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terça-feira, 19 de junho de 2012

DEMÓSTENES & DIAS TOFFOLI: MAIS UMA DO STF

Fonte dessa imagem AQUI.

"Ele ia ver o jogo do Brasil em Goiânia, dia 4 de junho de 2011. O ministro me ligou para que eu o pegasse no aeroporto, perguntou se podia pegá-lo. Eu nem ia ver o jogo, mas fui".

Frase do ainda senador Demóstenes Torres relatando favor efetuado ao Ministro Dias Toffoli, do STF.

Na ocasião Demóstenes avisou o bicheiro Cachoeira que estava indo ao aeroporto pegar o ministro.

Em seguida, o bicheiro ligou para um assecla e o instrui a ir ao encontro de Demóstenes e Toffoli no aeroporto para entregar ao senador um Ipad, para que eles pudessem ver a edição da revista Veja que tinha uma entrevista do senador com elogios ao Judiciário.

Detalhe importante: ontem, dia 18 de junho, Dias Toffoli concedeu liminar a Demóstenes Torres adiando a votação do pedido de cassação de seu mandato pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamenta do Senado.

A credibilidade do STF está cada vez mais debilitada...

Leia mais AQUI e AQUI.

domingo, 23 de outubro de 2011

Justiça autoriza mais de 33 mil crianças a trabalhar em lixões, fábricas de fertilizantes e obras

Criança catando lixo em SP (Fonte da imagem AQUI)

Juízes e promotores de Justiça de todo país concederam, entre 2005 e 2010, 33.173 mil autorizações de trabalho para crianças e adolescentes menores de 16 anos, contrariando o que prevê a Constituição Federal. O número, fornecido à Agência Brasil pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), equivale a mais de 15 autorizações judiciais diárias para que crianças e adolescentes trabalhem nos mais diversos setores, de lixões a atividades artísticas. O texto constitucional proíbe que menores de 16 anos sejam contratados para qualquer trabalho, exceto como aprendiz, a partir de 14 anos.

Os dados do ministério foram colhidos na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Eles indicam que, apesar dos bons resultados da economia nacional nas últimas décadas, os despachos judiciais autorizando o trabalho infantil aumentaram vertiginosamente em todos os 26 estados e no Distrito Federal. Na soma do período, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina foram as unidades da Federação com maior número de autorizações. A Justiça paulista concedeu 11.295 mil autorizações e a Minas, 3.345 mil.

Segundo o chefe da Divisão de Fiscalização do Trabalho Infantil do MTE, Luiz Henrique Ramos Lopes, embora a maioria dos despachos judiciais permita a adolescentes de 14 e 15 anos trabalhar, a quantidade de autorizações envolvendo crianças mais novas também é “assustadora”. Foram 131 para crianças de 10 anos; 350 para as de 11 anos, 563 para as de 12 e 676 para as de 13 anos. Para Lopes, as autorizações configuram uma “situação ilegal, regularizada pela interpretação pessoal dos magistrados”. Chancelada, em alguns casos, por tribunais de Justiça que recusaram representações do Ministério Público do Trabalho.

- Essas crianças têm carteira assinada, recebem os salários e todos seus benefícios, de forma que o contrato de trabalho é todo regular. Só que, para o Ministério do Trabalho, o fato de uma criança menor de 16 anos estar trabalhando é algo que contraria toda a nossa legislação- , disse Lopes à Agência Brasil. “Estamos fazendo o possível, mas não há previsão para acabarmos com esses números por agora.”

ATIVIDADES INSALUBRES

Apesar de a maioria das decisões autorizarem as crianças a trabalhar no comércio ou na prestação de serviços, há casos de empregados em atividades agropecuárias, fabricação de fertilizantes (onde elas têm contato com agrotóxicos), construção civil, oficinas mecânicas e pavimentação de ruas, entre outras. “Há atividades que são proibidas até mesmo para os adolescentes de 16 anos a 18 anos, já que são perigosas ou insalubres e constam na lista de piores formas de trabalho infantil.”

No início do mês, o MPT pediu à Justiça da Paraíba que cancelasse todas as autorizações dadas por um promotor de Justiça da Comarca de Patos. Entre as decisões contestadas, pelo menos duas permitem que adolescentes trabalhem no lixão municipal. Também no começo do mês, o Tribunal de Justiça de São Paulo anulou as autorizações concedidas por um juiz da Vara da Infância e Juventude de Fernandópolis, no interior paulista.

De acordo com o coordenador nacional de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes, procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) Rafael Dias Marques, a maior parte das autorizações é concedida com a justificativa de que os jovens, na maioria das vezes de famílias carentes, precisam trabalhar para ajudar os pais a se manter.

- Essas autorizações representam uma grave lesão do Estado brasileiro aos direitos da criança e do adolescente. Ao conceder as autorizações, o Estado está incentivando [os jovens a trabalhar]. Isso representa não só uma violação à Constituição, mas também às convenções internacionais das quais o país é signatário- , disse o procurador à Agência Brasil.

