Mostrando postagens com marcador Insegurança. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Insegurança. Mostrar todas as postagens
domingo, 17 de fevereiro de 2019
O que afasta os turistas estrangeiros do Brasil?
País recebe somente 6,5 milhões de visitantes por ano, menos até que a cidade Osaka, no Japão. Motivos vão desde falta de preparo e infraestrutura até manchetes negativas no noticiário internacional.
Fonte: Deutsche Welle
O Brasil atrai atualmente um pouco mais de 6,5 milhões de turistas estrangeiros por ano. Pode parecer muito, mas o número é baixo considerando seu tamanho continental e a variedade de atrações e belezas naturais. O país perde, por exemplo, para a cidade de Osaka, no Japão, que recebe anualmente cerca de 8,4 milhões de visitantes estrangeiros.
Nos últimos dez anos, o Brasil não apareceu entre os 40 país que mais recebem visitantes estrangeiros, segundo dados da Organização Mundial de Turismo (UNWTO). Nações como África do Sul (10,2 milhões), Austrália (8,8 milhões) e Tailândia (35,4 milhões) – que ficam praticamente tão longe quanto o Brasil dos EUA e da Europa, principais centros emissores de turistas – recebem mais estrangeiros.
Enquanto as chegadas de turistas estrangeiros cresceu 7% no mundo em 2017 em comparação ao ano anterior, a maior alta desde a crise financeira mundial de 2008, o turismo no Brasil aumentou somente 0,6% no mesmo período, segundo a UNWTO.
Segundo especialistas, entre os principais motivos para um país com tanta diversidade de destinos "patinar" no turismo mundial estão as manchetes negativas no exterior; a pouca divulgação internacional; a falta de preparo e infraestrutura para receber os estrangeiros e o alto custo da viagem.
"O turismo internacional no Brasil ganhou mais força no país nos últimos dez anos e, portanto, carece de maturidade. O Rio de Janeiro sempre foi um destino muito procurado internacionalmente", diz André Coelho, especialista em turismo da FGV Projetos. "Mas, quando pensamos no Brasil como um todo, ele está em estágio de maturidade anterior ao de outras nações menores."
O especialista enxerga a imagem brasileira como manchada pelo noticiário negativo recorrente. As notícias no exterior são, geralmente, um misto entre casos de violência, como a intervenção federal no Rio, crises e desastres, como o de Brumadinho.
Ministérios de Relações Exteriores de países estrangeiros costumam dar conselhos aos viajantes em seus sites. O da Alemanha, por exemplo, cita que "o risco de se tornar vítima de um assalto ou outro crime violento é significativamente maior no Brasil do que nos países da Europa Ocidental" e que algumas cidades grandes como Belém, Porto Alegre, Recife, Salvador, Fortaleza, São Luiz, Maceió, Rio de Janeiro e São Paulo "têm altas taxas de criminalidade" e que "a cautela é apropriada, mesmo em partes do país e de cidades consideradas seguras".
Outro fator que impede o aumento do número de turistas internacionais no país é o custo total da viagem. Os alemães, por exemplo, pagam cerca de 600 euros para voar durante o verão europeu para Bangcoc, num trajeto que dura cerca de 11 horas. Já para São Paulo, no mesmo período, a viagem de cerca de 12 horas custa normalmente 1 mil euros. Além da passagem, o custo de hotéis, entrada em atrações, transporte e alimentação na Tailândia é bem menor do que no Brasil.
"O custo total da viagem interfere no processo decisório do turista. Para um alemão ou europeu ocidental, por exemplo, é mais barato viajar e se custear na Tailândia do que no Brasil", conta André Coelho, da FGV Projetos. "Há também mais voos da Europa para o país asiático, já que Bangcoc serve também de hub [centro de distribuição de voos] para passageiros que vão para outros destinos no sudeste asiático e Austrália. Assim, os preços dos tíquetes aéreos se tornam mais baratos."
