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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

A longa e estranha história das dietas da moda para emagrecer

 

 
Hieronymus Bosch

As dietas para emagrecer que entram na moda são em geral soluções de curto prazo

Melissa Wdowik
3 DIC 2017


“De todos os males que afetam a humanidade, não conheço nem imagino nenhum mais angustiante do que a obesidade.”

Assim começava a carta sobre excesso de peso escrita por William Banting, provavelmente o primeiro livro de dieta para emagrecer já publicado. Banting, diretor de uma funerária com sobrepeso, publicou o livro em 1864 para compartilhar seu sucesso, que propunha substituir uma ingestão excessiva de pão, açúcar e batatas por carne, peixe e hortaliças, principalmente.

Desde então apareceram dietas da moda em múltiplos formatos. Até que ponto as pessoas estão dispostas a chegar para alcançar a silhueta desejada? Como professora de nutrição e comportamento alimentar, tenho a sensação de que a história das dietas para emagrecer demonstra que a vaidade supera o bom senso.

Dietas líquidas

Vamos voltar a 1028, o ano que nasceu William, o Conquistador. Sadio na maior parte de sua vida, o rei acabou tão obeso em seus últimos anos que se submeteu a uma dieta líquida composta quase exclusivamente de bebidas alcoólicas. Perdeu peso suficiente para conseguir montar seu amado cavalo, mas um acidente equestre lhe causou por fim uma morte prematura.

Conhecemos um caso em que supostamente consumir mais álcool do que comida aumentou a longevidade. Em 1558, o aristocrata italiano Luigi Cornaro restringiu sua alimentação a 340 gramas de comida e 397 mililitros de vinho por dia. Dizem que viveu até os 102 anos, o que rendeu a seu método o nome de Dieta da Imortalidade.

Na década de 1960, foi introduzido outro plano centrado no álcool, a dieta do beberrão. Incluía comidas “masculinas” como carne e peixe, junto com todo o álcool que seu seguidor desejasse.

O poeta Lord Byron atribuía seu aspecto magro e pálido ao vinagre com água. Essa prática ressurgiu na década de 1950 na forma da popular dieta do vinagre de maçã, que recomenda tomar uma mistura em partes iguais de mel e vinagre de sidra. A versão mais recente, que carece de respaldo científico, afirma que três pequenas colheradas de vinagre de maçã antes de comer diminuem a fome e reduzem a gordura. 

Limpezas

As dietas líquidas “mais limpas” e depurativas foram criadas supostamente para limpar o corpo de toxinas, apesar de nossa capacidade natural para isso. Em 1941, o entusiasta da saúde alternativa Stanley Burroughs criou a mãe de todas as dietas purgativas, a Master Cleanse, ou dieta da limonada, para eliminar a vontade de junk food, álcool, tabaco e drogas. Tudo que se precisava fazer era tomar uma mistura de suco de limão taiti ou siciliano, calda de bordo, água e pimenta-malagueta moída seis vezes por dia durante pelo menos dez dias. Beyoncé voltou a popularizá-la em 2006, afirmando ter perdido 10 quilos em duas semanas,

O médico televisivo Dr. Oz e outros promoveram desde então suas próprias versões, que variam em duração e nos alimentos permitidos. A maioria inclui um laxante diário e grandes quantidades de água.

A dieta da última chance, publicada em 1976, consistia em beber um líquido com muito poucas calorias várias vezes por dia. O principal ingrediente era uma mistura de subprodutos animais preparados com couro, chifres e tendões. Essa “vitamina de carne” foi retirada do mercado porque vários seguidores da dieta morreram.

Mais recentemente, tornou-se popular o plano do suco verde. Muitos se interessaram pela promessa de uma profunda depuração e uma rápida perda de peso, enquanto para outros parecia uma forma mais fácil de consumir mais frutas e hortaliças. Uma das receitas originais propunha maçã, aipo, pepino, couve crespa, limão e gengibre.

