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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Uma corrente contra Guantánamo


Centenas de ativistas formaram ontem uma corrente humana que se estendeu da Casa Branca à Suprema Corte dos EUA, para protestar contra os dez anos de existência da prisão de Guantánamo, em Cuba - completados ontem -, apesar das reiteradas promessas de fechamento feitas pelo presidente Barack Obama. "Dez anos bastam", gritavam os manifestantes, em meio a uma chuva gelada, muitos vestidos com uniformes laranjas e sacos pretos na cabeça, símbolos do centro prisional americano em Cuba.

Mais cedo, em Bruxelas, o presidente dos EUA foi chamado a cumprir a sua promessa de campanha de fechar Guantánamo pela porta-voz da União Europeia, que considerou lamentável que ainda ocorra a detenção de prisioneiros na base naval americana na ilha caribenha. "É lamentável que prisioneiros estejam detidos sem terem sido processados pela Justiça", declarou Cecilia Malstrom. Um total de 779 passaram pelo campo de detenção na última década e apenas seis foram considerados culpados pelos tribunais militares.


CP 

Fonte da Imagem AQUI.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Ex-guarda reencontra ex-detentos de Guantánamo


Gavin Lee
Da BBC News

Uma das mensagens mais inusitadas enviadas através do site de relacionamentos Facebook levou a um reencontro extraordinário entre um ex-soldado da base militar americana de Guantánamo e dois ex-prisioneiros.

Os três homens ficaram cara a cara em Londres, oito anos depois de terem se conhecido em lados opostos da famosa prisão.

O encontro aconteceu quando Brandon Neely, hoje um policial no Texas, entrou em contato com Shafiq Rasul e Ruhal Ahmed pelo Facebook.

Durante o reencontro, Brandon disse que os Estados Unidos só conseguirão restaurar sua reputação internacional se o país passar a reconhecer os abusos que acontecem em Guantánamo.

"Para mim, tortura é retirar um homem inocente e prendê-lo em uma cela por dois anos e meio", disse. "Qualquer um que jamais pisou em Guantánamo deveria responder por tortura, inclusive eu mesmo."

Os dois ex-prisioneiros, que moram em Tipton, na região central da Inglaterra, disseram que ficaram profundamente comovidos com a visita, que segundo eles corrobora com as acusações que ambos faziam de maus tratos em Guantánamo.

"Quando pessoas como você saem de lá e basicamente dizem as mesmas coisas que nós vínhamos dizendo, isso ajuda muito as outras pessoas a acreditarem que estamos falando a verdade", disse Shafiq a Brandon, no encontro em Londres.

Já Ruhal Ahmed, de 28 anos, disse: "É preciso muita coragem para dizer 'Eu estava errado'. Muita coragem".

Clima estranho

O ex-soldado viajou do Texas até Londres para apertar as mãos dos ex-prisioneiros, a convite de um documentário da BBC.

As câmeras de televisão deixaram o ambiente de reconciliação ainda mais estranho.

Brandon, que tem 29 anos, estava nervoso quando entrou na sala onde encontraria Ruhal e Shafiq.

"Como vocês estão?", perguntou Brandon ao chegar.

Ruhal e Shafiq começaram a sorrir.

"Você está diferente sem seu quepe", disse Ruhal.

"Vocês estão diferentes sem os seus uniformes de prisioneiros", respondeu Brandon, em referência aos famosos macacões laranjas.

A risada nervosa dos três revela que a tensão começa a se dissipar na sala.

Vergonha

A jornada para esta reconciliação começou há um ano em Huntsville, no Texas, cidade famosa nos Estados Unidos pela prisão onde muitos condenados à pena de morte são executados.

O orgulho de Brandon em servir ao seu país, como fizera seu pai e avô, transformou-se em revolta em 2004, quando o americano deixou o Exército. Ele começou a trabalhar como policial enquanto ainda tentava aceitar a culpa de trabalhar em Guantánamo.

Brandon conta que testemunhou inúmeros abusos e que sente muita vergonha de um incidente no qual se envolveu.

"As notícias sempre tentavam mostrar Guantánamo como esse lugar ótimo", diz ele. "Como se os prisioneiros fossem muito bem tratados. Não eram. Eu basicamente estava colocando pessoas inocentes em celas."

