Mostrando postagens com marcador Blogs. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Blogs. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Webjornalismo cidadao é alvo facil para poderosos incomodados


Acabou A Nova Corja, blog gaucho independente que fez história na internet brasileira. Ex-integrante, Marcelo Trasel explicou - registrado hoje pelo Toda Midia - "Rodrigo Alvares decidiu encerrar o blog... O motivo é o desânimo causado pelos processos de Políbio Braga, Felipe Vieira e Banrisul. Nao que metessem medo. O problema é que custam dinheiro e tomam muito tempo. Todos os membros atuais e antigos da Corja têm empregos e famílias. O jornalismo era como uma prestaçao de serviços à sociedade. Quando os poderosos foram perturbados e resolveram se aproveitar do Judiciário para tentar calar a Corja, a sociedade mostrou-se incapaz de ajudar. O tempo livre dedicado ao jornalismo passou a ser dedicado a defender-se da litigância de má-fé... Algumas liçoes importantes. Percebe-se que o bom jornalismo ainda faz diferença. [Mas] esse caso mostra os limites do webjornalismo cidadao. Repórteres funcionários podem contar com o setor jurídico para defendê-los e seguir com a rotina produtiva. Repórteres amadores sao alvos fáceis para a intimidaçao jurídica".

Blue Bus

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Blogueiro sul-coreano que previu falências é inocentado


Um blogueiro sul-coreano acusado de espalhar informações falsas na internet foi inocentado por um tribunal nesta segunda-feira.

Park Dae-sung, mais conhecido como Minerva, criou uma ampla rede de leitores na internet por conta de suas previsões, na maioria negativas - porém precisas - sobre os rumos da economia.

A promotoria alegou que seu tipo de jornalismo financeiro estava prejudicando o interesse público, mas a corte de Seul determinou que não havia provas de que suas intenções seriam maldosas.

O veredicto foi visto como uma vitória para a liberdade de expressão.

Protestos

Usando o nome da deusa romana como pseudônimo na internet, Minerva publicou algumas previsões surpreendentemente precisas, como a quebra do banco de investimentos americano Lehman Brothers.

Ele se tornou uma sensação entre os blogueiros, provocando intensa especulação sobre sua verdadeira identidade. Alguns sugeriram que ele era um professor, outras que ele seria um experiente operador do mercado financeiro.

As autoridades, no entanto, ficaram menos impressionadas, argumentando que muito do que ele escreveu era equivocado e começou a afetar os mercados financeiros.

Quando ele foi finalmente rastreado, em janeiro, descobriu-se que era um desempregado de 31 anos de idade que havia adquirido seu conhecimento financeiro lendo artigos na internet e livros encomendados pelo correio.

Seu indiciamento, por ter "espalhado informação falsa com intenção de prejudicar o interesse público" - lei raramente usada no país - provocou uma onda de protestos de grupos de defesa dos direitos humanos.

Ele agora está livre para voltar a postar seus comentários na internet.

A corte decidiu que, apesar dos equívocos contidos em seus blogues, não havia provas de que suas intenções seriam maldosas.

BBC

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A ilusão de controle na internet


Por Luciano Martins Costa em 16/9/2008

A imprensa tradicional é um instrumento de organização e mobilização de redes sociais. Mas funciona praticamente em mão única, mesmo quando utiliza as novas tecnologias de comunicação do século 21. Para alguns analistas, a imprensa inventada por Gutenberg parece deslocada na época contemporânea porque tenta se apropriar da amplitude potencial da internet sem abrir mão dos controles possibilitados pela mídia impressa e pela televisão não-interativa, que não se abrem para a intervenção do público. Aliás, a própria idéia de "público" só faz sentido no teatro, no cinema e nas mídias não-interativas, uma vez que quando o sistema se abre para a co-autoria, os papéis acabam se misturando em algum ponto do processo. O leitor se torna co-editor.

Mesmo que determinado movimento seja iniciado em um blog, de autoria definida, quando a interatividade se expande a mensagem inicial passa por um processo de mutações constantes, submetendo-se ao arbítrio de todos que tenham acesso a ela. A imprensa tradicional não parece preparada para essa democracia toda. Afinal, parte do seu negócio se baseia na promessa de influenciar a fatia mais opinativa da população, aquela que supostamente é mais bem informada e mais articulada, e isso implica assegurar certo controle sobre a agenda desse "público".

