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domingo, 30 de agosto de 2015
Trotsky
Por Eduardo Mancuso
Lev Davidovitch Bronstein nasce na Ucrânia, em 1879, filho de um proprietário de terras judeu. Aos 18 anos juntamente com sua esposa Alexandra e um pequeno grupo de militantes, funda a União dos Trabalhadores do Sul da Rússia. Preso pela polícia czarista, é condenado a quatro anos de deportação na Sibéria. Em 1902, após adotar o pseudônimo que o identificará por toda a vida (copiado de um de seus carcereiros), Trotsky foge da prisão e vai encontrar-se com Lenin em Londres, onde era editado o jornal Iskra (Centelha), órgão do Partido Operário Social-Democrata Russo.
No II Congresso do partido, em 1903, ocorre a divisão entre bolcheviques (maioria), liderados por Lenin e os mencheviques (minoria), que defendem o protagonismo da burguesia liberal na revolução democrática, contra a monarquia czarista. Trotsky diverge radicalmente da estratégia menchevique, mas vota contra os bolcheviques na questão da organização partidária, fazendo duras críticas às concepções leninistas, que considerava centralizadoras e autoritárias. Às portas da revolução de 1917, quando adere ao bolchevismo, Trotsky fará autocrítica das posições que havia adotado durante e após o histórico congresso, sobre concepção partidária e sua insistência em buscar a conciliação entre mencheviques e bolcheviques (subestimando, inclusive, suas brilhantes análises naquele debate).
A revolução russa de 1905 teve destacada participação de Trotsky, que assume a presidência do primeiro soviete (conselho) da história da classe trabalhadora, em São Petersburgo (futura Petrogrado), e após a derrota do movimento escreve o seu relato. Primeira revolução do século XX, iniciada com a crise do regime czarista, provocada pelas greves dos trabalhadores e pela derrota militar frente ao Japão, teve como marco o “domingo sangrento”, em que milhares de manifestantes foram fuzilados pelas tropas, diante do palácio do czar. A revolução de 1905 marca o surgimento dos sovietes e da greve geral de massas como criações políticas revolucionárias da luta de classes, e exerce forte impacto nas concepções teóricas de Trotsky, Lenin e Rosa Luxemburgo.
Após a revolução de 1905, Trotsky publica um pequeno livro que se mostra profético, “Balanço e Perspectivas”, onde antecipa a estratégia vitoriosa da Revolução Russa. Nessa obra ele resgata o conceito de revolução permanente de Marx, e sustenta o caráter socialista e internacional da revolução na Rússia, sob a direção política da classe operária em aliança com os camponeses – ao contrário dos bolcheviques, que defendiam o caráter democrático burguês da revolução. Uma década depois, Lenin adota essa estratégia em suas “Teses de abril”, reorientando o partido bolchevique para a vitória comunista de 1917.
Em 1914, explode a Primeira Guerra Mundial, com a capitulação da social-democracia frente à guerra imperialista, e seus 10 milhões de mortos marcam tragicamente a traição histórica da Segunda Internacional ao socialismo. Em 1915, a esquerda internacionalista contrária à guerra se encontra na Conferência de Zimmerwald, na Suiça, e as posições de Lenin e Trotsky se reaproximam. Com a fome e a mortandade provocada pela guerra, explode a revolução de fevereiro de 1917, que derruba o czarismo e implanta o governo provisório. Trotsky embarca de volta à Rússia, e chega a Petrogrado um mês depois de Lenin ter desembarcado na famosa Estação Finlândia, e reorientado os rumos do partido bolchevique na oposição ao governo provisório (formado por burgueses liberais e monarquistas constitucionalistas, e depois com a participação de socialistas-revolucionários e mencheviques) que insistia em manter a Rússia na guerra, barrava a reforma agrária e reprimia os trabalhadores e os camponeses.
