sexta-feira, 13 de abril de 2018

ECONOMIA TRAVADA

A tradicional Rua da Praia, no Centro de Porto Alegre, está tomada por novos "empreendedores", vítimas do desemprego massivo.

por Affonso Ritter, abril de 2018.


A economia brasileira cresceu 1% em 2017. A expectativa era que avançasse 3% este ano. Mas os primeiros indicadores não correspondem. Como as vendas do varejo, que recuaram 0,2% em fevereiro sobre janeiro quando a expectativa era de 0,80%. O que está acontecendo? Um dos fatores é que o estoque de crédito não cresce, exatamente no momento em que a taxa Selic - os juros básicos da economia - está no menor patamar histórico: 6,5% ao ano. A proporção da massa de crédito em relação ao PIB caiu de 49,6% em dezembro de 2016 para 46,4% em fevereiro deste ano, o último dado disponível. Menor oferta de crédito, inadimplência ainda elevada, mais de 13 milhões de desempregados e as incertezas fiscais e políticas explicam esse movimento, dizem especialistas. "O principal sentimento em relação a qualquer coisa é a cautela. Isso sem falar no desemprego. Houve melhora no último trimestre de 2017, mesmo que somente de vagas informais. Todos acreditavam que a melhoria seria mais vigorosa, mas não está sendo - diz Nicola Tingas, presidente da Acrefi.

Comentário do Blog:

Cada vez que leio em jornais e na internet, ou escuto declarações de dirigentes empresariais declarando otimismo com a situação econômica, sinto alguns calafrios. Parece uma nova lei das proporções: quanto mais esses dirigentes ficam otimistas, pior fica a economia e a vida das pessoas.

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