O especialista diz, ainda, que a Copa do Mundo no Brasil, em 2014, e os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em 2016, não foram suficientes para turbinar o turismo no país. "A Copa, por ter tido um alcance nacional com as doze sedes e mais pessoas assistindo às partidas no mundo, deu uma boa visibilidade para o Brasil”, explica Coelho. "Já a crise econômica atingiu não só o Rio de Janeiro, mas também todo o país, um ano antes do início dos Jogos Olímpicos, atrapalhando o sucesso do megaevento no Rio."
Divulgação do país e facilitação de vistos
O Ministério do Turismo reconhece que a chegada de turistas estrangeiros não condiz com o potencial do país e que tem trabalhado na conectividade do Brasil e o aumento da promoção internacional. Isso englobaria a isenção de visto – sem reciprocidade – para quatro países considerados estratégicos: EUA, Canadá, Japão e Austrália. Há a expectativa de que a liberação possa acontecer ainda este ano.
Entre as metas do governo federal para o período de 2019-2022 está um salto na chegada de turistas estrangeiros: dos 6,8 milhões estimados em 2018 para 12 milhões de visitantes internacionais em 2022.
Mas ao mesmo tempo em que pretende quase dobrar o número de chegadas internacionais no país em um período de quatro anos, a Embratur – responsável desde 2003 pela promoção do Brasil no mercado internacional – encerrou no final de 2018, após cinco anos, o contrato com executivos que faziam a divulgação do país em 11 nações estratégicas: EUA, França, Argentina, Peru, Itália, Alemanha, Espanha, Portugal, Reino Unido, Rússia e Japão.
O governo federal, porém, não vê prejuízos para o setor, já que, a partir deste ano, o relacionamento com profissionais do setor turístico internacional será comandado diretamente pelo corpo técnico da Embratur, numa ação articulada com o Itamaraty. "Uma equipe de servidores estreitará relações com os mais de 23 mil parceiros internacionais já mapeados, entre operadores de turismo, companhias aéreas, agências de viagem e outros", afirma o texto.
Nos últimos cinco anos, o Brasil viu também sua verba de promoção turística no exterior cair mais da metade. De acordo com dados do Ministério do Turismo, o país investiu 117,3 milhões de reais em 2014 em ações de divulgação. Já em 2018, o montante foi de 51,3 milhões de reais.
O Ministério do Turismo acredita que a aprovação do projeto que prevê a criação da Agência Brasileira de Promoção do Turismo (nova Embratur), que está em tramitação no Congresso, dará mais flexibilidade à gestão da autarquia e reforçará a promoção internacional por meio de parcerias com a iniciativa privada para atrair turistas, eventos e investimentos.
"A Embratur precisa de mais recursos para fazer a promoção do país. Marketing turístico é muito mais do que publicidade nas redes sociais, é ter também representação estratégica no exterior", afirma Coelho. "A promoção brasileira precisa sair para o mundo. Não se pode promover o país estando no Brasil. Há um potencial de crescimento muito grande, mas ele depende de uma nova gestão de promoção turística também", completa o especialista.
Ele diz ser positivo o movimento do Brasil de simplificar o visto de turista para cidadãos dos EUA, Canadá, Japão e Austrália. Entre as facilidades do visto eletrônico estão a redução do custo da emissão da autorização, que passou de 160 dólares para 40 dólares (além de uma taxa de 4,24 dólares) e do prazo médio, que foi alterado de 30 dias para a média de até cinco dias úteis. A meta, agora, é ampliar esse benefício para outros mercados estratégicos como China e Índia.
Após a adoção do visto eletrônico a partir de dezembro de 2017, o Ministério das Relações Exteriores observou um crescimento nos países beneficiados – EUA, Canadá, Japão e Austrália – de cerca de 40% no pedido de visto para o país, o que pode potencialmente representar uma injeção de 71,5 milhões de dólares na economia brasileira.
"Esses movimentos de flexibilização de visto só ganharam força nos últimos dois anos, já poderiam ter sido feitos antes", conclui Coelho. "Alinhada a medidas como mais segurança e infraestrutura para turistas, além de uma melhor divulgação do Brasil no exterior, a adoção do visto eletrônico e a liberação unilateral de vistos para alguns países trará mais visitantes para o país."
sábado, 2 de julho de 2011
OS MAIORES PRODUTORES DE SOJA DO BRASIL SÃO ARGENTINOS
Grupo argentino El Tejar lidera em produção de soja no Brasil
SÃO PAULO (Reuters) - Com somente oito anos no Brasil, o grupo argentino El Tejar superou na safra 2010/11 tradicionais produtores de soja do país, utilizando uma agressiva estratégia de arrendamentos que tem seduzido os donos de terras e oferecido forte concorrência a brasileiros.