Dietas dos famosos

Andy Warhol usava um método diferente para manter a forma. Dizem que quando ia aos restaurantes pedia pratos que não gostava, e então mandava para embrulhar para viagem. Depois, dava a algum morador de rua.

Dormir era outra possibilidade. Contava-se que Elvis Presley era defensor da dieta da Bela Adormecida. Dizem os rumores que as longas jornadas de sono conseguidas com o uso de soníferos o impediam de comer.

Em um esforço recente para imitar os famosos, a incrível dieta de 48 horas de Hollywood foi seguida pela milagrosa dieta de 24 horas de Hollywood, que substitui a comida por uma mistura de shakes e diversos complementos alimentares.

Emagrecer rapidamente

No início do século XX, o empresário com sobrepeso Horace Fletcher emagreceu e transformou as dietas de emagrecimento em um fenômeno da cultura popular com sua dieta da mastigação. Recomendava mastigar a comida até que se tornasse líquida, para evitar comer em excesso.

Outro método que dizem que se tornou popular na primeira década do século XX foi a dieta da solitária. Em teoria, a pessoa ingeria uma tênia ou pílulas de tênia. O verme viveria no estômago e consumiria parte do alimento. Apesar de terem sido encontrados anúncios publicitários da época, não há provas de que se vendessem realmente tênias.

Para conseguir uma perda sustentável de peso e mantê-lo é necessário reduzir a ingestão de calorias e aumentar os níveis de atividade, com ou sem pomelo ou repolho

Ao longo dos anos, outras dietas atraíram admiradores com a promessa de baixar facilmente de peso graças a um alimento milagroso. Houve a dieta do pomelo (ou grapefruit), que recomenda meio pomelo a cada refeição; a dieta da manteiga de amendoim e a dieta do sorvete, que prometem que se pode comer a quantidade que se deseje desses dois manjares, diariamente; e a dieta Xangrilá, de 2006, que afirmava que era possível reduzir a fome tomando azeite de oliva uma hora antes de cada refeição.

Um exemplo que se destaca é a dieta da sopa de repolho, popularizada por famosos na década de 1950. A ideia era não comer nada além de sopa durante sete dias. A receita original propunha uma mistura de repolho, hortaliças e água e cebola desidratada, mas outras versões acrescentavam ingredientes como frutas, leite desnatado e carne de vaca. Volta a entrar na moda uma vez a cada dez anos, e a Internet sempre ajuda a difundi-la. 

Ideias alternativas

Algumas dietas e as teorias que as respaldam iam além da comida.

Em 1727, o escritor Thomas Short observou que as pessoas com sobrepeso moravam perto de pântanos. Sua dieta para evitar pântanos recomendava mudar-se para afastar-se desses locais.

Em vez de se afastar dos pântanos, a dieta da luz recomenda não comer. Alguns seguidores afirmaram, em uma entrevista realizada em 2017, que a comida e a água não eram necessárias, e que eles subsistiam à base de espiritualidade e luz. O jejum prolongado conduziria finalmente à inanição, mas foram vistos devotos da dieta comendo e bebendo.

Em 2013, apareceu algo mais perigoso, a dieta da bola de algodão. Seus seguidores declaravam consumir até cinco bolas de algodão de uma vez, afirmando que saciavam e assim perdiam peso. Devido a seu infeliz efeito de causar obstrução intestinal, a dieta logo perdeu popularidade.

Mas nem todas as ideias incomuns são ruins. A dieta de cores dos sete dias, publicadas em 2003, sugeria comer todo dia alimentos de uma única cor. Por exemplo, o dia vermelho incluía tomates, maçãs e morangos. Essa proposta na verdade defende alimentos saudáveis, não industrializados ou restrições absurdas.

Apesar de chamativas, as dietas para emagrecer que entram na moda são em geral soluções de curto prazo. Talvez produzam no início uma perda de peso rápida, mas é mais provável que se deva ao fato de que quem as segue reduz as calorias em relação a sua dieta habitual, e com frequência consistem em perda de água.