Ele diz que sempre era informado que os prisioneiros chegando ao local em macacões laranjas direto do Afeganistão estavam entre "os piores dos piores".

Depois de conhecer melhor alguns dos detentos que falava inglês, ele passou a ter dúvidas de que todos eram mesmo terroristas fanáticos.

Brandon disse que quando conversou com Ruhal, ele percebeu que tinha muitas coisas em comum com o britânico.

"Não era diferente de estar sentado em um bar conversando com um amigo sobre mulheres ou música", lembra Brandon.

"Ele perguntou uma vez 'você gosta de ouvir Eminem e Dr Dre' e começou a cantar rap, o que foi muito engraçado. E eu pensei: 'como pode alguém estar aqui fazendo as mesmas coisas que eu faço em casa'."

Facebook

Depois de seis meses, Brandon deixou a base americana em Cuba e serviu no Iraque. Foi só depois de deixar as Forças Armadas que suas dúvidas sobre Guantánamo passaram a se cristalizar. Isso levou a uma decisão espontânea de procurar os ex-detentos.

"Eu era novo no Facebook e decidi digitar os nomes para ver se os perfis de ambos apareciam, quando encontrei a página de Shafiq. Eu decidi mandar a ele uma pequena mensagem."

Shafiq conta: "Quando vi, eu não consegui acreditar. Receber uma mensagem de um ex-guarda dizendo que o que aconteceu em Guantánamo era errado foi surpreendente, mais do que qualquer coisa".

Para o espanto de Brandon, Shafiq respondeu e ambos passaram a trocar mensagens. Ao saber das mensagens, a BBC abordou ambos, perguntando se eles estavam dispostos a se encontrar pessoalmente.

Inicialmente, Shafiq ainda sentia receio.

"Algumas pessoas da minha família disseram 'o que você quer encontrando uma pessoa assim, que tratou você daquele jeito, você deveria se afastar dele'. Muitos diziam que se fosse com eles, eles gostariam de bater nele."

Receio

Quando Brandon chegou no aeroporto de Heathrow, ele estava pensativo e lacônico, visivelmente nervoso.

No estúdio da BBC, Shafiq e Ruhal, que é geralmente falante, estavam quietos, esperando diante das câmeras. Ninguém sabia o que esperar, e o ambiente era tenso.

Depois de uma apresentação constrangida, eles passaram a conversar sobre o motivo da visita. Brandon disse que pensou nisso um milhão de vezes. Ele disse que queria expressar seu sentimento de culpa pela detenção e reconheceu que ambos foram injustiçados.

Shafiq e Ruhal foram perguntados sobre os seus motivos de irem ao Afeganistão, que levou a captura de ambos.

Ambos disseram que eram adolescentes e tomaram a decisão espontânea e inocente de viajar de graça junto com um comboio humanitário para depois seguir para o Paquistão, onde acontecia o casamento de um amigo.

Ruhal admite que eles tinham intenções secretas de entrar no Afeganistão, mas que não pretendiam se juntar à Al-Qaeda.

"Ajuda humanitária era só cinco por cento. Nosso motivo principal era ir, visitar e usar drogas."

Eles dizem que foram presos no Afeganistão e vendidos às autoridades americanas.

Brandon disse que acredita na história de ambos, que seria comum entre outros detentos. Um caso típico de lugar errado na hora errada, segundo ele.

Revelação incômoda

Quando todos estavam começando a se dar bem, Brandon fez uma revelação que quase acabou com o clima de reconciliação.

Ele admitiu que no incidente que mais o tormenta, ele bateu com a cabeça de um detento mais velho contra o chão. Brandon diz que se sentiu que estava sendo ameaçado, já que o homem ficava se levantando, contrariando ordens.

Depois de algumas semanas, Brandon descobriu que o detento achava que seria executado toda vez que era colocado de joelhos, e se levantava apenas para tentar salvar a própria vida.

Ruhal ficou sem palavras, visivelmente abalado com a revelação e sem saber se deveria perdoar Brandon ou não.

No fim, ele decidiu perdoar. Perguntado se Brandon deveria ser processado por seus atos, Ruhal pensou e disse: "Ele reconhece que o que fez estava errado, e ele está vivendo com isso e sofrendo com isso. Ele sabe que estava errado. Isso é o que importa."

