraciclina em ossos humanos da Núbia, datados entre 350 e 550. A equipe então vinculou a substância à cerveja, fermentada por bactérias Streptomyces, que produz tetraciclina. Dissolvendo ossos com fluoreto de hidrogênio, os pesquisadores conseguiram observar que o organismo destes indivíduos estava saturado com a tetraciclina, convencendo a equipe de que o seu consumo não era “acidental”.
Além disso, a equipe também descobriu que a tíbia e o crânio de um menino de quatro anos estavam cheias de tetraciclina, sugerindo que a criança estava recebendo altas doses da substância com o intuito de ser curada.
Ciência Diária
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Desculpe a ignorãçã anciã deste velho macaco, mas será que os doutos pesquisadores não consideram a possibilidade de esses fungos também nascerem e proliferarem em carnes e ossos em decomposição?
ResponderExcluirQue nada. É a cerveja que tem até antibiótico... hehehe
ResponderExcluir