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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Anistia Internacional acusa Bush


A Anistia Internacional (AI) pediu ontem que as autoridades canadenses prendam e processem o ex-presidente americano George W. Bush durante sua visita ao Canadá, prevista para 20 de outubro, acusando-o de vários crimes, entre eles, a tortura. A solicitação está em um memorando enviado às autoridades canadenses em 21 de setembro, informou a AI em comunicado.

"O Canadá deve, por suas obrigações internacionais, prender e processar o ex-presidente Bush por sua responsabilidade nos crimes contra o direito internacional, entre eles a tortura", disse Susan Lee, diretora da organização para a América.

As acusações da AI se referem principalmente ao programa secreto da CIA, executado entre 2002 e 2009. Segundo a organização, os detidos sofriam "tortura e outros tratos cruéis, desumanos e degradantes, assim como desaparecimentos forçados". Durante seu mandato, afirma a AI, Bush autorizou "técnicas reforçadas de interrogatório", entre elas a simulação de afogamento.

CP

quinta-feira, 6 de maio de 2010

ONDE ESTÁ OSAMA?

Clique na imagem para ver melhor:

''Bin Laden está nos EUA''

Teerã - O homem mais procurado do mundo, Osama bin Laden, vive em Washington, declarou ontem o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, em entrevista ao canal norte-americano ABC. "Ele está lá porque era um antigo parceiro do sr. Bush. Eles eram colegas nos bons tempos. Estavam juntos no negócio do petróleo", afirmou o presidente iraniano. Ahmadinejad declarou que o líder terrorista da Al-Qaeda nunca cooperou com o seu país.

Correio do Povo

terça-feira, 7 de julho de 2009

O FBI descobriu a pólvora: Saddam afinal fazia 'bluff'


por Leonídio Paulo Ferreira, para Diário de Notícias, via Jumento

Foi com a oferta de toalhetes para bebé que George L. Piro conseguiu convencer Saddam a conversar durante o tempo em que esteve preso pelos americanos antes de ser enforcado por ordem de um tribunal iraquiano em finais de 2006. Ao longo de 20 "entrevistas formais" e cinco "informais", o agente do FBI, fluente em árabe, ouviu o ditador falar da época que antecedeu a invasão de 2003. E confessar-se "mais preocupado com o Irão descobrir as vulnerabilidades do Iraque do que com as repercussões nos Estados Unidos da sua recusa em autorizar o regresso dos inspectores da ONU". Saddam admitiu ter feito bluff, dando a entender que possuía armas biológicas e químicas, para não passar por fraco junto do inimigo da guerra dos anos 80.

Mas muito antes destas confissões do "Detido de Alto Valor Número 1", houve quem tentasse alertar os Estados Unidos para a lógica do Presidente iraquiano, um homem odiado no Médio Oriente depois de ter invadido dois vizinhos. Scott Ritter foi dessas vozes a mais insistente e no livro Guerra contra o Iraque afirmava ter a certeza da eliminação de 90 a 95% das armas de destruição maciça após a primeira intervenção americana, em 1991, para libertar o Koweit. Ritter, que foi sete anos inspector da ONU, percebeu que, mais do que desrespeitar as sanções, Saddam tentava camuflar que guerras, embargo petrolífero e destruição dos arsenais tinham deixado o país fragilizado.

Depois de décadas como dono de um país, Saddam nunca lidou bem com as condições de detenção. Obcecado com a higiene, foi fotografado a lavar a roupa e desenvolveu uma obsessão pelos toalhetes, que usava até para limpar a fruta. Um ano antes desta divulgação da transcrição dos interrogatórios, Piro surgira na CBS a explicar a sua abordagem, dizendo que usar a força contra Saddam, tipo falso afogamento da CIA, não só era contra as regras do FBI como contraproducente. Só o tempo, com "a alternância de actos de gentileza e de provocação", garantia resultados. E foi através da paciência que o agente conseguiu também que Saddam lhe dissesse que odiava Ben Laden, a quem nunca conheceu, apesar da insistência americana em ligar o Iraque ao 11 de Setembro. Uma vez mais, nada que não se soubesse. A secreta espanhola, em vésperas da cimeira das Lajes, aconselhou o primeiro-ministro José María Aznar a não apoiar a tese da aliança entre Ben Laden e Saddam, notando que o iraquiano sempre foi uma nacionalista laico, com cristãos no Governo. Ritter afirma o mesmo no livro: "Seria absurdo o Iraque apoiar a Al-Qaeda."

Ao interrogador, Saddam disse ainda que não gostava dos Bush, pai e filho. Mais uma vez nada que não se soubesse já. Mas que o líder iraquiano achava Ronald Reagan um grande homem e apreciava Bill Clinton é mais surpreendente. De qualquer forma, seis anos depois da guerra lançada por George W. Bush com base em falsas provas da CIA, pode-se dizer que se esta nunca encontrou as tais armas de destruição maciça que justificaram o ataque preventivo a Saddam, já o FBI descobriu a pólvora.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

CIA vai fechar centros secretos de interrogatório


Por Randall Mikkelsen

WASHINGTON (Reuters) - A CIA vai desativar os chamados "locais negros" ("black sites") onde suspeitos de terrorismo eram interrogados com técnicas violentas, como a simulação de afogamento, disse na quinta-feira o diretor da agência norte-americana de inteligência, Leon Panetta.