O El Tejar, com empresa constituída no Brasil denominada O Telhar, concentra suas operações no país em Mato Grosso, onde avalia-se que o grupo argentino tenha plantado até 300 mil hectares de soja, segundo levantamento junto ao setor produtivo e a consultores.
O grupo argentino, com atuação agrícola também na Argentina, Uruguai, Bolívia e Paraguai, não divulga a área plantada no Brasil, mas uma porta-voz da empresa no país afirmou que O Telhar conta com 21 unidades produtoras em Mato Grosso, que integram os mais de 700 mil hectares de cultivos da companhia em toda a América do Sul.
A empresa com sede na Argentina, que nasceu da associação de um grupo de produtores em 1987, inicialmente com foco na pecuária, hoje também conta com investidores de fora do país.
Isso permite ao El Tejar atuar com uma estratégia de arrendamentos arrojada para ganhar área plantada, considerada até hostil por alguns agricultores em Mato Grosso, que antes arrendavam terras e as perderam para o grupo argentino, não vendo chances de concorrência.
"Os maiores produtores de soja do Brasil já não são mais brasileiros, parece até piada", comentou Carlos Fávaro, vice-presidente da Aprosoja, entidade dos produtores do Estado de Mato Grosso, em entrevista à Reuters.
Ele estima que o El Tejar plantou entre 250 mil e 300 mil hectares na última safra em Mato Grosso, superando grupos como os mato-grossenses Bom Futuro, com 180 mil hectares de soja, dos irmãos Maggi Scheffer, e mesmo empresas como a do ex-governador e atual senador Blairo Maggi, com plantio na safra 2009/10 de 135 mil hectares --Blairo é primo dos Scheffer.
"Agora eles são os maiores do mundo", disse Fávaro, referindo-se ao El Tejar, que em área contínua na América do Sul planta o equivalente a mais de quatro vezes o território do município de São Paulo.
Os grupos agrícolas com atuação em Mato Grosso, o maior produtor brasileiro de soja, ainda costumam plantar milho na segunda safra, além de algodão. Questionado sobre o tamanho da produção de grãos no Brasil, o El Tejar afirmou produzir mais de 600 mil toneladas no Estado, mas não detalhou volumes por produto.
"PEÃO" DE ARGENTINO
Além de pagar pelo arrendamento um volume xis de sacas por hectare, O Telhar ainda contrata todos os serviços do próprio dono da terra, como se ele fosse um funcionário, segundo um consultor que preferiu não ser identificado.
"Não é um arrendamento convencional, é de porteira fechada... Acaba sendo melhor (para o dono da terra), já que o cara não tem risco nenhum e ainda pode otimizar toda a estrutura dele", disse o analista.
No arrendamento tradicional no Estado, no qual o arrendatário cuida de todos os aspectos da produção, o dono da terra recebe somente pelo arrendamento.
Seduzidos pelos valores dos argentinos, muitos proprietários de terra trocaram de arrendatário para O Telhar, o que também gerou uma inflação de preços de arrendamento.
"Eu mesmo perdi área plantada, eles pagam bem acima da média, o preço do arrendamento quase dobrou, e pra quem vive em um mundo normal é impossível concorrer", afirmou um produtor do sul de Mato Grosso que prefere não se identificar.
Segundo o diretor da Aprosoja, o El Tejar consegue oferecer mais vantagens aos donos das terras porque conta com financiamentos a custos mais baixos no exterior, em torno de 3 por cento ao ano, e também porque trabalha com custos mais reduzidos, ao comprar insumos em grande escala.
"O produtor de Mato Grosso, com limites para se financiar com o crédito oficial, tem que recorrer a tradings e paga um juro de 15 por cento ao ano", declarou Fávaro. "Aí ele (O Telhar) chega e coloca o produtor brasileiro de peão, pra trabalhar pra ele", completou, defendendo políticas públicas para haver um "equilíbrio de oportunidades".
