terça-feira, 25 de agosto de 2009

Morte de refugiados no Mediterrâneo gera acusações mútuas entre Itália e UE

Berlusconi:

Drama dos 73 africanos mortos de sede e à deriva traz à tona um velho problema da UE e a nova política de imigração linha dura de Berlusconi.

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Fruto do egoísmo

Sobre o caso dos 73 refugiados mortos, o jornal Corriere della Sera noticiou que, segundo os sobreviventes, seu barco, impossibilitado de manobrar, fora avistado por cerca de dez outras embarcações, inclusive da marinha maltesa, porém apenas marinheiros de duas delas atiraram mantimentos e água aos refugiados. Muitos deram apenas água e combustível para que pudessem prosseguir a viagem.

Apesar de sua situação traumática, os cinco sobreviventes, naturais da Eritreia, respondem a inquérito perante as autoridades italianas. Esse procedimento está previsto nas leis contra imigração clandestina recém-aprovadas pela coalizão de governo de Silvio Berlusconi.

No jornal dos bispos católicos Avvenire, o arcebispo Antonio Maria Vegliò, presidente do Conselho Papal de Migração, observa: "Nossas assim chamadas sociedades civilizadas desenvolveram, de fato, uma rejeição contra estrangeiros. Ela resulta não só da ignorância, mas também do egoísmo e da recusa em compartilhar".

Autor: Bernd Riegert/Tilman Kleinjung/Augusto Valente
Revisão: Rodrigo Rimon

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