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quarta-feira, 21 de setembro de 2022

A INVENÇÃO DOS DEUSES

 


por Bento de Espinosa (1632-77)*
 
As pessoas encontram em si e fora delas bastante coisas que são meios que contribuem não pouco para que alcancem o que lhes é útil, por exemplo, olhos para ver, dentes para mastigar, vegetais e animais para alimentação, sol para iluminar, mar para sustento de peixes. São levadas a considerar todas as coisas da Natureza como meios para a sua utilidade pessoal. E porque sabem que tais meios foram por elas achados e não dispostos, daqui tiraram motivo para acreditar na existência de outrem que os dispôs para que os utilizassem.
 
Com efeito, depois de haverem considerado as coisas como meios, não podiam acreditar que elas se criassem a si mesmas, e dos meios que costumam dispor para seu uso próprio foram levados a tirar a conclusão de que houve alguém ou alguns regentes da Natureza, dotados como os homens de liberdade, e que cuidaram em tudo que lhes dissesse respeito e para sua utilidade fizeram todas as coisas.
Quanto à compleição destes seres, como nunca ouviram falar nada a tal respeito, também foram levados a julgá-la pela que em si notaram.
 
Daqui, haverem estabelecido que os deuses ordenaram tudo o que existe para uso humano, a fim dos homens lhes ficarem cativos e de serem tidos em suma honra; donde o fato de haverem excogitado, conforme a própria compleição, diversas maneiras de se render culto a Deus, para que Deus os estime acima dos outros e dirija a Natureza inteira em proveito da sua cega apetição e insaciável avareza.
 
Assim, este prejuízo transformou-se em superstição e lançou profundas raízes nas mentes.
 
* Filósofo, também conhecido pela grafia Baruch Spinoza ou Benedito Espinoza.
 
 
Fonte da Imagem: https://redhistoria.com/descubre-cual-es-el-dios-del-juego-en-cada-parte-del-mundo/

sábado, 16 de janeiro de 2021

O POVO DE DEUS

 

 


 

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. (João 8:32)


Prestem muita atenção!

· Em 1940 os Católicos eram 95% no Brasil e os Evangélicos 2,7% (IBGE).
· Em 2010 os Católicos eram 64,6% e os Evangélicos 22,2% (IBGE).
· Em 2020 os Católicos eram 49,9% e os Evangélicos 31,8% (projeção matemática).


Estima-se que em 2030 Católicos e Evangélicos terão o mesmo tamanho percentualmente (39,8%), restando 20,4% para todas as demais religiões e não religiosos.

Para as pessoas que se interessam por política e/ou têm preocupação com o futuro do País, esse crescimento vertiginoso da influência evangélica deve ser motivo de atenção, muita atenção.

De fato, nos últimos anos os evangélicos passaram a ter crescente influência em vários setores da sociedade brasileira, como é de conhecimento geral.

Pretos e pobres convertidos ascendem socialmente de forma espetacular, e hoje estão presentes no próprio Estado.

Juliano Spyer, antropólogo e historiador, fez um esforço bem sucedido e escreveu o livro “Povo de Deus” (*). Esse livro resume, em linguagem acessível, os principais trabalhos publicados por grande quantidade de estudiosos/as sobre esse importante tema.

O livro tem apresentação de Caetano Veloso e prefácio do antropólogo Gabriel Feltran.

Algumas pessoas talvez “torçam o nariz” para uma referência crítica ao Petista Haddad na apresentação de Caetano ou para comentários de Tábata Amaral e Marina Silva na contracapa.

O livro, porém, é de leitura obrigatória para quem quer entender a realidade da sociedade brasileira nesses tempos de pandemia.

Não se deixe cegar pelo preconceito!

Omar Rösler
Janeiro de 2021





(*) Agradeço ao amigo Junico Antunes pela indicação de mais este livro.

terça-feira, 10 de julho de 2012

El bosón de Higgs, la “última” partícula

Fonte dessa imagem AQUI.


