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domingo, 7 de abril de 2019
DEZ TÁTICAS DE MANIPULAÇÃO
por Chomsky
1. Distração (desviar a atenção daquilo que é realmente importante);
2. Método Problema-Reação-Solução (criar uma situação de terra arrasada para impor medidas de suposta solução);
3. Gradação (aplicar medidas impopulares de forma gradativa e imperceptível);
4. Sacrifício Futuro (é mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que imediato);
5. Discurso Infantilizado (tratar a opinião pública de forma afetuosa ou humorística);
6. Sentimentalismo e Temor (apelar para o medo e emoção para impedir uma resposta racional ou crítica;
7. Valorizar a ignorância (dar espaço na mídia pessoas medíocres e ignorantes para que o estúpido e o vulgar sejam um exemplo para os mais jovens);
8. Desprestigiar a inteligência (apresentar na produção audiovisual o cientista como vilão e o intelectual como pedante);
9. Incentivar introjeção da culpa (incutir a culpa no indivíduo para dividir a sociedade entre vencedores e perdedores);
10. Monitoramento (pesquisas de opinião e as atuais mineração de dados e análises psicométricas em redes sociais para controle de opinião pública).
Fonte da Imagem: Pink Floyd, The Wall.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
10 Estratégias de Manipulação em Massa utilizadas diariamente contra Você
1. A estratégia da Distração
O elemento primordial do controle social
é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do
público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites
políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio, ou inundação de
contínuas distrações e de informações insignificantes.
A estratégia da distração é igualmente
indispensável para impedir o público de interessar-se por conhecimentos
essenciais, nas áreas da ciência, economia, psicologia, neurobiologia e
cibernética.
“Manter a atenção do público
distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas
sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem
nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais“
2. Criar problemas e depois oferecer soluções
Este método também é chamado “problema-reação-solução“. Se
cria um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no
público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja
aceitar.
Por exemplo: Deixar que
se desenvolva ou que se intensifique a violência urbana, ou organizar
atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de
segurança e políticas desfavoráveis à liberdade.
Ou também: Criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos. (qualquer semelhança com a atual situação do Brasil não é mera coincidência).
Este post PORQUE A GRANDE MÍDIA ESCONDE DE VOCÊ AS NOTÍCIAS BOAS? retrata bem porque focar nos problemas é interessante para grande mídia.
3. A estratégia da gradualidade
Para fazer que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, por anos consecutivos. Foi dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas, neoliberalismo por exemplo, foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990. Estratégia também utilizada por Hitler E comumente utilizada pelas grandes meios de comunicação.
4. A estratégia de diferir
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e necessária“, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura.
É mais fácil aceitar um sacrifício
futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é
empregado imediatamente.
Depois, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “amanhã tudo irá melhorar”
e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao
público para acostumar-se à ideia da mudança e aceitá-la com resignação
quando chegue o momento.
5. Dirigir-se ao público como crianças
A maioria da publicidade dirigida ao
grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação
particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse uma criança de pouca idade ou um deficiente mental.
Quanto mais se tenta enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê?
“Se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12
anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com
certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um
sentido crítico como as de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade.”
6. Utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e finalmente no sentido crítico dos indivíduos.
Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injetar ideias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos.
7. Manter o público na ignorância e na mediocridade
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão.
“A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível,
de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes
inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível
de ser revertida por estas classes mais baixas.
8. Estimular o público a ser complacente com a mediocridade
Promover ao público a crer que é moda o ato de ser estúpido, vulgar e inculto.
9. Reforçar a auto-culpabilidade
Fazer com que o indivíduo acredite que somente ele é culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, suas capacidades, ou de seus esforços.
Assim, no lugar de se rebelar contra o
sistema econômico, o indivíduo se auto desvaloriza e se culpa, o que
gera um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição de sua ação.
E, sem ação, não há questionamento!
10. Conhecer aos indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem
No transcurso dos últimos 50 anos, os
avanços acelerados da ciência têm gerado uma crescente brecha entre os
conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites
dominantes.
Graças à biologia, a neurobiologia a
psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento
avançado sobre a psique do ser humano, tanto em sua forma física como
psicologicamente.
O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele conhece a si mesmo.
Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle
maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior que o dos indivíduos
sobre si mesmos.
LEIA MAIS: http://yogui.co/10-estrategias-de-manipulacao-em-massa-utilizadas-diariamente-contra-voce/
terça-feira, 6 de julho de 2010
Aumentam críticas à OMS por gestão da gripe suína

Em 11 de junho de 2009, a Organização Mundial de Saúde (OMS), sediada em Genebra, declarava a pandemia mundial de gripe A(H1N1), conhecida inicialmente como gripe suína.
"O mundo encontra-se diante do início de uma gripe pandêmica." Essas palavras, pronunciadas há um ano pela diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, eram alarmistas. Ao mesmo, o nível de alerta foi elevado ao máximo (6) pela OMS, pela primeira vez nos últimos 41 anos.
Um ano depois do que poderia ter sido, segundo alguns especialistas, uma gripe ainda mais mortal do que a gripe espanhola de 1918, que causou 18.156 mortes em todo o mundo. Para comparar, a gripe sazonal provoca, em média, 250 mil a 500 mil mortes por ano.
Nas últimas semanas, a atuação da OMS vem sendo muito criticada. Uma enquete publicada pelo British Medical Journal revelou as relações entre certos membros da comissão de especialistas da OMS e a indústria farmacêutica. A Comissão de Saúde da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa publicou em junho um relatório, submetido ao plenário em 24 de junho, criticando a falta de transparência da OMS.