Depois do encontro, todos disseram ter conseguido ficar com um sentimento de encerramento. O alívio no rosto de todos era evidente.

No final, o que ficou foi o clima amistoso de ambos os lados. Em um novo encontro posterior, um jantar em um restaurante indiano, a mulher de Ruhal ainda brincou com Brandon: "Espero que você leve alguma coisa para casa, além de dor de estômago com essa comida picante".

ATENÇÃO: VEJA O VÍDEO DO REENCONTRO, CLICANDO AQUI.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Médicos em Guantánamo violam ética profissional


Um relatório publicado nesta sexta-feira na revista científica Lancet afirma que a participação de médicos em interrogatórios e práticas de alimentação forçada de prisioneiros na prisão americana em Guantánamo é uma violação dos códigos de ética da profissão.

O relatório critica o Departamento de Defesa por empregar profissionais de saúde nessas práticas, que qualificou de "brutais" e "inconsistentes com a ética médica", e afirma que o histórico da base na ilha de Cuba "arranhou a integridade dos médicos que trabalham para as Forças Armadas e a Agência de Inteligência Americana (CIA)".

"Médicos militares desenvolveram e implementaram métodos de interrogatório, incluindo privação de sono, isolamento, ameaças, nudez e posições de estresse", afirmam os autores do texto, os diretores-executivos das ONGs Médicos pelos Direitos Humanos, Leonard S. Rubinstein, e da Advogados e Médicos Globais, George J. Annas.

"A divulgação de memorandos até então secretos do Departamento de Justiça mostra o envolvimento de médicos que trabalham para a CIA criando, utilizando e monitorando métodos de interrogatório, incluindo a simulação de afogamento. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha estabeleceu que esses métodos configuram tortura."

Em uma carta enviada à revista Lancet em março, médicos de diversos países já haviam protestado contra as práticas de Guantánamo. Na ocasião, o Pentágono respondeu que "declarações de organizações profissionais de médicos, advogados, dentistas etc. não são tratados internacionais e, portanto, não são de cumprimento obrigatório e não são aplicáveis a Estados-nações soberanos".

Alimentação forçada

No documento publicado nesta sexta-feira, Rubinstein e Annas criticam duramente o chamado Relatório Walsh, uma revisão da situação dos presos de Guantánamo apresentada em fevereiro deste ano pelo almirante Patrick M. Walsh e encaminhada ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Walsh avalizou a prática de alimentar prisioneiros em greve de fome à força como um gesto necessário para poupar a vida e a saúde dos detidos.

A prática consiste em administrar uma substância nutritiva por meio de sondas nasais a prisioneiros que são imobilizados por até duas horas, amarrados com correntes na altura dos braços, das pernas e no peito.

"A equipe de Walsh não questionou os princípios éticos do uso desse protocolo", dizem Rubinstein e Annas. Eles expressaram sua oposição ao fato de um profissional não-médico (no caso o comandante da base) ser o responsável por determinar o procedimento.

Além disso, notaram, o uso de coerção e imobilização física é condenado pela Associação Médica Mundial como "tratamento desumano e degradante".

Interrogatórios sem ética

Rubinstein e Annas também criticam a participação de psicólogos e psiquiatras em sessões de interrogatório.

"A participação de especialistas em ciências comportamentais viola os princípios éticos das profissões de saúde. Interrogatórios quase sempre incluem maneiras de elevar os níveis de estresse dos prisioneiros, e são inconsistentes com o dever da beneficência", afirmaram.

Para eles, "mesmo na ausência de tortura", a prática "é uma violação do seu dever de não infligir dano, e portanto antiética".

Em outras ocasiões, o governo americano já expressou seu apoio à participação de profissionais de saúde em práticas da prisão de Guantánamo, afirmando que os médicos operam dentro das "políticas e procedimentos" do governo.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Abuso em Guantánamo piorou sob Obama, diz advogado


Por Luke Baker

LONDRES (Reuters) - O abuso a prisioneiros na baía de Guantánamo piorou muito desde que o presidente Barack Obama tomou posse, já que os guardas estariam querendo se aproveitar dos presos antes da desativação da penitenciária, segundo um advogado dos detentos.

