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quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

NATAL: A ORIGEM!




A história do Natal começa, na verdade, pelo menos 7 mil anos antes do nascimento de Jesus. É tão antiga quanto a civilização e tem um motivo bem prático: celebrar o solstício de inverno, a noite mais longa do ano no hemisfério norte, que acontece no final de dezembro. Dessa madrugada em diante, o sol fica cada vez mais tempo no céu, até o auge do verão. É o ponto de virada das trevas para luz: o “renascimento” do Sol.
Num tempo em que o homem deixava de ser um caçador errante e começava a dominar a agricultura, a volta dos dias mais longos significava a certeza de colheitas no ano seguinte. E então era só festa. Na Mesopotâmia, a celebração durava 12 dias. Já os gregos aproveitavam o solstício para cultuar Dionísio, o deus do vinho e da vida mansa, enquanto os egípcios relembravam a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos.
Na China, as homenagens eram (e ainda são) para o símbolo do yin-yang, que representa a harmonia da natureza. Até povos antigos da Grã-Bretanha, mais primitivos que seus contemporâneos do Oriente, comemoravam: o forrobodó era em volta de Stonehenge, monumento que começou a ser erguido em 3100 a.C. para marcar a trajetória do Sol ao longo do ano.
A comemoração em Roma, então, era só mais um reflexo de tudo isso. Cultuar Mitra, o deus da luz, no 25 de dezembro era nada mais do que festejar o velho solstício de inverno – pelo calendário atual, diferente daquele dos romanos, o fenômeno na verdade acontece no dia 20 ou 21, dependendo do ano. Seja como for, o culto a Mitra chegou à Europa lá pelo século 4 a.C., quando Alexandre, o Grande, conquistou o Oriente Médio. Centenas de anos depois, soldados romanos viraram devotos da divindade. E ela foi parar no centro do Império.
Mitra, então, ganhou uma celebração exclusiva: o Festival do Sol Invicto. Esse evento passou a fechar outra farra dedicada ao solstício. Era a Saturnália, que durava uma semana e servia para homenagear Saturno, senhor da agricultura. “O ponto inicial dessa comemoração eram os sacrifícios ao deus.
Enquanto isso, dentro das casas, todos se felicitavam, comiam e trocavam presentes”, dizem os historiadores Mary Beard e John North no livro Religions of Rome (“Religiões de Roma”, sem tradução para o português). Os mais animados se entregavam a orgias – mas isso os romanos faziam o tempo todo. Bom, enquanto isso, uma religião nanica que não dava bola para essas coisas crescia em Roma: o cristianismo.
Os primeiros cristãos não estavam interessados em comemorações natalinas.
Não havia nenhum comando bíblico para fazê-lo e nenhuma data específica.
Mas, no século 4, quando as heresias concorrentes começaram a aparecer com força, houve uma necessidade de sublinhar o nascimento histórico de Cristo.
A primeira referência ao 25 de dezembro é de 336 d.C., no reinado do imperador Constantino, devoto de Mitra.
O mitraísmo era uma religião influente no exército romano.
Com o tempo, foram incorporados o Papai Noel, as renas etc. Os presentes surgiram na Idade Média, a partir de lendas nórdicas. 
O primeiro presépio do mundo teria sido montado em argila por São Francisco de Assis em 1223. Pegou. Quem não se emociona com aquela cena?
Uma colcha de retalhos muito bem urdida, chupada de outras tradições, sucesso absoluto há séculos.
Uma dica: guarde isso para você. Ninguém precisa de um chato metido a sabichão estragando a festa com choques de realidade e pavor.
...
A vida real já é suficientemente dura.
Feliz Natal. Com ou sem fake news.

Fonte do Texto: http://desacato.info/o-natal-e-a-mae-e-o-pai-das-fake-news-feliz-natal/
Fonte da Imagem:  https://www.flickr.com/photos/evenliu/46420340972

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

PAPAI NOEL: MAU EXEMPLO PARA AS CRIANÇAS


Papai Noel promove estilo de vida pouco saudável

Com sua figura avantajada e a imensa barriga, o Papai Noel estaria sendo um mau exemplo para as crianças, de acordo com o especialista em saúde pública Nathan Grills, da Monash University, da Austrália.

Figura reconhecida em todo o mundo – e possivelmente uma das mais famosas –, a capacidade do Papai Noel de vender produtos já foi assimilada há muito tempo pelas empresas e comércio, afirma o pesquisador, mas os serviços de saúde pública ainda não estudaram o impacto que seus hábitos podem ter sobre as crianças.

Ele propõe ainda uma nova imagem do Papai Noel, mais saudável, para garantir influência positiva.