Em carta a funcionários, ele relatou ter informado o Congresso sobre as políticas carcerárias da CIA, cumprindo uma ordem baixada em janeiro pelo presidente Barack Obama, que proibiu os interrogatórios violentos e determinou que os centros secretos fossem fechados.

Panetta disse também que a agência suspendeu o uso de empregados terceirizados para fazer os interrogatórios, o que muitos parlamentares consideravam que facilitava abusos.

"A CIA não opera mais as instalações de detenção ou 'locais negros', e propôs um plano para desativar os locais restantes. Tenho direcionado o pessoal da nossa agência para assumir o processo de desativação, e dei novas instruções para que os contratos para a segurança dos locais sejam imediatamente encerrados", afirmou a carta, a cujo conteúdo a Reuters teve acesso.

Os centros secretos, atualmente vazios, ficam em países não-identificados e foram usados para manter suspeitos capturados como parte da "guerra ao terrorismo" movida pelo governo de George W. Bush depois dos atentados de 11 de setembro de 2001.

A CIA admite que submeteu pelo menos três suspeitos à simulação de afogamento nesses locais --Khalid Sheikh Mohammed, suposto mentor do 11 de Setembro, e os supostos militantes da Al Qaeda Abu Zubayhda e Abd Al Rahim Al Nishiri.

Panetta disse que a CIA vai continuar interrogando suspeitos quando for necessário, mas que usará "um estilo de diálogo no questionamento, que é plenamente consistente com as abordagens de interrogatórios autorizadas e listadas pelo Manual de Campo do Exército".

"A CIA não tolera, e vai continuar a relatar imediatamente, qualquer comportamento inapropriado ou acusações de abuso. Isso vale se o suspeito estiver sob custódia de um parceiro dos EUA ou de um serviço de ligação estrangeiro", acrescentou.

Além disso, afirmou, "nenhum contratado (terceirizado) da CIA irá conduzir interrogatórios".

Ativistas dos direitos humanos dizem que algumas políticas do governo Obama não garantem tratamento humano a suspeitos de terrorismo detidos no exterior, e pedem às autoridades atuais que investiguem e divulguem de forma mais incisiva os abusos ocorridos no governo Bush.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Curar el alma


Por Michael Moore, Página/12

Queridos amigos,
¡Qué día feliz!

Luego de atravesar la Edad Media, aquí estamos, en uno de los momentos con mayor carga emotiva que la historia haya presenciado. Barack Obama es nuestra esperanza más grande para tratar de hacer las cosas bien, para tratar de curar el alma de este país y para tender una mano al resto del mundo que contenga una rama de olivo en lugar de un garrote.

Quiero aprovechar esta oportunidad para agradecer a cada uno de ustedes por hacer este día posible. Para muchos, la época de locura que acaba de pasar no empezó hace ocho años, sino hace 20, aquel trágico día en que Ronald Reagan juró como presidente para luego desmantelar nuestro tan querido “gobierno del pueblo” así como nuestra forma de vida.

Para todos ustedes quienes alzaron sus voces y se hicieron oír, que escribieron cartas y marcharon por la paz en todas partes del mundo, que nunca se rindieron: ustedes son los héroes. Muchos de ustedes sufrieron grandes pérdidas económicas. Algunos vieron a sus seres queridos partir en barcos hacia guerras absurdas y brutales en el otro lado del planeta, y muchos vivieron para volverlos a ver ya sin vida. Han sido tiempos duros.

Pero el sol volvió a salir. El infame presidente saliente se fue por la puerta lateral de la historia y ahora seguramente se encuentra en su rancho en Crawford, Texas, listo para venderlo como set hollywoodense y así instalarse en algún barrio exclusivo de Dallas. Me hubiera gustado que, antes de dejar el mando, Bush hubiese emitido un último indulto: el suyo propio y el de Cheney, Rumsfeld y toda la pandilla por todos los crímenes que cometieron desde el 2001 hasta la fecha. Demasiadas leyes fueron violadas; una guerra fue lanzada en nombre de una mentira. Ahora, lo único que necesitamos es justicia.

Es nuestro deber seguir adelante y arreglar el tremendo lío que armamos. Tenemos suerte de tener un nuevo presidente que es inteligente y comprometido a servir a su país. Les pido a todos que se tomen un momento y piensen en qué podemos ayudarlo a que haga mejor su trabajo. Estamos todos juntos en esto. Nuestro país viene de ser destrozado por una administración que decidió violentar la Constitución estadounidense como pocas veces para, finalmente, antes de irse, tratar de robar la mayor cantidad de dinero posible para sus amigos de Wall Street.