“Todo o poder aos sovietes” foi a palavra de ordem que Lenin lançou às massas radicalizadas pela guerra e a fome, abrindo o caminho para a revolução de outubro. Em julho, Trotsky ingressa no partido e no comitê central bolchevique com a sua organização Interdistrital. Em setembro, é eleito novamente presidente do Soviete de Petrogrado, e logo depois coordenador do Comitê Militar Revolucionário, órgão responsável pela organização da tomada do poder. Em novembro (outubro pelo antigo calendário russo), irrompe vitoriosa a primeira revolução socialista da história, sob direção bolchevique e o lema de “Paz, pão e terra”.
Porém, havia a guerra com a Alemanha, o bloqueio e a intervenção militar das potências ocidentais contra a Rússia. Trotsky torna-se Comissário do Povo para as Relações Exteriores, chefia as negociações com o alto comando alemão e desenvolve nesse período uma intensa agitação dirigida ao proletariado europeu, em que denuncia as chantagens imperialistas. Porém, no início de 1918 a jovem república soviética é obrigada a assinar a Paz de Brest-Litovsk, imposta pela superioridade militar alemã. No plano interno, era o caos com a guerra civil e os exércitos brancos contrarrevolucionários atacando em três frentes, a oposição de mencheviques e socialistas-revolucionários, e a terrível crise econômica, com o colapso da produção agrícola, industrial e dos transportes. A revolução estava em perigo.
Trotsky torna-se Comissário do Povo para Assuntos Militares e organiza o Exército Vermelho, onde combina oficiais do antigo exército czarista, que se mantém leais ao novo governo com a supervisão de comissários políticos bolcheviques. Depois de passar dois anos atravessando a Rússia em um trem blindado, de onde comanda o Exército Vermelho durante a guerra civil (e onde escreve “Terrorismo e comunismo”, provavelmente seu pior livro), Trotsky conquista a vitória sobre os exércitos brancos em 1920. Porém, em março de 1921, o X Congresso do Partido Bolchevique defronta-se com a revolta dos marinheiros do Kronstadt e revoltas camponesas, ambas, sob influência anarquista, são esmagadas pelo poder soviético. Nesse contexto, o Congresso bolchevique suspende, em caráter extraordinário o direito de tendências no partido, e Lenin lança a Nova Política Econômica (a NEP), que substitui a fase do comunismo de guerra. Após as derrotas das revoluções na Alemanha, na Finlândia e na Hungria, o isolamento da Rússia soviética era total.
Em 1919 Lenin convoca o congresso de fundação da Internacional Comunista e Trotsky redige seu Manifesto (ele vai escrever, também, o Manifesto do II e as Teses do III Congresso). Em 1923 Lenin propõe a Trotsky uma aliança contra Stalin (que detinha a secretaria-geral do partido) e o combate conjunto à nascente burocratização da revolução. Trotsky organiza a Oposição de Esquerda, mas em janeiro de 1924 Lenin morre. Stalin lança uma campanha de filiação partidária de massas, chamada de “recrutamento Lenin”, e apresenta a teoria antimarxista do “socialismo em um só país”.
Entre 1925 e 1927, Trotsky é afastado das suas funções no governo e na direção do partido, até sua expulsão da União Soviética, em 1929. Nesse período, Trotsky escreve algumas de suas obras mais importantes: “Literatura e Revolução”, em defesa de uma arte e cultura socialista; “A Internacional Comunista depois de Lenin”, onde faz um balanço devastador da política internacional do stalinismo; “A Revolução Desfigurada”, onde responde às calúnias e falsificações históricas sobre o seu papel na revolução, e defende a luta política da oposição contra a burocracia stalinista; “Minha Vida”, sua autobiografia; e “A Revolução Permanente”, em que retoma e desenvolve suas teses formuladas anos antes.