Segundo artigo publicado no site da revista especializada British Medical Journal, a tradição anglo-saxã de deixar um copo de brandy ou vinho do Porto para ajudar o Papai Noel em sua viagem noturna, por exemplo, poderia incentivar o hábito de beber álcool antes de dirigir.

“Se o Papai Noel tomar cada dose de brandy ou Porto deixada para ele, vai estar acima do limite depois de poucas casas”, afirma o autor.

A tradição de deixar biscoitos, tortinhas ou um copo de leite também estaria promovendo a obesidade, e o autor sugere que ao bom velhinho seja destinado o mesmo lanche preparado para a rena Rudolph, de cenouras e aipo.

“Ele também poderia ser encorajado a adotar um método mais ativo para entregar os presentes – trocando suas renas por uma bicicleta ou simplesmente andando, ou correndo.”

Esportes radicais

Além da obesidade e alcoolismo, Papai Noel também promoveria “esportes” radicais.

“Ferimentos são a principal causa de mortalidade na infância”, diz o artigo, afirmando que a imagem de saúde pública do Papai Noel em relação à prevenção de acidentes já foi questionada.

“Apesar dos riscos da viagem aérea em alta velocidade, o Papai Noel nunca foi visto usando cinto de segurança, ou um capacete”, escreve Grills.

O autor acredita que o “bom velhinho” poderia ainda ser acusado de ignorar leis de trânsito e promover direção em alta velocidade (para entregar todos os presentes em uma noite), além de promover esportes radicais como “surfe de telhado” e “salto na chaminé”.

O artigo, no entanto, menciona que, pelo menos agora, o Papai Noel não é mais fumante, já que foi proibido o uso de sua imagem em propagandas de cigarro em muitos países. Mas ainda assim é possível encontrar cartões de Natal que mostram o velhinho com um charuto ou um cachimbo.

Para completar, o especialista em saúde pública lembra que a maioria dos Papais Noéis contratados para trabalhar durante o Natal não passam por exames médicos e poderiam, facilmente, ser um vetor de contaminação por doenças como a gripe, por exemplo.

Grills conclui que, no campo de pesquisas da saúde pública, “há decepcionante falta de pesquisas rigorosas sobre o efeito do Papai Noel na saúde pública” e que seriam necessárias mais pesquisas para que as autoridades agissem para regular as atividades do bom velhinho.

Mas o pesquisador afirma que “precisamos estar cientes de que o Papai Noel tem uma habilidade de influenciar pessoas, especialmente crianças, em direção a um comportamento pouco saudável”.

Segundo Grills, se Papai Noel influenciar apenas 0,1% das crianças, milhões de vida já seriam prejudicadas.

BBC

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Cidade alemã 'proíbe Papai Noel'


Marcio Damasceno
De Berlim para a BBC Brasil

A câmara municipal de Fluorn-Winzeln, lugarejo com pouco mais de 3 mil habitantes localizado às margens da Floresta Negra, declarou a região uma "zona livre de Papai Noel".

De acordo com o prefeito local, Bernhard Tjaden, o objetivo é preservar as tradições do Natal, segundo ele freqüentemente esquecidas nessa época do ano em favor do consumismo.

A idéia é incentivar os cidadãos a substituir o "bom velhinho" pela figura histórica de São Nicolau.

"O Papai Noel é um personagem artificial" argumenta Tjaden. "Ele não lembra em nada São Nicolau, que ajudava pessoas carentes e era um amigo das crianças", explica.

Campanha

As escolas e os comerciantes da região aderiram ao apelo, retirando as decorações com Papai Noel das vitrines e colando adesivos com um sinal de “proibido” em seus estabelecimentos.

Cartazes com o rosto do personagem atravessado por uma faixa vermelha adornam não só o interior de lojas e repartições públicas, mas os avisos, que se parecem com uma placa de trânsito, foram pendurados também na fachada do prédio da prefeitura e até junto à sinalização que marca as entradas do município.

Nas salas de aulas, professores ensinam às crianças o significado do Natal e contam histórias de São Nicolau, bispo de Mira no século IV, que serviu de inspiração para o ícone natalino.

Os alunos são orientados a diferenciar o "original" da "cópia" e desenhos no quadro negro mostram as diferenças entre os trajes de ambos, destacando a mitra episcopal no lugar do gorro vermelho e o cajado substituindo o saco de presentes.

A campanha "Zona livre de Papai Noel" foi criada por uma entidade assistencial ligada Confederação dos Bispos da Alemanha para resgatar São Nicolau como símbolo original das festas natalinas e combater o “consumismo” nas festas de fim de ano.

A renda obtida na venda de cartazes, adesivos e outros produtos será destinada à entidades que prestam ajuda a crianças com doenças terminais. Esta é a primeira vez que a idéia é apoiada oficialmente pela administração de um município.