terça-feira, 30 de junho de 2009
FESTAS DA GRIPE SUÍNA
Nick Triggle
Da BBC News
Especialistas em saúde pública na Grã-Bretanha estão condenando as chamadas "festas da gripe suína", eventos que estariam sendo promovidos para promover deliberadamente o contágio da doença.
Há relatos de que pessoas estão intencionalmente convivendo com amigos que contraíram a gripe, para tentar adquirir imunidade contra o vírus agora, enquanto ele ainda é pouco agressivo,
Entretanto, um especialista em saúde pública britânico, Richard Jarvis, disse que tal comportamento pode minar os esforços de profissionais de saúde na luta contra a gripe.
Ele também enfatizou que, embora a gripe seja leve, essas pessoas podem estar colocando sua saúde e a de suas crianças em risco.
Jarvis, presidente do comitê de saúde pública da British Medical Association, vem fazendo testes, diagnósticos e tratamentos de pacientes com gripe suína.
"Ouvi relatos de que pessoas estão organizando festas da gripe suína".
"Não acho que seja uma boa ideia. O vírus não é muito agressivo, mas ainda assim as pessoas são infectadas e há risco de morte".
Serviços de Saúde
O médico admitiu que adquirir o vírus agora pode dar imunidade à pessoa, mesmo que o vírus sofra algum tipo de mutação e se torne mais agressivo.
Mas ele acrescentou que se as pessoas intencionalmente procurarem o contágio, os serviços de saúde podem não ser capazes de agir como estão agindo agora.
"Buscar intencionalmente o contágio apenas contribuirá para seu alastramento".
A estratégia inicial das autoridades britânicas tem sido tentar conter o alastramento do vírus. Isso envolve monitorar pacientes com gripe e dar remédios a pessoas próximas para evitar que elas desenvolvam a doença.
"Se chegarmos a um ponto em que a contenção não é mais possível, não vamos ser capazes de monitorar os casos ou administrar os antivirais com tanta rapidez. Será que então vamos considerá-lo um vírus não muito agressivo?"
"A resposta até agora tem sido ótima. Estamos contendo (o alastramento do vírus) melhor do que esperávamos e isso nos deu tempo. Estamos chegando perto de uma vacina e queremos que isso continue".
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