La física es una ciencia experimental: solo acepta como un hecho científico
aquello que es medible y reproducible experimentalmente. La historia de la
ciencia, sin embargo, ha denigrado la práctica experimental durante mucho
tiempo. Afortunadamente, esa tendencia ha sufrido un cambio desde los
años 1980 y hoy son numerosos los autores que se interesan en la práctica
científica, insistiendo en su autonomía y en su dinámica y lógica de
conocimiento propias1. Preguntas del tipo: ¿Cómo se desarrolla el trabajo
cotidiano de un investigador en física? ¿De qué manera se toman las
decisiones en los laboratorios de investigación? ¿Cómo se elige entre
diferentes líneas de investigación posibles? ¿Cómo se termina un
experimento? ¿Cuál es el proceso que lleva a grupos experimentales
compuestos de numerosos investigadores a anunciar un descubrimiento o, al
contrario, a detener el experimento y cambiar de proyecto? ¿En qué medida
se toman tales decisiones con base en criterios puramente científicos?...
pueden así encontrar respuesta a través de un análisis histórico-sociológico
de la práctica experimental.


Otros historiadores se han interesado más por cuestiones de carácter
epistemológico, intentando identificar las estrategias adoptadas por los
científicos para convencerse de la validez de sus resultados y poder
defenderlos ante sus iguales. ¿Cuál es, entonces, el proceso que lleva al
experimentador a interpretar sus resultados, a darles cierta validez y a
establecer un consenso en cuanto a su verdadera significación? Pregunta de
plena actualidad después del anuncio, el pasado 4 de julio, del
descubrimiento en el CERN de una nueva partícula.


Leia a íntegra AQUI.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Teorias científicas vão aos tribunais


Um tribunal da Pensilvânia, nos Estados Unidos, declarou inconstitucional o ensino da teoria anti-evolucionista do 'intelligent design' ou 'desenho inteligente' em escolas americanas. Teoria tem adeptos e opositores na Alemanha.

Depois de uma ação movida por pais de alunos de uma escola da Pensilvânia, o juiz John Jones declarou inconstitucional o ensino das teorias do intelligent design em escolas norte-americanas.

Os educadores de Dover, na Pensilvânia, haviam decidido implantar o ensino do intelligent design ou "desenho inteligente" nas aulas de Biologia das escolas públicas, como alternativa à teoria evolucionista do inglês Charles Darwin (1809-1882), baseada na seleção natural e na mutação genética.

Opositores da Teoria da Evolução existem desde que ela foi introduzida no século 19. Entretanto, neste começo de século, as teorias oposicionistas ganham, além de ares científicos, um novo aliado: o próprio presidente americano George W. Bush, defensor do ensino criacionista nas escolas americanas.

O que é o intelligent design

A palavra design foi bem escolhida pelos defensores da nova teoria, pois em inglês ela também significa não só desenho, projeto, como desígnio (a exemplo da expressão God's design – desígnio de Deus).

E até mesmo uma instituição especializada em comprovar cientificamente a teoria surgiu na cidade de Seattle, nos Estados Unidos: o Discovery Institute (Instituto da Descoberta).

Os opositores das teorias de Darwin dividem-se basicamente em dois grupos: os criacionistas, que acreditam piamente nos ensinamentos da Bíblia, de que Deus criou o mundo em seis dias e no sétimo descansou.

No segundo grupo, os defensores do intelligent design não discordam da evolução das espécies, mas propagam que o começo desta evolução estaria ligado a uma idéia, ou um projeto, levando à crença de um ente maior, um criador responsável por essa idéia ou desígnio.

Segundo pesquisa do Instituto Gallup, 53% dos americanos acreditam na criação divina como descrita na Bíblia, 38% concordam com as teorias do "desenho inteligente" e somente 12% acreditam que Deus não tem nada a ver com a evolução.

Adeptos também na Alemanha

O propagador mais proeminente das teorias anti-darwinianas na Alemanha é a sociedade de estudos Wort und Wissen (Palavra e Saber), instalada na cidade de Baiersbronn, na Floresta Negra.

O seu diretor, o microbiologista Siegfried Scherer explicou à rede de televisão ZDF que "não seria totalmente impossível pensar que a humanidade teve sua origem em Adão e Eva".

Em seu livro Manual crítico da evolução (Evolution – ein kritisches Lehrbuch), ele desenvolveu a teoria de que os organismos desenvolveram-se de tipos primários criados por um ser superior.

E comparados com os norte-americanos, os alemães são menos crentes: apenas 38% discordam da teoria de evolução de Darwin, dos quais 13% acreditam nos ensinamentos bíblicos e 25% aproximam-se da doutrina do intelligent design.

Reações e exposições

Desde os anos de 1980, que a Suprema Corte americana havia decidido que o criacionismo se tratava de uma teoria religiosa, e não deveria ser levada às aulas de Ciências Naturais.

