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domingo, 10 de março de 2019
MULHERES: UMA LONGA E SINUOSA ESTRADA PELA FRENTE
Kátia Zummach, vereadora de Nova Petrópolis, cidade distante cerca de 100 km de Porto Alegre, apresentou na Câmara de Vereadores daquele Município proposta de colocação de cartazes informativos do disque denúncia 180 em locais públicos.
Na sessão da Câmara da véspera do Dia Internacional da Mulher o tema foi debatido, pois ela convidou autoridades policiais e da Saúde para obter dados sobre a violência doméstica na cidade.
Cláudio Antônio Gottschalk, vereador, pede a palavra. Se dirige ao púlpito com um vistoso lenço gauchesco vermelho e abdômen avantajado e classifica esse projeto informativo como desnecessário.
Segundo ele, mulheres “que se prestam” não precisam disso e somente as mulheres “chinelonas” são vítimas de violência.
“Acho que uma mulher que presta não tem problema. Olha, aqui no município de Nova Petrópolis, não temos problemas. Acho que aqui fica feio colocar isso de telefone por aí”, disse Gottschalk.
A vereadora contra argumentou dizendo que em Nova Petrópolis existem inúmeros casos de mulheres que têm medo de denunciar ou não sabem como fazer.
A proposta foi protocolada e tem apoio da maioria dos vereadores.
Kátia informou que está analisando se vai ingressar com representação na Comissão de Ética da Casa contra Gottschalk.
Através da assessoria de imprensa da Câmara, a presidência classificou a manifestação do vereador como desrespeitosa e infeliz.
Nos números oficiais, somente em janeiro deste ano, 3.503 mulheres foram ameaçadas, 2.049 foram agredidas e 130 foram estupradas no Rio Grande do Sul. Além disso, quatro mulheres foram mortas por serem mulheres e houve 47 casos de feminicídio tentados. Os dados são do Observatório Estadual de Segurança Pública da Secretaria de Segurança.
Na realidade, porém, a situação é muito pior, pois muitos casos não são informados.
A posição do vereador Gottschalk pode parecer isolada, porém quem conhece as entranhas do Rio Grande do Sul sabe que muitos “machos” gaúchos pensam da mesma forma que ele.
Fonte da Imagem: http://rubyforwomen.com/wp-content/uploads/2015/09/the_long_and_winding_road_by_theonlyraquel.jpg
quinta-feira, 29 de novembro de 2018
Relacionamento abusivo: 15 sinais de que você pode estar em um
Antes do soco e da pancada, muitas outras formas de violência já dão indícios de uma relação abusiva.

por Helena Bertho –
26 de novembro de 2018
Você sabe o que é um relacionamento abusivo?
Saberia
identificar se alguém próximo (ou você mesma) está em um? Estar em um
relacionamento abusivo não quer dizer, necessariamente, apanhar. Muitas
vezes, a violência toma outras formas, como a violência psicológica,
sexual e financeira. Elas são muito mais sutis que a agressão física e,
por isso mesmo, mais difíceis de identificar.
O que acontece é que muitas pessoas
acabam ficando nessas relações e sofrendo, sem conseguir entender o
abuso que sofrem. “Isso sempre é bem sutil no começo. O primeiro caminho
é sempre psicológico. Afinal, se o relacionamento começa num tapa, a
mulher não continua. Até criar envolvimento e dependência emocional, é
um príncipe. Quando ela está envolvida e fragilizada, aí sim ele vira um
sapo”, diz a psicóloga e advogada especialista em violência contra a
mulher Vanessa Paiva.
É importante saber que a violência pode
acontecer em qualquer relação, hetero ou homossexual. Trata-se de uma
questão de poder. Mas, como é mais comum em relações entre homem e
mulher, usaremos o masculino para definir o abusador nesse texto.
1. Ciúme excessivo
Com a justificava de “amar demais” o
ciúme deixa de ser normal e vira justificativa para o controle. É normal
que uma pessoa sinta medo de perder aquela que ama. Mas quando isso
passa a virar argumento para controlar a tomada de decisão do outro,
agressões, ofensas ou invasão de privacidade, é excessivo.
