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terça-feira, 9 de outubro de 2018

PASSAGEM INFERIOR DA AVENIDA CRISTÓVÃO COLOMBO



A Copa do Mundo FIFA de 2014 (evento também denominado Campeonato do Mundo) foi a vigésima edição deste evento esportivo, um torneio internacional de futebol masculino organizado pela Federação Internacional de Futebol (FIFA), que ocorreu no Brasil, anfitrião da competição pela segunda vez. Com doze cidades-sede, o campeonato começou a ser disputado no dia 12 de junho e terminou em 13 de julho de 2014.

Uma das cidades-sede foi Porto Alegre, no extremo sul do Brasil. Nessa cidade foram idealizadas várias obras para melhoria do trânsito durante o evento.

Ocorre que algumas dessas obras iniciaram e não terminaram até hoje, quase final de 2018.

Uma delas, que fica localizada próxima da minha residência é a Execução da Passagem Inferior da Avenida Cristóvão Colombo. Essa obra iniciou teoricamente em tempo hábil para ser executada até 2014, porém até o presente momento encontra-se inconclusa.

Não é necessário ser especialista em obras para concluir que a execução dessa obra chegou perto dos 100%, restando uma pequena parte a ser finalizada.

No entanto a passagem inferior da Av. Cristóvão Colombo encontra-se obstruída, abandonada pelo poder público.

Nela começa a ser montado um pequeno condomínio residencial informal por parte de novos empreendedores que surgiram abundantemente nos últimos tempos. Não pesquisei, porém não ficaria muito surpreso se já não estão sendo oferecidas opções de alojamento turístico no local, via Airbnb, ou algo similar.

Registre-se que essas obras foram iniciadas pelo Prefeito José Fortunatti, que administrou Porto Alegre de janeiro de 2009 até dezembro de 2016. O atual Prefeito, Nelson Marchezan Jr, iniciou seu mandato em janeiro de 2017 e está encerrando seu segundo ano de gestão do Município.





domingo, 13 de setembro de 2015

STF PROTEGE FALCATRUAS DA CBF



O Supremo Tribunal Federal segue garantindo o direito à CBF de não apresentar à CPI do futebol a abertura dos contratods de patrocínio.

Os parlamentares já fizeram até agora três requerimentos para ter acesso a documentos de enorme interesse público, como a relação da renda obtida com bilheteria e comercialização de direitos de transmissão dos jogos da Seleção, acordos com patrocinadores desde 2002, relação dos recursos recebidos da CBF em decorrência de acordo com a Fifa referente à organização da Copa do Mundo de 2014.

É por essas e outras que os mesmos dirigentes vêm se mantendo na CBF há anos sem nenhum tipo de problema.

Teve que o FBI, dos EUA, entrar nas investigações para que realmente acontecessem punições.

É inacreditável o poder da CBF em território nacional.

Convenhamos, não poder serem revelados contratos de recursos obtidos com a Seleção Brasileira é uma vergonha.

Nada é mais de interesse público do que a Seleção.

A proibição para investigar os recursos recebidos para a Copa do Mundo, patético.

O dinheiro público rolou direto na organização do evento.

Mas como? A CBF não precisa prestar contas de nada?


por Nando Gross (Correio do Povo, 13 de setembro de 2015)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Resultados podem ser manipulados no Mundial


Contrariamente ao que diz a Fifa, é grande a possibilidade de manipulação de alguns jogos da Copa do Mundo na África do Sul, diz o jornalista canadense Declan Hill.

"Não estou certo a 100%, mas as redes de apostadores estarão lá, com milhões para investir, e tentarão manipular jogos", afirma Hill, maior especialista do assunto, em entrevista à swissinfo.ch.

A própria Fifa, pela primeira vez, se diz preocupada com a possibilidade de manipulação de resultados na Copa do Mundo, embora um pouco tardiamente.

Na segunda-feira (7/6), a entidade assinou um acordo com a ESSA (Associação Europeia para a Segurança e Integridade no Esporte), que reúne, segundo a Fifa, grandes operadoras europeias do esporte on-line.

A Fifa afirma que ainda que um acordo anterior havia sido firmado entre a entidade e a ESSA para vigiar a Copa do Mundo da Alemanha-2006, quando não foram detectadas irregularidades.

