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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Uso de celular é ‘possivelmente cancerígeno’

Esta imagem saiu DAQUI

James Gallagher
Repórter de Saúde, BBC News 

A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, um órgão ligado à Organização Mundial de Saúde (OMS), advertiu nesta terça-feira que o uso de celulares pode aumentar o risco de surgimento de tumores no cérebro.

A advertência foi feita após um grupo de 31 especialistas ter revisado estudos médicos existentes sobre o assunto, concluindo que o uso dos aparelhos é “possivelmente cancerígeno”.

Os cientistas disseram ter analisado todos os estudos relevantes sobre o uso de telefones celulares e exposição à radiação deles.

No entanto, os pesquisadores ressaltaram que não podem afirmar categoricamente que os celulares causam câncer em humanos e que mais pesquisas são necessárias sobre o assunto.

Neuroglioma

A agência classificou os celulares como "possíveis cancerígenos" por causa da possibilidade de causar um tipo de tumor no cérebro, o neuroglioma.

A OMS calcula que existam cerca de cinco bilhões de telefones celulares em uso no mundo.

"Dadas as possíveis consequências para saúde publica desta classificação, é importante que sejam feitas mais pesquisas sobre o uso pesado e a longo prazo de celulares", disse Christopher Wild, diretor da agência.

"Dependendo da disponibilidade desta informação, é importante adotar medidas pragmáticas para reduzir a exposição, como dispositivos hand-free."

No passado, a OMS disse que não havia indícios de ligação entre o uso de celulares e o surgimento de câncer.
Ed Yong, um dos diretores da ONG britânica Cancer Research UK, que luta para aumentar a conscientização sobre a doença na Grã-Bretanha, disse que "o veredicto da OMS significa que há alguma evidência ligando os celulares ao câncer, mas é muito fraca para ser conclusiva".

"A vasta maioria dos estudos não encontrou ligação alguma entre celulares e câncer, portanto, se existe relação, é improvável que seja grande."

"O risco de câncer no cérebro é similar entre os que usam e os que não usam celulares, e os índices deste tipo de tumor não aumentaram desde a década de 80, quando o uso dos telefones aumentou bastante."

"No entanto, não se sabe o bastante para descartar o risco e há muito pouca pesquisa nos usos de longo prazo dos telefones", concluiu.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Aumentam críticas à OMS por gestão da gripe suína


Em 11 de junho de 2009, a Organização Mundial de Saúde (OMS), sediada em Genebra, declarava a pandemia mundial de gripe A(H1N1), conhecida inicialmente como gripe suína.

"O mundo encontra-se diante do início de uma gripe pandêmica." Essas palavras, pronunciadas há um ano pela diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, eram alarmistas. Ao mesmo, o nível de alerta foi elevado ao máximo (6) pela OMS, pela primeira vez nos últimos 41 anos.

Um ano depois do que poderia ter sido, segundo alguns especialistas, uma gripe ainda mais mortal do que a gripe espanhola de 1918, que causou 18.156 mortes em todo o mundo. Para comparar, a gripe sazonal provoca, em média, 250 mil a 500 mil mortes por ano.

Nas últimas semanas, a atuação da OMS vem sendo muito criticada. Uma enquete publicada pelo British Medical Journal revelou as relações entre certos membros da comissão de especialistas da OMS e a indústria farmacêutica. A Comissão de Saúde da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa publicou em junho um relatório, submetido ao plenário em 24 de junho, criticando a falta de transparência da OMS.

Na entrevista a seguir, a senadora suíça Liliane Maury Pasquier, membro da Comissão de Saúde do Conselho da Europa, fala sobre o assunto.

swissinfo.ch: Quando da apresentação se seu relatório, o relator Paul Flynn declarou que a pandemia "jamais ocorreu realmente." O que permitiu chegar a essa conclusão?

Liliane Maury Pasquier: Nós não afirmamos que a pandemia nunca existiu, mas que se a definição não tivesse sido modificada, não haveria declaração de pandemia. As definições precedentes incluíam sempre a noção de gravidade. Desde maio de 2009, depois do surgimento dos primeiros casos no México, a OMS modificou a definição, confundindo a noção de pandemia.

