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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

MENOR DESEMPREGO DA HISTÓRIA DO BRASIL!

Fonte da imagem AQUI.

O desemprego brasileiro caiu para 4,7% em dezembro, ante 5,2% em novembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Com isso, a taxa fechou 2011 com a média de 6,0% , sendo que em 2010 ela havia ficado em 6,7%.

Os resultados de dezembro e do ano são os menores desde o início da série em 2002. Economistas consultados pela agência inglesa de notícias Reuters projetavam leitura de 4,9% em dezembro.

No mês passado, a população ocupada caiu 0,4% em comparação a novembro, totalizando 22,734 milhões. Sobre dezembro de 2010, houve um crescimento de 1,3%.

Na média de 2011, a população ocupada avançou 2,1% ante 2010, chegando a 22,5 milhões.

O salário médio do trabalhador brasileiro, em dezembro, ficou em R$1.650,00, um ganho de 1,1% sobre novembro e de 2,6% em relação a um ano antes.

Na média do ano passado, o salário médio ficou em R$1.625,46, crescimento de 2,7% sobre a média de 2010 e o maior patamar médio da série do IBGE.

CdB

sábado, 18 de dezembro de 2010

Consumo da classe C cresce sete vezes desde 2002, diz estudo

João Fellet
Da BBC Brasil em São Paulo

Os gastos da classe C com produtos e serviços cresceram 6,8 vezes entre 2002 e 2010 e quase igualaram as despesas das classes A e B somadas, segundo um estudo do instituto Data Popular baseado em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Neste ano, a classe C (integrada por pessoas cuja renda domiciliar varia entre R$ 1.530 e R$ 5.100) gastou R$ 864 bilhões com o consumo, ao passo que as classes A e B desembolsaram, juntas, R$ 909 bilhões.

Com isso, a classe C, que em 2002 respondia por 25,8% dos gastos dos brasileiros, hoje responde por 41,35% e é, isoladamente, a que mais consome no Brasil.

Já as classes A e B, que há oito anos eram responsáveis por 58,1% das despesas, agora respondem por 42,9%. Apesar disso, os gastos nessa faixa social cresceram três vezes no período.

As classes D e E, que passaram a consumir 4,2 vezes mais nos últimos oito anos, mantiveram a sua participação, sendo responsáveis por 15,7% dos gastos totais dos brasileiros.

Principal mercado

“A classe C deixou de ser vista como segmento de mercado e fecha 2010 como o verdadeiro mercado brasileiro”, diz à BBC Brasil Renato Meirelles, diretor do Data Popular, instituto de pesquisas focado nas classes C, D e E.

Segundo Meirelles, o crescimento do consumo na classe C, também chamada de “nova classe média”, tem três explicações: o grupo social inchou no período, passando a englobar 50,5% dos brasileiros, segundo a Fundação Getúlio Vargas, seus rendimentos médios aumentaram, e também cresceu a oferta de crédito a seus integrantes.

Ele diz que, como resultado do maior peso da classe C, as empresas estão sendo obrigadas a produzir itens de maior qualidade e melhor relação custo-benefício.

“Como tem menos dinheiro que os clientes mais ricos, o consumidor da classe C tende a correr menos riscos na hora das compras e a optar por produtos de marcas conhecidas, de qualidade comprovada”, diz Meirelles.

Para ele, “foi-se o tempo em que produtos vagabundos e baratos serviam para esse grupo”.

Educação

O estudo do Data Popular, que usou informações da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do IBGE, revela também que os gastos dos brasileiros com educação cresceram 4,4 vezes nos últimos oito anos.

O maior crescimento, de 8,6 vezes, também ocorreu na classe C. Ainda assim, os gastos do grupo nesse campo (R$ 15,7 bilhões) seguem distantes dos investimentos somados das classes A e B (R$ 34,4 bilhões).

Para Meirelles, isso ocorre porque, nesse setor, a classe C larga atrás dos mais ricos: muitos de seus membros não concluíram o ensino médio e, portanto, nem sequer poderiam gastar com o ensino superior.

Além disso, diz ele, a oferta de vagas em universidades privadas para estudantes mais pobres é um fenômeno recente.

No entanto, Meirelles crê que a classe C também acabará ultrapassando os mais ricos em gastos com educação, já que o grupo tem uma maior proporção de jovens e está consciente de que o estudo impulsiona a renda.

Utensílios domésticos

A pesquisa revela ainda que os gastos com móveis, eletrodomésticos e utensílios domésticos foram os que mais cresceram em relação aos gastos totais dos brasileiros: passaram de 22,8%, em 2002, para 32,18%, em 2010.