2. Controle
“Porque eu te amo demais” ou “é para o
seu bem” são frases comuns usadas pelo abusador para controlar a outra
pessoa. O controle acontece quando ele começa a decidir o que a outra
pessoa pode ou não fazer. Que roupas vestir, onde pode ir, quais
atividades fazer e até, em casos mais extremos, que trabalhos a outra
pessoa pode ou não ter.
3. Invasão de privacidade
Por mais que sejam parte de um casal, as
pessoas devem ter privacidade e individualidade. Em um relacionamento
abusivo, é comum que o abusador não respeite o espaço individual da
outra parte. Roubar senhas, mexer no celular, ler e-mails e mensagens,
instalar programas de rastreamento. Tudo isso é invasão de privacidade.
Ela pode acontecer em segredo, sem que o outro saiba, ou ser aberta, com
a justificativa de que “quem ama não tem nada a esconder”. Mas não
permitir que o outro tenha um espaço só seu, na verdade, é demonstração
de falta de confiança.
4. Afastamento de outras pessoas
As justificativas podem ser muitas:
fulano é má influência, ciclano dá em cima de você, não gosto daquela
pessoa, aquela outra me trata mal. O fato é que ele vai exigindo que a
companheira se afaste das pessoas mais próximas. A psicóloga Vanessa
explica que “o objetivo é que você passe a depender somente dele”.
5. Chantagem
A manipulação é uma ferramenta central
no relacionamento abusivo. Se a parceira não aceita de forma pacífica do
que é cobrada, o abusador costuma, então, usar de chantagem para
conseguir o que quer. Seja dizendo que vai ficar doente ou vai se matar
se a companheira não fizer algo, seja ameaçando terminar o
relacionamento. A chave é saber o que mexe com a parceira e usar disso
para manipulá-la.
6. Destruição da autoestima
Se no começo da relação a pessoa era
incrível para a outra, aos poucos isso vai mudando. A mudança começam
com “críticas construtivas”, que vão se tornando cada vez mais comuns e
pesadas. Sem perceber, a vítima vai perdendo a autoestima até o ponto de
achar que é alguém tão ruim que nenhuma outra pessoa vai amá-la se essa
relação terminar.
7. Invalidação de sentimentos
A parte abusadora da relação vai dizer
que aquilo que o outro sente é besteira ou não é nada. “Toda vez que
você invalida o sentimento, você condiciona a pessoa a não falar nada e a
achar que o que sente é bobagem”, explica Vanessa. Assim, o medo, a dor
e a tristeza de estar passando pelo abuso passam a ser enxergados como
besteira pela própria vítima, fazendo com que ela permaneça no
relacionamento abusivo, mesmo infeliz.
8. Falta de diálogo sobre dinheiro
Não é fácil conversar sobre dinheiro.
Mas a falta de diálogo abre espaço para que uma das partes da relação
abuse financeiramente da outra. Por exemplo, se a mulher para de
trabalhar para cuidar dos filhos, a dinâmica financeira da família
precisa ser combinada antes. Assim, ela vai ter condições de sair da
relação se precisar. No relacionamento abusivo, a falta de diálogo é
usada para levar o outro à dependência econômica.
9. Controle financeiro
É comum nas relações abusivas que uma
das pessoas controle todo o dinheiro do casal e, por isso, passe a
controlar também as atividades da outra. Quando uma tem que pedir
dinheiro para tudo, passa a existir espaço para que a outra pessoa negue
e, assim, decida o que a companheira pode ou não fazer.
10. Uso do dinheiro sem acordo conjunto
Dentro de um relacionamento, a forma
como o dinheiro vai ser usado deveria ser decidida em acordo. Os
recursos são dos dois? Quem decide quanto gastar ou quanto poupar? São
questões respondidas em conjunto. No entanto, nas relações abusivas pode
acontecer de uma das pessoas fazer compras ou investimentos com o
dinheiro do casal sem consultar o outro. O resultado é que o outro pode
ficar sem recursos e nem saber.
