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sábado, 18 de abril de 2009

Cartas revelam amor da filha de Mussolini por um comunista

Lipari (Sicilia):

Por Eliza Apperly

ROMA (Reuters) - Trinta e seis cartas de amor encontradas na ilha italiana de Lipari revelaram um caso de amor ilícito entre a filha do ex-ditador fascista Benito Mussolini e um destacado resistente comunista.

Escrita em francês, inglês e italiano, a correspondência secreta inspirou um livro recém-lançado, "Edda Ciano and the Communist. The unspeakable Passion of the Duce's Daughter"(Edda Ciano e o comunista: a paixão inefável da filha de Il Duce).

"Nada foi enfeitado", disse o autor Marcello Sorgi, que descreve seu livro como "reconstrução jornalística" do romance.

Datadas de entre setembro de 1945 e abril de 1947, as cartas mapeiam o caso de amor entre a filha mais velha de Mussolini e Leonida Bongiorno, líder comunista regional e filho de um antifascista influente.

Edda tinha sido casada anteriormente com Galeazzo Ciano, fascista leal que se tornou ministro do Exterior mas foi executado por seu sogro depois de afastar-se politicamente dele em julho de 1943. Apesar dos apelos de Edda, Mussolini ordenou que Ciano fosse amarrado a uma cadeira e fuzilado.

Após a queda do regime fascista, perto do final da 2a Guerra Mundial, Edda foi detida em Lipari, ao largo da Sicília.

Ali ela conheceu Bongiorno ao final de uma manifestação, e ele descreveu mais tarde a aparência dela, "como uma andorinha ferida com as asas despedaçadas."

O caso de amor que se seguiu é contado nas cartas, escondidas na casa do filho de Leonida, Edoardo, juntamente com lembranças com anotações, fotos e mechas de cabelo.

"Leonida tem plena consciência da contradição entre sua consciência política de comunista e resistente e seu relacionamento com a filha de Il Duce", disse Sorgi à Reuters.

"Ele parece ter justificado seu amor a ele mesmo, citando o estado precário de saúde de Edda. Como ela era a 'andorinha ferida', ele não podia abandoná-la para morrer."

De acordo com as cartas, que detalham o primeiro encontro amoroso do casal no terraço da casa de Leonida, Edda, num primeiro momento, relutou em envolver-se emocionalmente.

Mas, depois de ser libertada de Lipari, em junho de 1946, ela retornou a seus filhos em Roma, de onde suplicou a Leonida: "Venha viver comigo. Não desista da felicidade que Deus lhe está oferecendo."

Mas Leonida já tinha conhecido sua futura mulher, Angela, e ele e Edda tiveram apenas mais um encontro, num hotel na cidade siciliana de Messina. Leonida retornou a Lipari e se casou com Angela.

Edda Ciano, que negou terminantemente ter tido qualquer envolvimento pessoal ativo com o regime fascista, morreu em Roma em 1995.

Mussolini foi executado em abril de 1945, e seu corpo foi exposto ao público, pendurado, em Milão. Ele ainda é uma figura ambígua na política italiana. Rechaçado por muitos que o vêem como líder de um Estado policial racista e opressor, outros dizem que ele modernizou a Itália e sua economia.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Partido italiano dará recompensa a pais que batizarem filho de Benito


Duncan Kennedy
Da BBC News em Roma

Um partido de extrema-direita italiano está oferecendo 1.500 euros (cerca de R$ 4.500) para pais que decidam dar a seus filhos o nome do líder fascista Benito Mussolini ou de sua mulher, Rachele.

O pequeno partido Movimento Sociale-Fiamma Tricolore (MS-FT) nega que a atitude tenha alguma conotação racista e afirma que os nomes Benito e Rachele são apenas “bons”.

Segundo o partido, o dinheiro deve servir para que os pais comprem berços, roupas e comidas para os bebês.

A recompensa está disponível em cinco áreas do sul da Itália e, segundo a agremiação, deve ajudar a combater os baixos índices de natalidade da região.

Apesar do grupo afirmar ter escolhido os dois nomes “casualmente”, para grande parte dos italianos Benito e Rachele são uma referência óbvia ao líder fascista e sua mulher.

Para ganhar a recompensa, pelo menos um dos pais precisa ser italiano.