quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Para economistas, Brasil deve sair 'relativamente ileso' de crise


Apesar de uma semana marcada pela desvalorização do real em relação ao dólar e por quedas na Bovespa, "muitos economistas ainda acreditam que o Brasil vá sair relativamente ileso da crise financeira global", segundo o Financial Times.

O site do jornal traz, nesta quinta-feira, uma reportagem sobre os leilões realizados pelo Banco Central na quarta-feira para conter a desvalorização do real em meio ao que o Financial Times chama de "a onda mais forte de venda provocada por pânico em décadas" no Brasil.

Segundo o jornal, até esta semana, grande parte da queda nos ativos brasileiros vinha sendo causada pela retirada de dinheiro do Brasil por investidores estrangeiros tentando cobrir perdas em outros mercados, mas, nos últimos dias, os investidores locais também se juntaram ao "êxodo".

O Financial Times diz, no entanto, que os bancos brasileiros não estão tão vulneráveis quanto os americanos ou europeus.

"O setor bancário (do Brasil) passou por uma reestruturação promovida pelo governo nos anos 90 e têm pouco da exposição a ativos de risco afetando os bancos americanos e europeus", diz o Financial Times, acrescentando que apenas cerca de 10% do crédito bancário no país é levantado fora do Brasil.

'Um real imaginário'

As medidas do Banco Central brasileiro e as quedas registradas pela Bovespa também ganharam espaço no jornal argentino Página 12.

Em uma reportagem intitulada 'Um real imaginário', o jornal afirma que o Banco Central conseguiu, com uma "intervenção direta oportuna", frear a tendência de queda.

O jornal traz a notícia de que o índice da Bovespa terminou, na quarta-feira, cotado em 38.593 pontos básicos, e lembra que quando o Brasil alcançou a nota de grau de investimento das agências de classificação de risco, em maio, o índice se encontrava em 72 mil pontos.

Segundo o jornal, na conversa que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira, o presidente americano, George W. Bush, "tentou tranqüilizar o presidente brasileiro, garantindo que o pacote de resgate de US$ 700 bilhões de dólares terá efeito em 20 dias."

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