11. Pegar, roubar ou destruir itens do outro
Quando a relação abusiva evolui, pode
chegar ao ponto da pessoa esconder ou quebrar os pertences da outra como
forma de controle. São comuns os casos em que o abusador esconde os
documentos da outra pessoa ou quebra objetos pessoais durante acessos
de raiva.
12. Usar os filhos em chantagens
Quando o casal tem filhos, as coisas
ficam mais complicadas. No relacionamento abusivo, a pessoa usa os
filhos como ferramenta de chantagem. Ao invés de se preocupar com o bem
estar das crianças, é comum que o abusador as use como chantagem para
conseguir o que quer.
13. Exigir relação sexual
O estupro dentro de relacionamentos não é
raro. Se o sexo é forçado, é estupro. E isso nem sempre acontece de
forma explícita: não respeitar a vontade da outra pessoa, chantagear ou
fazer ameaças para ter uma relação também são formas de abuso.
14. Ameaças
Quando a relação abusiva já está
avançada, ameaças se tornam comuns. Elas podem ser dos mais diferentes
tipos: tirar o dinheiro, sumir com os filhos, agressões e até ameaças de
morte. “A fala de que ‘cão que late não morde’ é muito perigosa. No
caso das relações abusivas, em geral as ameaças são o principal indício
de que a violência física vai chegar a acontecer. Elas são sinal de que o
agressor está criando coragem”, explica Vanessa.
Fonte: http://costaadvogados.adv.br/relacionamento-abusivo-15-sinais-de-que-voce-pode-estar-em-um/
quinta-feira, 3 de março de 2011
Ucranianas protestam contra 'sorteio de esposa' por rádio neozelandesa
Ativistas que defendem os direitos das mulheres na Ucrânia organizaram um protesto contra uma promoção de uma rádio da Nova Zelândia que prometia "sortear uma esposa ucraniana" entre os ouvintes.
A rádio neozelandesa Rock FM anunciou na segunda-feira que um homem identificado apenas como Greg, fabricante de vinhos, foi o ganhador do prêmio.
O vencedor do sorteio irá até a cidade de Donetsk, uma cidade produtora de minério de carvão na Ucrânia, no dia 23 de março. Em seguida, será levado para a cidade de Zaporizhia. No total, a viagem até a Ucrânia sorteada pela rádio terá 12 dias.
Como parte do prêmio, o vencedor poderá escolher uma mulher local antes da viagem começar, através da agência de encontros Endless Love. A agência então marca a viagem para a Ucrânia e organiza o encontro entre os dois.
O prêmio ainda inclui um tradutor e viagens de barco.
Polêmica
A competição da Rock FM também causou polêmica na Nova Zelândia, mas a rádio disse que foi em frente com o sorteio apenas "de brincadeira".
"No final das contas, depende das duas pessoas, se eles decidirem se casar e voltar para a Nova Zelândia. Não estamos casando ninguém ou trazendo mulheres para a Nova Zelândia", teria dito o diretor de programação da Rock FM Brad King quando foi feito o primeiro anúncio do sorteio.
O site da rádio destaca que "o prêmio não inclui o pedido de visto ou viagem para a mulher ucraniana para vir à Nova Zelândia, isto é responsabilidade do vencedor e pode ser organizado através da agência Endless Love com um custo adicional e deverá acontecer com o consentimento total de ambas as partes".
As mulheres que fizeram o protesto em Kiev são integrantes do grupo Femen, que faz campanhas contra as agências internacionais que organizam turismo sexual na Ucrânia.
"Mulheres ucranianas não são mercadorias", disse a líder do grupo Anna Hutsol.
"A Femen avisa o 'sortudo' ganhador da competição na Nova Zelândia que ele pode esperar um final infeliz na Ucrânia", disse a ativista Olexandra Shevchenko em uma declaração postada no blog do grupo.
BBC
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Berlusconi provoca ira feminista incomum na Itália

Por Deepa Babington
ROMA (Reuters) - A declaração de Silvio Berlusconi sobre a falta de beleza de uma rival política provocou uma rara demonstração pública de milhares de mulheres italianas, que até agora se mantiveram em silêncio sobre os escândalos sexuais do primeiro-ministro.
