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No dia 24 de janeiro, o jornalista Celso de Castro Barbosa publicou no site da Revista de História uma resenha do livro "A Privataria Tucana". Durante nove dias o texto esteve no ar, até que foi condenado publicamente pelo presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra. Daí em diante deu-se uma sucessão de desastres. A resenha foi expurgada, quando a boa norma recomendava que fosse contraditada por outros textos. A Sociedade dos Amigos da Biblioteca Nacional (Sabin) informou que o texto não passara pelos procedimentos burocráticos da redação. Falso. Em seguida, a colaboração regular de Barbosa foi dispensada pelo editor da revista, professor Luciano Figueiredo.
No dia 29 de fevereiro o jornalista enviou uma carta a oito membros do Conselho Editorial da revista contando seu caso: "Gostar de um livro, senhoras e senhores conselheiros, não é crime". Nenhum deles respondeu e até hoje o Conselho nada disse sobre o expurgo do texto. Nem a Sabin.
Enquanto essa panela fervia, a Sabin demitiu o professor Figueiredo. Um caso nada tinha a ver com o outro, pois as razões da dispensa eram administrativas. Diversos conselheiros, insatisfeitos com a demissão, ameaçaram renunciar. A briga tinha cacique demais e índios de menos, até que a redação, que faz a revista, resolveu falar. Ela enviou uma carta aos conselheiros informando que "um incômodo tem nos acompanhado: o discurso público dos senhores em solidariedade ao ex-editor, na tentativa de fazê-lo retornar à revista". Queixaram-se de sua gestão e mais: "A RHBN precisa de um editor que não ordene à equipe trabalhos extra-RHBN, sem remuneração".
No dia 1, Celso de Castro Barbosa enviou nova carta aos mesmos oito conselheiros da revista, com a mais justa das queixas: "Procurei mantê-los informados, mas o que se seguiu foi seu silêncio estridente. (...) Francamente, com amigos como vocês, a Biblioteca Nacional não precisa de inimigos".
Resposta, nem pensar.
Elio Gaspari
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