Os blogs de jornais e revistas e os portais de emissoras de televisão tentam conter a interatividade em determinado círculo. Quanto mais próximo do núcleo de opinião se situar o limite desse círculo, mais restrita será a participação do "público" e mais distante estará essa mídia das potencialidades das novas tecnologias.

Idéias inovadoras

Acontece que a sociedade está mudando. Segundo a Technorati, que monitora conteúdos postados em blogs de vários idiomas, o explosivo crescimento do número de blogs em todo o mundo está sendo acompanhado por um grande amadurecimento no uso dessa ferramenta, o que leva ao surgimento de mídias alternativas de grande reputação, algumas das quais comparáveis a grandes jornais.

A característica principal desses veículos é que eles nasceram como pontos de informação e debate, passando por um período de funcionamento caótico, e acabam se consolidando como fontes de informação confiável e de qualidade para quem aprende a selecionar.

Esse fenômeno está alterando o modo como as pessoas se informam e partilham suas convicções e suas demandas. Alguns blogs criados por empresas como ferramentas de relacionamento com clientes evoluíram para plataformas de captação de opiniões sobre produtos e serviços, seleção de futuros colaboradores e fonte de idéias inovadoras. Mas essa evolução exige que a empresa esteja aberta a certos riscos, como a amplificação de queixas, que de outra forma ficariam localizadas, e o questionamento de seus processos de comunicação com o mercado.

Oportunidade perdida

Difícil imaginar que uma empresa tradicional de comunicação se arrisque a abrir completamente seus conteúdos para comentários e contribuições de leitores, sem interferência de qualquer ordem. Isso poderia subverter a hierarquia que determina os processos de captação e edição de notícias, fazendo com que parte do material jornalístico acabe adquirindo formas e significados diferentes daqueles que orientaram a pauta. No entanto, isso já está acontecendo de certa forma, quando as redes de relacionamento se apropriam de notícias de jornais, revistas e da TV e as reproduzem com novas abordagens.

Dito de outra forma, o que se pode constatar é que, por mais que resistam à avalancha de mudanças, os meios tradicionais acabam perdendo o controle sobre o destino do conteúdo que produzem, quando eles caem no ambiente caótico das redes. Se tivessem uma estratégia de engajamento real nas novas tendências, abandonando a ilusão do controle, seriam a vanguarda da comunicação no século 21, agregando à reputação construída no século passado a confiança de uma relação mais aberta com a sociedade.

sábado, 28 de junho de 2008

Internet para derribar la censura


EL PAÍS:

La capital húngara es la ciudad escogida para la puesta en común de los más de 200 activistas, periodistas, bloggers y colaboradores de este proyecto promovido por la Universidad de Harvard, Reuters y la Fundación Knight para promover la comunicación y la información libre, especialmente en aquellos lugares donde las libertades están recortadas.

Durante la mañana se pusieron sobre la mesa la existencia de vídeos en YouTube sobre policías corruptos que piden dinero por pasar en una carretera del Rif, torturas en comisarias de Egipto o la muerte de varios manifestantes en Túnez.

Censura en la red

Entre los bloggers dedicados a denunciar con vídeos como los mencionados, fotos y relatos, algunos lo han pasado peor que otros. Se mostraron algunos ejemplos. Alaa Abd El Fatah nos pone sobre muchas pistas de lo que ocurre en su país. Sobre todo en lo referente a censura y tortura.

En Pakistán la situación tampoco es como para tirar cohetes.Awab Alvi, dentista de profesión, mostró cómo se organizaron en varias fechas clave. El 3 de noviembre de 2007 Musharraf bloqueó 60 canales de televisión, presionó para que no contase nada a la prensa de papel y se abrieron hasta 60 procesos judiciales contra ciudadanos. La red era el refugio. Los SMS se usaron para movilizar a la gente, con Twitter lo intentan pero no funciona aún con los móviles de su país. Este uso de la tecnología se repitió cuando dispararon a Benazir Bhutto.