Cerca de 97 mil mulheres assinaram o manifesto "Mulheres ofendidas pelo premiê", depois que Berlusconi disse à senadora da esquerda Rosy Bindi que ela era "mais bonita do que inteligente", em um ataque tanto à sua aparência quanto a seu cérebro.
Desde então, duplicaram páginas no Facebook oferecendo solidariedade, protestos foram feitos em cidades como Reggio Emilia, enquanto a resposta de Bindi --"não sou uma mulher à sua disposição"-- se tornou um slogan das manifestações, sendo inclusive estampada em camisetas e cartazes.
"Alguém diga a Berlusconi que ele não é nenhum George Clooney", disse a senadora de centro Patrizia Bugnano, chamando o premiê de "chauvinista".
"É ofensivo que ele sempre se refira a mulheres em termos estéticos".
A campanha está sendo publicada pelo jornal La Repubblica e atrai apoio da esquerda. É um raro exemplo de uma iniciativa feminista contra Berlusconi no país.
Bindi diz que é um sinal de que um "novo feminismo" está ganhando raízes na Itália, onde declarações de Berlusconi, como as mulheres serem "os presentes mais lindos de Deus para os homens" e a Itália ser a "pátria dos grandes amantes, de Casanovas e playboys", costumam ser recebidas com indiferença.
Mesmo assim os pesquisadores dizem que sem um rival político credível para desafiá-lo, o protesto feminista pouco fará para diminuir o apoio de Berlusconi entre as eleitoras conservadoras --mesmo que elas estejam menos entusiasmadas com ele do que antes.
"NÃO SOMOS SUAS CONCUBINAS"
Em um país onde poucos hesitaram quando a ex-showgirl Mara Carfagna foi nomeada para o cargo de ministra da Igualdade, as declarações do premiê provocaram poucos protestos.
Mas o insulto recente a Bindi, feito durante um programa noturno na TV, inesperadamente abriu a ira das mulheres.
Mais de 3.000 mulheres enviaram suas fotos sob frases como "nós não somos suas concubinas", disse La Repubblica, que dedica uma página inteira às últimas assinaturas e fotos.
Um site do Facebook oferecendo solidariedade a Bindi atraiu 2.000 membros, enquanto mulheres de várias profissões, de jornalistas e atrizes a modelos, saíram em sua defesa.
Por sua parte, Berlusconi ofereceu uma desculpa fingida e disse que o comentário foi "uma piada" em "um momento de desapontamento".
Essa não é a primeira vez que Berlusconi fala da aparência de Bindi. Criticado por sua mulher por indicar mulheres bonitas para as eleições europeias deste ano, Berlusconi reclamou: "O que há de errado elas serem bonitas? Não podemos ter só Rosy Bindis".
segunda-feira, 9 de março de 2009
VATICANO: Máquina de lavar fez mais pela mulher do que a pílula

CIDADE DO VATICANO (Reuters) - Feministas do mundo todo, é melhor sentarem-se para ler isso: o jornal do Vaticano diz que a máquina de lavar talvez tenha feito mais pela liberação da mulher no século 20 do que a pílula anticoncepcional ou o acesso ao mercado de trabalho.
A conclusão consta em um longo artigo publicado na edição do fim de semana do jornal semioficial do Vaticano, o L'Osservatore Romano, por ocasião do Dia Internacional da Mulher. O título era "A Máquina de lavar e a liberação das mulheres -- ponha detergente, feche a tampa e relaxe".
"O que no século 20 fez mais para liberar as mulheres ocidentais?", questiona o artigo, escrito por uma mulher. "O debate é acalorado. Alguns dizem que a pílula, alguns dizem que o direito ao aborto, e alguns (dizem que) o direito a trabalhar fora de casa. Alguns, porém, ousam ir além: a máquina de lavar."
O texto então conta a história da máquina de lavar, desde um modelo rudimentar de 1767 na Alemanha, até os modernos equipamentos com os quais a mulher pode tomar um capuccino com as amigas enquanto a roupa é batida.
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