Nesse setor, segundo o Data Popular, a classe C já gasta mais do que as classes A e B: a "nova classe média" deverá encerrar 2010 com 45% das despesas com esses produtos, enquanto os mais ricos responderão por 37%.

A pesquisa mostra que a porcentagem de domicílios com computador passou de 14%, em 2002, para 34%, em 2009.

Na classe C, 13% das casas contavam com um computador em 2002; em 2009, eram 52%. Nas classes D e E, a presença do item subiu, respectivamente, de 1% para 15% e de 1% para 6%.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

The Sun: por que amamos a economia brasileira

Jornal britânico trata o Brasil como "potência financeira"

 

"Brasil é famoso por suas praias deslumbrantes, carnavais e grandes jogadores. Mas agora o mundo está doido por algo mais - a economia do país", diz o editorial do The Sun "Why we´d all love a Brazilia... economy, that is". (26.10).

Tratando o Brasil como uma "potência financeira", o texto diz que o acesso ao voto no Fundo Monetário Internacional marca a emergência do país no cenário mundial. A revolução econômica está alimentando a confiança nacional, diz o The Sun.

Para justificar a ascensão brasileira, o texto faz referência no impulso comprador chinês, nas descobertas do pré-sal e ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Mas os desafios permanecem enormes se o Brasil quiser finalmente chegar ao palco mundial como uma superpotência. São necessários grandes investimentos em rodovias, ferrovias e aeroportos", recomenda o The Sun.

"O Brasil está à beira de um momento muito importante e precisa acelerar. A maioria dos trabalhos macro está feita, agora precisa de alguns ajustes", disse Flavia Cattan-Naslausky, estrategista de câmbio do Royal Bank of Scotland à publicação.

Fonte: PIB

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Equilíbrio entre governo e mercado é sucesso no Brasil, diz economista-chefe da OCDE


O italiano Pier Carlo Padoan, secretário-geral adjunto e economista-chefe da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), vê o Brasil como uma “história de sucesso” no contexto da crise financeira global porque soube encontrar um novo equilíbrio entre o livre mercado e a intervenção do Estado na economia.

Em entrevista à BBC Brasil, Padoan diz que o “Brasil encontrou um equilíbrio importante entre o crescimento econômico e as questões sociais” embora possa crescer mais se houver melhorias na educação e no sistema fiscal.

Ele fala também dos desafios da Europa diante da crise econômica global e diz que essa "é uma oportunidade importante para mudanças positivas" no continente.

Leia a entrevista AQUI.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Equador e Bolívia são casos de sucesso em meio à crise global


The Guardian – Londres, via Correio Internacional, via Carta Maior

De acordo com a sabedoria convencional transmitida diariamente na imprensa econômica, os países em desenvolvimento deveriam se desdobrar para agradar as corporações multinacionais, seguir a política macroeconômica neoliberal e fazer o máximo para atingir um grau de investimento elevado e, assim, atrair capital estrangeiro.

Adivinhem qual país das Américas deve atingir o crescimento econômico mais rápido nesse ano? A Bolívia. O primeiro presidente indígena do país, Evo Morales, foi eleito em 2005 e assumiu o cargo em janeiro de 2006. Bolívia, o país mais pobre da América do Sul, seguiu os acordos com o FMI [Fundo Monetário Internacional] por 20 anos consecutivos e sua renda per-capita ao final desde período era mais baixa do que 27 anos antes.

Evo descartou o FMI apenas três meses depois de assumir a presidência e então nacionalizou a indústria de hidrocarbonetos (especialmente gás natural). Não é preciso dizer que isso não agradou a comunidade corporativa internacional. Também foi mal vista a decisão do país de se retirar do painel de arbitragem internacional do Banco Mundial em maio de 2007, cujas decisões tinham tendência a favorecer as corporações internacionais em detrimento dos governos.

A nacionalização e os crescentes lucros advindos dos royalties dos hidrocarbonetos, no entanto, têm rendido ao governo boliviano bilhões de dólares em receita adicional (o PIB total da Bolívia é de apenas 16,6 bilhões de dólares, para uma população de 10 milhões de habitantes). Essas rendas têm sido úteis para a promoção do desenvolvimento pelo governo, e especialmente para manter o crescimento durante a crise. O investimento público cresceu de 6,3% do PIB em 2005 para 10,5% em 2009.