Aquí va mi ruego: no dejemos a Obama solo para arreglar tremendo lío. El ya tomó juramento; tomemos uno todos nosotros para tratar de trabajar más duro y así poner fin a estas guerras, implementar un servicio de salud gratuito y universal, salvar al planeta combatiendo el cambio climático, terminar con la pobreza, mejorar la educación y, además, recuperar nuestro gobierno para que éste sea del y para el pueblo, en lugar de y para los lobbistas, banqueros y vendedores de armas.

Finalmente, y como nota al pie, quiero decirles que, si bien no es ningún secreto la avalancha de ataques y odio que recibí por hacer mi trabajo, hoy prefiero callarlas, porque hoy es un día para celebrar, para ser optimistas y tener esperanzas. Otro día les contaré acerca de ello. Simplemente estoy contento de que estemos aquí para vivir este momento.

Les agradezco a todos por su constante apoyo y defensa de la democracia.

Sinceramente, Michael Moore.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

ADEUS BUSH. JÁ VAI TARDE.


Confira lista de 'bushismos' ditos nos últimos oito anos

Todos os políticos cometem gafes e falam coisas sem pensar. Mas o presidente americano, George W. Bush, conseguiu tornar-se notório por isso.

Os americanos até cunharam o termo "Bushismo" para classificar os lapsos verbais que se tornaram comuns nos últimos oito anos.

Confira abaixo alguns dos "Bushismos" que se tornaram célebres.

Sobre si mesmo

"Eles me mal-subestimaram."
(Bush inventou a palavra 'misunderestimated')
Bentonville, Arkansas, 6 de novembro de 2000

"Não há dúvida de que no minuto em que eu fui eleito, as nuvens de tempestade no horizonte estavam chegando quase diretamente sobre nós."
Washington, 11 de maio de 2001

"Eu quero agradecer ao meu amigo, o senador Bill Frist, por se juntar a nós hoje. Ele se casou com uma menina do Texas, eu quero que vocês saibam. Karyn está conosco. Uma menina do Oeste do Texas, exatamente como eu."
Nashville, Tennessee, 27 de maio de 2004

Sobre política externa

"Há um século e meio, os Estados Unidos e o Japão formam uma das maiores e mais duradouras alianças dos tempos modernos."
(Bush se esquecendo da Segunda Guerra Mundial)
Tóquio, 18 de fevereiro de 2002

"A guerra contra o terror envolve Saddam Hussein por causa da natureza de Saddam Hussein, da história de Saddam Hussein, e a sua determinação de aterrorizar a si mesmo."
Grand Rapids, Michigan, 29 de janeiro de 2003

"Eu acho que a guerra é um lugar perigoso."
Washington, 7 de maio de 2003

"O embaixador e o general estavam me relatando sobre a – a grande maioria dos iraquianos querem viver em um mundo pacífico e livre. E nós vamos achar essas pessoas e levá-las à Justiça."
Washington, 27 de outubro de 2003

"Sociedades livres são sociedades cheias de esperança. E sociedades livres serão aliadas contra os poucos odiosos que não têm consciência, que matam ao gosto de um chapéu."
Washington, 17 de setembro de 2004

"Você sabe, uma das partes mais difíceis do meu trabalho é conectar o Iraque à guerra ao terrorismo."
Washington, 6 de setembro de 2006

Sobre educação

"Raramente a pergunta é feita: nossas crianças estão aprendendo?"
Florence, Carolina do Sul, 11 de janeiro de 2000

"Ler é básico para todo o aprendizado."
Reston, Virginia, 28 de março de 2000

"Como governador do Texas, eu estabeleci altos padrões para as nossas escolas públicas, e eu cumpri esses padrões."
Entrevista à CNN, 30 de agosto de 2000

"Você ensina uma criança a ler, e ele ou ela ('he or her' em inglês, em vez do correto: 'he or she') vai conseguir passar em um teste de escrita."
Townsend, Tennessee, 21 de fevereiro de 2001

Sobre economia

"Eu entendo o crescimento dos negócios pequenos. Eu fui um."
Entrevista ao New York Daily News, 19 de fevereiro de 2000

"É claramente um orçamento. Tem muitos números nele."
Entrevista à agência de notícias Reuters, 5 de maio de 2000

"Eu continuo confiante em Linda. Ela será uma ótima secretária de Trabalho. Do que eu li na imprensa, ela é perfeitamente qualificada."
Austin, Texas, 8 de janeiro de 2001

"Primeiro, deixe-me esclarecer bem, pessoas pobres não são necessariamente assassinos. Só porque você não é rico, não significa que você está disposta a matar."
Washington, 19 de maio de 2003

Sobre saúde

"Eu não acho que nós devamos ser sublimináveis sobre a diferença entre nossos pontos de vista sobre remédios que exigem prescrição."
(Bush inventou a palavra 'subliminable')
Orlando, Flórida, 12 de setembro de 2000

"Doutores demais estão deixando o negócio. Muitos obstetras e ginecologistas não estão podendo praticar o seu amor às mulheres pelo país."
Poplar Bluff, Missouri, 6 de setembro de 2004