Com o intelligent design, parece que os criacionistas americanos tentam burlar esta decisão da Suprema Corte e introduzir, nos cursos de Biologia, uma religião que agora ganha ares pseudo-científicos. Entretanto, as reações nos Estados Unidos não ficam somente nos tribunais.

O Museu Americano de História Natural inaugurou a maior exposição já realizada homenageando o criador da teoria da evolução: Darwin, que poderá ser visitada até 29 de maio de 2006, em Nova York.

E segundo o Spiegel Online, as organizações científicas mais importantes dos Estados Unidos – a Academia Nacional de Ciências e a Associação Americana para o Progresso da Ciência – declararam não existir a mínima base científica nas novas teorias propagadas.

Os alemães também reagem

No Deutsches Hygiene-Museum, de Dresden, poderá ser visitada, até 23 de julho de 2006, a exposição Evolução. caminhos da vida (Evolution. Wege des Lebens), mostrando os efeitos da evolução sobre o homem, a sociedade e a vida no nosso planeta.

E como afirma o professor de Teologia da Universidade de Tübingen, Hans Küng, tanto as Ciências Naturais como a Teologia devem reconhecer suas fronteiras.

Criticando a posição dos defensores do "desenho inteligente", que acreditam que um ser maior direciona a evolução, o professor afirma que a questão da fé também poderia ser levada às constantes da natureza, como por exemplo, a velocidade da luz.

O fato de elas existirem não significa necessariamente a existência de um Deus, atrás de todas as leis da natureza. Isto é uma questão de fé e não de ciência, afirma o teólogo.

Carlos Albuquerque, para Deutsche Welle

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Campanha ateísta quer colocar pôsteres em ônibus de Londres


Alguns ônibus de Londres poderão levar, a partir de janeiro, pôsteres com um slogan pouco comum: "Provavelmente, Deus não existe".

A campanha ateísta é da British Humanist Association (BHA, na sigla em inglês) e tem o apoio do acadêmico britânico Richard Dawkins, autor do livro Deus, um delírio e conhecido pelos seus documentários questionando o papel das religiões.

O objetivo da BHA com a campanha é "promover o ateísmo na Grã-Bretanha, encorajar mais ateístas a assumirem publicamente a sua posição e elevar o astral das pessoas a caminho do trabalho".

Com o dinheiro levantado em doações, o grupo quer colocar pôsteres em dois grupos de 30 ônibus por quatro semanas.

O slogan completo diz: "There's probably no God. Now stop worrying and enjoy your life" (“Provavelmente, Deus não existe. Agora, pare de se preocupar e curta a vida”, em tradução livre).

"Nós vemos tantos pôsteres divulgando a salvação através de Jesus ou nos ameaçando com condenação eterna, que eu tenho certeza que essa campanha será vista como um sopro de ar fresco", disse Hanne Stinson, presidente da BHA.

"Se fizer com que as pessoas sorriam, além de pensar, melhor", concluiu.

Como os organizadores conseguiram arrecadar mais do que planejavam, eles pretendem colocar os pôsteres também do lado de dentro dos ônibus.

A BHA também estuda a possibilidade de estender a campanha para outras cidades, incluindo Birmingham e Manchester, na Inglaterra, e Edimburgo, na Escócia.

"A religião está acostumada a usufruir de benefícios tributários, respeito não merecido, o direito de não ser ofendida e o direito de fazer lavagem cerebral nas crianças", disse Dawkins.

"Mesmo nos ônibus, ninguém pensa duas vezes quando vê um slogan religioso. Esta campanha fará com que as pessoas pensem - e pensar é um anátema perante a religião", completou.

Mas Stephen Green, da organização Christian Voice (Voz Cristã, em uma tradução livre), disse que "ficará surpreso se uma campanha como essa não atrair pichação".

"As pessoas não gostam de receber sermão. Às vezes, é bom para elas, mas, ainda assim, elas não gostam", afirmou.

No entanto, a Igreja Metodista agradeceu Dawkins por incentivar um "interesse constante em Deus".

"Esta campanha será uma coisa boa se fizer com que as pessoas pensem nas questões mais profundas na vida", disse Jenny Ellis, reverenda metodista.

"O Cristianismo é para pessoas que não têm medo de pensar sobre a vida e seu significado", completou a religiosa.