Ilona Szabó: “O Brasil possui o maior número absoluto de mortes por armas de fogo no planeta — cerca de 44 mil em 2017. Sabemos que o custo de matar aqui é baixo. Menos de 10% das mortes violentas resultam em condenação. Ao contrário do que seu nome fantasia sugere, o Estatuto do Desarmamento não desarma o cidadão. Hoje, um brasileiro maior de 25 anos pode possuir até seis armas em casa ou local de trabalho, desde que cumpra requisitos. No entanto, é importante que se entenda que possuir uma arma é um ato de grande responsabilidade. Armas são instrumentos de ataque e raramente de defesa, e aumentam o risco de acidentes, suicídios e assassinatos de parceiros íntimos em lares onde estão presentes. Se sua escolha é possuir uma, não subestime os riscos. O estatuto proíbe o porte de armas para civis, isto é, cidadãos comuns não podem andar armados nas ruas. Faz todo sentido. A ideia de que armar civis torna as sociedades mais seguras é um mito. Estudo do Ipea em São Paulo mostra que o aumento de 1% de armas de fogo eleva em até 2% a taxa de homicídio. Um último esclarecimento sobre o referendo de 2005. Nele, a população decidiu que civis poderiam continuar a comprar armas no Brasil. E seu resultado foi respeitado, uma vez que a posse continua permitida no país.” (Folha) via Pioneiros
Enquanto isso...
Dezenas de milhares de secundaristas, em todos os Estados Unidos, deixaram
ontem suas salas de aula em escolas de grandes centros urbanos como Nova York e
Chicago, mas também em cidades médias e pequenas. Levantaram-se, abriram as
portas e desceram corredores reunindo-se em silêncio no lado de fora. Nenhum
ato reuniu tanta gente num gesto político simultâneo desde os protestos contra a Guerra
do Vietnã, nos anos 1960. O walkout
marcou um mês da morte de 17 estudantes num high school da Flórida. Daqui a dez
dias uma grande passeata está marcada para Washignton. Pedem maior controle na
venda de armas.
Fonte: https://www.canalmeio.com.br/
Assunto muito sério! A conjuntura está cada vez mais feia...
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