Segundo Declan Hill, não vai adiantar nada porque o grosso das apostas hoje não vem da Europa e sim da Ásia, cuja máfia investe 450 bilhões de dólares no futebol. Ele investigou as máfias de apostas e publicou, em 2008, o livro Soccer & Organized Crime? (Futebol & Crime Organizado).

Em entrevista à swissinfo.ch, quando passou recentemente por Genebra, Hill foi categórico: houve manipulação na Copa da Alemanha, em 2006, inclusive em um jogo do Brasil e, muito provavelmente, haverá também na África do Sul.

swissinfo.ch: A manipulação de resultados é recente?

Delclan Hill: Não, tem uma longa história. Começou no século 19, na Inglaterra, quando o remo era um esporte profissional. Os apostadores e a corrupção mataram o remo profissional e agora podem matar o futebol. Já existia também no futebol, mas nos últimos anos mudou de escala.

swissinfo.ch: Como assim, o que mudou?

D.H.: Até mesmo as apostas legais influenciavam o futebol. Na Inglaterra, as apostas são legais e vi milionários apostando 10 milhões de libras em jogo da Liga dos Campeões entre Manchester United e AC Milan. O que mudou completamente de escala foi a entrada no mercado, de maneira ilegal, dos apostadores asiáticos que movimentam, segundo estimativas de fontes policiais dos Estados Unidos, em torno de 450 bilhões de dólares por ano.

swissinfo.ch: Isso é um volume enorme, não é exagerado? E como funciona?

D.H.: É a realidade. Para se ter uma ideia, a Fifa vai ganhar em direitos de transmissão aproximadamente 3 bilhões de francos suíços nesta Copa. Somente para três países asiáticos – Cingapura, Malásia e Indonésia – a soma das apostas é avaliada em 8 bilhões. Funciona como uma teia de aranha. Tem os apostadores de um lado e uma rede enorme de contatos de outro, envolvendo empresários de jogadores, juízes, técnicos, administradores, fedederações etc. Não faz muito tempo, foram presas duas pessoas na Alemanha que trabalhavam para apostadores asiáticos para manipular jogos na Turquia.

swissinfo.ch: Na Copa do Mundo, quem pode ser corrompido para vender um jogo?

D.H.: As seleções que têm bons jogadores que ganham mal e têm poucas chances de ganhar a Copa. É o a caso de algumas seleções africanas e de países do Leste Europeu. Não posso afirmar com certeza que é assim que vai acontecer, mas a probabilidade é grande. Entrevistei bastante gente das máfias e mantive contatos. Na Copa da Alemanha, me avisaram dos resultados de quatro jogos com antecedência. Chorei quando vi que o Brasil ganhou de Gana por 3 a 0. Tinham me avisado antes. Tenho certeza que jogadores ganenses foram pagos para perder o jogo. Isso nada a tinha a ver com os brasileiros ou a CBF, mas com jogadores e dirigentes de Gana.

swissinfo.ch: Quando e quem paga para manipular o resultado de um jogo?

D.H.: Depende, mas no mínimo 50 mil dólares para cada jogador. Pode chegar a 100 ou 150 mil e dois ou três jogadores envolvidos. Pode haver corrupção de técnicos, juízes e membros de federações nacionais. Em mais de 90% dos casos, imagino que o favorito vai ganhar, mas isso impede o efeito-surpresa que faz a beleza do esporte.

swissinfo.ch: No grupo da Suíça tem algum adversário suspeito?

D.H.: Tem Honduras. Eu não tenho qualquer suspeita com o país, mas alguns jogadores ganham 100 dólares por mês e a federação ainda não pagou o bicho pela classificação. São alvos ideais para os apostadores. E o risco é ainda maior no terceiro jogo da primeira fase, onde "pequenas" seleções ainda estão na competição. No exemplo de Honduras, imaginemos que ela perde para a Espanha e para o Chile. O último jogo é contra a Suíça, e Honduras não teria mais chance de se classificar. Quem apostasse milhões na Suíça gostaria de ter certeza da derrota de Honduras.

swissinfo.ch: E nas oitavas de final?

D.H.: É imaginável, se houver confronto entre uma grande e uma pequena equipe, mas não entre duas grandes como Brasil, Itália, Alemanha, França.

E o que faz a Fifa nisso tudo?

