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Para os deputados, a União Europeia deve apoiar a demanda do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Os parlamentares também pedem que o governo israelense interrompa as construções de novos assentamentos na Cisjordânia e no leste de Jerusalém. "O Parlamento Europeu reconhece a demanda legítima dos palestinos, para se tornar um estado-membro das Nações Unidas. Reafirmamos nosso engajamento favorável à solução dos dois estados, vivendo lado a lado, em paz e em segurança."
A União Europeia, até agora, não assumiu uma posição oficial em relação ao pedido de Abbas, mas a chefe da diplomacia do bloco, Catherine Ashton, fez um apelo para que isralenses e palestinos voltem à mesa de negociações, e aceitem a proposta do Quarteto para o Oriente Médio (Estados Unidos, União Europeia, ONU e Rússia) para a retomada das negociações de paz. O grupo sugere que o acordo final seja fechado no prazo de um ano e palestinos e israelenses definam um calendário de negociações. A proposta foi feita algumas horas depois do pedido de adesão do estado Palestino à ONU, protocolado pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas no dia 23 de setembro.
Para retomar as as discussões, os palestinos exigem a moratória da construção dos assentamentos na Cisjordânia e no leste de Jerusalém, mas os israelenses continuam instransigentes em relação à questão. Prova disso é que, na quarta-feira, um novo projeto foi lançado pela prefeitura de Jerusalém que prevê a implantação de 1100 novas casas.
A iniciativa foi criticada pela União Europeia e os Estados Unidos, mas o premiê Benjamin Netanyahu afirmou, em entrevista ao jornal Jerusalém Post, que país manterá a política de colonização nos territórios ocupados, apesar da pressão internacional. Outra exigência dos palestinos é a delimitação de um novo estado com base nas fronteiras de 1967, antes da guerra dos seis dias, incluindo Jerusalém.
Diversos dirigentes israelenses são favoráveis à adoção do plano do Quarteto, incluindo representantes da extrema-direita no país, como o chanceler Avigdor Lieberman, líder do partido Israel Beiteinu. Para especialistas da região, trata-se de uma estratégia para mostrar que os isralenses estão abertos ao diálogo, e evitar que os palestinos obtenham os nove votos necessários no Conselho de Segurança da ONU. Desta forma, os EUA seriam obrigados a usar seu poder de veto. Os palestinos afirmam ter o apoio de oito países. O comitê de adesão do Conselho se reúne pela primeira vez nesta sexta-feira.
A questão também pode ser levada à Assembleia Geral da Organização. Neste caso, se obtiverem Dois terços dos votos, os palestinos poderiam adquirir um status similar ao do Vaticano, de estado não-observador. Nesta quinta-feira, o Parlamento Europeu adotou uma resolução onde considera que o pedido feito pelos palestinos "é legítimo", e uma solução deve ser encontrada dentro de um ano.
RFI
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