quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Brasileiro: o mais feliz do mundo
Pesquisa feita em 132 países mostra que brasileiro tem altíssima expectativa de felicidade
Rio - Em cinco anos, o brasileiro será o povo mais feliz do mundo. Pelo menos, é o que ele espera. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com o Instituto Votorantim, com base em dados coletados pelo Instituto Gallup com mais de 130 mil pessoas em 132 países, revelou que os brasileiros têm o nível mais alto de expectativa de felicidade em relação ao futuro: 64% dos entrevistados acreditam que terão felicidade suprema até 2013. Em uma escala de 0 a 10, a satisfação tupiniquim em cinco anos será de 8,28.
Os jovens olham o amanhã com ainda mais otimismo. Quando o alvo das perguntas é o brasileiro entre 15 e 29 anos, o Índice de Felicidade Futura (IFF) pula para 9,29, à frente dos Estados Unidos (2º colocado, com 9,11), Venezuela (8,87) e países europeus como França e Dinamarca (ambos com 8,78). Segundo o economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV, Marcelo Neri, o estudo confirma a fama do Brasil como o velho ‘país do futuro’.
A explicação para tanto otimismo juvenil é a transformação no cenário econômico brasileiro. Só em 2007, foram criados 1,6 milhão de novos empregos formais, e 91% deles ficaram com pessoas de 15 a 29 anos. Nesse período, a renda do jovem gerada pelo trabalho aumentou 10,5% ao ano e seu nível de escolaridade também aumentou 1,75%. Agora ele passa 10,4 anos na escola, contra 9,5 anos em 2003.
INVESTIMENTO EM ESTUDO
A escolaridade do jovem brasileiro cresceu 3,1 anos em 14 anos, quando a tendência é aumentar um ano por década. Enquanto o País passava por uma crise de desemprego, entre 1997 e 2003, o jovem foi para a escola, investiu na sua formação. “Em 2004, a economia se aqueceu e o mercado de trabalho se abriu para eles, que podem ganhar mais porque estão mais bem preparados”, explicou economista.
Para o serralheiro Francisco Gomes Sá, 23 anos, a vida só tende a melhorar. “No ano passado arrumei um emprego de carteira assinada. Ano que vem termino o Ensino Médio. Com diploma, terei chances de conseguir salário maior. Tenho uma filha de 2 anos e não posso reclamar da vida. Daqui a cinco anos, vou estar 100% feliz. Hoje a nota é 9”, arrisca.
Para Neri, a pesquisa trouxe de volta uma idéia relegada por especialistas nos últimos tempos: dinheiro traz, sim, felicidade. “A população dos países mais desenvolvidos se sente mais feliz. No Brasil, além da nossa cultura de povo alegre, esse otimismo está relacionado à melhoria na renda e nas perspectivas de uma vida melhor”, afirma.
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