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ESCÂNDALO NO VATICANO
Na audiência geral na praça de São Pedro, o papa Bento XVI pela primeira vez evocou publicamente o escândalo que abala o Vaticano e que levou na passada quarta-feira à detenção do mordomo, Paolo Gabrielle.
Centenas de documentos confidenciais transmitidos à imprensa italiana desde janeiro, provocaram o chamado escândalo “Vatileaks”, e uma crise no Vaticano.
“Hipóteses completamente gratuitas multiplicaram-se, ampliadas por alguns ‘media’, indo muito além dos factos, transmitindo uma imagem da Santa Sé que não corresponde à realidade», afirmou Bento XVI.
Por seu lado Gianluigi Nuzzi, o jornalista que está na origem da divulgação dos documentos e que publicou um livro, disse que há mais informadores no Vaticano.
“Há um grupo de pessoas, eu posso contar mais de uma dezena seguramente, que decidiram – como dizer… divulgar coisas”, disse o jornalista.
Paolo Gabrielle, foi detido depois de terem sido encontrados documentos confidenciais em sua casa.
A detenção foi anunciada um dia após o presidente do banco do Vaticano, se ter demitido
VATILEAKS
Em janeiro, documentos confidenciais divulgados pela imprensa italiana, - o escândalo batizado como "Vatileaks" - confirmaram as lutas internas para o cumprimento das normas sobre a transparência.
Há um mês, Bento XVI criou uma comissão formada por três cardeais - Julián Herranz, Josef Tomko e Salvatore De Giorgi - para investigar o vazamento reiterada de documentos internos.
A publicação nesta semana de uma série de cartas confidenciais dirigidas ao papa Bento XVI sobre temas delicados, como as intrigas do Vaticano ou os escândalos sexuais do padre mexicano Marcial Macial, em um livro gerou desconcerto e incômodo na Santa Sé.
Para o autor do livro, com o título "Sua santidade, as cartas secretas de Bento XVI", escrito por Gianluigi Nuzzi, autor do bem-sucedido "Vaticano SA" (Vaticano sociedade anônima"), sobre as finanças da Santa Sé, "emergem os confrontos secretos e as armadilhas em todos os níveis" que se espalham nos palácios apostólicos.
Este é mais comprometedor vazamento de documentos na história recente do Vaticano, que, por isso, anunciou ações legais contra o que classificou de "crime".
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