Trotsky vive exilado na Turquia até 1933, onde escreve os três volumes de sua magistral “História da Revolução Russa” e os “Escritos sobre a Alemanha” (editado no Brasil por Mário Pedrosa, sob o título “Revolução e contrarrevolução na Alemanha”), duas obras primas do marxismo. Depois de passar pela França e pela Noruega, sob pressão diplomática e ameaças constantes, Trotsky finalmente encontra abrigo no México, graças ao presidente nacionalista Lázaro Cárdenas.
No exílio mexicano, hospedado com sua segunda esposa, Natália Sedova, inicialmente na casa do grande muralista Diego Rivera e da artista plástica Frida Khalo, e depois na casa da rua Viena, a atividade de Trotsky continua sendo o combate incansável contra a burocracia stalinista. Ele denuncia a traição histórica do partido comunista e da social-democracia ao movimento operário alemão, por se recusarem a cerrar fileiras em uma frente única, permitindo a chegada do nazismo ao poder, sem luta; denuncia a traição da revolução espanhola pelo stalinismo e os abjetos Processos de Moscou na Rússia (nos quais Stalin elimina fisicamente toda a “velha guarda” bolchevique).
Em 1936, Trotsky escreve “A Revolução Traída”, caracteriza a União Soviética como um “Estado operário burocraticamente degenerado”, defende a derrubada da ditadura stalinista pelos trabalhadores, através de uma “revolução política”, que resgate a democracia socialista e o poder dos sovietes com pluripartidarismo. Ele afirma então que, ou a classe operária derruba o regime burocrático, ou cedo ou tarde, haverá o retorno ao capitalismo, e declara: “um rio de sangue separa o stalinismo do bolchevismo”. Eram tempos contrarrevolucionários: stalinismo, fascismo, a Grande Depressão capitalista. “Era meia-noite no século”, declara o companheiro de Oposição de Esquerda e biógrafo de Trotsky, Victor Serge. A Segunda Guerra Mundial apontava no horizonte.
Trotsky passa seus últimos anos de vida no México, tentando organizar a Quarta Internacional – fundada em Paris, em 1938, sem a sua presença, por razões de segurança. Escreve o Programa de Transição, com o objetivo de formar uma nova geração de marxistas revolucionários (ele não chama o seu movimento de “trotskista” mas “bolchevique-leninista”), que garantisse a herança e a continuidade da Revolução de Outubro e da Oposição de Esquerda. Após sobreviver ao atentado organizado por membros do Partido Comunista mexicano, armados de metralhadoras, finalmente o braço assassino de Stalin alcança Trotsky. Em 20 de agosto de 1940, o agente stalinista Ramón Mercader, infiltrado na casa-fortaleza de Coyoacan, ataca-o pelas costas em seu escritório, e fura o seu cérebro com uma picareta. Ele resiste por mais um dia, vindo a falecer em 21 de agosto. Na mesa de trabalho de Leon Trotsky, os seus últimos escritos sobre a polícia secreta e os métodos criminosos de Stalin, restam manchados de sangue.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
No Brasil, 64% querem maior controle do governo na economia
CAPA DE EXCELENTE DISCO:

A pesquisa feita a pedido da BBC em 27 países e divulgada nesta segunda-feira revelou que 64% dos brasileiros entrevistados defendem mais controle do governo sobre as principais indústrias do país.
Não apenas isso: 87% dos entrevistados defenderam que o governo tenha um maior papel regulando os negócios no país, enquanto 89% defenderam que o Estado seja mais ativo promovendo a distribuição de riquezas.
A insatisfação dos brasileiros com o capitalismo de livre mercado chamou a atenção dos pesquisadores, que qualificaram de “impressionante” os resultados do país.
“Não é que as pessoas digam, sem pensar, ‘sim, queremos que o governo regulamente mais a atividade das empresas’. No Brasil existe um clamor particular em relação a isso”, disse Steven Kull, o diretor do Programa sobre Atitudes em Políticas Internacionais (Pipa, na sigla em inglês), com sede em Washington.
