Claudia Jardim
De Caracas para a BBC Brasil
O venezuelano também pôs em xeque as condições psicológicas da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e disse que ela deveria renunciar. "Alguém deveria estudar o equilíbrio mental da senhora Clinton", disse Chávez, em reunião de Conselho de ministros transmitida pelo canal estatal.
O comentário faz referência à divulgação de comunicados da Embaixada dos EUA em Buenos Aires, nos quais Hillary questiona a saúde física e mental da presidente argentina Cristina Fernandez Kirchner.
Chávez disse que com as revelações do Wikileaks a "pequena máscara" que os Estados Unidos tinham, caiu. "Eles mandam investigar até os aliados (...). É o império nu", disse.
O presidente venezuelano contou que chegou a comentar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que Clinton seria um problema como chanceler, porque a seu ver, ela sente superior a Obama, porque é "branca".
"Ela se sente superior a Obama, uma vez eu disse isso a Lula", afirmou.
Entre os trechos de 250 mil mensagens trocadas entre diplomatas americanos aparece a iniciativa de tentar isolar o governo de Hugo Chávez dos demais países da região.
"Uma das coisas que ficou demonstrado são as tentativas dos Estados Unidos de isolar a revolução bolivariana este soldado que está aqui", disse. "Só que não conseguiram, nem conseguirão, muito menos agora", acrescentou.
Chávez disse que diante do escândalo, Clinton deveria renunciar ao cargo.
"Ai, ai, você deveria renunciar, senhora (Clinton) e toda essa rede de espiões e delinquentes que há no Departamento de Estado", disse Chávez, ao comentar as declarações da secretária de Estado, quem acusou a Wikileaks de "roubo" de documentos.
“Sei que muita gente aplaudiu esses irresponsáveis. Então quero ser clara: não há nada de nobre em colocar em risco a vida de inocentes. E não há nada de bravo em sabotar as relações pacíficas entre nações que dependem da nossa segurança conjunta.”
Asilo
Além de Chávez, que parabenizou a "coragem" de Julian Assange, fundador do Wikileaks, o governo do Equador, foi além e disse que poderá oferecer asilo a Assange para que ele possa se expressar "livremente".
"Estamos abertos a oferecer residência em Equador, sem nenhum tipo de problema, sem nenhum tipo de condicionamento", afirmou Lucas ao portal Ecuadorinmediato.
Segundo Lucas o governo equatoriano está preocupado com as informações obtidas pelo Wikileaks, em especial, sobre seu país e América do Sul.
"Vamos tentar convidá-lo para que venha a Equador e possa expor livremente, não somente por meio da internet (...) a informação que ele tem e todos os documentos", afirmou.
Cerca de 1,6 mil documentos dos 250 mil que foram revelados, se referem ao Equador.
Parece que a Hillary vai solicitar ajuda a Yeda Crusius para contornar essa situação.
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