Sobre tecnologia

"Seria um erro para o Senado americano permitir que qualquer tipo de clonagem humana saísse daquela sala."
Washington, 10 de abril de 2002

"A informação está em movimento. Você sabe, o noticiário da noite é uma forma, é claro, mas também está se movimentando pela blogosfera e através das internets."
Washington, 2 de maio de 2007

Sobre governar

"Eu tenho uma visão diferente de liderança. Uma liderança é alguém que consegue unir as pessoas."
Bartlett, Tennessee, 18 de agosto de 2000

"Eu sou o decisor, e eu decido o que é melhor."
Washington, 18 de abril de 2006

"E a verdade é que muitos relatórios de Washington nunca são lidos por ninguém. Para mostrar como este é importante, eu o li e Tony Blair o leu."
Sobre o relatório Baker-Hamilton, em Washington, 7 de dezembro de 2006

"A única coisa que posso dizer é que quando o governador liga, eu atendo o telefone."
San Diego, Califórnia, 25 de outubro de 2007

"Eu já terei morrido há anos antes que alguma pessoa esperta descubra o que aconteceu dentro do Salão Oval."
Washington, 12 de maio de 2008

Sobre outros assuntos

"Eu sei que os seres humanos e os peixes não podem coexistir pacificamente."
Saginaw, Michigan, 29 de setembro de 2000

"Famílias são onde a nossa nação encontra esperança, onde as asas viram sonhos."
LaCrosse, Wisconsin, 18 de outubro de 2000

"Aqueles que entram no país ilegalmente violam a lei."
Tucson, Arizona, 28 de novembro de 2005

"Isso é George Washington, o primeiro presidente, é claro. O que é interessante sobre ele é que eu li três – três ou quatro livros sobre ele no último ano. Isso não é interessante?"
Washington, 5 de maio de 2006

BBC

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

TV pede libertação de jornalista que agrediu Bush

O canal de televisão Al-Baghdadia, com sede no Cairo, pediu nesta segunda às autoridades iraquianas a libertação do jornalista Muntazer al-Zaidi, que foi detido no domingo após atirar os sapatos no presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, em entrevista em Bagdá.

"O comitê diretor do canal Al-Baghdadia exige às autoridades a libertação imediata de Zaidi, de acordo com a linha de liberdade de expressão e democracia prometida pelo novo regime iraquiano", indicou o canal em comunicado lido diante das câmeras.

O apresentador acrescentou que a "Al-Baghdadia considera as autoridades americanas e iraquianas responsáveis de qualquer medida contra Zaidi, que, caso seja adotada, será uma lembrança da conduta seguida durante a era do ditador (Saddam Hussein) caracterizada pela violência, as detenções indiscriminadas e as valas comuns".

O canal pediu aos veículos de comunicação árabes e internacionais para mostrarem solidariedade para com o jornalista iraquiano.

Zaidi, 27 anos, atirou os dois sapatos contra Bush durante uma entrevista coletiva conjunta oferecida pelo presidente dos Estados Unidos junto ao primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, após a ratificação de um acordo de segurança bilateral que estipula a retirada das tropas americanas do Iraque até 2012.

Antes de lançar os dois sapatos - Bush conseguiu desviar de um e o outro errou o alvo -, o repórter gritou: "Este é o beijo de despedida, cão".

Após o incidente, os guardas de segurança detiveram o agressor e o tiraram da sala.

EFE

domingo, 14 de dezembro de 2008

Presidência de Bush termina 'só no sapatinho'


Bruno Garcez
Correspondente da BBC Brasil em Washington

Mas um jornalista iraquiano, sem temer pisar em falso, marcou, na base da botinada, a despedida do presidente dos Estados Unidos do palco internacional.

Tudo aconteceu um dia depois de o secretário de Defesa Robert Gates ter dito que a presença militar americana no Iraque está ‘‘no fim do jogo’’, em menção ao acordo estabelecido entre americanos e iraquianos, segundo o qual os soldados dos Estados Unidos marcharão para fora do Iraque em 2011.

Parecia em evento político como outro qualquer. Bush concedia uma entrevista coletiva em Bagdá, a um passo do premiê iraquiano, Nouri al Maliki.

Mas ele não sabia que, entre os presentes, havia um repórter que deve ter amanhecido com o pé esquerdo.

O profissional em questão se levantou e, aos gritos de “cachorro”, almejou seu calçado na direção do homem mais poderoso do mundo.

O iraquiano não jogou apenas um, mas os seus dois sapatos na direção do líder dos Estados Unidos e o fez demonstrando boa pontaria.

Bush, que, reza a lenda, costuma, com relativa regularidade, começar o dia se calçando para ir correr e pedalar, usou de agilidade para se desviar dos dois golpes desferidos pelo homem do “sapato-bomba”.

Talvez um dia venhamos a saber se o gesto do arremessador de sapatos foi um improviso ou um ato calculado passo a passo, contemplando o ângulo ideal e a a velocidade de um corpo em movimento.