Marques garante que as autorizações, que ele considera inconstitucionais, prejudicam o trabalho dos fiscais e procuradores do Trabalho. “Os fiscais ficam de mãos atadas, porque, nesses casos, ao se deparar com uma criança ou com um adolescente menor de 16 anos trabalhando, ele é impedido de multar a empresa devido à autorização judicial.”

Procurado pela Agência Brasil, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) não se manifestou sobre o assunto até a publicação da matéria.

CB

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

MARIA DA PENHA E OS JUÍZES

Magistrado quer voltar

O juiz de MG Edilson Rodrigues, afastado por dois anos da função por declarar que "a desgraça humana começou por causa da mulher", quer o cargo de volta. Ele impetrou mandado de segurança no STF com o objetivo de anular a decisão do Conselho Nacional de Justiça, de novembro de 2010.

Juiz perde cargo em Três Passos

Pela primeira vez, um membro do Judiciário do Rio Grande do Sul foi demitido. Na primeira sessão de 2011, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado decidiu por unanimidade demitir o juiz Marcelo Colombelli Mezzomo, da Comarca de Três Passos, por conduta imprópria.

O magistrado foi nomeado em 25 de junho do ano de 2007. Por causa do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) a que respondia, estava afastado da jurisdição desde 1 de julho de 2010. O PAD teve início a partir de registro realizado na Delegacia de Polícia da cidade de Três Passos. Segundo o relato das vítimas, o magistrado teria ido, "com comportamento alterado", a uma sorveteria no mês de maio do ano passado, e feito comentários e elogios impróprios à nora da dona do estabelecimento.

O caso, contudo, teria sido apenas a gota d''água para a demissão. De acordo com o relator, desembargador Luiz Ari Azambuja Ramos, o juiz Marcelo Colombelli Mezzomo já havia sofrido pena de censura em Processo Administrativo Disciplinar por envolvimento em acidente de trânsito, e respondia a diversos outros processos por conduta inconveniente. Mezzomo também criou polêmica ao declarar que a Lei Maria da Penha, considerada um marco no combate à violência doméstica, é "populista" e "surreal". Enquanto juiz, ele negou a maioria dos pedidos de medida preventiva amparados pela lei.

Fonte: Correio do Povo

Pergunta do Blog: Quantos juízes em atividade pensam dessa forma?

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

CNJ aponta morosidade e nepotismo em Tribunal Militar


CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, QUARTA-FEIRA, 11 DE FEVEREIRO DE 2009

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou ontem relatório da Corregedoria Nacional de Justiça sobre inspeção realizada no Tribunal de Justiça Militar do Rio Grande do Sul (TJMRS) em dezembro. Entre os problemas encontrados estão falta de transparência na distribuição dos processos, morosidade, indícios de nepotismo e salários acima do teto constitucional.
O corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, propôs a adoção de 11 medidas saneadoras. Entre elas, controle informatizado de processos, regras para assegurar a servidores de carreira o acesso às funções de confiança, concurso público, exoneração de servidores que incorram na prática de nepotismo e esclarecimento sobre pagamentos de salários acima de R$ 24,5 mil.
No relatório, Dipp apontou que a distribuição dos processos se dá mediante anotação em papel, sem uso de sorteio eletrônico. 'Não há gestão transparente e segura para a distribuição de feitos no tribunal e nas auditorias de Porto Alegre.'
O presidente do TJMRS, Sérgio Antônio de Brum, diz que sua administração está corrigindo as falhas apontadas pelo CNJ. 'Já foram feitas as demissões que configuravam nepotismo. Vamos fazer novo cruzamento de dados, mas teremos cautela'. Sobre os salários acima do teto, Brum diz que o assunto está em análise no Supremo Tribunal Federal. Neste semestre, o Tribunal de Justiça gaúcho deve avaliar a possibilidade de extinção do TJMRS.

PROBLEMAS DETECTADOS

Informatização precária: não há distribuição eletrônica dos processos nem controle sobre as estatísticas.

Morosidade: mesmo com a média de dez processos por magistrado, há atrasos. Processos aguardam julgamento por mais de cem dias.

Nepotismo: ao menos cinco ocupantes de cargos em comissão no Ministério Público estadual e no Tribunal de Contas do Estado são familiares de magistrados do TJMRS.

Teto: alguns juízes inativos recebem valores acima do teto constitucional, entre R$ 29,6 mil a R$ 30,6 mil.

Falta de independência: constatadas “recomendações” para que os juízes não profiram decisões contrárias ao entendimento do tribunal.

Desvio de função: 23,84% da força de trabalho do tribunal é formada por oficiais e praças requisitados da Brigada Militar, ativos e inativos, que recebem gratificação de 40% de seus salários.