Seria melhor pensar que não existe segredo simples para emagrecer. Para conseguir uma perda sustentável de peso e mantê-lo é necessário reduzir a ingestão de calorias e aumentar os níveis de atividades, com ou sem pomelo e repolho. 


Melissa Wdowik é professora adjunta de Ciências da Alimentação e Nutrição Humana na Universidade Estatal do Colorado. Este artigo foi publicado originalmente em inglês no site The Conversation.

Cláusula de divulgação: Melissa Wdowik não trabalha para nenhuma empresa ou organização que possa ser beneficiado deste artigo, nem a assessora, possui ações nelas ou recebe financiamento. Também não declara outras vinculações relevantes além do cargo acadêmico mencionado.

Este artigo foi publicado originalmente em inglês no site The Conversation
Fonte:  https://brasil.elpais.com/brasil/2017/11/14/ciencia/1510658654_171692.amp.html

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

ALEMANHA: QUEM É O CAVALO E QUEM É O CAVALEIRO?


O Ministério alemão da Defesa do Consumidor e as secretarias estaduais (da Alemanha) se propõem a operar em conjunto no esclarecimento do escândalo da carne equina não declarada. Durante uma reunião extraordinária nesta segunda-feira (18/02) foi esboçado um plano de ação nacional de dez pontos.

Deste faria parte a imposição de rótulos de origem para carnes, em nível europeu; um sistema preventivo de alerta; e o fortalecimento das vias regionais de circulação na produção de gêneros alimentícios. O plano de ação visa esclarecer os recentes achados de carne de cavalo em produtos congelados que deveriam conter apenas carne bovina, declarou em Berlim a secretária do estado de Hessen, Lucia Puttrich.

Ela e seus colegas de pasta estudam se o plano deverá prever a aplicação de penas e multas mais severas para os infratores. A meta é tornar a falsa rotulagem tão pouco gratificante quanto possível, pois "a fraude deixa de ser atraente quando não dá lucro", observou a democrata-cristã Puttrich.

Também porco em döners

Segundo a ministra alemã da Alimentação, Agricultura e Defesa do Consumidor, Ilse Aigner, o objetivo é desvendar "onde a declaração falsa do produto ocorreu". Ela disse acreditar que mais casos virão à tona.

Uma das medidas sugeridas é a criação de um site central na internet com informações sobre produtos retirados do mercado por rotulagem enganosa. Estuda-se se os fabricantes de alimentos serão obrigados a comunicar aos órgãos estaduais eventuais suspeitas de fraude. Atualmente, a medida só é obrigatória em caso de riscos à saúde.

Além disso, a Alemanha deverá estender as análises de alimentos para além da lista de ingredientes estipulada na última semana pela União Europeia. Por exemplo: as refeições prontas deverão ser também examinadas quanto à adição de carne suína. Neste fim de semana foi constatada a presença de porco em döners – tipo de fast-food turca – em Berlim e Leipzig, fato totalmente inaceitável para os muçulmanos por questões religiosas.

Ativistas descontentes

Políticos de oposição acusam a ministra da Defesa do Consumidor de haver, até agora, impedido a adoção de normas mais severas: ainda em 2011 ela se opusera à designação de origem da carne. "Aigner tem que finalmente cuidar para que se saiba 'quem é o cavalo e quem é o cavaleiro'", exigiu a secretária-geral do Partido Social-Democrata, Andrea Nahles.

Para Jürgen Knirsch, perito da ONG ambiental Greenpeace, o plano de ação esboçado em Berlim não é o bastante. Ele quer uma melhor supervisão de toda a indústria de produção de carne, assim como o fim dos privilégios desta em relação ao Imposto de Valor Agregado (IVA). Knirsch afirma serem necessários "pelo menos outros mil fiscais de alimentos" em nível federal para conter a "máfia da carne".

O vice-diretor geral da organização de defesa do consumidor Foodwatch, Matthias Wolfschmidt, criticou a legislação federal sobre o assunto. Segundo ele, é absurdo um estado poder apenas registrar a constatação de derivados de carne equina falsamente declarados, ficando impedido de denominar os produtos que os contêm.