Durante a campanha presidencial, Barack Obama acusou Bush de promover a invasão do Iraque de forma atabalhoada, julgando que as tropas americanas teriam fincado suas botas em terreno iraquiano com um passo pesado em vez de pé ante pé.

Em princípio, os militares dos Estados Unidos foram saudados por libertadores por muitos dos iraquianos mais vulneráveis, os mais pobres - os descamisados e e pés-descalços do país.

Cenas em que retratos de Saddam Hussein eram alvo de chineladas e sapatadas eram constantes nas TVs mundiais.

Golpear alguém com a sola do calçado é considerado um insulto supremo no mundo árabe.

Aos poucos, porém, o mesmo ressentimento que os iraquianos demonstravam para com Saddam foi se encaminhando em direção aos americanos, que se viram pisando em ovos.

Um dia talvez a história venha a confirmar a tese defendida por Bush e seus assessores de que a Guerra do Iraque foi um passo decisivo rumo à democracia no Oriente Médio.

Mas, ao menos na eleição deste ano, a maior parte da população americana julgou que o atual presidente cometeu uma série de tropeços na condução do conflito militar e da economia americana e decidiu optar por um outro rumo.

Aqui nos Estados Unidos, muitos ainda acusam Bush e o secretário do Tesouro Henry Paulson de terem dado passos bêbados em suas diversas tentativas de contornar a turbulência financeira.

Na política mundial, George W. Bush caminha a passos largos para os bastidores, mas em sua despedida, diz ter feito do Iraque um lugar mais livre e seguro.

Hoje em dia, segundo relatos, é cada vez maior o número de militares dos Estados Unidos que dizem adeus a Bagdá ainda de pé em vez de deitados em um caixão, e o de iraquianos que se sentem mais seguros em andar pelas ruas.

Mas a brutalidade do conflito e as várias dúvidas a respeito de suas reais motivações fizeram a imagem americana no Oriente Médio capengar.

Por isso tudo, a guerra do Iraque será para sempre a pedra no sapato do governo Bush – um fato que nos foi lembrado por um iraquiano que usou uma arma inesperadamente poderosa, o seu calçado.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

RESULTADOS DA "DOUTRINA" BUSH


Los talibanes reconquistan Afganistán

Los radicales islamistas tienen ya presencia permanente en el 72% del territorio - El ICOS británico advierte de que la reconstrucción no llega a las áreas rurales

WALTER OPPENHEIMER - Londres - 08/12/2008

La creciente influencia del movimiento talibán hace temer que puedan volver a conquistar el poder en Afganistán, del que fueron expulsados en 2001 tras una invasión liderada por Estados Unidos. Según un informe que hará público hoy el Consejo Internacional de Seguridad y Desarrollo (ICOS, en sus siglas en inglés), los talibanes han incrementado su poder considerablemente en el último año y tienen ya "presencia permanente" en un 72% de Afganistán, frente a un 54% en noviembre del año pasado.

"La deprimente conclusión es que, a pesar de las enormes inyecciones de capital internacional que fluyen a este país y a pesar del enorme deseo de tener éxito en Afganistán, el Estado está otra vez en serio peligro de caer en manos de los talibanes", subraya el informe. El ICOS, conocido anteriormente como The Senlis Council, es un centro de estudios especializado en programas de seguridad global con oficinas en Londres, París, Bruselas y Río de Janeiro y plataformas investigadoras en Afganistán, Irak y Somalia. En el pasado ha destacado por su agresiva campaña en defensa de canalizar la producción de opio afgano hacia la medicina y en contra de la erradicación forzosa de esos cultivos.

Su último informe sobre la situación en Afganistán destaca que los esfuerzos para la reconstrucción económica del país "no han logrado tener impacto en las condiciones de vida de las comunidades locales" y que "la actual insurgencia, dividida entre un largo componente de comunidades rurales fundamentalmente motivadas por la pobreza y un concentrado grupo de militantes islamistas radicalizados, está ganando impulso, complicando aún más el proceso de reconstrucción y desarrollo y saboteando en la práctica la misión de estabilización de la OTAN-ISAF en el país".

"Hasta que la comunidad internacional no expanda su centro de atención más allá de las dimensiones militares tradicionales, centrándose en las necesidades que tienen las comunidades rurales y restableciendo así sus niveles previos de apoyo, existe el peligro de que los talibanes acaben simplemente infestando Afganistán bajo las narices de la OTAN", sostiene el informe del ICOS.

Los talibanes empezaron a reagruparse en 2004 y desde entonces han ido extendiendo su presencia. Ésta sigue siendo especialmente relevante en el sur del país, gracias tanto a su dominio de la propaganda y su capacidad para presentarse como una alternativa al poder local como por los errores cometidos por las fuerzas de Estados Unidos y de la OTAN. Entre los errores más graves citados por el informe figuran los bombardeos aéreos, que causan numerosas víctimas civiles, y la erradicación de los campos de opio, que perjudica a los agricultores locales.