O crescimento da Bolívia em meio à crise mundial é ainda mais notável, já que o país foi atingido em cheio pela queda de seus preços dos produtos de exportação mais importantes – gás natural e minerais – e também por uma perda de espaço no mercado estadunidense. A administração Bush cortou as preferências comerciais da Bolívia, que eram concedidas dentro do Pacto Andino de Promoção do Comércio e Erradicação das Drogas [ATPDA, na sigla em inglês], supostamente para punir a Bolívia por sua insuficiente cooperação na “guerra contra as drogas”.

Na realidade, foi muito mais complicado: a Bolívia expulsou o embaixador estadunidense por causa de evidências do apoio dado pelo governo estadunidense à oposição ao governo de Morales; a revogação do ATPDA aconteceu logo em seguida. De qualquer maneira, a administração Obama ainda não mudou com relação à política da administração Bush para a Bolívia. Mas a Bolívia já provou que pode se virar muito bem sem a cooperação de Washington.

O presidente de esquerda do Equador, Rafael Correa, é um economista que, muito antes de ser eleito em dezembro de 2006, entendeu e escreveu a respeito das limitações do dogma econômico neoliberal. Ele tomou posse em 2007 e estabeleceu um tribunal internacional para examinar a legitimidade da dívida do país. Em novembro de 2008 a comissão constatou que parte da dívida não foi legalmente contratada, e em dezembro Correa anunciou que o governo não pagaria cerca de 3,2 bilhões de dólares da sua dívida internacional.

Ele foi tiranizado na imprensa econômica, mas a operação foi bem sucedida. O Equador cancelou um terço da sua dívida externa declarando moratória e reembolsando os credores a uma taxa de 35 centavos por dólar. A avaliação para o crédito internacional do país continua baixa, mas não mais do que antes da eleição de Correa, e até subiu um pouco depois que a operação foi completada.

O governo de Correa também causou a fúria dos investidores estrangeiros ao renegociar seus acordos com empresas estrangeiras de petróleo para captar uma parte maior dos lucros com a alta dos preços do petróleo. E Correa resistiu à pressão feita pela petrolífera Chevron e seus poderosos aliados em Washington para retirar seu apoio a um processo contra a empresa por supostamente poluir águas subterrâneas, com danos que poderiam exceder 27 bilhões de dólares.

Como o Equador está se saindo? O crescimento tem atingido saudáveis 4,5% durante os dois primeiros anos da presidência de Correa. E o governo tem garantido a redistribuição da renda: gastos com saúde em relação ao PIB dobraram e gastos sociais em geral têm sido expandidos consideravelmente de 4,5% para 8,3% do PIB em dois anos. Isso inclui a duplicação do programa de transferência de renda às famílias pobres, um aumento de 474 milhões de dólares em despesas de habitação, e outros programas para famílias de baixa renda.

O Equador foi atingido fortemente por uma queda de 77% no preço das suas exportações de petróleo de junho de 2008 até fevereiro de 2009, assim como pelo declínio das remessas de capital provenientes do exterior. Apesar disso, o país superou as adversidades muito bem. Outras políticas heterodoxas, juntamente com a moratória da dívida externa, têm ajudado o Equador a estimular sua economia sem esgotar suas reservas.

A moeda do Equador é o dólar estadunidense, o que descarta a possibilidade de políticas cambiais e monetárias para esforços contra-cíclicos numa recessão – uma deficiência relevante. Em vez disso, o Equador foi capaz de fazer acordos com a China para um pagamento adiantado de 1 bilhão de dólares por petróleo e mais 1 bilhão de empréstimo.

O governo também começou a exigir dos bancos equatorianos que repatriassem algumas de suas reservas mantidas no exterior, esperando trazer de volta 1,2 bilhões e tem começado a repatriar 2,5 bilhões das reservas estrangeiras do banco central para financiar outro grande pacote de estímulo econômico.

O crescimento do Equador provavelmente será de 1% esse ano, o que é muito bom em relação à maior parte de seu hemisfério. O México, por exemplo, no outro lado do espectro, tem projetado um declínio de 7,5% no seu PIB em 2009.

A maior parte dos relatórios e até análises quase-acadêmicas da Bolívia e do Equador dizem que eles são vítimas de governos populistas, socialistas e “anti-americanos” – alinhados com a Venezuela de Hugo Chávez e Cuba, é claro – e estão no caminho da ruína. É claro que ambos os países ainda têm muitos desafios pela frente, dos quais o mais importante será a implementação de estratégias econômicas que diversifiquem e desenvolvam suas economias no longo prazo. Mas eles começaram bem, dedicando à ordem econômica e política externa convencionais – na Europa e nos Estados Unidos – o respeito que ela merece.

Mark Weisbrot

Tradução: Raquel Tebaldi