D.H.: Praticamente nada. Assinou um contrato visando detectar anomalias de apostadores on-line e uma linha para que jogadores que forem contatados denunciem anonimamente. As duas medidas não servem para nada. Sinceramente não sei porque não tomam medidas mais eficazes.

swissinfo.ch: Que medidas?

D.H.: Primeiro, criar uma espécie de polícia, como fez a Uefa – União Europeia de Futebol. Segundo, a Fifa deveria pagar diretamente os jogadores das seleções "menores" e não entregar o dinheiro às federações.

Claudinê Gonçalves, swissinfo.ch

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

DEUS TEM DUAS MÃOS


La segunda mano de Dios

Por Eduardo Febbro

Desde París, para Página/12

Diego Maradona ha dejado de estar solo. Otro hombre lo acompaña en ese Olimpo de los Dioses que, alguna vez, empujaron el destino del fútbol con las manos. Thierry Henry, el delantero del Barça y de la selección francesa de fútbol, le abrió a Francia el inmerecido acceso a la fase final de la Copa del Mundo 2010 con la ayuda de sus Dos Manos. En la línea del arco, cuando Francia perdía 1-0 ante Irlanda, Henry controló la pelota con las dos manos y ejecutó un pase que retomó Wiliam Gallas para marcar el gol de la clasificación. Faltó, después, la redención de la afrenta, un segundo gol, esa genialidad de Maradona en cuartos de final contra Inglaterra que restauró el honor de la victoria. Quedó, en el medio, un crujiente volcán de oprobio que va mucho más allá del gesto de Henry, de su confesión posterior y de esa imagen patética de Thierry Henry cuando, una vez finalizado el partido, se sienta en el césped junto al defensor irlandés Richard Dunne para consolarlo y admitir que había manejado la pelota con la mano. El oprobio viene de la dirigencia del fútbol mundial, la FIFA y la UEFA, tan celosas de la disciplina y las sanciones cuando se trata de países del sur y tan ciega, silenciosa y cómplice cuando los concernidos son las grandes democracias occidentales.

Maradona fue sancionado el domingo por la FIFA por las palabras insolentes que dijo luego de la clasificación argentina para el Mundial. También lo condenaron antes los medios nacionales, que lo trataron de grosero. Condena por demás paradójica e hipócrita en un país donde la provocación es una marca de la identidad y del encanto y el uso de palabras fuertes un arte que pocos idiomas manejan con tanta destreza e irónica frecuencia.

Pero la mano de Henry es la de un Dios del Norte y no merece, por consiguiente, ninguna intervención de las instancias internacionales. “Hay mano pero no soy el árbitro”, dijo Henry. La FIFA y la UEFA hicieron caso omiso de las imágenes, de las protestas y de los pedidos oficiales por parte de Irlanda para que el partido volviera a jugarse. Ni siquiera se pidió una convocatoria formal del jugador. El incidente pasó al terreno de la política luego de que el ministro de Justicia de Irlanda, Dermot Ahrne, y el primer ministro irlandés, Brian Cowen, apoyaran la demanda de la federación irlandesa de fútbol para que el encuentro volviera a jugarse. El primer ministro francés, François Fillon, salió al paso para decir que “no le corresponde al gobierno francés ni al irlandés inmiscuirse en el funcionamiento de la FIFA”. Esta, sin embargo, se cosió los labios. En cambio, sí abrió un procedimiento disciplinario contra Egipto –país del sur– por los incidentes que se produjeron antes y después del partido contra Argelia.

Los Dioses del norte están protegidos por el manto del olvido y el perdón de la FIFA. Si la mano hubiese sido de un marfileño, un guatemalteco, un argentino o un ruso se puede apostar porque ya estarían todos presos, incendiados, tratados con la más estricta ética del racismo y la diferencia étnica que tanto sobresale en los labios de los ignominiosos comentarios deportivos de la televisión francesa.

Thierry Henry ha sido honesto después de la batalla. El jugador ha encontrado un sistema deportivo y político que lo defiende. Valga de ejemplo una cita de un artículo publicado ayer en Libération por el ex mediocampista francés Vikash Dhorasoo: “El fútbol es un deporte y el deporte no está acá para ser justo. No siempre gana el mejor, y menos aún el más ético”.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Tribunal suíço faz graves acusações à Fifa


O Tribunal Penal do cantão (estado) de Zug, na Suíça, publicou detalhes da sentença proferida em julho passado sobre o caso de corrupção envolvendo a ISL, em que os juízes fazem sérias acusações contra a Fifa.