Problema transfronteiras

Enquanto isso, o escândalo se alastra na Alemanha. Grandes cadeias de supermercados, como Aldi Süd, Aldi Nord, Lidl e/ou seus fornecedores admitiram a presença de DNA equino em numerosas refeições prontas – de massas à bolonhesa à sopa gulache – que deveriam conter exclusivamente carne de gado.

O atual escândalo tem origem na Grã-Bretanha, e foi revelado na França e a Suécia, antes de chegar à Alemanha. As investigações são em ampla escala, já que numerosas firmas de vários países da UE estão envolvidas nas sucessivas fases de produção, e os ingredientes atravessam várias fronteiras até chegar à mesa do consumidor.

AV/dpa/afp/rtr
Revisão: Alexandre Schossler

DW.DE

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Carnes vermelhas aumentam e as brancas reduzem o risco cardíaco


O consumo de carne vermelha e carne processada - incluindo bacon e salsicha - aumenta bastante os riscos de doença cardíaca entre as mulheres, segundo estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos. Por outro lado, de acordo com os autores, ingerir alimentos ricos em “proteínas saudáveis” - como peixes, aves, laticínios desnatados e castanhas - pode reduzir os riscos de desenvolver problemas cardiovasculares.

Publicados na edição de agosto da revista científica Circulation, o estudo com 84 mil mulheres com idades entre 30 e 55 anos indicou que aquelas que comiam duas porções de carnes vermelhas por dia tinham 30% maior risco de desenvolver doença cardíaca coronariana do que aquelas que comiam apenas meia porção diariamente. E esse risco era reduzido em 30% se a carne vermelha fosse substituída por castanhas e nozes; e em 19% e 24% se a escolha fosse por aves e peixes, respectivamente.

Autor: Leandro Perché
Fonte: Blog Boa Saúde

SISSAÚDE

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Porto Alegre, a capital dos gordos


CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, QUARTA-FEIRA, 8 DE ABRIL DE 2009

O excesso de peso é um problema comum a 43,3% da população brasileira e a obesidade, a 13%. Entre as capitais, Porto Alegre é a que tem mais obesos e gordos do país. Os dados integram uma pesquisa do Ministério da Saúde, relativa ao ano passado, que identificou aumento de 1,6 ponto percentual no índice de obesidade em relação a 2006. Os resultados revelam que 47,3% dos homens e 39,5% das mulheres no país têm excesso de peso.
Os números contrastam com a mudança nos hábitos alimentares. O consumo de carne com gordura baixou de 39,2% em 2006 para 33,8% no ano passado e o de frutas e hortaliças subiu de 23,9% para 31,5%, na mesma base de comparação. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, não vê contradição nesse fato. 'A impressão é que um número muito grande de pessoas acima do peso ou obesas começaram a desenvolver práticas diferentes', disse.
A projeção é confirmada pela redução no contingente de sedentários, de 29,2% em 2006 para 26,3% em 2008. O levantamento aponta que a inatividade, predominante nas capitais do Nordeste, cai de acordo com a escolaridade. Natal, Recife e João Pessoa lideram esse ranking. Entre os idosos (com mais de 65 anos), o sedentarismo atinge 52,6%. O consumo abusivo de álcool cresceu de 16,1% para 19%, com maior expansão entre mulheres de 18 e 24 anos (alta superior a 20%). Quanto ao tabagismo, o hábito caiu de 34,8% da população em 1989 para 15,2% em 2008. Um ano antes, o índice foi de 16,4%.

domingo, 7 de setembro de 2008

'Comam menos carne', diz principal cientista da ONU


Richard Black
Repórter de Meio Ambiente da BBC News

As pessoas deveriam considerar comer menos carne como uma forma de combater o aquecimento global, segundo o principal cientista climático da Organização das Nações Unidas (ONU).

Rajendra Pachauri, que preside o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), fará a sugestão em um discurso em Londres na noite desta segunda-feira.