Os abusos teriam começado a se intensificar em dezembro, depois da eleição de Obama, disse o advogado Ahmed Ghappour à Reuters. Ele citou agressões, deslocamento de membros, uso de gás pimenta em celas fechadas e em vasos sanitários, além da imposição de alimentos a presos em greve de fome.

Na segunda-feira, o Pentágono disse ter recebido novos relatos de abusos de prisioneiros durante uma recente revisão das condições em Guantánamo, mas concluiu que todos os prisioneiros estão sendo mantidos em concordância com as Convenções de Genebra.

"Segundo meus clientes, houve uma elevação nos abusos desde que o presidente Obama foi empossado", disse o advogado anglo-americano, ligado à ONG jurídica Reprieve, que representa 31 presos de Guantánamo.

"Se fosse para usar a imaginação, dir-se-ia que esses guardas traumatizados e - por falta de uma palavra melhor - bárbaros estavam apenas tentando basicamente se aproveitar agora, por medo de que não possam (mais cometer abusos) posteriormente", disse ele.

"Certamente, na minha experiência houve muitíssimos incidentes relatados de abuso desde a posse", acrescentou Ghappour, que visitou Guantánamo seis vezes desde o final de setembro e baseou seus comentários nas suas próprias observações e conversas com prisioneiros e guardas.

Ele salientou que os maus-tratos não parecem responder a ordens superiores, nem serem uma reação de frustração dos carcereiros à eleição de Obama, e sim a percepção de que resta pouco tempo de detenção para os últimos 241 presos, todos muçulmanos.

Na opinião de Ghappour, os guardas estão pensando algo como "Ei, vamos nos divertir enquanto podemos."

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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Obama cerró Guantánamo y prohibió la tortura


Al ordenar el cierre de la emblemática prisión en el plazo de un año, Obama dijo que EE.UU. nunca debió apartarse de sus valores y sus ideales para ganarle al terrorismo, admitiendo tácitamente que eso es lo que había pasado.

Por Mercedes López San Miguel, para Página/12

Barack Obama arrancó su gobierno cumpliendo la promesa electoral de cerrar la polémica cárcel de Guantánamo, en la isla de Cuba. El mandatario firmó ayer un decreto que estipula un plazo de un año para hacerlo. Cuarenta y ocho horas después de haber jurado como presidente de EE.UU. ordenó, mediante otros dos decretos, que la CIA cierre su red de cárceles secretas alrededor del mundo y que cese el uso de la tortura en sus interrogatorios a detenidos.

Consciente del mensaje que envía a tan poco de llegar a la oficina de la Casa Blanca, Obama explicó su decisión. “Pretendemos ganar la batalla contra el terrorismo, pero lo haremos de forma efectiva y de modo que sea consecuente con nuestros valores y nuestros ideales”, dijo el flamante presidente. Ayer mismo nombró a los enviados de su administración a Afganistán, Pakistán y Medio Oriente.

Estados Unidos todavía mantiene 245 sospechosos de terrorismo en Guantánamo, aunque sólo un manojo de ellos estarían conectados con la red Al Qaida. Ahora quedará por determinar el destino de los presos, si se los libera, se los tiene detenidos en Estados Unidos o si se les da asilo en otro país. Para esto ya se ofrecieron países como Gran Bretaña, Portugal, Francia y Suiza. Según algunas estimaciones, al menos un 20 por ciento del total de presos será liberado.

Uno cuarto decreto está referido a la revisión del caso de Ali al Marri, de origen qatarí y el único “combatiente enemigo” retenido en suelo estadounidense, para determinar si tiene derecho a presentar una demanda exigiendo su libertad.

Edward Luttwak, analista del Centro de Estudios Internacionales y Estratégicos, un think tank en Washington, afirma que la decisión de clausurar el penal es positiva pero a la vez sintetiza la posición de los que plantean dudas. “Si para cerrar Guantánamo se deben transferir los prisioneros a las cortes federales, y como los testimonios están viciados porque se violaron sus derechos y se torturó, los presos van a terminar siendo todos liberados e iniciarán acciones civiles. El problema reside en que entre los detenidos hay jihadistas, o sea fanáticos que volverán a Afganistán, Pakistán o Yemen y cometerán ataques”, señaló a este diario.