O documento de 179 páginas comprova que, através de empresas, fundações e "caixas dois" do conglomerado ISL/ISMM, foram pagos subornos no valor de 138 milhões de francos (US$ 115 milhões) a altos dirigentes esportivos.

Seis executivos do grupo ISL/ISMM, ex-número 1 do marketing esportivo mundial, foram levados ao banco dos réus no julgamento iniciado em Zug no começo deste ano. Três deles foram inocentados. Os outros três – incluindo o "homem do cofre" Jean-Marie Weber – levaram multas.

Além dos 138 milhões transferidos às contas de cartolas em todo o mundo, ainda estavam previstos mais 18 milhões de francos para propinas, mas este dinheiro acabou sendo bloqueado por ocasião da falência da firma em 2001.

Inicialmente, em 2001, a Fifa havia dado queixa contra a ISL/ISMM, supostamente por causa de um pagamento antecipado de 60 milhões de dólares feito pela TV Globo por direitos de transmissão da Copa de 2002, que a ISMM teria desviado para uma conta "secreta" em Liechtenstein, fora do controle da Fifa. Em 2004, surpreendentemente, a Fifa declarou não ter mais interesse em um processo penal. "Isso nunca foi justificado", lê-se na sentença do tribunal.

Argumentação "confusa"

O texto da sentença agora acusa a Fifa de ter tido um "comportamento enganoso, que, em parte, dificultou a investigação". A cooperação da entidade máxima do futebol com o juiz encarregado do caso "nem sempre ocorreu em conformidade com o melhor entender nem foi baseada no princípio da fidelidade e credibilidade".

Segundo a sentença citada por vários jornais, na terça-feira (25/11), a Fifa teria "silenciado" sobre conhecimentos internos e usado deliberadamente uma argumentação "confusa". Por isso, a entidade foi obrigada a pagar uma parte dos custos de investigação.

Durante o processo, advogados dos acusados chegaram a fazer graves denúncias de cumplicidade. Por exemplo, dois presidentes da Fifa, Joseph Blatter e seu antecessor, o brasileiro João Havelange, teriam exigido a permanência do "homem do cofre" Jean-Marie Weber no comando da ISL. Do contrário, não seriam mais firmados contratos com a agência.

Desta forma, os pagamentos teriam obtido o status de "acordos formais obrigatórios". Na linguagem oficial, os pagamentos de subornos eram chamados de "custos de compra de direitos". O sistema de fraude teria sido instalado com ajuda de autoridades fiscais suíças e renomados escritórios de advocacia, conforme documenta a sentença.

Isso foi facilitado pelo fato de o suborno de pessoas físicas (este é o status dos cartolas do esporte), pela lei Suíça da época, no período de 1989 a 2001, não era crime. Para poder declarar os contratos bilionários da ISL com a Fifa, o COI, a Uefa, Fina, Fiba, ATP, FIAA, entre outras, como "contrários aos bons costumes", era necessário haver contratos entre corruptores e corrompidos.

O "homem do cofre"

Jean-Marie Weber, que ainda trabalha para a Federação Internacional de Atletismo (FIAA), a Federação Africana de Futebol e tinha credenciamento do COI para os Jogos Olímpicos de Pequim, conhece os nomes de todos os que receberam dinheiro da ISL. Numa entrevista, ele disse que levará esses nomes para o túmulo.

A sentença resume as informações escritas e orais sobre práticas de corrupção de quatro dos seis acusados. Através dessas informações e do texto de acusação da Promotoria Pública de Zug, é descrito um sistema pelo qual a ISL dominou o esporte mundial durante 20 anos.

Segundo o jornal suíço NZZ, embora a maioria dos "beneficiados" mencionados na documentação do processo continue nos seus cargos – como, por exemplo, os membros do Comitê Executivo da Fifa Nicolas Leóz (Paraguai) e Ricardo Teixeira (Brasil) –, nenhuma entidade esportiva tomou iniciativas de esclarecimento.

O processo envolvendo a ISL ainda não está completamente concluído. Duas investigações ainda estão em curso para descobrir o paradeiro de mais receptores de propinas. Além disso, ainda não esclarecido se a Fifa pagou ou não 2,5 milhões de francos a Jean-Marie Weber para fechar um assim chamado "acordo para ocultar a corrupção".

swissinfo com agências