quinta-feira, 16 de julho de 2009

Judeus ultraortodoxos protestam com violência em Jerusalém


Por Douglas Hamilton

JERUSALÉM (Reuters) - Partes de Jerusalém viraram um caos nesta quinta-feira, depois de dois dias de distúrbios, com lançamento de pedras e queima de latas de lixo, por parte de judeus ultraortodoxos enfurecidos com a interferência do Estado em seus assuntos.

A explosão de fúria foi desencadeada pela prisão de uma mulher ultraortodoxa, cujo nome não foi divulgado, por suspeita de ter deixado seu filho de 3 anos passar fome. A criança agora se recupera em um hospital e os médicos disseram que ela está subnutrida.

Os manifestantes destruíram sinais de trânsito, derrubaram muros e danificaram vias pavimentadas com pedras. As ruas ficaram cheias de lixo e cinzas. Fumaça e mau cheiro emergem dos destroços.

Centenas de policiais foram deslocados para controlar a violência. Até agora ninguém ficou seriamente ferido, mas os problemas parecem prestes a prosseguir por mais um dia na cidade sagrada, onde judeus religiosos e seculares estão divididos, apesar de seguirem a mesma fé.

O protesto se concentra nos bairros de Geula e Mea She'arim, em Jerusalém Ocidental, a apenas algumas quadras da Cidade Velha. Nesses bairros vivem judeus ultraortodoxos, que usam roupas pretas e preferem se manter distantes do Estado israelense moderno e secular, embora sejam os principais receptores de benefícios estatais.

Muitos jovens da comunidade ultraortodoxa estão nas férias de verão dos estudos religiosos e saíram às ruas para protestar contra a prisão.

"Sionistas", gritou um manifestante para a polícia. Alguns judeus ultraortodoxos acreditam que não deveria haver um Estado judaico soberano antes da chegada do Messias.

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