OUTRO ARGENTINO
O crescimento da presença de grupos argentinos no Brasil, como o El Tejar e também o Los Grobo, que também trabalha com arrendamentos, coincide com um período em que a Argentina impôs taxas sobre as exportações de grãos, o que tornou a atividade menos rentável num dos maiores produtores globais.
Por outro lado, a maior presença de estrangeiros no Brasil, por meio de arrendamentos, foi considerada positiva em recente entrevista do ministro da Agricultura, Wagner Rossi , num momento em que o governo tenta limitar a compra de terras por empresas do exterior, visando entre outras coisas restringir especulação no campo.
Se o arrendamento pode ser uma alternativa, há quem pense diferente em Mato Grosso. O setor produtivo teme que, numa eventual derrocada nos preços internacionais das commodities, grupos como El Tejar não renovem seu arrendamentos, afetando a produção nacional.
Mas a porta-voz de O Telhar rebateu essa preocupação, afirmando que "ao ingressar em um país e realizar investimentos" a ideia do grupo é ficar por muitos anos, "garantindo a estabilidade de todos os envolvidos".
O total semeado por El Tejar, a propósito, também supera de longe o plantio do Los Grobo, que recentemente anunciou intenção de abrir o capital na Bovespa e que plantou na última safra, no Mercosul, 247 mil hectares de grãos e oleaginosas, sendo um terço do total no Brasil.
Uma vez com ações na Bovespa, a unidade do Los Grobo no Brasil --que além de trabalhar com plantio também negocia grãos, como o El Tejar-- fará frente a outra companhia listada do país, a SLC Agrícola, com cerca de 230 mil hectares plantados de soja, milho e algodão na última safra.
Questionada sobre intenção de eventual IPO no Brasil, a porta-voz de O Telhar não respondeu.
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Los datos personales de seis millones de chilenos, expuestos en Internet

EL PAÍS:
Los datos personales de unos seis millones de chilenos fueron subidos este sábado a Internet por un pirata informático que sustrajo archivos de las páginas electrónicas de diversos servicios públicos, según han confirmado distintas fuentes policiales.
Nombres de personas con sus números de identidad, direcciones, teléfonos comerciales y particulares, correos electrónicos e información académica y social aparecieron en la red, precisaron las fuentes. La información fue obtenida por el pirata electrónico desde la
Dirección General de Movilización Nacional, el Servicio Electoral, el Ministerio de Educación, el sitio de la Prueba de Selección Universitaria (PSU) y registros telefónicos.
La documentación apareció primero en FayerWayer, un blog chileno dedicado a temas tecnológicos, que recibió los datos en uno de sus foros y cuyos responsables dieron cuenta de inmediato a la Policía de Investigaciones, cuya Brigada del Cibercrimen comenzó a efectuar las diligencias para esclarecer el caso."De ser cierto, se trataría de un hecho grave. Por ello, se investiga la veracidad de la información", asegura el comisario Jaime Jara al diario El Mercurio.
Más tarde, la información también fue publicada por la página elantro.cl, en la que un usuario dejó disponibles los links de la página donde están almacenados los archivos, y cuyos administradores también procedieron a borrar los datos.
Una demostración que deja al descubierto millones de datos
El aún desconocido pirata informático acompañó un archivo en el que explicó que su intención era demostrar "lo mal protegidos que están los datos en Chile" y afirmó que ya que nadie se esmera en proteger esta información, decidió hacerla pública para todo el mundo. La publicación incluye los registros de los pases escolares para la locomoción colectiva del Ministerio de Educación, los inscritos para la PSU y un listado de números telefónicos equivalente a la guía residencial y comercial de Santiago, según El Mercurio.
El pirata informático, incluso, sostuvo que con los datos se puede generar un mapa virtual con Google Earth o Google Maps, donde se pueda ver gráficamente dónde vive cada persona. Además asegura que con los folios del pase escolar, y según los datos de la tarjeta BIP (tarjeta de pago electrónico del transporte público) se puede acceder a los recorridos diarios de los estudiantes.
Assinar:
Postagens (Atom)