Una de las intervenciones más interesantes corrió a cargo de la blogger keniata Ory Okolloh. Se le ha notado tan nerviosa como honesta. Dice que intenta conseguir el mayor tráfico para que el mayor número posible de personas sepan lo que ocurre en su país. Quizá los blogs de su zona no sean los más sofisticados o avanzados, pero son más necesarios que en muchos lugares del mundo. Su trabajo de seguimiento de las elecciones, sobre todo en el aspecto de vigilancia del entorno es encomiable. El peligro que corre es evidente: "No me gusta ser conocida pero me da seguridad. Si me disparasen o me pasase algo, se sabría pronto y esa es mi protección. Si un día me dan un tiro, saldría rápido en Reuters. Creo que por eso no me han hecho nada". Confiesa que los blogs allí todavía se conciben como "herramientas para sembrar el odio".

En Singapur es casi siempre gratis conectarse a internet, pero la gente no lo sabe, quizá debido a su bagaje cultural. Au Wai Pang relata que la situación es extraña porque lo que no se puede es informar libremente hasta el punto de que se puede ir a la cárcel sin juicio y todos los medios están controlados por el estado. A pesar del crecimiento económico, está mal visto meterse en política, incluso en el trabajo se dice: "cuidado con lo que decís por ahí, podeis perjudicar nuestra compañía".

Amine, de Digiactive, relató la situación en Marruecos. Hizo hincapié en que se abrió una investigación tras conocerse que muchos policías extorsionaban, se arrestaron varios agentes, pero también se buscó a los que habían grabado los casos de corrupción para que no lo repitiesen. A partir de estos vídeos del Rif, más gente tomó la idea para hacer lo mismo en Tan Tan y Casablanca. Matizó que Marruecos no es especialmente opresor, pero que aún no está preparado el Gobierno para internet. Literalmente: "Tienen cierta alergia a los contenidos y opiniones de la gente en internet, por eso bloquean muchos servicios". Una de las actaciones más ilógicas fue la detención de 36 horas de un usuario de Facebook, Fouad Mourtada, por crear un perfil falso del Rey de Marruecos.

Vivir con la censura

Helmi Noman, investigador en Oriente Medio y Norte de África, relató la situación de la zona en que trabaja. Por ejemplo, para tener un cibercafé en hay que tener el lugar organizado de modo que el dueño pueda ver en dónde navegan. La herramienta más usada para no ser encontrados son programas que sirven para navegar desde IP anónimas.

John Kennedy puso sobre la mesa cómo pasan las fronteras digitales en China. En la mayor parte de las veces se replican los posts en otros blogs a los que no es tan fácil entrar, se coleccionan y se mandan por email.

Aunque los bloggers han conseguido colarse en sitios donde no se les "esperaba", sí tuvo una visión positiva: "En China se quejan mucho de lo que no se puede hacer, pero hay muchas posibilidades, muy divertidas y creativas, para crear en la red".

Andrew Heavens, testigo de mucha censura y víctima de la misma en los últimos años, más aún desde que está establecido en Sudán y anteriormente en Etiopía. Su situación parece haberte tocado la moral: "La censura no es no poder decir cosas, sino vivir amenazado, con miedo y sin poder hacer lo que deseas, es desmoralizarte hasta hacerte perder la ilusión". Su formación de periodista le permite seguir luchando: "En cada país hablo con todo el mundo, pregunto, consulto, no me canso. Siempre creo que encontrarte una gargante profunda en cualquier esquina". En Etiopía cada vez hay un menor número de blogs, sobre todo a partir de 2006.

De los comentados, el caso más sangrante fueel de Tariq Baiasi, de Siria, que fue condenado a tres años de cárcel, en principio eran seis, por comentarios vertidos en un blog y publicación de fotografías.

Robert Guerra, de Privaterra, hispano-canadiense que reside en Canadá, basó su charla en las muchas herramientas disponibles para esquivar la censura y la importancia de su difusión para difundir mensajes. La encriptación de los datos y la seguridad en la navegación fueron la base de su mensaje. Enseñó también que se puede hacer que el correo caduque de modo que "si por ejemplo alguien crea un evento y no quiere que tiempo después quede constancia del mismo".

Programa: http://summit08.globalvoicesonline.org/program/