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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

VISÃO DE FUTURO

Protesto na Islândia (a camiseta diz, em tradução livre: "seu banco não se importa com você"):


Caras(os) leitoras(es):

Abaixo publico artigo sobre a Islândia, indicado pelo RS URGENTE. Como podem ver, esse artigo foi escrito em 2005. Três anos depois, como todos sabem, a Islândia está quebrada, pedindo ajuda para os vizinhos. O texto do artigo está disponível na internet. Os grifos no artigo foram feitos por mim, para ressaltar algumas passagens interessantes.

Omar




Islândia - país da liberdade

Especial para o IL
Mont Pèlerin 2005
23.08.05

Cândido Prunes*


O elevado nível educacional na Islândia é apenas um dos fatores para o tremendo progresso verificado no país depois da II Guerra Mundial. O principal elemento, entretanto, que garante um dos mais elevados padrões de vida da Europa é a liberdade.

De fato, a Islândia é um dos países mais livres do mundo. Segundo o índice de liberdade apurado pelo Wall Street Journal e The Heritage Foundation, recentemente divulgado, a Islândia é o oitavo país mais livre do mundo. Recebeu nota 1,76 (numa escala que vai ate 5, sendo que quanto mais baixa a nota, maior o grau de liberdade econômica). A Islândia encontra-se entre países como a Dinamarca e a Nova Zelândia.

Para dar uma medida sobre o grau de liberdade que se desfruta na Islândia, o Brasil, na mesma classificação, ficou em 90º. lugar, na duvidosa companhia de países como Costa do Marfim e Burkina Faso. A renda per capita na Islândia é simplesmente dez vezes maior do que a brasileira.

A Islândia entrou num círculo virtuoso de desenvolvimento nos últimos dez anos, quando algumas reformas liberalizantes foram introduzidas. Hoje o país não pensa, sequer, em entrar para a União Européia, pois deseja distância do "centralismo de Bruxelas", para usar uma expressão do seu próprio ministro das relações exteriores. Hoje o país tem sua carga tributária reduzida para apenas 26,4% do PIB, apesar de ainda manter um sistema previdenciário muito amplo. No Brasil, o Estado arrecada quase 40% do PIB e praticamente nenhum serviço público funciona a contento.

O ambiente econômico islandês não poderia ser melhor: baixa carga tributária, pouca regulamentação, elevada proteção ao direito de propriedade e poucas barreiras para o fluxo de capitais e investimentos estrangeiros. Com isso, uma ilha isolada no Círculo Polar Ártico, sem maiores recursos naturais, exceto a pesca, conseguiu um desenvolvimento social que a coloca à frente dos países europeus.

* Vice-Presidente do Instituto Liberal