O percentual de brasileiros que disseram que o capitalismo “tem muitos problemas e precisamos de um novo sistema econômico” (35%) foi maior que a média mundial (23%).
Enquanto isso, apenas 8% dos brasileiros opinaram que o sistema “funciona bem e mais regulação o tornaria menos eficiente”, contra 11% na média mundial.
Para outros 43% dos entrevistados brasileiros, o livre mercado “tem alguns problemas, que podem ser resolvidos através de mais regulação ou controle”. A média mundial foi de 51%.
“É uma expressão de grande insatisfação com o sistema e uma falta de confiança de que possa ser corrigido”, disse Kull.
“Ao mesmo tempo, não devemos entender que 35% dos brasileiros querem algum tipo de socialismo, esta pergunta não foi incluída. Mas os brasileiros estão tão insatisfeitos com o capitalismo que estão interessados em procurar alternativas.”
A pesquisa ouviu 835 entrevistados entre os dias 2 e 4 de julho, nas ruas de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Globalização
O levantamento é divulgado em um momento em que o país discute a questão da presença estatal na economia.
Definir para que caixa vai a receita levantada com a exploração de recursos naturais importantes, como o petróleo da camada pré-sal, divide opiniões entre os que defendem mais e menos presença do governo no setor econômico.
Steven Kull avaliou que esta discussão não é apenas brasileira, mas latino-americana. Para ele, o continente está “mais à esquerda” em relação a outras regiões do mundo.
A pesquisa reflete o “giro para a esquerda” que o continente experimentou no fim da década de 1990, quando o modelo de abertura de mercado que se seguiu à queda do muro de Berlim e à dissolução da antiga União Soviética dava sinais de esgotamento.
Começando com a eleição de líderes como Hugo Chávez, na Venezuela, em 1998, o continente viu outros presidentes de esquerda chegarem ao poder, como o próprio Luiz Inácio Lula da Silva, Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador).
Mas Kull disse não crer que o ceticismo dos brasileiros na pesquisa “seja necessariamente uma rejeição do processo de abertura dos anos 1990”.
“Vimos em pesquisas anteriores que os brasileiros não são os mais entusiasmados com a globalização”, disse.
“Eles ainda são bastante negativos em relação à globalização, e o que vemos aqui (nesta pesquisa) é mais o desejo de que o governo faça mais para mitigar os efeitos negativos dela, melhorar a distribuição de renda e colocar mais restrições à atividade das empresas.”
Mas ele ressalvou: “Lembre-se de que a resposta dominante aqui é que o capitalismo tem problemas, mas pode ser melhorado com reformas. A rejeição ao atual sistema econômico e à abertura econômica não é dominante, é que há um desejo maior de contrabalancear os efeitos disto”.

A pesquisa feita a pedido da BBC em 27 países e divulgada nesta segunda-feira revelou que 64% dos brasileiros entrevistados defendem mais controle do governo sobre as principais indústrias do país.
Não apenas isso: 87% dos entrevistados defenderam que o governo tenha um maior papel regulando os negócios no país, enquanto 89% defenderam que o Estado seja mais ativo promovendo a distribuição de riquezas.
A insatisfação dos brasileiros com o capitalismo de livre mercado chamou a atenção dos pesquisadores, que qualificaram de “impressionante” os resultados do país.
“Não é que as pessoas digam, sem pensar, ‘sim, queremos que o governo regulamente mais a atividade das empresas’. No Brasil existe um clamor particular em relação a isso”, disse Steven Kull, o diretor do Programa sobre Atitudes em Políticas Internacionais (Pipa, na sigla em inglês), com sede em Washington.
O percentual de brasileiros que disseram que o capitalismo “tem muitos problemas e precisamos de um novo sistema econômico” (35%) foi maior que a média mundial (23%).