A OMS constesta e afirma que jamais modificou a definição de pandemia. Portanto, ao ler as respostas fornecidas, parece que não falamos a mesma língua. Tanto na definição de 1999 como na de 2005, essa noção de gravidade está presente.

Questionar as causas dessa mudança não é irrelevante, sabendo que é precisamente a elevação para o nível 6 que dispara o alerta pandêmico, ou seja, a mudança de prioridade na política de saúde pública da indústria farmacêutica para a produção de vacinas.

A dúvida também é alimentada pelo fato de que não se conhece a identidade dos membros do comitê de especialistas da OMS. Acrescenta-se ainda que a organização tinha conhecimento da gravidade relativa do vírus.

swissinfo.ch:
Poderíamos dizer que é precisamente graças às medidas preconizadas pela OMS e adotadas por muitos países que a pandemia pode ser evitada? E que um ano atrás havia dúvidas científicas?

L.M.P.: É evidente que os vírus gripais têm um forte potencial de mutação e devem ser alvo de muita vigilância. Mas também é evidente que as medidas tomadas pela OMS não tiveram papel nenhum nesse sentido.

Quando se examina as políticas adotadas por diversos governos, constata-se que alguns países fizeram uma campanha de vacinação em grande escala, enquanto outros tiveram uma taxa de vacinação muito baixa. No entanto, os resultados foram praticamente idênticos nos dois casos.

swissinfo.ch: A senhora acha necessário redefinir o princípio de precaução que justificou essas medidas excepcionais?

L.M.P.: Não se pode reagir da mesma maneira quando se trata de uma infecção grave ou não. Muitos especialistas defendem vacinar em grande escala e pronto. Mas muitos países não podem fazer isso, principalmente a logo prazo. Portanto, é preciso fixar prioridades.

Em termos de saúde pública, adotar esse tipo de estratégia significa investir somas importantes para lutar contra uma infecção precisa. Isso significa ainda que certos recursos não podem ser consagrados ao combate a outras doenças.

swissinfo.ch: Especialistas da OMS ligados à indústria farmacêutica, falta de transparência, medicamentos antivirais de origem duvidosa e efeitos secundários pouco conhecidos. Lendo o relatório do Conselho da Europa e a enquete do British Medical Jornal, têm-se a impressão que essa gripe foi sobretudo uma magnífica operação de marketing da indústria farmacêutica. Qual é a opinião da senhora?

L.M.P.: As respostas fornecidas pela OMS infelizmente não dissiparam essas dúvidas. Percebemos um reflexo de autoproteção e de medo de eventuais consequências ulteriores. Além disso, surgiram casos suspeitos de influência exercida dentro da OMS pela indústria farmacêutica já há vários anos.

swissinfo.ch: A senhora questiona o papel de certos especialistas "independentes" e sua influência sobre as decisões tomadas. Mas como melhorar essa situação sabendo que são os mesmos especialistas são contratados para desenvolver novos medicamentos?

L.M.P.: É evidente que se dispomos de competências, temos de utilizá-las. Mas é primordial conhecer a origem das opiniões emitidas. Se tal ou tal especialista está ligado à indústria farmacêutica, essa pessoa não pode ter qualquer poder de decisão. A transparência deve ser absoluta, o que não é o caso atualmente.

swissinfo.ch: Que margem de manobra os governos e as diferentes instituições sanitárias nacionais ainda têm nesse contexto?

L.M.P.: Certamente ainda têm. Aliás, todos os Estados não reagiram da mesma maneira. Veja o exemplo da Polônia. Ela se recusou a fechar contratos para a entrega da vacinas, alegando que os contratos estipulavam claramente que as vacinas seriam distribuídas sob a responsabilidade do governo e que, em caso de complicações, o governo deveria assumir as responsabilidades. Tratava-se, portanto, de um caso exemplar de privatização dos lucros enquanto os riscos incumbiam à coletividade.

swissinfo.ch: Agora é preciso restabelecer a confiança. Quais são as recomendações da comissão de saúde que a senhora preside?

L.M.P.: A OMS tem um papel importante. Para que essa instituição funcione melhor, é preciso que haja confiança. É por essa razão que considero necessário publicar a lista de membros dos grupos de especialistas, seus interesses e evitar que erros se repitam. Os Estados-membros também são responsáveis e podem certamente ditar condições, sem ameaçar um centavo de contribuição dada à organização, evidentemente.

