quarta-feira, 24 de março de 2010
Sua vida amorosa é verde?
Por Jill Serjeant
LOS ANGELES (Reuters) - Seu carro é híbrido, você consome alimentos orgânicos e faz questão de reciclar seu lixo. Mas até que ponto sua vida amorosa é ecológica?
Pense nas rosas do Dia dos Namorados e no custo ambiental de seu cultivo e o carbono emitido para seu transporte desde lugares longínquos. E o que dizer de camisinhas usadas, jogadas na privada e chegando aos esgotos, para, no final, possivelmente poluir o oceano?
Para Stefanie Iris Weiss, se você ainda não pensou em viver sua vida sexual de modo ecologicamente sustentável, você é um "neófito ambiental total". Mas ela se propõe a ajudar com seu novo manual "Eco-Sex."
"Eu sempre quis escrever um livro sobre sexo. Sou ambientalista engajada e sou vegetariana há 20 anos. Eu mal pude acreditar quando percebi que ninguém tinha escrito nada sobre este assunto", disse Weiss, de 38 anos, à Reuters.
"Acho que o sexo verde está vivendo seu momento. As pessoas estão percebendo que seus hábitos cotidianos mais íntimos estão profundamente ligados à crise terrível que estamos vivendo", disse.
"Eco-Sex" chegará às livrarias dos EUA em 31 de março, pela editora Ten Speed Press.
Desde brinquedos sexuais manuais (e sites na Internet onde se podem reciclar brinquedos antigos, movidos a pilha) até lingerie ambientalmente saudável (feita de bambu) e sites de namoro online para ambientalistas, "Eco-Sex" quer mostrar aos leitores como reduzir a pegada de carbono de suas vidas amorosas -- e divertir-se enquanto o fazem.
Weiss, que diz que ou experimentou ou reviu cada item mencionado no livro, entrevistou chefs crudívoros para conseguir receitas de refeições afrodisíacas para serem consumidas a dois, sugere o primeiro eco-passeio romântico ideal (de bicicleta) e recomenda colchões de látex natural (mas avisa que são menos elásticos que os de molas ou de espuma sintética).
Ela identifica uma grande gama de cosméticos naturais ou orgânicos, camisinhas feitas de látex biodegradável e bijuterias ecológicas -- porque diamantes ou ouro não são os melhores amigos da mulher ambientalmente consciente.
Mas "Eco-Sex" também trata de uma questão mais séria.
Com o planeta se dirigindo a uma população de cerca de 9 bilhões de pessoas até 2040, segundo as Nações Unidas, todas consumindo oxigênio e emitindo carbono, a maior contribuição para não elevar as emissões de carbono consiste em fazer sexo que não resulte em bebês.
"A maior coisa que as pessoas podem fazer para serem ecossexuais é ter menos filhos, ou nenhum", disse Weiss, que não tem filhos.
Se isso soa absurdo, pense nos 90 por cento das fraldas descartáveis vendidas todos os anos que acabam em aterros sanitários. E em como a pegada de carbono de uma pessoa a mais no mundo ultrapassa de longe todas lâmpadas econômicas que você já instalou na vida.
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