Números da ONU sugerem que a produção de carne lança mais gases do efeito estufa na atmosfera do que o setor do transporte.

Mas um porta-voz da União Nacional dos Fazendeiros da Grã-Bretanha disse que as emissões de metano de fazendas estão caindo.

Pachauri acaba de ser apontado para um segundo termo de seis anos como presidente do IPCC, o órgão que reúne e avalia os dados sobre clima dos governos mundiais, e que já conquistou um prêmio Nobel.

“A Organização da ONU para Agricultura e Alimentos (FAO) estima que as emissões diretas da produção de carne correspondem a 18% do total mundial de emissões de gases do efeito estufa”, disse à BBC.

“Então eu quero destacar o fato de que entre as opções para reduzir as mudanças climáticas, mudar a dieta é algo que deveria ser considerado.”

Clima de persuasão

O número da FAO de 18% inclui gases do efeito estufa liberados em todas as etapas do ciclo de produção da carne – abertura de pastos em florestas, fabricação e transporte de fertilizantes, queima de combustíveis fósseis em veículos de fazendas e as emissões físicas de gado e rebanho.

As contribuições dos principais gases do efeito estufa – dióxido de carbono, metano e óxido nítrico – são praticamente equivalentes, segundo a FAO.

O transporte, em contraste, responde por apenas 13% da pegada de gases da humanidade, segundo o IPCC.

Pechauri irá falar em um encontro organizado pela organização Compassion in World Farming, CIWF (Compaixão nas Fazendas Mundiais, em tradução-livre), cuja principal razão para sugerir que as pessoas reduzam seu consumo de carne é para reduzir o número de animais em indústrias pecuárias.

A embaixadora da CIWF, Joyce D’Silva, disse que pensar nas mudanças climáticas poderia motivar as pessoas a mudarem seus hábitos.

“O ângulo das mudanças climáticas pode ser bastante persuasivo”, disse.

“Pesquisas mostram que as pessoas estão ansiosas sobre suas pegadas de carbono e reduzindo as jornadas de carro, por exemplo; mas elas talvez não percebam que mudar o que está em seu prato pode ter um efeito ainda maior.”

Benefícios

Há várias possibilidades de redução dos gases de efeito estufa associados aos animais em fazendas.

Elas vão de ângulos científicos, como as variedades de gado geneticamente criadas para produzir menos metano em flatulências, até reduzir a quantidade de transporte envolvido, comendo animais criados localmente.

“A União Nacional dos Fazendeiros da Grã-Bretanha está comprometida em assegurar que a agropecuária seja parte da solução às mudanças climáticas, e não parte do problema”, disse à BBC uma porta-voz do órgão.

“Nós apoiamos fortemente as pesquisas com o objetivo de reduzir as emissões de metano dos animais de fazendas, por exemplo, mudando suas dietas e usando a digestão anaeróbica.”

As emissões de metano de fazendas britânicas caíram 13% desde 1990.

Mas a maior fonte mundial de dióxido de carbono vindo da produção de carne é o desmatamento, principalmente de florestas tropicais, que deve continuar enquanto a demanda por carne crescer.

D’Silva acredita que os governos negociando um sucessor ao Protocolo de Kyoto deveriam levar esses fatores em conta.

“Eu gostaria de ver governos colocarem metas para a redução de produção e consumo de carne”, disse.

“Isso é algo que deveria provavelmente acontecer em nível global como parte de um tratado negociado para mudanças climáticas, e seria feito de forma justa, para que as pessoas que têm pouca carne no momento, como na África sub-saariana, possam comer mais, e nós no oeste comeríamos menos.”

Pachauri, no entanto, vê a questão mais como uma escolha pessoal.

“Eu não sou a favor de ordenar coisas como essa, mas se houver um preço (global) sobre o carbono, talvez o preço da carne suba e as pessoas comam menos”, disse.

“Mas, se formos sinceros, menos carne também é bom para a saúde, e ao mesmo tempo reduziria as emissões de gases do efeito estufa.”