Y, sobre todo, el equívoco del presidente estadounidense, George W. Bush, de creer que "cuando los afganos ordinarios se den cuenta de la superioridad del modelo de democracia occidental y los beneficios de ese sistema fluyan por cada esquina del país, entonces el dominio de los talibanes se verá arrastrado a los márgenes de la historia".

El incremento del poder talibán significa que en estos momentos tienen una presencia permanente y hacen ingobernable un 72% del territorio de Afganistán y una presencia sustancial en otro 21%. Sólo en el restante 7% se puede considerar que su presencia es ligera. El mapa de esa presencia se ha elaborado combinando los datos de ataques insurgentes y las percepciones de los residentes locales.

Esa presencia se está incrementando también en la capital, Kabul, con asaltos a objetivos de alto valor simbólico como hoteles y embajadas y la introducción del sistema de secuestro de occidentales o su asesinato. Fuera de Kabul, el ataque más simbólico ha sido el que se produjo en junio pasado en la prisión de Kandahar, que se convirtió en un valioso factor de propaganda para el movimiento.

El ICOS subraya que, "mediante una sofisticada serie de ataques terroristas tácticos y una compleja red de inteligencia", los talibanes han conseguido desestabilizar numerosas zonas del país y están empezando a ganar también la guerra de la propaganda, lo que los sajones llaman "la batalla de las mentes y los corazones". "La comunidad internacional no ha conseguido dar suficiente importancia a las necesidades y deseos de la población afgana y eso se ha convertido en un factor clave de la creciente popularidad de la insurgencia", asegura el ICOS.

La lista de errores aliados es larga. La agresiva política antinarcóticos ha llevado a los afganos a asociar a la comunidad internacional con la pérdida de su medio de vida, y en las zonas en las que se mantienen los cultivos están ayudando a los talibanes a financiarse. La ayuda humanitaria no llega a sus destinatarios y los talibanes lo han aprovechado para presentarse como la autoridad legítima ante quienes se sienten abandonados por las fuerzas extranjeras.

La muerte de civiles en los bombardeos aliados ha beneficiado a los talibanes. Éstos se están aprovechando también de la dificultad de los aliados para combatir su guerra de guerrillas con un ejército convencional. Los aliados no se atreven a entrar en los santuarios talibanes en la frontera con Pakistán. Por último, las divisiones entre los miembros de la OTAN refuerzan la moral de los talibanes.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Bush muda as regras da política ambiental nas vésperas de sair da Casa Branca


Ultima Hora

Enquanto os candidatos presidenciais norte-americanos se apressam para o dia das eleições, na terça-feira, a administração Bush apressa-se a aprovar alterações à política ambiental de última hora, antes de deixar a Casa Branca.

Quer seja a retirada do lobo da lista de espécies ameaçadas, a autorização da implantação de centrais eléctricas perto de parques nacionais ou o aliviar das normas para a exploração mineira, as alterações propostas não obtiveram o aval das associações ambientalistas.

Aquilo que os ecologistas mais desejavam – um programa vinculativo de redução das emissões de gases com efeito de estufa – não está entre as chamadas “regulamentações da meia-noite”.

Algumas organizações e associações ecologistas apelaram a uma moratória a estas alterações propostas por estruturas do Governo como o Departamento do Interior e a Agência de Protecção Ambiental. “A administração Bush esteve oito anos no poder e aprovou mais regulamentações do que qualquer outra administração na história” do país, comentou Eli Lehrer do Competitive Enterprise Institute.

Qual é a pressa?

A equipa de George W. Bush acelerou estas mudanças para que se concretizassem até sábado, para que ainda possam entrar em vigor antes que Bush saia da Casa Branca, a 20 de Janeiro.

Se entrarem em vigor será difícil para a próxima administração anulá-las e, em todo o caso, esta não deverá ser uma prioridade para o próximo Presidente, comentou Matt Madia do OMB Watch, que monitoriza a Gestão e Orçamento da Casa Branca, por onde têm que passar estas alterações. “É uma reacção natural de alguém que sabe que está prestes a perder o poder”, acrescentou.

A indústria deverá beneficiar se estas mudanças se concretizarem, disse Madia. “Quer seja a indústria de produção eléctrica, de exploração mineira ou agrícola, isto vai remover as restrições governamentais à sua actividade; vão poder poluir mais, o que acabará por prejudicar as pessoas”, concluiu.

Mas o que é pouco usual é a rapidez do processo. Por exemplo, uma das mudanças do Departamento do Interior, que irá reduzir a protecção das espécies ameaçadas em relação aos interesses mineiros, motivou mais de 300 mil opiniões do público. As autoridades dizem que pretendem analisá-las no espaço de uma semana.

Porquê a pressa? Porque uma legislação entra em vigor entre 30 a 60 dias depois de estar concluída e se não entrar em vigor quando o novo Presidente assumir o cargo, este pode negar-se a aplicá-la. Isto aconteceu quando a administração Bush entrou na Casa Branca.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

"Camarada Bush está à minha esquerda", ironiza Chávez


CARACAS (Reuters) - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse ironicamente na quarta-feira que o "camarada" George W. Bush, presidente dos EUA, se comporta como um radical de esquerda ao intervir em grandes bancos por causa da crise financeira.

