terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A indisfarçável vitória dos Funileiros Nazais


"O verdadeiro confronto no Rio é entre Fuzileiros Navais e Funileiros Nazais"
(Vitor Biglione)

Depois de um fim de semana de guerra, no Rio, calcei as chinelas, enfiei a sunga e fui à praia. Lá pelo meio da tarde de domingo, começo a ouvir um alvoroço no Posto 10 e lá fui eu, de novo. Um grupo de marombeiros de vida mansa, hostilizavam gays de ambos os sexos, enxotando-os para onde consideram ser seu lugar ao sol, que fica na Faixa de Gaza, entre os postos 8 e 9, em frente à Farme de Amoedo. Essa gurizada bronzeada que luta "jiu -jitsu" faz questão do "apharteid", por não aceitarem opções alternativas às suas e não conviverem com demonstrações homo-afetivas.

A Polícia de Praia contemporizou o conflito, mas chamou reforços. No clima de confronto que vivia o Rio, quando chegaram 5 viaturas da PM, o primeiro a descer era um sargento que me fazia parecer um pigmeu, empunhando um caibro de baraúna de metro e meio e adentrou a areia de Ipanema frizado na direção da galera, seguido por uma policial de meu tamanho de pistola em punho e mais um colega portando um fuzil AR 15. Um evidente exagero, mas demonstração de que o Estado não está mais para brincadeiras. Os policiais de praia contemporizaram novamente e pediram aos PMs armados que saíssem da praia pois o conflito não necessitava tamanha intervenção. Quando os 3 da tropa de choque se viraram para abandonar o local os mauricinhos de praia começam a gritar: "polícia para quem precisa..."

Ou seja: esses desocupados que passam o dia marombando em academias patrocinados pelos pais e que, cheirados até o último fio de cabelo nas ventas, saem às ruas pra bater em homosexuais, deixam claro que vão continuar com a mesma vidinha de sempre. Seguirão financiando o tráfico, pois seu forte não é o bom senso e o mundo não vai além do próprios umbigos. Como mora muito mais gente em Copacabana, Ipanema e Leblon, do que no complexo do Alemão, eles seguirão ditando as normas de comportamento, enquanto os humildes residentes das áreas conflagradas, serão abondonados à própria sorte, assim que terminar a intervenção militar, pois sabemos que o Estado não vai subir o morro e colocar escolas, ambulatórios, saneamento e segurança permanente por lá. É questão de dias para vermos policiais e militares retornarem aos quartéis de Abrantes e tudo fica como antes. Trocam apenas os donos do negócio e é, provavelmente, isso que está acontecendo no Rio neste momento. O Estado, apoiado pelas milícias, mete bomba, prende e arrebenta com os vagabundos da bandidagem tradicional, com essa entidade clandestina assumindo os pontos de tráfico de uma maneira mais "bacana", para quando o carnaval, a Copa ou as Olímpiadas chegarem.

Se isso ficar confirmado -oremos pra que seja o contrário- de pouco adiantou mobilizar os Fuzileiro Navais, PQDs,exército e aeronáutica, pois a vitória final será dos funileiros nazais, trajando sunguinhas de "bad boy" e metendo porrada em biba. São eles os verdadeiros responsáveis pelo tráfico no Rio, os consumidores, por financiarem e os operadores subterrâneos do Estado fluminense. Ou como disse o PM com a AR 15 na mão ao sair da praia no domingo, olhando para os apartamentos mais nobres da Vieira Souto: "me dá um mandato de busca e vamos ver se eu não levanto mais droga nesses apartamentos do que acharam no Alemão".

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