Varsóvia, 26 nov (EFE).- Os serviços secretos da Polônia culpam a Geórgia, em um relatório divulgado hoje pela imprensa, dos incidentes do último domingo nos quais se envolveram os presidentes dos dois países na região da fronteira entre o território georgiano e o da região separatista da Ossétia do Sul.
No último domingo, a caravana na qual viajavam o presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, e o polonês, Lech Kaczynski, teve que retornar quando se dirigia para um campo de refugiados na fronteira com a região separatista da Ossétia do Sul, em uma área controlada pela Rússia.
O ministro do Interior da Polônia, Grzegorz Schetyna, explicou hoje à emissora "TVN" que espera para se pronunciar sobre o caso até dispor de mais informações antes de afirmar que o episódio foi realmente uma provocação da Geórgia.
Apesar de tudo, Schetyna reconheceu que podem existir circunstâncias que permitam sustentar esta teoria.
O jornal "Dziennik", que antecipa em sua edição de hoje o relatório da Agência de Segurança Interior da Polônia (ABW), afirma que os investigadores se surpreenderam com a forma como atuaram as forças de segurança da Geórgia após serem ouvidos os primeiros tiros, já que não se reagruparam em torno dos carros nos quais viajavam os líderes para os proteger, algo normal nestes casos.
Também chamou a atenção a atitude do presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, que era visto relaxado e sorridente apesar da tensão do momento, informações que poderiam permitir falar de uma montagem da Geórgia com a colaboração do chefe do Estado polonês, Lech Kaczynski.
Na Polônia continua a polêmica sobre a atuação do serviço de escolta de Kaczynski, que quando os tiros começaram estava em um veículo muito afastado do carro presidencial, algo que foi muito criticado pelo Governo e pelo presidente do Parlamento polonês, Bronislaw Komorowski, que acusou o político conservador de se comportar como um "cowboy".
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