"Bush agora está à minha esquerda", disse Chávez, que já nacionalizou diversos setores da economia venezuelana. "O camarada Bush anunciou que (o governo dos EUA) vai comprar ações de bancos privados."

O presidente venezuelano, que em ocasiões anteriores já se referiu a Bush como bêbado e diabo, acusou-o na quarta-feira de estar perdido diante da crise, repetindo como um papagaio as palavras de seus assessores, mas sem compreender as novas políticas que dão ênfase à intervenção estatal na economia.

"Estou convencido de que ele não faz idéia do que acontece", disse Chávez, que atualmente negocia a nacionalização de um banco espanhol na Venezuela.

O presidente diz que as estatizações permitem que o Estado redirecione as companhias para que beneficiem os mais pobres em vez de apenas darem lucros a seus acionistas.

O governo Bush, que defende políticas de livre-mercado em toda a América Latina, resistiu durante semanas a intervir nos bancos. Mas, diante do agravamento da crise financeira, recuou nesta semana e apresentou um plano de 250 bilhões de dólares para isso.

Washington acusa Chávez de tentar implantar uma ditadura, mas o presidente venezuelano é muito popular entre ativistas antiamericanos dentro e fora do seu país.

Apesar das diferenças ideológicas e dos atritos diplomáticos, que já levaram à recente expulsão mútua de embaixadores, a Venezuela continua sendo um importante fornecedor de petróleo para os EUA.

(Reportagem de Patricia Rondon)

swissinfo

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

El fantasma de la Casa Blanca


Por Fidel Castro *

Hace cuatro días, el viernes 10 de octubre, el mundo se estremecía bajo el impacto de la crisis financiera de Wall Street. Se ha perdido la cuenta de los millones de dólares en billetes de papel que la Reserva Federal inyectó a las finanzas mundiales para que los bancos sigan funcionando y los ahorristas no pierdan su dinero.

El presidente Bush no consideró necesaria su presencia en esa reunión de los ministros de Finanzas. Se reuniría con ellos el sábado. ¿Dónde estaba el viernes 10 de octubre? Nada menos que en Miami. Asistía a un acto de recaudación de fondos para los candidatos republicanos de la Florida. Con la aprobación de sólo el 24 por ciento de los ciudadanos, era el jefe de Estado con menos apoyo en toda la historia de Estados Unidos. Se reunía con empresarios y cabecillas de la escoria cubana de Miami. Continuaba allí con su maniática obsesión anticubana al cabo de su tenebroso período de ocho años al frente del imperio. Ni siquiera pudo contar con el apoyo de la Fundación Cubano-Americana creada por Reagan en su cruzada contra Cuba.

Por razones puramente demagógicas, ésta le había solicitado públicamente levantar con carácter provisional la prohibición de enviar ayuda directa a familiares y afectados por los dos destructores huracanes que golpearon a nuestro pueblo. Raúl Martínez, un ex alcalde de Hialeah, rival del congresista Lincoln Díaz-Balart, había hecho críticas a la actual política de quien fraudulentamente fue electo presidente con menos votos nacionales que su adversario, en virtud del peso de la Florida en el conteo de votos electorales, cuando en realidad ni siquiera allí tenía mayoría.

El presidente de Estados Unidos, George W. Bush, entra hoy en sus últimos cien días, ensombrecido por una altísima impopularidad y una de las crisis económicas más importantes de las últimas décadas.

Por su parte, el ministro brasileño de Hacienda, Guido Mantega, criticó hoy al FMI por colocar a los países avanzados como modelos a seguir y dijo que en la reforma futura del sistema financiero no deben primar las normas de esas naciones.

“El mundo asiste incrédulo mientras la crisis actual revela debilidades y errores graves en la política de países que eran tenidos como modelos, países que eran presentados como referencias de buen gobierno”, dijo Mantega.

Con la economía mundial hecha pedazos, el presidente de Estados Unidos, llevado a ese cargo de forma tan irregular e irresponsable, ha puesto en apuros a todos los aliados de la OTAN y a Japón, el más desarrollado y rico socio militar, económico y tecnológico de Estados Unidos en el Pacífico.

Miami es hoy una olla de grillos, y Bush se ha convertido en un fantasma. Las Bolsas no han caído más porque estaban ya en el piso. Hoy respiraban felices con las colosales inyecciones de dinero que las volvieron a inflar artificialmente a costa del futuro. Lo absurdo, sin embargo, no puede mantenerse. Bretton Woods agoniza. El mundo no volverá a ser el mismo.

* Reflexión del líder cubano publicada en Granma.

Página/12

sábado, 26 de julho de 2008

Rússia critica Bush por equiparar males nazistas ao soviéticos


Por Tanya Mosolova

MOSCOU (Reuters) - A Rússia disse neste sábado que o presidente norte-americano, George W. Bush, insultou os veteranos da Segunda Guerra Mundial ao equiparar os males do comunismo soviético com os do fascismo nazista.

