BAIRRO RESIDENCIAL DE HIROSHIMA, APÓS A BOMBA ATÔMICA NORTE-AMERICANA:
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pediu a punição dos países que ameaçam usar armas atômicas, numa referência clara à nova estratégia nuclear dos Estados Unidos divulgada no mês passado.
Falando nesta segunda-feira numa reunião dos 189 signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), ele exortou "considerar qualquer ameaça de se usar armas nucleares ou ataques contra instalações nucleares pacíficas como uma violação à paz e à segurança internacional."
Tais ameaças deveriam provocar "dura reação das Nações Unidas e o encerramento de toda cooperação de Estados-membros do TNP com o Estado agressor que ameaça", afirmou Ahmadinejad.
As delegações dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha e da França deixaram a sala da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) durante o discurso do presidente iraniano.
Entre as punições que deveriam ser impostas aos países que usam ou ameaçam usar armas atômicas contra outros países está a suspensão do conselho de governadores da agência de inspeção nuclear da ONU em Viena, disse Ahmadinejad.
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A chamada revisão na postura nuclear dos Estados Unidos reduz o papel das armas atômicas na política de defesa norte-americana, mas não descarta o uso de ogivas nucleares contra países como o Irã e a Coreia do Norte, que são considerados violadores do TNP.
Tanto os Estados Unidos como Israel sugeriram que poderiam usar a força militar contra instalações nucleares iranianas, que suspeitam que sejam parte de um programa secreto de armas atômicas.
O Irã nega que procure desenvolver armas atômicas e insiste que suas ambições nucleares são limitadas à geração pacífica de eletricidade.
(Reportagem de Louis Charbonneau)
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