Enquanto isso, apenas 8% dos brasileiros opinaram que o sistema “funciona bem e mais regulação o tornaria menos eficiente”, contra 11% na média mundial.
Para outros 43% dos entrevistados brasileiros, o livre mercado “tem alguns problemas, que podem ser resolvidos através de mais regulação ou controle”. A média mundial foi de 51%.
“É uma expressão de grande insatisfação com o sistema e uma falta de confiança de que possa ser corrigido”, disse Kull.
“Ao mesmo tempo, não devemos entender que 35% dos brasileiros querem algum tipo de socialismo, esta pergunta não foi incluída. Mas os brasileiros estão tão insatisfeitos com o capitalismo que estão interessados em procurar alternativas.”
A pesquisa ouviu 835 entrevistados entre os dias 2 e 4 de julho, nas ruas de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Globalização
O levantamento é divulgado em um momento em que o país discute a questão da presença estatal na economia.
Definir para que caixa vai a receita levantada com a exploração de recursos naturais importantes, como o petróleo da camada pré-sal, divide opiniões entre os que defendem mais e menos presença do governo no setor econômico.
Steven Kull avaliou que esta discussão não é apenas brasileira, mas latino-americana. Para ele, o continente está “mais à esquerda” em relação a outras regiões do mundo.
A pesquisa reflete o “giro para a esquerda” que o continente experimentou no fim da década de 1990, quando o modelo de abertura de mercado que se seguiu à queda do muro de Berlim e à dissolução da antiga União Soviética dava sinais de esgotamento.
Começando com a eleição de líderes como Hugo Chávez, na Venezuela, em 1998, o continente viu outros presidentes de esquerda chegarem ao poder, como o próprio Luiz Inácio Lula da Silva, Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador).
Mas Kull disse não crer que o ceticismo dos brasileiros na pesquisa “seja necessariamente uma rejeição do processo de abertura dos anos 1990”.
“Vimos em pesquisas anteriores que os brasileiros não são os mais entusiasmados com a globalização”, disse.
“Eles ainda são bastante negativos em relação à globalização, e o que vemos aqui (nesta pesquisa) é mais o desejo de que o governo faça mais para mitigar os efeitos negativos dela, melhorar a distribuição de renda e colocar mais restrições à atividade das empresas.”
Mas ele ressalvou: “Lembre-se de que a resposta dominante aqui é que o capitalismo tem problemas, mas pode ser melhorado com reformas. A rejeição ao atual sistema econômico e à abertura econômica não é dominante, é que há um desejo maior de contrabalancear os efeitos disto”.
sábado, 7 de março de 2009
"Venga con nosotros rumbo al socialismo"
El presidente de Venezuela, Hugo Chávez, invitó al mandatario de Estados Unidos, Barack Obama, a sumarse al socialismo, y sacar a ese país del "triste papel" de "potencia asesina, agresora, odiada en todo el mundo".
"Venga con nosotros rumbo al socialismo. Ese es el único camino", dijo ayer el mandatario a un grupo de trabajadores en el estado sureño de Bolívar, al referirse a la necesidad de encontrar políticas diferentes a las del capitalismo para salir de la crisis económica mundial.
Al respecto, resaltó que a Obama lo están llamando "socialista" por las medidas de intervención estatal que está tomando para enfrentar la crisis financiera.
Además, recalcó que un líder debe conducir a Estados Unidos a "un destino superior y no darle el triste destino que le han dado, de ser una potencia asesina, agresora, odiada en todo el mundo". "No hay imposibles ¿quién iba a pensar en los años de 1980 que la Unión Soviética iba a desaparecer? Nadie", reflexionó.
Por ello, sostuvo luego que "ese imperio (Estados Unidos) asesino, genocida, tiene que acabarse y algún día tiene que llegar un líder y un grupo de líderes que interprete lo mejor de ese pueblo que está formado también por seres humanos que sufren padecen, lloran y ríen".
Página/12
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