Eu acho ainda que é necessário redefinir a noção de pandemia e prever planos de ação segundo a gravidade da situação. Ao nível dos Estados, é importante que o setor de pesquisa e de especialistas sejam realmente independentes. Mas, evidentemente, tudo isso tem um custo.

Daniele Mariani, swissinfo.ch
(Adaptação: Claudinê Gonçalves)

terça-feira, 30 de março de 2010

OMS exagerou em alerta sobre a gripe suína


Quase um ano após os primeiros sinais do vírus H1N1, o Conselho da Europa conclui que a Organização Mundial da Saúde (OMS) exagerou no alerta em relação à pandemia de gripe suína. Em Genebra, a agência de saúde da ONU anunciou que iniciará um processo de revisão de seus trabalhos, inclusive sobre o uso da palavra "pandemia" em futuras crises. Apesar da polêmica, a OMS insistiu que o Brasil mantenha seu programa de vacinação.

Deputados no Conselho da Europa chegaram à conclusão de que a OMS colocou em risco a credibilidade de entidades internacionais ao exagerar em seu alerta sobre a gripe suína. O relatório, elaborado após três meses de investigações, aponta que essa perda de credibilidade põe em risco milhares de vidas.

O documento foi redigido pelo deputado trabalhista britânico Paul Flynn, vice-presidente do comitê de saúde do conselho. "Quando a próxima pandemia aparecer, muitos não darão credibilidade às recomendações da OMS. Eles se recusarão a ser vacinados e colocarão suas vidas e de outros a risco", diz o texto.

O relatório lembra que a estimativa oficial era de até 65 mil mortes apenas na Grã-Bretanha. Um ano depois, foram apenas 360. No mundo, 17 mil morreram pela gripe em um ano.

O documento também acusa a OMS de falta de transparência em relação à decisão de decretar a pandemia e alerta que os especialistas que tomaram a decisão poderiam estar sob influência das empresas de medicamentos.

DEFESA

Nesta segunda-feira (29), o chefe da divisão de influenza da OMS, Keiji Fukuda, voltou a defender a decisão da entidade de decretar a pandemia. Ele também anunciou que a revisão das regras para futuras declarações de pandemia começa a ser revista a partir da semana que vem.

Uma das possibilidade será a de incluir nos critérios novos itens, antes de decretar uma pandemia. Na OMS, o único critério é o de que um vírus tenha uma disseminação em mais de dois continentes de forma sustentável. Esse foi o caso do H1N1. O que ninguém previa é que o vírus não seria tão severo. O resultado foi centenas de milhares de doses de vacinas encalhadas.

Fukuda admite até mesmo rever o uso da palavra "pandemia" em próximos casos de vírus.

GAZ

Nota do Blog: A OMS se transformou na grande defensora dos lucros dos fabricantes de vacina. Por que será?

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Cigarros electrónicos sem efeitos comprovados


Correio da Manhã:

A Organização Mundial de Saúde (OMS) apelou esta sexta-feira às empresas que comercializam cigarros electrónicos para pararem de reivindicar efeitos terapêuticos que não estão comprovados.

“A Organização Mundial de Saúde não considera os cigarros electrónicos como uma terapia legítima que permita aos fumadores deixar de fumar”, refere em comunicado.

Muitas das empresas que comercializam os cigarros electrónicos apresentam-se como um meio para ajudar os fumadores a abandonarem o vício do tabaco. Outra das vantagens apresentada é o facto de libertarem fumo, ficando portanto afastado o problema dos fumadores passivos.

“A OMS não conhece qualquer prova cientifica para basear a afirmação das empresas que comercializam os cigarros electrónicos”, continua a nota. A organização deixa o alerta para que as empresas que querem comercializar o produto, façam “estudos clínicos e análises de toxidade.”

Os cigarros electrónicos são fabricados em aço inoxidável têm um reservatório com nicotina liquida e funcionam com uma bateria recarregável, sem produzir fumo. Começaram a ser produzidos na China há três anos mas são hoje vendidos em vários países da Europa.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

El nivel de vida determina la salud de las personas


La justicia social no es sólo una cuestión ética, sino de vida y muerte, advierte la OMS.- Cuatro de cada cinco ciudadanos carece de seguridad social en el mundo.