Amnesty International, organización defensora de los derechos humanos, saludó la noticia. “Se trata de un paso en la buena dirección. Ahora lo importante será el calendario y las modalidades, ya que la liberación de estos más de 240 prisioneros tiene ya años de retraso”, declaró Irene Jan, secretaria general de AI, con sede en Londres.

Obama también revocó varias decisiones de su antecesor Bush, incluyendo la orden que reinterpreta el artículo 3 de la Convención de Ginebra sobre la tortura. A su vez, prohibió que se siga cualquier orden o interpretación legal emitida por el Departamento de Justicia o cualquier otra agencia gubernamental a partir del 11 de septiembre de 2001.

A partir de esa fecha, la administración Bush empezó a usar su doctrina guerra preventiva, invadiendo primero Afganistán (2001) y luego Irak (2003). Sin embargo, el nuevo mandatario no eliminó las comisiones militares creadas por Bush para juzgar a los detenidos, e incluso aseguró que no descarta su utilización.

Según organismos de derechos humanos, muchos de los detenidos en Guantánamo son de origen árabe y fueron arrestados en Afganistán y Pakistán. Pasaron años sin ser juzgados y se los interrogó con técnicas como el “submarino”, que consiste en simular un ahogamiento.

Por otra parte, se desconoce cuántos de los presos capturados por la CIA fueron enviados a ser interrogados en las cárceles secretas. El jefe de la CIA, Michael Hayden, afirma que serían unos cien.

Uno de los decretos firmados por Obama ordena que los “sospechosos” que permanecen en esas cárceles ilegales sean llevados a territorio estadounidense y presentados ante tribunales regulares militares o federales.

Cuatro presos se suicidaron en Guantánamo y otros detenidos hicieron huelga de hambre. Hace una semana, la funcionaria del Pentágono, Susan Crawford, reconoció un caso de tortura en el penal. La agencia de inteligencia norteamericana usó la coerción para extraerle información a miembros de Al Qaida, incluyendo a Khalid Sheikh Mohammed, de quien específicamente Bush dijo que tras interrogarlo “se salvaron muchas vidas”.

Según el diario inglés The Independent, como alguno de los interrogadores temen que se los procese por crímenes de guerra, ya hicieron desaparecer las grabaciones y los videos de los testimonios recogidos en las cárceles ilegales.

La red secreta de prisiones de la CIA despertó críticas en el mundo. Según un informe de la Unión Europea, la CIA condujo vuelos secretos con prisioneros sobre varios países de Europa, entre ellos España, y envió a presos a países donde se aplica la tortura.

Ayer Obama anunció la creación de un grupo de trabajo para revisar de manera exhaustiva las prácticas de interrogatorio y detención de los presos, incluida la conocida como rendition, es decir la tercerización de la tortura.

mercelopez@pagina12.com.ar

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Em entrevista, Obama diz que fechará Guantánamo em 'dois anos'


O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que pretende fechar o centro de detenção da base americana de Guantánamo, em Cuba, e se certificar que métodos de tortura sejam banidos dos EUA no prazo de dois anos.

As declarações foram dadas à revista americana Time, que escolheu Obama como "Personalidade do Ano" de 2008.

Na entrevista, ele ainda afirmou que pretende restaurar o equilíbrio entre as necessidades de segurança dos Estados Unidos e a Constituição do país.

Quando perguntado sobre como os eleitores poderiam avaliar se sua administração estava sendo bem sucedida no prazo de dois anos, Obama listou uma série de prioridades que ele e sua equipe propuseram durante a campanha presidencial.

“Em política externa, (seremos bem sucedidos) se tivermos fechado Guantánamo de uma forma responsável, se colocarmos um final claro à tortura e se restaurarmos o equilíbrio entre nossas necessidades de segurança e a Constituição”, afirmou.

Segundo o correspondente da BBC em Washington, Andy Gallacher, está claro que Obama pretende promover mudanças drásticas na política externa dos EUA, mas críticos afirmam que fechar a prisão militar não será tarefa fácil.

Há cerca de 250 homens ainda encarcerados na prisão de Guantánamo, muitos dos quais já expressaram a preocupação de serem perseguidos caso sejam enviados de volta a seus países de origem, afirma Gallacher.