O Ministério das Relações Exteriores disse que Bush colocou o fascismo nazista e o comunismo soviético como "um único mal", "machucando o coração" dos veteranos da Segunda Guerra Mundial na Rússia e nos países aliados, incluindo os Estados Unidos.

"Embora condenemos o abuso de poder e a dureza injustificada das políticas internas do regime soviético, nós não podemos ser indiferente às tentativas de equiparar o comunismo ao nazismo, nem concordamos que eles foram inspirados nas mesmas idéias e objetivos", afirmou o ministério em comunicado para marcar a Semana das Nações Cativas, um evento anual.

Bush assinou um manifesto publicado em 18 de julho no qual ele pediu que a população norte-americana reafirmasse seu comprometimento com o avanço da democracia e com a defesa da liberdade em todo o mundo.

"No século 20, os males do comunismo soviético e do fascismo nazista foram derrotados e a liberdade se disseminou pelo mundo, com novas democracias surgindo", dizia o manifesto, segundo cópia publicada no website da Casa Branca, www.whitehouse.gov.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que os comentários de Bush eram parte de uma tentativa de reescrever a história nos Estados Unidos. "Tais avaliações simplesmente alimentam os esforços daqueles que, por motivos políticos e egoístas, estão tentando falsificar os fatos e reescrever a história", disse o ministério.

A Rússia é extremamente sensível ao que o Kremlin considera reescrever a história sobre o papel da União Soviética na Segunda Guerra Mundial, que os russos chamam de Grande Guerra Patriótica.

Os russos vêem a vitória sobre a Alemanha como um momento decisivo na sua história e são imensamente orgulhosos pelo Exército Vermelho ter expulsado as forças alemãs do Leste Europeu. A guerra custou a vida de 20 milhões de soviéticos.

Mas muitas pessoas no Leste Europeu associam a chegada dos soldados do Exército Vermelho ao início do regime soviético, durante o qual milhares de pessoas foram presas e mandadas para campos de trabalhos forçados e seus governos eram dirigidos por Moscou.

domingo, 15 de junho de 2008

ANTIAMERICANISMO, HERANÇA DE BUSH


Jurandir Soares (Correio do Povo)

Uma recepção diferente foi preparada para a chegada do presidente George W. Bush em sua visita à Inglaterra, integrante da viagem de despedida de seus aliados europeus. Um manifesto, assinado por 22 intelectuais e ativistas, chama Bush de 'criminoso de guerra'. O documento traz à tona um tema que, com o passar do tempo e a trágica rotina em que se transforma a guerra, vai ficando no esquecimento. Ou seja, a responsabilidade do presidente Bush para com o que acontece hoje no Iraque, onde, segundo a Organização das Nações Unidas, tem-se mais de 200 mil civis iraquianos mortos, além de 4 mil soldados americanos mortos. Já o número de iraquianos que tiveram que abandonar as suas casas e buscar refúgio em outros países passa de 2,5 milhões.
É sempre importante lembrar que George W. Bush fez à guerra porque dizia que o Iraque tinha armas de destruição em massa. Armas que nunca foram encontradas. Bush tentou vender a idéia de que desenvolvia uma caça ao terror. Mas o terror não estava ali. Estava no Afeganistão. Era lá que estavam Osama bin Laden e os terroristas da Al-Qaeda, os responsáveis diretos pelos nefastos ataques ocorridos no dia 11 de setembro. Mas o staff petroleiro, comandado pelo vice-presidente Dick Cheney e que elegeu Bush, queria o petróleo do Iraque. E como Saddam Hussein era um ditador sanguinário que estava no poder, muita gente entendeu como legítima a ação de Bush, atacando um país e matando a sua população. O que nada mais foi do que a prática do 'crime de guerra' que está sendo denunciado agora.
Assim, não é sem razão que Bush é o responsável direto por mais uma nefasta herança que fica para os Estados Unidos: o crescente antiamericanismo pelo mundo. Um relatório do Congresso norte-americano, divulgado nesta quarta-feira, mostra que o antiamericanismo chegou ao mais alto índice já atingido por causa da guerra do Iraque. E mais: o levantamento também mostrou que Washington é hipócrita quando se trata de resolver valores democráticos.
A questão da guerra já está por demais batida, no entanto, quando foi desmascarado nos seus objetivos, George W. Bush disse que estava levando democracia para o Iraque. E aí vem a citada hipocrisia. Por que então não levar democracia para outras ditaduras da região, como Egito, Arábia Saudita e outras tantas monarquias do Golfo Pérsico? Simplesmente, porque são aliados. Este é o desserviço que Bush, ao longo de seus oito anos de governo, prestou aos Estados Unidos. Em contrapartida, o grande serviço prestado para o país e para o mundo é este relatório do Congresso norte-americano. O que prova que é possível, como tento mostrar, ser anti-Bush sem ser antiamericano.