Na entrevista a seguir, a senadora suíça Liliane Maury Pasquier, membro da Comissão de Saúde do Conselho da Europa, fala sobre o assunto.
swissinfo.ch: Quando da apresentação se seu relatório, o relator Paul Flynn declarou que a pandemia "jamais ocorreu realmente." O que permitiu chegar a essa conclusão?
Liliane Maury Pasquier: Nós não afirmamos que a pandemia nunca existiu, mas que se a definição não tivesse sido modificada, não haveria declaração de pandemia. As definições precedentes incluíam sempre a noção de gravidade. Desde maio de 2009, depois do surgimento dos primeiros casos no México, a OMS modificou a definição, confundindo a noção de pandemia.
A OMS constesta e afirma que jamais modificou a definição de pandemia. Portanto, ao ler as respostas fornecidas, parece que não falamos a mesma língua. Tanto na definição de 1999 como na de 2005, essa noção de gravidade está presente.
Questionar as causas dessa mudança não é irrelevante, sabendo que é precisamente a elevação para o nível 6 que dispara o alerta pandêmico, ou seja, a mudança de prioridade na política de saúde pública da indústria farmacêutica para a produção de vacinas.
A dúvida também é alimentada pelo fato de que não se conhece a identidade dos membros do comitê de especialistas da OMS. Acrescenta-se ainda que a organização tinha conhecimento da gravidade relativa do vírus.
swissinfo.ch: Poderíamos dizer que é precisamente graças às medidas preconizadas pela OMS e adotadas por muitos países que a pandemia pode ser evitada? E que um ano atrás havia dúvidas científicas?
L.M.P.: É evidente que os vírus gripais têm um forte potencial de mutação e devem ser alvo de muita vigilância. Mas também é evidente que as medidas tomadas pela OMS não tiveram papel nenhum nesse sentido.
Quando se examina as políticas adotadas por diversos governos, constata-se que alguns países fizeram uma campanha de vacinação em grande escala, enquanto outros tiveram uma taxa de vacinação muito baixa. No entanto, os resultados foram praticamente idênticos nos dois casos.
swissinfo.ch: A senhora acha necessário redefinir o princípio de precaução que justificou essas medidas excepcionais?
L.M.P.: Não se pode reagir da mesma maneira quando se trata de uma infecção grave ou não. Muitos especialistas defendem vacinar em grande escala e pronto. Mas muitos países não podem fazer isso, principalmente a logo prazo. Portanto, é preciso fixar prioridades.
Em termos de saúde pública, adotar esse tipo de estratégia significa investir somas importantes para lutar contra uma infecção precisa. Isso significa ainda que certos recursos não podem ser consagrados ao combate a outras doenças.
swissinfo.ch: Especialistas da OMS ligados à indústria farmacêutica, falta de transparência, medicamentos antivirais de origem duvidosa e efeitos secundários pouco conhecidos. Lendo o relatório do Conselho da Europa e a enquete do British Medical Jornal, têm-se a impressão que essa gripe foi sobretudo uma magnífica operação de marketing da indústria farmacêutica. Qual é a opinião da senhora?
L.M.P.: As respostas fornecidas pela OMS infelizmente não dissiparam essas dúvidas. Percebemos um reflexo de autoproteção e de medo de eventuais consequências ulteriores. Além disso, surgiram casos suspeitos de influência exercida dentro da OMS pela indústria farmacêutica já há vários anos.
swissinfo.ch: A senhora questiona o papel de certos especialistas "independentes" e sua influência sobre as decisões tomadas. Mas como melhorar essa situação sabendo que são os mesmos especialistas são contratados para desenvolver novos medicamentos?
L.M.P.: É evidente que se dispomos de competências, temos de utilizá-las. Mas é primordial conhecer a origem das opiniões emitidas. Se tal ou tal especialista está ligado à indústria farmacêutica, essa pessoa não pode ter qualquer poder de decisão. A transparência deve ser absoluta, o que não é o caso atualmente.
swissinfo.ch: Que margem de manobra os governos e as diferentes instituições sanitárias nacionais ainda têm nesse contexto?
L.M.P.: Certamente ainda têm. Aliás, todos os Estados não reagiram da mesma maneira. Veja o exemplo da Polônia. Ela se recusou a fechar contratos para a entrega da vacinas, alegando que os contratos estipulavam claramente que as vacinas seriam distribuídas sob a responsabilidade do governo e que, em caso de complicações, o governo deveria assumir as responsabilidades. Tratava-se, portanto, de um caso exemplar de privatização dos lucros enquanto os riscos incumbiam à coletividade.
swissinfo.ch: Agora é preciso restabelecer a confiança. Quais são as recomendações da comissão de saúde que a senhora preside?
L.M.P.: A OMS tem um papel importante. Para que essa instituição funcione melhor, é preciso que haja confiança. É por essa razão que considero necessário publicar a lista de membros dos grupos de especialistas, seus interesses e evitar que erros se repitam. Os Estados-membros também são responsáveis e podem certamente ditar condições, sem ameaçar um centavo de contribuição dada à organização, evidentemente.
Eu acho ainda que é necessário redefinir a noção de pandemia e prever planos de ação segundo a gravidade da situação. Ao nível dos Estados, é importante que o setor de pesquisa e de especialistas sejam realmente independentes. Mas, evidentemente, tudo isso tem um custo.
Daniele Mariani, swissinfo.ch
(Adaptação: Claudinê Gonçalves)
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