Durante a entrevista Obama ainda listou outras prioridades de seu governo, entre elas, a retirada das tropas americanas do Iraque, o reforço das posições no Afeganistão em termos militares e diplomáticos e o fortalecimento de instituições internacionais para lidar com problemas como as mudanças climáticas.

Afogamentos

Por outro lado, o atual vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, afirmou em entrevista à rede de televisão ABC News que não vê um modo pelo qual a prisão de Guantánamo possa ser fechada de maneira responsável antes do fim da “Guerra contra o Terror”, e ressaltou que ninguém sabe quando esta guerra acabará.

Cheney ainda defendeu o uso de técnicas de “afogamento” contra alguns detentos durante interrogatórios.

Segundo ele, a técnica que simula afogamento é um meio apropriado de se conseguir informações de suspeitos como Khalid Sheikh Mohammed, acusado de ser um dos mentores dos ataques de 11 de setembro de 2001.

O vice-presidente, cujo mandato termina no dia 20 de janeiro, no entanto, elogiou as escolhas de Obama para a equipe que cuidará da segurança nacional, dizendo que eles formam “um bom time”.

No início de dezembro, Obama nomeou Hillary Clinton para o Departamento de Estado, o general reformado James Jones como conselheiro de segurança nacional e manteve Robert Gates na pasta da Defesa.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Acusan a Rumsfeld por las torturas en Irak y Guantánamo

Botero:

Una comisión parlamentaria señaló que el ex secretario de Defensa tiene responsabilidad en los abusos cometidos en la cárcel cubana y en Abu Ghraib.

Crítica Digital

Un informe divulgado por la comisión de Servicios Armados del Senado estadounidense denuncia que varios altos cargos de la Administración Bush, entre ellos Donald Rumsfeld, ex secretario de Defensa, comparten buena parte de la responsabilidad por los abusos cometidos por las tropas estadounidenses durante los interrogatorios en la prisión iraquí de Abu Ghraib y el penal de Guantánamo, en Cuba, así como en otros centros militares donde se interrogó a detenidos acusados de terrorismo.

El informe fue presentado por los líderes de dicha comisión, el senador demócrata Carl Levin, de Michigan, y el senador republicano y ex candidato republicano a la Casa Blanca, John McCain. E

l dossier es el intento más ambicioso por parte del Congreso estadounidense de documentar los abusos a prisioneros bajo custodia militar y rechaza expresamente el argumento empleado por el Gobierno de George Bush para justificar dichas prácticas: que los métodos agresivos en los interrogatorios ayudan a mejorar la seguridad de las tropas estadounienses y de Estados Unidos en su conjunto.

Los abusos a los prisioneros en Abu Ghraib, asegura el informe, "no fueron simplemente el resultado de la actuación de unos cuantos soldados aislados" sino la ratificación de una política de interrogatorios aprobada por Rumsfeld y otros altos oficiales para lanzar el mensaje de que "las presiones psíquicas y la degradación son tratamientos adecuados para los detenidos".

El escándalo en la prisión iraquí y las posteriores revelaciones acerca de las técnicas utilizadas en los interrogatorios generaron una oleada de críticas hacia Washington por parte de la comunidad internacional y de organismos de defensa de los Derechos Humanos.

La negativa del Gobierno de Bush a reconocer cualquier abuso contrasta con la promesa y el propósito del presidente electo, Barack Obama, de cerrar Guantánamo porque EE UU "no es un país que tortura".

El informe concluye que estas técnicas, inspiradas en un programa militar que entrena a los soldados estadounidenses para resistir a los interrogatorios del bando enemigo, son "equivocadas y nunca deben repetirse". La comisión del Senado también revela que miembros del gabinete de Bush participaron en encuentros en La Casa Blanca durante 2002 y 2003 donde fueron debatidas técnicas de interrogatorio.

El informe es el resultado de más de 18 meses de investigaciones y entrevistas a más de 70 personas por parte del personal que integra dicho panel del Senado. Fue aprobado el pasado 20 de noviembre con los 17 votos de los 25 miembros que componen la comisión, aunque permanece clasificado y tan sólo se ha revelado una parte.