No existe ninguna razón biológica para que la esperanza de vida varíe hasta más de 40 años de un país a otro, o para que varíe varias decenas de años en una misma ciudad dependiendo del barrio en el que uno viva. Las condiciones sociales en las que las personas nacen, crecen, trabajan y envejecen determinan su buena o mala salud. Esta es la principal conclusión de un informe de la Organización Mundial de la Salud (OMS) presentado hoy en Ginebra tras tres años de trabajo.

"La combinación nefasta de circunstancias económicas injustas y políticas sociales pobres está matando a la gente a gran escala", ha asegurado el presidente de la Comisión de la OMS, Michael Marmot, en la presentación de la investigación, titulada Informe sobre Determinantes Sociales de la Salud. La Comisión de la OMS es una red mundial de instancias normativas, investigadores y organismos de la sociedad civil que la Organización Mundial de la Salud creó en 2005.

El informe pone de manifiesto que la esperanza de vida varía radicalmente entre los países ricos y los más pobres, y dentro de cada país viven menos los más desfavorecidos.

La esperanza de vida al nacer de las mujeres en Japón, de 86 años, duplica a la que tienen las mujeres al nacer en Zambia, que es de sólo 43 años. Si la tasa de mortalidad infantil es de 2 por 1.000 nacidos vivos en Islandia, ésta aumenta hasta más de 120 por 1.000 nacidos vivos en Mozambique. Y si el riesgo de muerte materna durante el parte o poco después de él es de sólo una por cada 17.400 mujeres en Suecia, llega hasta una de cada ocho en Afganistán.

Las diferencias también se aprecian claramente dentro de un mismo país, y así, en Bolivia la tasa de mortalidad infantil de los bebés de madres que no han cursado estudios supera los 100 por 1.000, mientras que la de los bebés de madres que tienen al menos educación secundaria es inferior a 40 por 1.000.

En Australia, la esperanza de vida de los aborígenes es de 59,4 años para los varones y 64,8 para las mujeres, edades muy inferiores a la de los australianos no aborígenes (76,6 y 82 años, respectivamente). En Glasgow (Escocia), la esperanza de vida de los varones en el barrio de Calton es de 54 años, 28 años menos que los de Lenzie, a pocos kilómetros de distancia.

Hacia el objetivo de la equidad sanitaria

Los autores del informe instan a los gobiernos, a la sociedad civil y a la OMS y a otras organizaciones a unirse para adoptar medidas encaminadas a mejorar la vida de los ciudadanos, y plantean el objetivo de lograr la equidad sanitaria "en el lapso de una generación". "Pero si continuamos como hasta ahora, no tenemos ninguna posibilidad de lograrlo", advierten.

"El desarrollo de la primera infancia determina de forma decisiva las oportunidades en la vida de una persona y la posibilidad de gozar de buena salud", indican. Unos 200 millones de niños en el mundo no se desarrollan plenamente, lo que tiene enormes consecuencias para su salud. "Una buena alimentación es fundamental y empieza en el útero materno, lo que exige que la madre se alimente correctamente".

Por otra parte, el lugar donde vive la gente afecta a su salud y a sus posibilidades de tener una vida próspera. Por ello, plantean que "para alcanzar la equidad sanitaria es esencial que haya comunidades y barrios que tengan acceso a bienes básicos, gocen de cohesión social y hayan sido concebidos para promover el bienestar físico y psicológico y protejan el medio ambiente".

En el plano laboral, "las malas condiciones de trabajo pueden hacer que el individuo se vea expuesto a toda una serie de riesgos físicos para la salud, que tienden a concentrarse en los trabajos de nivel inferior".

Los autores consideran que extender la protección social a toda la población en todo el mundo constituye un paso decisivo para alcanzar la equidad sanitaria en una generación. En la actualidad, cuatro de cada cinco personas en el mundo carece de seguridad social. Respecto a la atención sanitaria, consideran que "es un bien común, no un producto comercial", por lo que recomiendan financiar el sistema de salud "mediante impuestos o un seguro universal obligatorio".