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Já a camada considerada pobre - classificação que se refere a famílias com renda per capita, na época, entre R$ 67,00 e R$ 134,00 - diminuiu de 28 milhões para 18 milhões. Os extremamente pobres com renda per capita inferior a R$ 67,00 passaram de 15 milhões para 9 milhões.
Uma das conclusões destacadas pelo pesquisador da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea Rafael Guerreiro Osório é que, apesar de abrangente, o Bolsa-Família não garante ascensão social. O pesquisador, porém, acrescentou que um estudo do Ipea mostra que, dobrando-se o orçamento do Bolsa-Família destinado a pessoas já atendidas seria possível chegar à erradicação da miséria. "Isso corresponde a aumentar de R$ 12 bilhões para R$ 26 bilhões o orçamento destinado ao programa", observou, lembrando que cada vez menos a pobreza é determinada pela baixa remuneração, mas pela desconexão com o trabalho. A parcela de 29% das famílias extremamente pobres não tem nenhuma conexão com o mercado de trabalho.
Fonte: CP.
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